Como os bandeirantes cujas homenagens hoje são questionadas foram alçados a heróis paulistas?

ABREU, José. Letter on statuary and power: Statues as political statements. Cadernos de Arte Pública, Lisboa, v. 2, n. 2, p. 6-33, 2020.

ALCÂNTARA, Lívia; BRINGEL, Breno. Dos Zapatistas aos Indignados: Mudanças na Geopolítica das Solidariedades Transnacionais. Educação & Sociedade, Campinas, v. 41, e231325, p. 1-18, 2020.

ALVES, José. A nova onda de derrubada das estátuas. Cadernos de Arte Pública, Lisboa, v. 2, n. 2, p. 130-133, 2020.

ARAUJO, Ricardo. Tolerância Política, Neutralidade e Pluralismo nas Democracias Liberais. Lua Nova, São Paulo, n. 111, p. 81-108, 2020.

ARAÚJO, Maria; SANTOS, Myrian. História, memória e esquecimento: Implicações políticas. Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, n. 79, p. 95-111, 2007.

AXT, Gunter. Guerra das estátuas e cultura do cancelamento. Correio do Povo, Porto Alegre, 8 ago. 2020. Caderno de Sábado, p. 3.

BLIGHT, David W. La reconstrucción de Estados Unidos: justicia, poder y los asuntos pendientes de la guerra de Secesión. Foreign Affairs: Latinoamérica, México, v. 21, n. 2, p. 86-92, 2021.

BORGES, Iara. Projeto cria o Memorial em Homenagem às Vítimas Brasileiras da Covid-19. Rádio Senado, Brasília, 25 jun. 2021. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2021/06/25/projeto-cria-o-memorial-em-homenagem-as-vitimas-brasileiras-da-covid-19. Acesso em: 25 dez. 2021.

CATTERALL, Pippa. Ons tatues and history: The dialogue between past and present in public space. LSE BPP, Londres, 18 jun. 2020. Disponível em: https://blogs.lse.ac.uk/politicsandpolicy/statues-past-and-present/. Acesso em: 25 dez. 2021.

COELHO, Penélope. Colômbia: Estátua de colonizador é derrubada em Bogotá. Aventuras na História, São Paulo, 8 maio 2021. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/colombia-estatua-de-colonizador-e-derrubada-em-bogota.phtml. Acesso em: 25 dez. 2021.

DÍAZ-VERA, Mónica; FUENZALIDA FERNÁNDEZ, Gabriel. El cuerpo es el mensaje: Hacia una cartografía de los cuerpos en el estallido chileno del 18-O en Plaza de la Dignidad. Revista SOBRE, Granada, n. 6, p. 85-94, 2020.

DICKENSON, Christopher (ed.). Public Statues Across Time and Cultures. Londres: Routledge, 2021.

FREEDBERG, David. The Power of Images: Studies in the History and Theory of Response. Chicago: The University of Chicago Press, 1991.

GARCÍA, Fernando. La guerra de las estatuas. Por qué los monumentos públicos están en riesgo. La Nación, Buenos Aires, 13 ago. 2020. Disponível em: https://www.lanacion.com.ar/cultura/la-guerra-estatuas-por-que-monumentos-estan-nid2419194. Acesso em: 25 dez. 2021.

GREEN, Dominic. The war of the statues is a battle for freedom. The Spectator. Nova York, 10.6.2020. Disponível em: https://spectator.us/topic/war-statues-battle-freedom/. Aceso em: 25 dez. 2021.

JASPER, James. Protesto: Uma introdução aos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.

MANICOM, Jean-François. Why we topple statues. Politico, Bruxelas, 12 jun. 2020. Disponível em: https://www.politico.eu/article/why-we-topple-statues-bristol-edward-colston-antwerp-leopold-ii-black-lives-matter. Acesso em: 25 dez. 2021.

MARASCIULO, Marília. 5 monumentos brasileiros que honram figuras históricas contraditórias. Revista Galileu, Rio de Janeiro, 21 jul. 2020. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2020/07/5-monumentos-brasileiros-que-honram-figuras-historicas-contraditorias.html. Acesso em: 25 dez. 2021.

MARINS, Paulo. Uma personagem por sua roupa: o gibão como representação do bandeirante paulista. Tempo, Rio de Janeiro, v. 26, n. 2, p. 404-429, 2020.

MARINS, Paulo. O Parque do Ibirapuera e a construção da identidade paulista. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 6-7, n. 1, p. 9-36, 1999.

MORETTIN, Eduardo Victorio. Quadros em movimento: O uso das fontes iconográficas no filme Os Bandeirantes (1940), de Humberto Mauro. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 18, n. 35, p. 105-131, 1998.

MORLINO, Leonardo. ¿Cómo analizar las calidades democráticas? In: XAVIER, Lídia; DOMÍNGUEZ, Carlos (org.). A Qualidade da Democracia no Brasil: Questões Teóricas e Metodológicas da Pesquisa. Curitiba: Crv, 2016. p. 21-47.

MORLINO, Leonardo. Changes for Democracy: Actors, Structures, Processes. Oxford: Oxford University Press, 2011.

MOREIRA, Marcelo. Democracias no século XXI: Causas, Sintomas e Estratégias para Superar. Lua Nova, São Paulo, n. 111, p. 15-49, 2020.

NUNES, Brunella. Estátua do Borba Gato: como lidar com monumentos polêmicos do passado. TAB, São Paulo, 10 jun. 2020. Disponível em: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/06/10/derrubar-ou-manter-como-lidar-com-os-monumentos-polemicos-do-passado.htm. Acesso em: 25 dez. 2021.

