O que aconteceu com a Alemanha e o Japão no fim da Segunda Guerra Mundial?

�s 2h27 da madrugada do dia 6 de agosto, o coronel Paul Tibbets aciona os motores da superfortaleza B-29, batizada por ele de Enola Gay, nome de solteira de sua m�e. O alvo era Hiroshima, cidade japonesa de 256 mil habitantes. �s 8h25 de 6 de agosto de 1945, a�bomba�denominada Little Boy, com 72 quilos de ur�nio 235, foi lan�ada sobre a cidade, a mais de 10 mil metros de altura. Demorou 43 segundos at� explodir.

Tudo em um raio de dois quil�metros foi destru�do pela explos�o equivalente a 13 mil toneladas de TNT. Morreram imediatamente 70 mil pessoas. Uma enorme nuvem em forma de cogumelo de poeira cinza, marrom e negra subiu pelo c�u. Hiroshima ficou �s escuras, o sol tinha desaparecido, e uma chuva negra radiativa. At� o fim do ano de 1945, outras 60 mil morreram v�timas das sequelas da explos�o nuclear.

Ap�s tr�s dias de aguardo de um pronunciamento do governo japon�s, e sem nenhuma resposta, os americanos estavam prontos para usar a segunda arma�at�mica,�agora de plut�nio, mais potente do que a�primeira. Eram 11h02 de 9 de agosto de 1945. Tudo em uma �rea de 3 por 5 km foi destru�do, Perto de 35 mil pessoas morreram na hora, e mais de 100 mil, nos anos seguintes, v�timas da radia��o.

O in�cio da corrida pela�bomba�e o fim da 2� Guerra Mundial

Poucos sabem, mas a Alemanha nazista � que iniciou e liderou a corrida armamentista nuclear: os cientistas alem�es eram especialistas em pesquisas militares desde a 1� Grande Guerra.

Em 1934, Leo Slizard, um h�ngaro que havia sido obrigado a emigrar para a Inglaterra por sua ascend�ncia judaica, descobriu que os n�utrons podiam ser usados para dividir os �tomos e criar uma rea��o em cadeia. No mesmo ano, o italiano Enrico Fermi bombardeou ur�nio com n�utrons e o dividiu. Foi um passo para criar a rea��o nuclear em cadeia.�

Com a lideran�a da Europa nas pesquisas, os alem�es tinham os melhores cientistas na �rea, entre eles o jovem Werner Karl Heisenberg, ganhador do Premio Nobel de F�sica de 1932. Em dezembro de 1938, no Instituto de Qu�mica Kaiser Guilherme, cientistas alem�es demonstraram pela primeira vez a fiss�o do ur�nio 235.�

Os cientistas Szilard e Fermi, preocupados com o potencial destrutivo da energia�at�mica,�mudaram-se para os Estados Unidos, onde compartilharam seus medos com Albert Einstein. Muitos dos grandes f�sicos alem�es eram judeus, e sob o regime anti-semita nazista, foram obrigados a fugir para os Estados Unidos e a Inglaterra, onde colaboraram nas pesquisas nucleares.

Na Alemanha, Paul Arteke, professor de Qu�mica da Universidade de Hamburgo, um dos primeiros a defender o uso da energia�at�mica�como arma, escreveu, em 24 de abril de 1939, uma carta ao ministro da guerra alem�o, na qual ele declarava que f�sicos nucleares alem�es eram capazes de criar explosivos de for�a gigantesca e quem os controlasse venceria seus inimigos com facilidade.�

O ministro do Armamento da Alemanha, Albert Speer, encorajou Werner Heisenberg a continuar suas pesquisas e na primavera de 1942, Heisenberg foi confirmado chefe do programa at�mico nazista, sendo nomeado diretor do Instituto Kaiser Guilherme. Um ano antes, Heisengerb havia apresentado um projeto para um reator nuclear. Esse projeto necessitava enorme quantidade de eletricidade e a Noruega, sob controle da Alemanha, tinha um amplo complexo hidrel�trico em que os alem�es estavam produzindo �gua pesada (subst�ncia necess�ria �s rea��es nucleares com ur�nio) em estado bastante adiantado.�

