Localizam-se na região central e apresentam terras bastante férteis

Planície é uma unidade de relevo caracterizada por possuir paisagens geralmente planas, pouco acidentadas e localizadas em regiões com baixas altitudes, estando geralmente próximas ao nível do mar.

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Origem

De acordo com a estrutura geológica da Terra, as planícies possuem origem sedimentar, ou seja, localizam-se em bacias sedimentares de origem recente. Estar localizado nessas áreas significa que os processos de acúmulo de sedimentos superaram os processos de erosão. Como as planícies estão situadas em regiões de baixo nível altimétrico (baixa altitude), há bastante depósito de sedimentos, provenientes de desgastes de rochas vizinhas e menos ação dos processos erosivos.

As planícies, de modo geral, podem ser classificadas em três tipos:

1. Aluviais: nesse caso, o transporte de sedimentos é feito pelos rios, dando origem à planície aluvional ou fluvial;

2. Costeiras: o transporte de sedimentos é feito por águas marinhas, dando origem à planície costeira ou marinha;

3. Lacustres: forma-se a planície lacustre quando há soterramento de um lago.

Particularidades

Ao contrário dos planaltos, que são formas de relevo em destruição, as planícies são consideradas relevos em construção, pois a deposição de sedimentos supera a erosão. Planícies são consideradas formas de relevo recentes, formadas na Era Cenozoica.

Maiores planícies do mundo

Podemos encontrar planícies em várias regiões do planeta. Na Europa, encontra-se a Planície Central Europeia. No continente africano, localiza-se a Planície da Bacia do Congo. Na Oceania, temos a Planície da Austrália. No continente asiático, encontramos a Planície Mesopotâmica. Na América do Norte, destacam-se as Grandes Planícies, nos Estados Unidos. Na América do Sul, planícies como a do Pantanal e a Amazônica.

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Planícies brasileiras

No Brasil, destacam-se duas grandes planícies: a Planície do Pantanal e a Planície Amazônica.

→ Planície do Pantanal: Segundo Silva & Abdon, o pantanal mato-grossense é uma das maiores planícies alagáveis do mundo. Possui relevo plano e uma rede hidrográfica bastante complexa. Nessa região encontram-se milhares de espécies da fauna e da flora.​​​​​​​
 


Planície do Pantanal Mato-grossense


→ Planície amazônica: Situada na região norte do Brasil, a planície amazônica encontra-se em meio a áreas de alto nível altimétrico (ao seu redor encontram-se regiões de planaltos). Essa planície margeia o rio Amazonas e seus afluentes e possui altitudes que variam de 100 m a 200 m do nível do mar.
 


Planície amazônica margeando o Rio Negro, no estado do Amazonas

 

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Silva, J.S.V.; Abdon, M.M. Delimitação do Pantanal Brasileiro e suas sub-regiões. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 33 (Número Especial): 1703-1711, out., 1998.

No sentido estritamente geológio e geográfico, a Europa é uma grande península, a parte ocidental da Eurásia ou continente eurasiano. Por motivos culturais, considera-se a Europa como um região continental. Trata-se de um continente pequeno, cuja superfície é de 10.400.000 Km2 (apenas cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados a mais que o território brasileiro).

Por outro lado, ela conta com cerca de 800 milhões de habitantes, sendo o terceiro continente mais populoso, após a Ásia e a África. A história e a cultura européia influenciaram indiscutivelmente o mundo inteiro. A posição central da Europa em relação aos outros continentes e penetração marítima sempre favoreceram a comunicação entre as populações das diversas regiões e as migrações para outras áreas do mundo.

Os mares constituem os maiores limites naturais da Europa. Ao Norte, ela é delimitada pelo oceano glacial Ártico; a Oeste, pelo oceano Atlântico, ao Sul, pelo mar Mediterrâneo e o mar Negro; a Leste, pelo mar Cáspio e ainda pela cadeia montanhosa dos Urais e pelo rio Ural.

Relevo

A Europa é composta de um conjunto de penínsulas unidas. As maiores delas são a "terra firme" e a Escandinávia, no norte, divididas pelo mar Báltico. Três penínsulas menores (Ibérica, Itálica e Balcânica) despontam da margem sul do território no Mediterrâneo, separando o continente da África. No Leste, a terra firme se estende até os limites do continente com a Ásia, nos Urais.

