Nódulo mama categoria 4 tem cura

O câncer de mama é uma doença que, quanto mais cedo diagnosticada, maiores as chances de cura.

Apesar da doença costumar aparecer em mulheres acima dos 40 anos, é fundamental que toda mulher realize o autoexame desde cedo. Isso porque qualquer mudança no formato, textura ou aspecto da mama deve ser identificada para tratar o quanto antes.

Além de existirem diversos tipos de câncer de mama, também existem alguns estágios que devem ser conhecidos e considerados antes de iniciar o tratamento.

Esses estágios vão do 0 ao 4, classificados de acordo com a extensão e gravidade do câncer. Em geral, para identificar a fase da doença, é necessário verificar os receptores de estrogênio, progesterona e o status da proteína HER2.

Para saber o estágio do câncer mama, seu médico pode pedir raios-x, exames de laboratório e outros testes.

Conheça, abaixo, como se caracteriza cada estágio e qual o tratamento adequado para a paciente:

Estágio 0

O estágio 0 é o inicial, em que o tumor ainda está limitado ao interior do ducto de leite (carcinoma in situ) e não é invasivo. Nessa fase, as alterações celulares normalmente não chegam a formar nódulos.

Geralmente é detectado com facilidade pela mamografia, e as chances de cura são de praticamente 100%.

Estágio I

Aqui, o tumor já toma forma, mas mede menos de 2 cm. Além disso, por seu tamanho, ele não chega a acometer as glândulas linfáticas da axila.

Seu diagnóstico pode ser feito através do autoexame, da mamografia ou de outros exames médicos. O tratamento é local e mais moderado, e geralmente inclui cirurgia e radioterapia.

Tanto no estágio 0 quanto nesse, é importante realizar ações de controle e contenção para evitar o avanço da doença.

Estágio II

Na fase II, o nódulo mede entre 2 a 5 cm e já atingiu alguns linfonodos próximos. Tal como o estágio I, o tratamento utilizado geralmente é cirurgia e radioterapia, associado a quimioterapia ou outros medicamentos específicos.

Estágio III

Nesse momento, o tumor já mede mais de 5 cm e se disseminou por vários linfonodos próximos, podendo atingir músculos e pele.

A maioria dos casos de câncer de mama no Brasil tem sua detecção nesse estágio. Quando ele chega a esse ponto, o tratamento é feito através da cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Estágio IV

O tumor de estágio IV já se disseminou pelas glândulas linfáticas e também para outros órgãos, caracterizando uma metástase. Nessa fase, o câncer de mama é conhecido como “câncer de mama metastático” ou “câncer de mama avançado”.

Seu tratamento consiste em terapias sistêmicas, como hormonoterapia e quimioterapia. Por estar mais avançado, a sobrevida da paciente depende da localização dos tumores e da sua resposta ao tratamento. Por isso, quanto antes detectado, maiores são as chances de sucesso e cura.

Com esse panorama, é importante frisar a necessidade dos autoexames de rotina e das visitas ao ginecologista. Conhecer o próprio corpo e ter um acompanhamento médico ajudam no diagnóstico precoce e no planejamento do processo terapêutico.

Lembrando que, se você não possui casos de câncer de mama na sua família, a mamografia deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos.

E não esqueça de praticar a prevenção! Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de alguns hábitos saudáveis. Invista nas seguintes ações:

• Pratique exercícios físicos regularmente;

• Consuma alimentos saudáveis;

• Mantenha um peso corporal adequado;

• Evite o consumo de bebidas alcoólicas.

Envie esse conteúdo para uma amiga que precisa conhecer sobre o assunto! E nos acompanhe nas redes sociais para mais dicas de prevenção.

Fontes: Oncoguiae Clínica da Mama

Quadro Clínico

Mulher de 49 anos, sem antecedentes pessoais mas com histórico de câncer de mama na família, realizou mamografia e ultrassom de mamas para rastreamento. A mamografia veio sem alterações; o ultrassom, entretanto, identificou uma alteração, que pode ser vista na imagem 1.

