Como deve ser a transição da educação infantil para ensino fundamental?

Palavras-chave: transição; Educação Infantil; Ensino Fundamental.

Resumo

O presente trabalho levanta discussão a respeito da transição dos alunos da Educação Infantil para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A primeira infância é um período sensível em que ocorrem uma série de desenvolvimentos essenciais para a formação da criança e, para suprir as necessidades desta etapa, existe a Educação Infantil, que é um direito da criança e a primeira etapa da educação básica. A BNCC (2018) coloca o brincar como centro desta experiência, pois ao brincar, a criança assume o papel de protagonista em seu desenvolvimento, mantendo contato com os campos de experiência descritos no documento. Já o Ensino Fundamental – Anos Iniciais é a segunda etapa da Educação Básica e está organizado por áreas do conhecimento, onde o professor deverá considerar as experiências e vivências da Educação Infantil, apesar de o currículo nem sempre permitir essa consideração. O tema foi escolhido a partir de observações das mudanças de comportamento das crianças ao sair de um ambiente em que estão acostumadas para outro totalmente desconhecido – os Anos Iniciais. Corsaro, (2011) estuda sobre A Sociologia da Infância e apresenta o termo cultura de pares, que pode ser simplificado  como parte da Educação Infantil, que se constrói na vivência diária por longas horas e numa mesma rotina, e essa cultura muitas vezes acaba sofrendo uma grande ruptura na transição ao Ensino Fundamental. A BNCC, que é norteadora para o Projeto Pedagógico, apresenta a organização das fases escolares e assegura a continuidade e a interação da ação para o conhecimento, mas como garantir essa continuidade se o há mudanças significativas em todas as áreas de vivência das crianças? Assim, a saída da criança da Educação Infantil e a entrada da criança no Ensino Fundamental deve ocorrer de maneira acolhedora mesmo com as mudanças. Apesar de os documentos norteadores assegurarem formas de se efetivar saudavelmente esta etapa de transição, existem ainda muitos desafios a serem vencidos. Sendo assim, o objetivo da pesquisa é identificar as principais dificuldades enfrentadas pelas crianças nesse período de transição de acordo com a visão dos professores e analisar se o professor está preparado para receber o aluno no primeiro ano, com as suas expectativas, inspirando novas práticas e comportamentos para melhorias contínuas neste processo de transição. Como metodologia a opção escolhida foi de estudo descritivo-exploratório, por meio de questionário on-line dirigido que será aplicado a professores regentes do primeiro ano de escolas de Curitiba. Tal questionário está em andamento e seu resultado será analisado para serem feitas as considerações finais.

Como Fazer a Transição para o Ensino Fundamental?

Descomplicamos as principais questões que surgem sobre a saída da Educação Infantil e a transição para o ensino fundamental.

Novos colegas, conteúdos mais complexos, outros professores e configurações de classe marcam a importante mudança na vida dos alunos do infantil na transição para o ensino fundamental.

Na sala de aula, as brincadeiras e atividades lúdicas são gradativamente substituídas por uma rotina de estudos mais rígida da que estavam acostumados.

Por isso que torna-se fundamental a escola dedicar uma atenção especial nesse período, para que as criança se adaptem de forma tranquila diante à exigência de mais autonomia nos estudos e nas avaliações.

O suporte da família faz toda diferença nessas horas também. É essencial contar com a ajuda dos pais e responsáveis, afinal, é uma fase transformadora para todos.

Quer saber como tornar tranquila a transição para o ensino fundamental do seu filho? Continue com a gente e saiba o que muda nesse período tão marcante na vida escolar das crianças.

Vamos juntos?

Como deve ser feita a transição para o ensino fundamental, segundo as diretrizes legais?

Um fato é que toda novidade gera empolgação. Ela nos traz a chance de crescimento, aprendizado e desenvolvimento em todos os sentidos.

Mas se tratando em âmbito escolar, esse ciclo de transformação também pode vir carregado de uma enorme carga de insegurança e ansiedade para as crianças.

O medo do desconhecido e do novo faz com que os pequenos iniciem o ensino fundamental I com receio do que está por vir. E muitas vezes essa incerteza se estendem aos pais.

Diante disso, fica o questionamento: como possibilitar que o começo de uma etapa tão importante ocorra de maneira mais confiante?

