As células da mucosa intestinal apresen tam inúmeras dobras vilosidades que

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As vilosidades intestinais, assim como as microvilosidades no intestino delgado, têm a função de aumentar a absorção dos nutrientes após a digestão. Elas são as dobras dos intestinos.

A superfície das vilosidades tem uma área de 12 cm² e das microvilosidades 240 cm².

As células da mucosa intestinal apresen tam inúmeras dobras vilosidades que

Esquema das vilosidades de modo resumido.

A absorção[editar | editar código-fonte]

A partir do duodeno, o quimo é conduzido por movimentos peristálticos através de todo o intestino delgado. Nesse percurso o organismo vai absorvendo minerais, vitaminas e produtos da digestão do amido, do açúcar, das proteínas e dos lipídios.O duodeno além da absorção tem a função de transformação química do quimo através das substâncias de dois ductos que "desembocam" na papila maior:ducto colédoco e ducto pancreático. Estes ductos são provenientes do fígado (colédoco) e do pâncreas (pancreático). Respectivamente, liberam no duodeno as seguintes substâncias:bile(responsável pela quebra das grandes moléculas de gorduras em menores, aumentando a superfície de contato) e o suco pancreático (responsável pela transformação química de lipídeos, carboidratos e proteínas).

A parede do interna do intestino é repleta de rugas, chamadas de vilosidades. Uma ampliação delas ao microscópio revela que são formadas por células cuja superfície tem inúmeras pequenas estruturas toda "enrugada". O intestino delgado é a víscera mais extensa do corpo (cerca de seis metros). As vilosidades intestinais e microvilosidades aumentam a área de contato com o intestino e também a velocidade de absorção dos alimentos. Os capilares sanguíneos e a linfa estão nessas vilosidades para absorver os nutrientes. A linfa absorve os lípidos e os capilares sanguíneos absorvem os prótidos, os minerais, as vitaminas e os glicidos. As fibras e a água continuam ao longo do tubo digestivo onde no cólon a água é absorvida.

Função[editar | editar código-fonte]

As vilosidades e os microvilos aumentam a área de absorção intestinal em aproximadamente 30 vezes e 600 vezes, respectivamente, proporcionando absorção excepcionalmente eficiente de nutrientes no lúmen.[1]

  1. «Oral Delivery of Macromolecular Drugs - Barriers, - Andreas Bernkop-Schnürch - Springer»