Preocupados, os ingleses resolveram, em 19 de novembro de 1942, enviar um comando da 1� Divis�o de paraquedistas � Noruega, para destruir a usina de Notodden, Telemark, que produzia a �gua pesada, mas os dois planadores utilizados na opera��o se acidentaram, e os poucos sobreviventes foram sumariamente fuzilados pelos nazistas. No ano seguinte, em 16 de fevereiro de 1943, seis noruegueses, vestidos e armados como ingleses para evitar repres�lias ao povo do pa�s, saltaram de p�ra-quedas nas geladas montanhas da Noruega, esquiaram at� a usina alem� de produ��o de �gua pesada. Na noite de 27 de fevereiro, atacaram a usina com�bombas,�destru�ram 350 quilos de �gua pesada e inutilizaram a usina por v�rios meses. Reconstru�da, a usina foi atacada nove meses depois por um esquadr�o de bombardeiros americanos, mas n�o foi totalmente destru�da. Os nazistas ent�o resolveram transferir a produ��o de �gua pesada para a Alemanha. No dia 20 de fevereiro de 1944, o ferry-boat Hydro, que levava a preciosa carga, foi afundado no meio do Lago Tinnsjo.�

A pesquisa nuclear nos Estados Unidos

Leo Szilard, que se havia se transferido para os Estados Unidos, tentou convencer os norte-americanos da necessidade de um programa de energia�at�mica�para fins militares. Em conversa com Albert Einstein, informou que os alem�es haviam conseguido dividir o �tomo. Preocupado com as informa��es e por sugest�o de Leo Szilard, Einstein, no dia 2 de agosto de 1939, escreveu uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, alertando sobre o avan�o alem�o na f�sica nuclear. Albert Einstein n�o estava interessado na energia nuclear para fins militares, mas sua carta foi o primeiro passo para a cria��o do Projeto Manhanttan, a busca americana por uma arma nuclear.�

Apesar de os primeiros estudos terem sido iniciados somente ap�s a entrada dos Estados Unidos na 2� Guerra Mundial, depois do ataque � base naval de Pearl Harbor, no Hava�, em 7 de dezembro de 1941, � que foi institu�do o programa nuclear americano, em 1942. O programa recebeu o nome de Projeto Manhattan, e em 17 de setembro o general-brigadeiro Leslie Richard Groves, que havia sido respons�vel pela dire��o na constru��o do Pent�gono, sede do Departamento de Estado americano, no condado de Arlington, na Virginia, ao lado da capital americana, Washington, foi designado para dirigir e cuidar do projeto. O Manhattan era considerado um segredo de Estado e nem o vice-presidente dos Estados Unidos sabia de sua exist�ncia.�

O respons�vel pelas pesquisas foi o f�sico norte-americano Robert Oppenheimer, que coordenou todos os demais cientistas. O projeto foi desenvolvido em treze locais diferentes no territ�rio norte-americano, mas somente tr�s tinham o dom�nio pelo projeto: Hanford, em Washington, Oak Ridge, no Tennessee, e Los Alamos, no Novo M�xico. O projeto Manhattan acabou consumindo dois bilh�es de d�lares � �poca.�

Enquanto os cientistas trabalhavam nas pesqui�sas�at�micas,�os militares come�aram a pensar em como levar abomba�para ser lan�ada sobre os inimigos. O comandante da For�a A�rea americana, general Henry "Hap" Arnold, havia autorizado a cria��o de uma unidade ultrassecreta para realizar as miss�es da�bomba�at�mica,�que recebeu o nome c�digo de Silver Plate.

No ver�o de 1944, os combates para a tomada das ilhas no Pacifico, para alcan�ar o territ�rio japon�s, resultavam em grandes baixas norte-americanas, na cifra assustadora de 12 mil homens por m�s. E a tomada do Jap�o seria uma verdadeira carnificina, segundo estimativas oficiais, custaria aos aliados nada menos que um milh�o de homens, n�o se falando dos japoneses, entre militares, e principalmente civis, em alguns milh�es de v�timas. O governo dos Estados Unidos tinha que agir.

