Manchas vermelhas na pele chamadas de sarcoma de kaposi

Sarcoma de Kaposi é um tipo de câncer de pele que atinge os tecidos dos vasos sanguíneos e linfáticos, e que resulta no surgimento de lesões na pele por todo o corpo.

Essas lesões também podem surgir em superfícies mucosas, como dentro da boca por exemplo, e em órgãos internos, como pulmões, fígado e sistema digestivo.

Essa doença é considerada rara, porém é uma complicação corriqueira na aids. Alguns estudos apontam que o herpesvírus humano do tipo 8 está implicando na manifestação da doença, principalmente em pessoas que possuem um sistema imunológico debilitado.

Tipos de Sarcoma de Kaposi

O Sarcoma de Kaposi pode ser dividido em três principais formas epidemiológicas, que possuem modificações celulares bastante parecidas, essas formas são:

Sarcoma de Kaposi Epidêmico 

O tipo epidêmico é considerado o mais comum, e está relacionado a AIDS, o seu desenvolvimento acontece em pessoas que foram infectadas pelo HIV.

Vale ressaltar, que uma pessoa portadora do vírus HIV não necessariamente tem AIDS. Há casos em que o vírus pode estar presente no corpo por anos, antes de causar a doença.

Sarcoma de Kaposi Clássico

O tipo clássico é considerado o mais raro da doença e acomete principalmente homens idosos. Tem como característica um processo de evolução lento e não compromete o sistema imunológico.

Neste caso o paciente geralmente apresenta inúmeras lesões nas pernas, tornozelos ou na sola dos pés. Diferentemente dos outros tipos da doença, as lesões aqui possuem um crescimento demorado e o desenvolvimento de novas lesões não ocorre com muita frequência.

Sarcoma de Kaposi Endêmico

Esse tipo é considerado a forma mais agressiva da doença e geralmente ocorre em jovens negros que vivem na África Equatorial, por isso também é conhecida como Sarcoma de Kaposi africano.

A infecção se torna mais comum na África do que em outros lugares do mundo  devido a alguns fatores presentes no país que contribuem para o desenvolvimento dessa doença, visto que ela acomete um grupo amplo de pessoas.

Sintomas

Os sintomas desse tumorvariam de acordo com a cor da pele do indivíduo. Em pessoas de pele branca, as lesões possuem manchas de aparência avermelhada que se alastram pelo corpo, na região da boca e da faringe. Já na pele negra, as manchas possuem uma cor marrom ou até mais escura.

Outros sintomas comuns dessa doença são inchaços nos membros inferiores, e em casos mais graves, sangramento no sistema digestivo e insuficiência respiratória.

Causas

O que causa esse câncer de pele é a interação entre o HIV, um sistema imunológico debilitado e o herpesvírus humano tipo 8.

Pesquisas feitas pela Kaiser Permanente apontam que a associação de alguns fatores como tabagismo e obesidade, pode provocar uma maior incidência de risco para esse câncer.

Nessa doença, ocorre a infecção das células endoteliais com o vírus KSHV, esse vírus acaba induzindo os genes a provocar uma divisão das células, fazendo com que elas vivam mais tempo do que deveriam. Esse tipo de alteração, pode transformá-las em células cancerígenas.

Tratamento

O tratamento do Sarcoma de Kaposi pode ser feito por meio de radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e até a utilização de drogas com o intuito de inibir a formação de novos vasos sanguíneos.

O uso de medicamentos antirretrovirais contra o HIV também é satisfatório, pois eles diminuem o risco da doença para os portadores desse vírus e também auxilia no processo de regressão da doença.

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Quando o assunto é HIV, existe um grande receio associado aos demais acometimentos de saúde que podem surgir nos portadores do vírus. Dentre eles, as lesões de pele ganham importante relevância.

E não é para menos! Como a pele representa a primeira barreira de defesa do corpo, qualquer manifestação pode sugerir muito sobre o estado imunológico de uma pessoa. Além disso, pode ser o primeiro sinal de outras doenças sistêmicas.

Considerando a ampla diversidade de lesões de pele, é importante que o indivíduo com HIV esteja atento a qualquer sinal. Uma vez detectado, as condutas serão tomadas em tempo hábil. Em suma, venha entender melhor!

Entenda a diferença entre HIV e AIDS

Antes de tudo, vale a pena reforçar qual a diferença entre HIV e AIDS. O vírus da imunodeficiência adquirida humana (HIV) é um retrovírus que infecta o indivíduo e causa uma depressão no sistema imunológico.

Quando esse acometimento imune é acentuado, aumenta o risco de manifestar a AIDS. Ela, por sua vez, é representada pela redução acentuada de células de defesa, acompanhada pelas chamadas doenças oportunistas.

Tais doenças como fungos, bactérias, vírus ou outros parasitas, além de neoplasias podem provocar. No entanto, vale ressaltar que muitas delas apresentam lesões de pele, como é o caso do sarcoma de Kaposi.

Sendo assim, as doenças de pele podem sugerir um momento mais grave da infecção, na qual a imunodeficiência encontra-se em avanço. Vale ressaltar que nem todos os indivíduos portadores de HIV apresentam AIDS, sobretudo graças aos avanços no tratamento.

