Disposição de quadros do mesmo tamanho

É possível fazer vários tipos de combinações. Embora não existam regras fixas, nesta reportagem você tem algumas dicas para ter um conjunto harmônico

Por Reportagem Visual Juliana Hamacek e Simone Raitzik | Texto Cristina Dantas e Simone Raitzik | Fotos Evelyn Müller | Ilustração Cristina Castanho

access_time 23 nov 2017, 19h24 - Publicado em 5 fev 2013, 16h54

Disposição de quadros do mesmo tamanho

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Arranjos de quadros em forma de retângulo

Uma fórmula convencional, mas sem erros, prevê um quadro maior no centro e outros dispostos simetricamente ao redor, formando um grande retângulo. No entanto, como lembra o arquiteto Gustavo Calazans: “É mais difícil termos obras de tamanhos iguais, a não ser que sejam parte de uma série ou façamos molduras de mesmo tamanho para trabalhos de medidas diferentes. Quando você tem essa situação, fica lindo”.

Disposição de quadros do mesmo tamanho

Arranjos de quadros sem sair do quadrado

Do mesmo modo que a composição acima, esta pede várias molduras de mesmo tamanho para ficar rigorosamente no esquema, o que não é obrigatório. A arquiteta Roberta Martins sugere uma estratégia para quem quer uma montagem correta, mas com algo fora do usual: dispôr, entre os quadros, outras formas de arte, como uma escultura. “Também é possível deixar um espaço em branco dentro do retângulo ou do quadrado”, ensina.

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Arranjos de quadros com distribuição em dois eixos

Este é o esquema do arranjo do arquiteto Gustavo Calazans visto anteriormente na reportagem. Foram definidos dois eixos – horizontal e vertical – e, com base neles, os quadros se alinharam. Com isso, a composição ficou harmônica mesmo com obras de tamanhos e formatos diferentes. Esse recurso merece uma observação: “Usei trabalhos de visual similar, o que não tira a importância de nenhum deles nem cria hierarquias”, afirma Gustavo.

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Arranjos de quadros  com montagem mais solta

Neste exemplo, uma faixa horizontal define a colocação de seis quadros. Eles estão alinhados somente na parte inferior. Em cada lateral, um quadro de tamanho diferente torna o agrupamento menos comportado. “A criação de eixos é um ótimo ponto de partida para organizar as obras na parede. Feito isso, fica mais fácil sair da linha”, analisa o arquiteto Marcos Marcelino.

Disposição de quadros do mesmo tamanho
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Fotos e telas tomam o espelho

Obras praticamente grudadas umas às outras, cobrindo a parede do piso ao teto e instaladas sobre um grande espelho: tudo foge do convencional no jeito como o arquiteto baiano David Bastos organiza os quadros em seu apartamento, em São Paulo. A composição começou pela tela de Daniel Senise, centralizada a partir do teto. Com o tempo, mais obras se somaram a ela, como o díptico de fotos de Mario Cravo Neto que retrata uma praia. Outro grupo de fotos preenche a área à direita do quadro central. Na lateral do sofá (acima), fca o díptico de Flávio Freitas.

Disposição de quadros do mesmo tamanho
Disposição de quadros do mesmo tamanho
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Surpresa no mix de molduras

Nesta sala de jantar ultracontemporânea, Bruno Batistela e Iraima Castro, da Kwartet Arquitetura, criaram uma composição que respeita um eixo central. De um lado dessa linha imaginária, está a obra principal do conjunto, o grafite Anônima, de Pas Schaefer. “Ela ficaria perdida sozinha”, diz Bruno. Para acompanhá-la, vieram trabalhos mais neutros: a pintura de Newman Schutze e, abaixo dela, a gravura O Grito, de Luis Felipe Volpi. Se o arranjo é comportado, a ousadia aparece na mistura das molduras preta, branca e dourada.