Os relevos europeus mostram grandes desníveis em áreas relativamente pequenas. Alternam-se extensas planícies (Europa báltica, Europa Central), maciços pré-cambrianos (Escandinávia, Escócia) ou paleozóicos (Maciço Central, Vosges, maciço Xistoso-Renaro, Meseta Ibérica) e elevadas cadeias terciárias (Alpes, Pireneus, Cárpatos, Cáucaso). As diferenças geográficas explicam a separação das nações européias ao longo da história.

Hidrografia

A Europa possui três regiões hidrográficas: a dos rios atlânticos, como Minho (Espanha e Portugal), Sena (França), Mosa (França, Bélgica e Países Baixos) e Tâmisa (Inglaterra), que são coletores de planície e apresentam caudal regular durante todo o ano; a dos rios de planície, como Vístula (Polônia), Dniepre (Rússia, Belarus e Ucrânia), Dniester (Ucrânia e Moldávia), Don (Rússia) e Volga (Rússia), que apresentam longos trechos navegáveis e que congelam no inverno; e a dos rios mediterrâneos, como Ebro (Espanha), Garona (Espanha e França), Ródano (Suíça e França) e Pó (Itália), que possuem curso muito irregular e estão sujeitos a longas estiagens no verão. Os regimes do Danúbio (Alemanha, Áustria, Eslováquia, Hungria, Croácia, Sérvia, Bulgária, Romênia, Moldávia e Ucrânia.) e do Reno (a Suíça, a Áustria, o Liechtenstein, a Alemanha, a França e os Países Baixos) variam conforme a região que atravessam.

Clima

O continente apresenta grande variedade climática devido à configuração topográfica, que permite a penetração da influência moderadora do oceano Atlântico. Há três tipos de clima: o oceânico, o continental e o mediterrâneo. O primeiro se estende pela faixa ocidental, da Noruega a Portugal. O clima continental predomina na Polônia, no leste da Alemanha, nas regiões banhadas pelo Danúbio, na Suécia, na Finlândia, nos países bálticos e nas regiões européias da Rússia. O clima mediterrâneo cobre uma grande extensão do continente em virtude do longo corredor formado pelo mar Mediterrâneo, que atrai as massas de ar atlânticas no outono e no inverno. Abrange sobretudo o sul da França, a Espanha, a Itália e a Grécia.

Flora e fauna

Há cinco regiões botânicas. A tundra aparece nas áreas mais ao Norte do continente (Escandinávia, Islândia, Rússia). A faixa situada ao sul dessa área é coberta pelo bosque boreal de coníferas (pinheiros, abetos e lariços). O bosque temperado se estende ao longo da costa atlântica (faias, carvalhos, tílias) e limita-se, a leste, com a estepe, cuja vegetação gramínea se prolonga da Hungria à Ucrânia. Ao sul do bosque temperado, prevalece a vegetação mediterrânea (pinheiros, azinheiras e sobreiros).

A ação humana reduziu o número e o hábitat das espécies selvagens européias. Na zona mais setentrional vivem animais de peles finas, como a rena e a foca. Nos bosques temperados habitam o urso pardo, a raposa, o lince e a lontra, e, na área mediterrânea, lebres, javalis, perdizes e faisões. A montanha apresenta uma fauna peculiar, com animais como o alce e o cabrito montês.

Composição étnica

A Europa é o continente de maior densidade populacional do mundo e de mais equilibrada distribuição demográfica. Os povos europeus são em sua maioria caucasóides (brancos), com exceção dos lapões, búlgaros, turcos, magiares e finlandeses, de origem mongolóide.

Línguas

A maioria das línguas européias procede do tronco indo-europeu. Os grupos mais importantes são: o neolatino ou românico (francês, italiano, espanhol, português, provençal, sardo, reto-romeno, catalão, galego, romeno); o eslavo (russo, polonês, ucraniano, bielorrusso, búlgaro, servo-croata, esloveno, sorábio ou vendo, tcheco, eslovaco); o germânico (alemão, neerlandês, frísio, inglês, dinamarquês, norueguês, sueco, islandês); o celta (irlandês, escocês, galês, bretão); o ilírico (albanês); e o helênico (grego). Das línguas não indo-européias destacam-se a família fino-úgrica (húngaro, finês ou finlandês, estoniano, lapão e carélio), a altaica (turco), a camito-semítica (maltês) e o basco ou vasconço, este sem relação com nenhuma família lingüística conhecida.