Em 1� de setembro de 1944, o coronel Paul Tibbets, de apenas 29 anos, foi designado para cuidar da parte operacional. Com carta branca dos superiores, ele convocou todos aqueles que tripularam seu bombardeiro B-17 nos raides sobre a Alemanha, e foi formado o 509� Grupo Composto, sob o comando de Tibbets.�

Desde que voltara da Europa, ele era piloto de teste de um novo avi�o, o B-29, um gigantesco quadrimotor pressurizado que voava em uma altitude em que era imposs�vel ser atingido por baterias antia�reas ou por avi�es ca�as inimigos. O projeto dessa nova aeronave custou ao governo dos Estados Unidos um bilh�o de d�lares a mais que a constru��o da�bomba�at�mica.�

No dia 9 de maio de 1945, Tibbets esteve na f�brica da Martin Aircraft, em Omaha, no Estado de Nebraska, e escolheu o aparelho n�mero de s�rie 44-86292, que seria adaptado para o transporte da�bomba.

Com a chegada da tripula��o por ele designada e do avi�o, em 14 de junho de 1945, come�ou em Wendover, no Estado de Utah, em um local deserto, os testes de voo e de procedimento para o lan�amento da�bomba,�sendo utilizadas artefatos do mesmo tamanho e peso, mas com concreto dentro, e n�o explosivos.�

Em 2 de julho, toda a equipe voou para a Ilha de Tiniam, localizada no Arquip�lago das Marianas, entre a Austr�lia e o Jap�o, que havia sido conquistada dos japoneses pouco antes, ap�s dura batalha. Entre o dia 7 e 31 de julho, o B-29 participou de diversos ataques ao Jap�o, inclusive �s cidades de Kobe e Nagoya. Era o adestramento necess�rio para a tripula��o.

No dia 26 de julho, durante a confer�ncia de Potsdam, na Alemanha ocupada, com o ditador sovi�tico Joseph Stalin, o primeiro ministro ingl�s Winston Chuchill, e o presidente dos Estados Unidos, Harry S. Truman (Roosevelt morrera em abril), os aliados mandaram um ultimato ao governo japon�s para que se rendesse incondicionalmente, o que foi ignorado pelo primeiro-ministro do Jap�o, almirante Kantaro Suzuki, em 28 de julho. Ante a negativa dos japoneses, no dia 2 de agosto, ainda em Postdam, o presidente americano deu a ordem oficial para bombardear o Jap�o com o novo artefato at�mico. Dias antes, uma�bomba�nuclear havia sido testada pela primeira vez no mundo perto de Alamogordo, no deserto do Novo M�xico. A explos�o surpreendeu os cientistas e demais participantes da experi�ncia, pois toda a �rea em torno da torre da qual foi lan�ada a�bomba�havia se tornado vidro em raz�o do extremo calor.�

Hiroshima

Na noite de 5 de agosto de 1945 tiveram in�cio os preparativos para a miss�o. A tripula��o at� ent�o n�o sabia que iria lan�ar uma�bomba�at�mica.��s 2h27 da madrugada do dia 6 de agosto, Tibbets, pouco antes de acionar os motores da superfortaleza B-29, batizada por ele de Enola Gay, nome de solteira de sua m�e, pediu aos jornalistas, fot�grafos, cinegrafistas, alem do pessoal da base, para que se afastassem do aparelho, e nessa hora um fot�grafo pediu para ele acenar para a c�mera, essa cena ficou famosa no mundo inteiro.

A tripula��o do Enola Gay era composta de por 12 homens, incluindo os t�cnicos que iriam ativar a�bomba.�

Dois avi�es B-29, o Great Artiste e o n� 91, acompanhavam o Enola Gay, um para fotografar e filmar a miss�o e outro com equipamentos para medir a explos�o nuclear; mais tr�s avi�es voavam na frente para passar as informa��es meteorol�gicas que iriam indicar a cidade escolhida para o lan�amento da�bomba.�As op��es eram Hiroshima, Kokura e Nakasaki. Um s�timo aparelho ficou de reserva.