Descubra quais os desafios para o cuidado com a pele

Vimos, então, que a pele apresenta uma grande importância para a saúde de uma pessoa com HIV. Diante de todas as dificuldades que esses indivíduos encontram, seja lutando contra estigmas, seja cumprindo com o tratamento, um outro desafio é ter bastante cuidado com a pele.

Como o sistema de defesa fica acometido, com a pele não é diferente. Isso porque ela apresenta as chamadas células de Langerhans, que atuam em conjunto com outras células de defesa na pele. Elas são especialistas em impedir a infecção por um determinado agente microbiano.

Desde o momento da infecção pelo vírus HIV até as fases mais avançadas da condição pode ser que alguma doença oportunista seja observada. Por isso, qualquer sinal diferente, como vermelhidão, caroços, placas, dentre outros, a pessoa deve investigar!

Diante de tudo que comentamos acima, chegou o momento de conhecer as principais lesões de pele que podem acometer uma pessoa com HIV. Desse modo, você vai perceber que existe uma grande variedade de causas e tratamentos. Confira!

1. Piodermite

Engana-se ao pensar que nossa pele é livre de bactérias. Na verdade, existe um equilíbrio na microbiota que vive em nós. Porém, o desequilíbrio entre elas, associado a uma baixa imunidade, pode resultar na infecção.

Por isso, uma das infecções de pele mais comuns é pela bactéria Staphylococcus aureus. Existe, então, uma série de doenças causadas por esse agente, como impetigo, celulite e foliculite. Nos casos mais graves, pode acarretar na tão temida fasceíte necrotizante.

Geralmente, o local infectado torna-se vermelho, inchado, dolorido e com temperatura mais quente. Frente a esses sinais, busque ajuda médica! A pessoa pode realizar o tratamento com antibioticoterapia e deve ser acomapanhado.

2. Sífilis

Já a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Assim, ela pode ser dividida em sífilis primária, secundária, latente e terciária. 

Na fase inicial da doença, aparece uma lesão ulcerada bem característica. Como é uma manifestação autolimitada, ou seja, em poucos dias desaparece, muitas vezes passa despercebida.

Na fase secundária, pode se manifestar com manchas avermelhadas na pele. O grande detalhe é que em pessoas imunossuprimidas há maior risco de a infecção acometer o sistema nervoso central.

Por isso, é tão importante diagnosticar a condição em tempo hábil, sobretudo por apresentar um tratamento relativamente simples com o uso de antibióticos.

3. Herpes

Agora, vamos falar sobre o herpes, uma condição viral que pode ser manifestada de diferentes formas. As lesões pelo herpes vírus, por exemplo, são caracterizadas pelas vesículas, que figuram como bolinhas repletas de líquido.

No herpes labial, tais lesões se restringem apenas ao redor da boca. Já no genital, podem surgir no pênis, nos grandes lábios ou mesmo no períneo.

Além disso, existe o famoso herpes-zóster. Aqui, o vírus causador é o varicela vírus (o mesmo da catapora). As lesões, por sua vez, surgem principalmente nas costas e se limitam a apenas uma faixa em determinado lado do corpo.

O tratamento é feito com medicamentos antivirais e, no caso do herpes-zóster, é fundamental o diagnóstico precoce para evitar complicações posteriores.

4. Candidíase

A candidíase é a infecção fúngica mais frequente em pessoas com HIV. Ela pode surgir em qualquer fase da infecção, desde os estágios iniciais aos mais avançados de imunodeficiência. Por isso, atenção redobrada com ela!

As manifestações mais frequentes são placas esbranquiçadas, seja na boca, seja na região genital ou, até mesmo, em órgãos internos, como o esôfago. Essa placa não é aderida, ou seja, é removida com o atrito.

Porém, não se engane! O tratamento requer antifúngicos específicos para combater o problema. Geralmente, o tratamento se estende por alguns meses. Então, acompanhe com seu médico!

5. Sarcoma de Kaposi

Por último, vamos falar sobre uma das condições mais associadas a um quadro de AIDS: o sarcoma de Kaposi. Como o nome já sugere, ele representa um câncer. Neste caso, é uma neoplasia dos vasos sanguíneos.

A gravidade do quadro vai ser diretamente proporcional ao nível de imunodeficiência. Em outras palavras, é mais grave nos indivíduos com pior sistema de defesa. Mas e a pele? Bem, tende a aparecer manchas, placas ou mesmo nódulos em cor violácea.

E não perca tempo! Em seguida, procure avaliação médica o quanto antes para avaliar as possibilidades de tratamento.

Vimos, então, as principais lesões de pele que podem surgir em uma pessoa com HIV. De fato, até mesmo os indivíduos não infectados apresentam o risco de desenvolvê-las. Porém, é a imunodeficiência que vai aumentar o risco delas. Nessa perspectiva, vale enaltecer o excelente resultado das terapias anti-retrovirais implementadas no tratamento contra o HIV. Após a implementação delas, houve importante diminuição nos quadros de lesões de pele.

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