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Depois de uma gravidez, as mães passam por um longo período de amamentação de seus bebês. Como a amamentação exige uma boa quantidade de tempo e dedicação, a maioria das mulheres prefere evitar uma nova gravidez. Sobre esse ponto, surge uma das dúvidas mais comuns: qual a relação entre amamentação e anticoncepcional? É possível tomar pílula durante o período de lactação? Existe algum risco envolvido? Essas e outras perguntas são respondidas na sequência. Amamentação e gravidez: principais dúvidasA primeira coisa a ser destacada é que os riscos de uma nova gravidez durante a amamentação são muito pequenos, pelo menos em teoria. O nível de fertilidade varia muito, de acordo com a mulher, mas quando a alimentação do bebê é feita regularmente, a cada 2 ou 3 horas, gera um efeito anticoncepcional no organismo feminino. Assim, quanto mais irregulares são os horários da amamentação, maior o risco de engravidar. No entanto, é necessário ressaltar que confiar apenas no corpo para evitar a gravidez é uma prática pouco segura. Não é possível saber quando a primeira ovulação pós-parto ocorrerá. Assim, é aconselhável escolher outro método, o que nos leva à próxima questão. O segundo ponto é que as mulheres podem utilizar medicamento anticoncepcional durante o período de amamentação com segurança. Contudo, é necessário atenção a uma série de fatores. Antes de iniciar o uso de qualquer medicamento, consulte um especialista em obstetrícia e ginecologia para receber orientações a respeito dos melhores medicamentos e práticas durante esse período e esclarecer todas as dúvidas. O medicamento utilizado deve conter apenas progesterona, pois isso auxilia na manutenção de uma dieta equilibrada e rica ao bebê e em menores transtornos para a mãe. Esse medicamento com apenas um hormônio existe tanto na forma de pílula quanto na forma injetável. A escolha entre uma ou outra opção deve ser feita pela mulher, em conjunto com o especialista. O tratamento pode começar a ser feito 15 dias depois do parto. Garantindo maior eficáciaQuando o assunto é amamentação e gravidez, outras observações devem ser feitas. A primeira diz respeito ao tempo de utilização do medicamento com apenas um hormônio. Ele deve ser tomado até quando o bebê passa a mamar apenas 1 ou 2 vezes ao dia, o que geralmente ocorre por volta dos 9 meses. Relações sexuais vaginais são recomendadas apenas 15 dias após a utilização do medicamento, pois antes desse período a gravidez pode ocorrer. O medicamento também causa alguns efeitos no corpo da mulher, como diminuição na produção de leite, retenção de líquido, alterações na menstruação, inclusive com pequenos sangramentos. Por isso, o acompanhamento médico é tão importante. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como mastologista em Ribeirão Preto! “Posso tomar anticoncepcional amamentando?” Em meio a tantas questões que surgem na vida de quem acabou de dar à luz, essa é uma pergunta que pode ser a causa de muita insegurança e ansiedade. Não é segredo para ninguém que a gestação e o puerpério são períodos muito delicados na vida de quem vivencia uma gravidez. Pressões sociais, flutuações hormonais, dúvidas e questionamentos sobre carreira, decisões sobre a criação das crianças, rede de apoio e amamentação são algumas das questões que surgem nesse período, seja na vida de marinheiras de primeira viagem ou mães do segundo ou terceiro filho. Em meio a tudo isso, não podemos esquecer dos cuidados que devem ser tomados durante a amamentação. A pergunta que a Oya responde hoje é: afinal, tomar anticoncepcional amamentando é liberado ou não? Vamos juntas? Vamos falar de amamentação, pós-parto e métodos anticoncepcionais? Antes de falar especificamente sobre o uso de anticoncepcionais durante a amamentação e de responder essa pergunta que não quer calar, vamos falar sobre amamentação? Importante para estimular o sistema imunológico das crianças e a maturação do sistema digestório e neurológico dos bebês, o aleitamento materno também está relacionado a menores taxas de obesidade na vida adulta, proporciona um melhor desenvolvimento da criança e ainda a protege contra doenças. Já foi provado também que a amamentação contribui para o desenvolvimento e fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o recomendado é que a amamentação seja a fonte exclusiva de alimentação das crianças até os 6 meses de idade. Após esse período a introdução alimentar está liberada, mas o ideal é que seja complementada com o leite materno idealmente até os 2 anos de idade, podendo se estender até o momento em que a mãe e a criança se sintam confortáveis. Em outras palavras, pode ser que o desmame demore a acontecer. Sabendo disso, muitas mães se perguntam se podem tomar anticoncepcional amamentando, principalmente quem não tem planos de engravidar do segundo filho em um futuro próximo. De acordo com a OMS, o mais indicado é esperar 24 meses entre uma gravidez e outra. Isso porque a ciência comprova que intervalos entre gravidezes menores que 18 meses estão associados a maior