A escolha recaiu sobre Hiroshima, que contava com 256 mil habitantes. O Enola Gay percorreu 2,4 mil km entre Tinian e o Jap�o, voando em uma velocidade de 520 km/h, a 10,6 mil metros de altitude. Tibbets, antes de soltar abomba,�determinou que a tripula��o colocasse seus �culos especiais com tr�s camadas de lentes para evitar a cegueira. �s 8h25 de 6 de agosto de 1945, a�bomba�denominada Little Boy (garotinho), de 3 metros de comprimento e 75 cm de largura, e pesando quatro toneladas, com 72 quilos de ur�nio 235, foi lan�ada sobre a cidade, demorou 43 segundos at� explodir 576 metros acima da cl�nica Shima, a 800 m do alvo indicado: a ponte Aioi, em forma de "T", localizada no centro da cidade japonesa.�

A temperatura do n�cleo da�bomba�foi de 50 milh�es de graus cent�grados e liberou 500 milh�es de volts de energia. Tudo que estava pelo menos a dois quil�metros foi destru�do pela explos�o equivalente a 13 mil toneladas de TNT. Morreram imediatamente 70 mil pessoas. Uma enorme nuvem em forma de cogumelo de poeira cinza, marrom e negra subiu pelo c�u. Hiroshima ficou �s escuras, o sol tinha desaparecido, e uma chuva negra radiativa. At� o fim do ano de 1945, outras 60 mil morreram v�timas das sequelas da explos�o nuclear.

O presidente Truman soube do lan�amento da�bomba�sobre Hiroshima quando retornava da confer�ncia de Potsdam aos Estados Unidos a bordo do cruzador americano USS Augusta. Pelo som interno do navio de guerra ele falou para a tripula��o que "esse � o maior evento da hist�ria" e depois anunciou ao mundo: "Pouco tempo atr�s, um avi�o americano lan�ou uma�bomba�em Hiroshima e destruiu sua utilidade para o inimigo. Os japoneses come�aram a guerra pelo ar em Pearl Harbor. Receberam o troco muitas vezes. E ainda n�o acabou. Com esta�bomba adicionamos um novo e revolucion�rio incremento em destrui��o".

Em Los Alamos, houve j�bilo entre os cientistas, mas nem todos comemoraram, alguns tiveram um impacto negativo, a destrui��o da cidade e principalmente de vidas humanas era na verdade um momento infeliz.�

A R�dio de T�quio, em seu notici�rio sobre o ataque a Hiroshima, informou que "os danos eram de pequena monta...". A primeira�bomba�at�mica�n�o havia, at� onde o governo e os militares norte-americanos sabiam, dado o impacto que esperavam sobre o imperador ou o gabinete de guerra do Jap�o, que ainda n�o havia decidido aceitar a Declara��o de Potsdam. Nada indicava, atrav�s dos su��os ou de outros, que estavam mudando de ideia sobre o fim da guerra.

Ap�s tr�s dias de aguardo de um pronunciamento do governo japon�s, e sem nenhuma resposta, os americanos estavam prontos para usar a segunda arma�at�mica,�agora de plut�nio, a Fat Man (homem gordo) pelo seu formato. Essa�bomba�trazia v�rias mensagens escritas de aviadores para os japoneses e seu imperador.�

Nakasaki

O alvo principal n�o era Nakasaki e sim a cidade de Kokura mas, ao ser localizada pela tripula��o do B-29 denominado Bockscar, a cidade japonesa estava encoberta por espessas nuvens. O avi�o sobrevoou tr�s vezes Kokura, mas na impossibilidade de lan�ar a�bomba�sobre esse alvo, o major Charles W. Sweeney, que comandava a miss�o, se reuniu com capit�o da marinha Frederick L. Ashworth, respons�vel por armar a�bomba�at�mica,�e com o navegador do bombardeiro, capit�o James Van Pelt, e decidiram partir para o alvo secund�rio, a cidade de Nakasaki, que contava com uma popula��o de 173 mil pessoas e possu�a f�bricas de armamento com trabalhadores japoneses, parte deles universit�rios, alem de coreanos e prisioneiros aliados.