Disposição de quadros do mesmo tamanho
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Acervo cheio de histórias

A sugestão veio da designer e empresária Regina Kato, quando viu que a coleção de quadros do namorado – o médico homeopata Milton Ungierowicz – fcava salpicada sem muito critério pelas paredes do apartamento, na Zona Sul carioca. “Disse que ele poderia agrupar tudo numa composição, criando uma textura bacana na sala de estar”, conta Regina. Milton topou e ela levou uma tarde inteira para montar o conjunto, com telas mais simples, de valor afetivo, e outras assinadas por artistas reconhecidos. “A graça está nessa mistura”, afrma a designer.

Disposição de quadros do mesmo tamanho
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Vermelho valoriza o arranjo

Ao organizar a grande coleção de arte da moradora deste apartamento paulistano, o arquiteto Gustavo Calazans destinou parte dela a uma parede que ele pintou de vermelho, ressaltando os quadros. As obras foram separadas por cor: de um lado fcaram as neutras e do outro as mais vibrantes. “Fiz o que não se faz quando se trata de arte”, diz, brincando. Em vez de um grande arranjo central, Gustavo optou por dois blocos distintos e assimétricos, dispostos em forma de cruz, o que dá brecha a futuras aquisições.

Disposição de quadros do mesmo tamanho
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Preto e branco em equilíbrio

Há um móvel a delimitar a área da composição pensada pelos arquitetos Roberta Martins e Marcos Marcelino – ela não ultrapassa as laterais do aparador da sala de jantar. A distribuição das obras começou de forma mais rígida, pelas três peças com molduras pretas, à direita, dispostas num retângulo. “Elas compõem um arranjo fechado dentro de outro mais solto”, explica Marcos. Pode reparar: o lado esquerdo do conjunto sai desse alinhamento inicial e ganha ares mais leves graças ao domínio da foto de Steve Miller, com moldura clara.

Disposição de quadros do mesmo tamanho
Disposição de quadros do mesmo tamanho

Em busca de simetria

As páginas de um livro sagrado japonês do século 19 ocupam uma das paredes deste apartamento paulistano. Autor do projeto, o arquiteto João Mansur propôs um alinhamento rente ao teto e a um batente de porta. No centro do conjunto, criou um ponto de interesse com o armário inglês antigo. “Segui a regra de respeitar a linha do olhar, situada aproximadamente 1,60 m acima do piso e no meio do arranjo”, diz. Não fossem os espelhos de luz, à direita, a composição seria totalmente simétrica. “Afnal, é uma característica do meu trabalho.”

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Como organizar quadros do mesmo tamanho?

Dica 2: Se os seus quadros possuem as mesmas dimensões e são todos verticais ou horizontais, a dica é simples, coloque-os lado a lado. Dica 3: Se a parede for estreita, por exemplo, a parede no final de um corredor ou entre duas janelas, o melhor é colocar quadros do mesmo tamanho dispostos na vertical.

Como organizar quadros do mesmo tamanho na parede?

Forme uma fileira vertical para um espaço estreito. Escolha quadros do mesmo tamanho e posicione-os em uma linha vertical com o mesmo espaço entre cada um. Esse layout fica bonito em uma parede alta e estreita ou entre janelas. Um espaçamento de 20 cm entre cada quadro fica bom.

Quantos centímetros deixar entre os quadros?

Para uma melhor visualização e experiência estética, é recomendável que o meio do quadro esteja a uma altura de 1,60 metros do chão. Se o quadro for pendurado em uma parede que conta com um sofá logo abaixo, deve haver uma distância entre o sofá e o quadro de pelo menos 50 cm para manter a harmonia e evitar acidentes.

Qual distância de um quadro para outro?

Segundo o Apartment Therapy, o espaçamento ideal entre um quadro e outro está entre 3 e 6 polegadas, o que corresponde a aproximadamente 7,5 a 15,5 cm – como é uma distância pequena, você pode fazer essa medição utilizando até mesmo uma régua.