risco de o bebê nascer com baixo peso, em parto prematuro, com paralisia cerebral e subnutrição. Nesse período, portanto, todo cuidado é pouco - e isso vale também para a escolha do anticoncepcional na amamentação. Posso tomar anticoncepcional amamentando? Depende do anticoncepcional. Isso porque, idealmente, alguns contraceptivos são sim permitidos para mulheres que estejam amamentando enquanto outros não são recomendados. O ideal é que cada caso seja acompanhado de perto por uma ginecologista. Importante: apesar de ser um fator que pode atrasar o retorno da ovulação, a amamentação não é, necessariamente, um método anticoncepcional. Acredite: é sim possível engravidar durante o aleitamento! Qual anticoncepcional tomar amamentando? Mesmo que muitas vezes seja apontada como um “método contraceptivo natural”, a amamentação não é considerada eficaz para prevenir uma gravidez. Por isso, algumas vezes, mulheres que passam por esse período precisam de uma mãozinha extra na contracepção. Nesse caso, alguns métodos podem ser usados logo depois do parto, enquanto outros precisam de um tempo maior para o uso. Isso acontece pelo risco de prejudicar a produção do leite materno. Mas antes de chegarmos lá, algumas informações importantes. Primeiro: não existe um método contraceptivo perfeito, independentemente da usuária ser alguém que acabou de parir ou não. Cada um das opções disponíveis tem uma eficácia diferente e um método de uso apropriado para determinadas rotinas, corpos e prioridades. Por isso, acreditamos que o conhecimento é a ferramenta mais importante quando falamos sobre escolher o melhor contraceptivo para você, sua realidade e seu organismo. Outra questão que surge nesse momento é: existe um momento ideal para escolher o método contraceptivo que vai me acompanhar durante o aleitamento? Apesar de uma grande parte das mulheres não retornarem ao ginecologista após o parto, é recomendado que as novas mães voltem ao consultório médico entre 2 a 3 semanas depois do nascimento do bebê. Nessa conversa, é ideal falar também sobre a escolha de um método contraceptivo. Com isso em mente, vamos conhecer algumas das melhores opções de contraceptivos para lactantes? Lembrando, mais uma vez, que a escolha do contraceptivo ideal para a sua realidade vai depender de outros fatores, como rotina, doenças prévias e etc. Contraceptivos que podem ser usados imediatamente após o parto Nesta fase, os métodos mais recomendados são aqueles que não mexem com os seus hormônios: camisinha (feminina e masculina), espermicida, DIU não hormonal e métodos definitivos (laqueadura e vasectomia). Fique tranquila: esses exemplos não afetam a amamentação. Mas fica aqui o alerta: não é recomendado ter relações sexuais nos primeiros 40 dias após o parto. Os contraceptivos conhecidos como métodos de barreira criam um impedimento para blindar o útero do contato com os "temidos" (pelo menos para quem não quer engravidar no momento) espermatozoides. Alguns deles são:
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Já os métodos definitivos são chamados assim por (pelo menos em teoria) não serem reversíveis. Eles são:
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Contraceptivos que podem ser usados nos primeiros 6 meses após o parto Já aquelas que, por qualquer motivo, precisam ou optam por esperar algum tempo para ter uma vida sexual ativa novamente, já podem (com recomendação médica, entendendo e respeitando as particularidades de cada corpo) fazer uso de alguns métodos contraceptivos hormonais. São eles: DIU hormonal, implante (Implanon®), contraceptivo hormonal injetável de progestagênio e minipílula. Os métodos hormonais funcionam a partir de versões sintéticas ou naturais de estrogênio e progesterona (também conhecidos como hormônios sexuais). Eles podem prevenir a gravidez de algumas formas: impedindo a ovulação, promovendo o espessamento do muco cervical (o que dificulta a entrada do espermatozóide), tornando o endométrio menos receptivo ao óvulo fecundado ou até alterando a motilidade das tubas uterinas.
O DIU hormonal pode ser inserido até 48h após o parto - após esse prazo, deve-se esperar o mínimo de 40 dias para a inserção. Essa espera é necessária porque existe uma maior chance de expulsão do dispositivo quando comparado com sua inserção depois que o útero voltou ao tamanho normal. Por isso, é essencial que você tenha acompanhamento médico durante o período de adaptação. Prós:
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Contraceptivos que podem ser usados apenas depois de 6 meses após o parto Depois de 6 meses após o nascimento do bebê, também são liberados os seguintes métodos contraceptivos: diafragma e os contraceptivos hormonais combinados (pílula, adesivo, anel vaginal). Eles demoram mais um pouco para receber o aval dos ginecologistas porque interferem na produção de prolactina, o hormônio responsável pela produção do leite materno.
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Contraceptivos que não devem ser usados durante a amamentação
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