Nódulo mama categoria 4 tem cura

Imagem 1 – Ultrassom de mama (retroareolar)

Discussão

Neste ultrassom de mama,  é possível observar na região retroareolar um nódulo complexo (sólido-cístico), oval e circunscrito, que tinha vascularizacão ao Doppler; pode ser caracterizado como nódulo intraductal, configurando para esta imagem característica de BI-RADS 4.

As categorias de avaliação BI-RADS servem para padronizar os relatos de achados em exame de imagem de mama, além de direcionar as condutas a serem tomadas na sequência (por exemplo, manter ou alterar periodicidade de rastreamento, ou indicar biópsia). É importante notar que a classificação BI-RADS refere-se apenas a achados de imagem, e não leva em conta o quadro clínico da paciente.

A categoria 4 do BI-RADS indica que há anormalidade suspeita, uma lesão com características suspeitas de malignidade. Entretanto, os casos classificados como suspeitos  nessa categoria apresentam ampla variação no risco de malignidade (2 a 94%). Assim, para definir os critérios a serem utilizados para a subdivisão dos achados suspeitos na categoria 4, as lesões mamárias foram subcategorizadas em três grupos com risco diferente:  suspeita baixa  (4A, chance de malignidade 2 a 9%), intermediária (4B,  chance de malignidade 10-49%), e alta (4C, chance de malignidade 50-94%), de modo que o paciente e seu médico possam tomar uma decisão  com base  em uma avaliação individualizada do risco, propondo uma conduta de acordo com a probabilidade de malignidade.  

Nesse caso, tivemos um diagnóstico com uso do ultrassom, em vez da mamografia, que é o exame de rastreamento mais básico e tradicional. Um dos papéis principais do ultrassom é no diagnóstico de follow-up de uma mamografia anormal. O ultrassom tem melhor sensibilidade que a mamografia, e maior acurácia para avaliar o tamanho e as características morfológicas das massas, e para diferenciar uma massa sólida de um cisto. Se estiver disponível, o Doppler colorido do ultrassom pode auxiliar na avaliação de nódulos mamários, como neste caso. No entanto, a ausência de fluxo no Doppler não exclui a possibilidade de malignidade. Cabe lembrar que, neste caso, foi identificado fluxo ao Doppler, o que aumenta a chance de malignidade. Quando identificados, nódulos suspeitos podem facilmente ser submetidos à biópsia guiada por imagem para confirmar ou excluir a malignidade.

Bibliografia

American College of Radiology. American College of Radiology Breast Imaging Reporting and Data System BI-RADS, 5th ed, D'Orsi CJ, Sickles EA, Mendelson EB, Morris EA, et al. (Eds), American ColegeofRadiology, Reston, VA 2013

Catalano O, Raso MM, D'Aiuto M, et al. Additional role of colour Doppler ultrasound imaging in intracystic breast tumours. Radiol Med 2009; 114:253.

Berg WA, Gutierrez L, NessAiver MS, et al. Diagnostic accuracy of mammography, clinical examination, US, and MR imaging in preoperative assessment of breast cancer. Radiology 2004; 233:830.

Quais as chances de Birads 4 ser benigno?

Na verdade, nódulo caracterizado como BIRADS 4 tem 2 a 95% de chance de ser maligno. Corresponde a uma grande variedade de alterações que nao podem ser consideradas benignas apenas por exames de imagem e precisam portanto de confirmação do diagnóstico por biópsia.

O que significa nódulo no seio grau 4?

BI-RADS 4C: Lesão com alta suspeita de malignidade, entre 51 a 95% de risco de câncer. Nesse caso, todas as pacientes que receberem o laudo com classificação 4, independentemente da subcategoria, devem ser submetidas a realização da biópsia da lesão, para que assim o diagnóstico correto seja atribuído.

O que é Birads 4 na ultrassom?

Entendendo o BI-RADS4 São exames com achados suspeitos para malignidade. O grau de suspeita nessa categoria varia muito, de 5 – 90%. Podem ser nódulos, calcificações, assimetrias, distorções e podem ser achados de mamografia, ultrassom e/ou ressonância magnética.

O que significa estágio 4 do câncer?

Esse é o estágio mais grave e com mínimas chances de cura. No estágio IV, o câncer já se espalhou para outros órgãos, afetou os linfonodos e atingiu profundamente os tecidos adjacentes. É conhecido como o grau avançado ou metastático da doença.