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, aprovadas em 2010 pelo Ministério da Educação (MEC), evidenciam a necessidade de as instituições de ensino assegurem que essa transição da educação infantil para o ensino fundamental aconteça de forma a dar continuidade aos processos de aprendizagem e de desenvolvimento.

Com isso, os professores devem preparar um ambiente acolhedor para que as crianças se adaptem a tantas transformações.

Uma transição saudável que segue as orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) depende essencialmente desse acolhimento. É necessário que os gestores levem em conta toda a jornada da criança até ali.

A ideia é criar uma ponte entre uma fase e outra sem intimidar a criança e muito menos quebrar o ritmo de aprendizado dos alunos, com propostas pedagógicas adequadas a cada fase deste processo.

O que muda no reportório da educação infantil no ensino fundamental?

Quando falamos em educação infantil, logo associamos o período somente à interação e brincadeiras, justamente por ser menos rígido e com conteúdos iniciantes.

Mas isso não quer dizer que não há regras. A BNCC foi elaborada para determinar os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, assim como os campos de experiências a serem trabalhados.

Mas a questão é que o foco da educação infantil está em estimular os alunos para que se desenvolvam de forma natural e saudável. O trabalho é aplicado de modo desprendido da preocupação com o desempenho e rendimento. Não há retenção nesta fase escolar.

Já no ensino fundamental, a dinâmica é bem diferente e as atividades começam a ganhar relevância para uma avaliação final.

As brincadeiras dão lugar aos exercícios teóricos que por sua vez, tornam-se mais estruturados e desafiadores. A interação social também ganha outra intensidade, já que o relacionamento coletivo é estabelecido por alunos que precisam afirmar sua identidade.

Segundo a BNCC, é no ensino fundamental que os alunos fazem “relação com múltiplas linguagens, incluindo os usos sociais da escrita e da matemática, permitindo a participação no mundo letrado e a construção de novas aprendizagens, na escola e para além dela”.

Realmente marca o início de um período novo cheio de descobertas e desafios pela frente.

As etapas da transição para o ensino fundamental

Você deve estar se perguntando como acontece de fato nesse processo e com o que a criança precisa lidar.

Fique tranquilo, nós iremos falar sobre a transição de forma simples e objetiva. Veja a seguir!

1º ano

No primeiro ano, a criança começa a ter uma rotina de alfabetização e a ser avaliada constantemente.

O tempo de estudo ganhará mais importância, diminuindo assim, a hora de brincar. Cadernos e livros ocuparão um espaço maior na mochila, a lição de casa será uma realidade frequente tanto quanto a preocupação com as datas de provas e notas.

Aos poucos os pequenos vão adquirindo responsabilidades e é natural que neste momentos, os pais se sintam inseguros sem saber saber se o seu filho irá lidar com essa situação de forma positiva.

Para isso, é extremamente importante contar com a rede de apoio escolar. Toda ajuda será bem-vinda.

2º ano

Já no segundo ano, a responsabilidade aumenta ainda mais, sabe por quê?

As brincadeiras saem de cena quase que definitivo. A transição para o ensino fundamental transforma a maneira de estudar, os conteúdos são mais complexos, a independência conta muito para conseguir alcançar a nota desejada.

Além disso, as crianças passam por uma grande mudança em relação às amizades, ao ambiente e à nova rotina.

Mas afinal, qual é a idade certa para ingressar no ensino fundamental?

No Brasil, a escolarização ocorre cada vez mais cedo. Para ingressar no ensino fundamental, a idade mínima é de seis anos (conforme a lei nº 11.274).

De acordo com a Emenda Constitucional nº 59/09, crianças entre 4 e 5 anos devem estar matriculadas na pré-escola.

Sendo assim, fica a cargo da escola oferecer um ambiente adequado para o pleno desenvolvimento das crianças.

O apoio familiar também faz toda diferença!

Falar sobre transição para o ensino fundamental, sem contar com a ajuda da família neste processo, não faz o menor sentido.

O papel da família é primordial para que a criança se sinta protegida e confiante a encarar as mudanças presentes na transição para o ensino fundamental.

É preciso transmitir estabilidade e firmeza aos pequenos, eles precisam saber que podem contar com o auxílio dos pais nessa nova fase.

Além disso, os pais e responsáveis devem proporcionar autonomia ao aluno, para que ele entenda o valor do esforço para se adaptar à mudança escolar e assim, conseguir superar esse desafio com muito sucesso.