OCÓN, Jorge. Estatuas antiguas en contextos islámicos: el discurso de DAESH – la respuesta a la Historia. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 40, n. 84, p. 217-241, 2020.

PEREIRA, Julia Lopes. Espaços em disputa/Espaços em diálogo. In: FUREGATTI, Sylvia; OLIVEIRA, Luiz Sérgio de; Knauss, Paulo (org.). Arte Pública no Brasil: contextos e interações. Niterói: PPGCA-UFF Editora, 2020. p. 213-224.

POULOT, Dominique. Da razão patrimonial aos mundos do patrimônio. Geosaberes, Fortaleza, v. 5, n. 1 (Especial), p. 34-42, 2014.

POULOT, Dominique. Patrimoine et Mémoire. In: ARCINIEGA, Luis (org.). Memoria y significado: uso y recepción de los vestígios del pasado. Valencia: Universidad de Valencia, 2013. p. 199-214.

RAHME, Anna. A derrubada de cada estátua é um apelo. Revista ARA, São Paulo, v. 10, n. 10, p. 131-157, 2021.

RICOER, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.

ROZAS-KRAUSE, Valentina. Monumentos caídos: notas sobre nuestra actual estatufobia. ARQ, Santiago, n. 105, p. 150-152, 2020.

SARLO, Beatriz. Tiempo Pasado/ Cultura de la memória y giro subjetivo. Una discusión. Buenos Aires: Siglo XXI, 2006.

SCHLAGWEIN, Felix. Remover, reubicar o repensar: ¿qué hacer con los monumentos controvertidos? Deutsche Welle, Berlin, 17 jun. 2020. Disponível em: https://www.dw.com/es/remover-reubicar-o-repensar-qu%C3%A9-hacer-con-los-monumentos-controvertidos/a-53849638. Acesso em: 25 dez. 2021.

STIEM, Tyler. Statue wars: what should we do with troublesome monuments? The Guardian, Londres, 26 set. 2020. Disponível em: https://www.theguardian.com/cities/2018/sep/26/statue-wars-what-should-we-do-with-troublesome-monuments. Acesso em: 25 dez. 2021.

TAVARES, Francisco; PFRIMER, Matheus Hoffmann. O outono da onda global: limites do ativismo contemporâneo no anoitecer da democracia e dos direitos sociais. Educação & Sociedade, Campinas, v. 41, e229095, p. 1-18, 2020.

TRAVERSO, Enzo. O Passado, Modos de Usar. História, memória e política. Lisboa: Unipop, 2012.

VAN UFFELEN, Chris. 500 x Art in Public: Masterpieces from the Ancient World to the Present. Salenstein: Braun Publishing, 2011.

VARGAS ÁLVAREZ, Sebastián. Monumento Estela de Luz: disputas en torno a los usos públicos de la historia en el México del Bi/Centenario. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 8, n. 9, p. 130-161, 2016.

VEIGA, Edison. Como os bandeirantes, cujas homenagens hoje são questionadas, foram alçados a ‘heróis paulistas’. BBC News Brasil, Bled, 20 jun. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53116270. Acesso em: 25 dez. 2021.

VIEIRA, Bárbara. Crânios são colocados ao lado de monumentos de bandeirantes para ressignificar história de SP. G1, São Paulo, 27 out. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/10/27/cranios-sao-colocados-ao-lado-de-monumentos-de-bandeirantes-para-ressignificar-historia-de-sp.ghtml. Aceso em: 25 dez. 2021.

WEINER, Lauren. Statues Come Down. Academic Questions, Nova York, v. 33, p. 412-417, 2020.

WILSON, Nick; ET AL. Attacks on Statues Associated with Social Injustice and Militarism: New Zealand as a Case Study. SocArXiv, Cornell, jun. 2013, p. 1-36. 2020. Disponível em: https://osf.io/preprints/socarxiv/e6agq. Acesso em: 25 dez. 2021.

Porque a imagem dos bandeirantes tem sido questionada pela história?

Essa imagem heróica acabou dando lugar a outra, oposta: os bandeirantes teriam sido bandidos crueis e sanguinários, que saqueavam aldeias indígenas, matando crianças, violentando mulheres e escravizando os índios. Em nossos livros didáticos o bandeirante foi retratado dessas duas formas: ora herói, ora vilão.

Como os bandeirantes foram homenageados em SP?

Monumentos e estátuas são inúmeros. Do Monumento às Bandeiras, obra de Victor Brecheret (1894-1955) concluída em 1953, à estátua do Borba Gato, polêmico trabalho de Júlio Guerra (1912-2001), inaugurada em 1957, não faltam homenagens aos bandeirantes pelas ruas e espaços públicos da cidade.

Por que os bandeirantes são homenageados no Brasil sobretudo em São Paulo?

"As homenagens simbolizam uma tentativa de a capital se desvincular de suas origens indígenas, negras, caboclas e caipira para se aproximar de uma metrópole europeia", diz ele.

Por que os paulistas construíram monumentos em homenagem aos bandeirantes?

Brecheret propôs a construção de um monumento em homenagem às bandeiras, um tema com grande apelo histórico para os paulistas naqueles anos. A escolha do tema partira do escritor Menotti del Picchia, que afirmava: “Os paulistas relembrariam os heróis de sua terra nas comemorações do Centenário da Independência.”