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camada longitudinal externa apresenta fibras musculares lisas em disposição 
paralela ao longo eixo do tubo intestinal, sendo responsável pelo alongamento e 
encurtamento do intestino delgado. Estes movimentos constituem o peristaltismo 
do tubo intestinal, responsável pelo deslocamento do bolo alimentar ao longo 
do lúmen intestinal e por promover o contato mais intenso dos componentes lu-
minais destinados a serem absorvidos com o epitélio de revestimento da mucosa 
intestinal. O peristaltismo intestinal é controlado essencialmente por pequenos 
gânglios do sistema nervoso autônomo, disseminados entre as camadas circular 
interna e longitudinal externa da túnica muscular; tais gânglios formam o plexo 
mioentérico ou plexo de Auerbach.
292 Sistema digestório: integração básico-clínica
Figura 12.14 – Camada muscular externa do intestino delgado. A. Fotomicrografia de um corte transversal do jejuno, 
mostrando detalhe da túnica muscular subdividida em camada muscular circular interna (CI) e longitudinal externa (LE) de 
músculo liso. O gânglio nervoso do plexo mioentérico é indicado pela seta. Aumento 400X, coloração HE.
Externamente à túnica muscular, o intestino delgado é recoberto pelo peritô-
nio visceral em sua maior parte (a exceção é o duodeno, pelo fato de ser predomi-
nantemente retroperitoneal). O peritônio visceral constitui a serosa do intestino 
delgado, formado por um delicado tecido conjuntivo frouxo recoberto por um 
epitélio simples pavimentoso, o mesotélio.
A mucosa do intestino delgado revela uma variedade de estruturas que au-
menta a eficiência dos processos de absorção. A mais evidente delas, observada ao 
macroscópio, é representada pelas pregas circulares (plicae circularis), ou válvulas 
de Kerckring, projeções permanentes formadas pela elevação da mucosa e sub-
mucosa do intestino delgado em direção ao lumen e acompanhadas pela mucosa. 
As pregas circulares se apresentam como dobras em formato de meia-lua, ausen-
tes do duodeno, porém visíveis a partir de cerca de 5 cm distalmente ao piloro, 
tornando-se bastante evidentes ao longo de todo o jejuno, e diminuindo de tama-
nho e quantidade até a região média do íleo, quando então raramente existem.
As estruturas mais proeminentes e características da mucosa do intestino 
delgado são as vilosidades ou vilos intestinais (Figura 12.15). Estas estruturas são 
projeções alongadas da lâmina própria, em direção ao lúmen intestinal, formadas 
por um eixo de tecido conjuntivo frouxo e revestidas por um epitélio simples 
293Reinaldo Barreto Oriá
cilíndrico dotado predominantemente de células cilíndricas responsáveis pelos 
processos de absorção de nutrientes (denominadas de células absortivas ou ente-
rócitos), além de células caliciformes, secretoras de glicoproteínas que constituem 
o muco que lubrifica e umidifica a superfície da mucosa intestinal. Este epitélio 
de revestimento das vilosidades é genericamente referido como um epitélio sim-
ples cilíndrico com células caliciformes e planura estriada; esta última referência 
remete aos microvilos abundantes na membrana plasmática do domínio apical 
das células absortivas, os quais são muito pequenos para serem visualizados a 
microscopia óptica, mas que, no entanto, de tão abundantes, formam uma del-
gada faixa mais intensamente corada (mesmo em colorações de rotina) vista ao 
M.O., acompanhando a superfície do epitélio intestinal. Como os enterócitos são 
as principais células relacionadas à função mais imediata do intestino delgado – a 
absorção – elas serão descritas em detalhe mais adiante.
Figura 12.15 – Vilosidades intestinais. A. Ultramicrografia de varredura de uma alça intestinal com várias vilosi-
dades (uma delas circundada) se projetando para o lúmen intestinal. B. Fotomicrografia do intestino delgado com uma das 
vilosidades circundada. E= epitélio de revestimento. LP=lâmina própria. A lâmina própria também está presente nas criptas. 
Aumento: A - 100X; B – 100X, coloração HE.
O eixo de tecido conjuntivo frouxo das vilosidades intestinais apresenta uma 
grande quantidade de células de defesa, tais como linfócitos T e B, plasmócitos, 
mastócitos e macrófagos, além de típicos fibroblastos. Em meio às células conjunti-
vas, são observados delicados feixes de fibras musculares lisas, os quais são prove-
nientes da camada muscular da mucosa do intestino delgado. Estes feixes de fibras 
musculares são considerados como constituintes do músculo de Brucke, que, ao se 
294 Sistema digestório: integração básico-clínica
contraírem, movimentam as vilosidades intestinais, colocando-as em maior conta-
to com o material luminal destinado a ser processado e/ou absorvido e, portanto, 
conferindo motilidade às vilosidades, independentemente do restante da parede in-
testinal. Além disso, no eixo das vilosidades intestinais, há grande quantidade de 
capilares fenestrados, envolvidos essencialmente no recolhimento de aminoácidos e 
sacarídeos liberados pelos enterócitos após o processamento enzimático e a absor-
ção de peptídeos e carboidratos, e geralmente observa-se um vaso linfático de luz 
ampla e delgado endotélio, caracterizado como quilífero central, para o qual são 
destinados os lipídios absorvidos previamente pelos enterócitos.
Abaixo do nível das vilosidades intestinais, a lâmina própria da mucosa do in-
testino delgado é grandemente ocupada por inúmeras glândulas tubulosas simples, 
que representam invaginações do epitélio de revestimento superficial para o tecido 
conjuntivo frouxo da lâmina própria. Tais estruturas são denominadas de glândulas 
de Lieberkühn, ou criptas de Lieberkühn, ou simplesmente, glândulas intestinais 
(Figura 12.16). As criptas de Lieberkühn desembocam na superfície da mucosa in-
testinal, em meio às vilosidades intestinais. Estas glândulas são formadas por tipos 
celulares, além das típicas células absortivas e células caliciformes, encontradas no 
epitélio superficial. Entre os tipos celulares especiais, encontram-se as células-tronco 
do epitélio intestinal, as células oligomucosas, as células de Paneth e as células ente-
roendócrinas (componentes do sistema neuroendócrino difuso).
Figura 12.16 – A. Fotomicrografia da mucosa do intestino delgado. Notar a glândula intestinal (circundada) em 
continuidade com o epitélio de revestimento cilíndrico simples. B. Detalhe da vilosidade intestinal. Notar o epitélio cilíndrico 
simples (E) e fibras musculares lisas na lâmina própria (LP). Essas fibras musculares constituem o músculo de Brucke (seta). 
Aumentos: A – 40X; B – 400X, coloração HE.
295Reinaldo Barreto Oriá
As células-tronco do epitélio intestinal, situadas na base das criptas de 
Lieberkühn, são as células indiferenciadas responsáveis pela renovação de 
todo o epitélio intestinal (incluindo o epitélio superficial e o das criptas). 
Al-gumas dessas células-tronco têm um marcador Lgr-5 (leucine-rich repeat 
con-taining G protein-coupled receptor 5), recentemente descoberto. O 
epitélio intestinal é o tecido epitelial que se renova mais rapidamente no 
corpo entre todos os tecidos (Figura 12.17). Após se dividirem na base das 
criptas de Lie-berkühn, as células-tronco iniciam um processo de 
diferenciação, originando os tipos celulares do epitélio intestinal. Com 
relação às células caliciformes, as células-tronco originam suas precursoras, 
chamadas de células oligomucosas, em função da pequena quantidade de 
grânulos de secreção com glicoproteínas no citoplasma; à medida que 
amadurecem, as células oligomucosas se tornam células caliciformes. Da 
mesma forma, células-tronco dão origem aos enteró-citos, os quais iniciam 
seu deslocamento ao longo do epitélio, em direção ao ápice das vilosidades 
intestinais, onde, ao final de 2-5 dias, são descamados para o lúmen 
intestinal. 
Figura 12.17 – Microfotografias da cripta intestinal. A. Criptas intestinais hiperplásicas, com elevada atividade 
proliferativa.

Qual é a função das vilosidades presentes na mucosa do intestino delgado?

A principal função das vilosidades é aumentar a superfície de contato entre o intestino e o quimo ou quilo, a depender da etapa da digestão.

O que são as vilosidades do intestino e quais suas funções?

As vilosidades são dobras da camada interna do intestino delgado que servem para aumentar a superfície de absorção e sediar células com funções especializadas na digestão.

Qual a função das vilosidades e microvilosidades presentes nas mucosas do intestino?

As pregas, as vilosidades e as microvilosidades são essenciais para a eficiência do processo de digestão por aumentar a superfície de revestimento do intestino. As três juntas podem conseguir um aumento de até 600 vezes na superfície do órgão.

Qual a importância das vilosidades na parede do intestino?

As vilosidades são de crucial importância para o funcionamento do intestino, uma vez que ampliam a sua superfície, aumentando a absorção de água, íons e nutrientes provenientes dos alimentos.