O navegador Van Pelt olhava pelo que determinava o local onde deveria cair a�bomba Fat Man. Ela tinha 2,34 metros de comprimento, por 1,52 metro de largura, e pesava 4,545 toneladas. Tinha o equivalente a 20 toneladas de TNT, portanto mais potente do que a�bomba�jogada em Hiroshima. Ao localizar o alvo, Van Pelt pediu ao major Sweeney que fizesse uma curva � direita, e apontou para as f�bricas de a�o e armas da Mitsubishi. Ent�o lan�ou a�bomba.�Eram 11h02 de 9 de agosto de 1945. A tripula��o ainda p�de dar uma olhada na cidade ao sair, e viu o mesmo que havia acontecido antes em Hiroshima, a nuvem horizontal sobre a cidade, depois um cogumelo maior, desta vez saindo do topo.

A�bomba�explodiu a 550 metros do ch�o, bem em cima do bairro crist�o da cidade; um clar�o fort�ssimo no c�u foi visto por todos, a potente�bomba�de plut�nio destruiu tudo em uma �rea de 3 por 5 km, fazendo queimar toda a vegeta��o das encostas das montanhas que circundavam a cidade, a 14 km em linha reta, ficando com um tom marrom. Perto de 35 mil pessoas morreram na hora, e calcula-se que mais de 100 mil morreram nos anos seguintes, v�timas da radia��o nuclear.

O fim da guerra

Cinco dias depois, no dia 14 de agosto, o imperador foi obrigado a aceitar o inevit�vel. No pal�cio, Hiroito gravou uma mensagem de rendi��o. Naquela noite, oficiais fan�ticos, recusando-se em aceitar a derrota, tentaram dar um golpe militar e roubar a grava��o para que a mensagem n�o chegasse ao seu povo. Esse ato final de desespero dos militares falhou e eles foram logo presos.

No dia seguinte, a grava��o foi ao ar pelo r�dio e foi reproduzida por alto-falantes localizados em todo o Jap�o. Era a primeira vez que o povo ouvia a voz do seu imperador. Com a voz embargada, ele explicou o motivo da cess�o das hostilidades, mas em momento algum usou a palavra rendi��o. Todos ficaram comovidos, havendo uma mistura de emo��es que fez todos chorarem, inclusive pelas ruas. Todos sabiam que o Jap�o havia perdido a guerra, o que n�o ocorria h� s�culos.

No dia 2 de setembro de 1945, a bordo do encoura�ado USS Missouri, a delega��o japonesa chefiada pelo ministro das Rela��es Exteriores, Mamoru Shigemitusu, e composta por 11 pessoas, sendo quatro civis e sete militares, entre eles o general Yoshijiro Umezu, chefe do Estado-Maior-Geral do Ex�rcito, foi recebida pelo comandante supremo das For�as Aliadas no Pac�fico, general Douglas MacArthur. Enquanto a representa��o japonesa assinava o documento, uma esquadrilha de 462 avi�es B-29, sobrevoaram a Ba�a de T�quio e o Missouri.�

Apesar de os aliados exigirem rendi��o incondicional, Truman tinha feito um acordo secreto com o Jap�o, atrav�s da embaixada da Su��a. Ap�s a explos�o das�bombas,�o presidente dos Estados Unidos tinha decidido que o imperador poderia ficar como l�der de seu pa�s. Era uma completa revers�o da pol�tica firmada na Confer�ncia de Potsdam.

Mas permanece a d�vida: se essa concess�o tivesse sido feita antes, poderia ter tido uma paz negociada, muitas vidas teriam sido salvas e teria sido evitado o uso das�bombas�at�micas.

Paul Tibbtes, faleceu no dia�1 de novembro�de�2007, aos 92 anos de idade, com a patente de general-brigadeiro da For�a A�rea dos Estados Unidos. Ele havia determinado que seu funeral fosse reservado, unicamente com a presen�a dos seus familiares, para que fosse evitado qualquer tipo de protesto ou manifesta��o de pacifistas, que apesar do tempo passado, ainda eram contra o lan�amento das bombas at�micas.

*Ant�nio S�rgio Ribeiro. Advogado e pesquisador. Diretor do Departamento de Documenta��o e Informa��o da Assembleia Legislativa de S�o Paulo.

O que ocorreu com a Alemanha e Japão após a Segunda Guerra Mundial?

Alemanha se reergueu mais rápido, mas foi ultrapassada pelo Japão. Os dois países derrotados na Segunda Guerra (1939-1945) se reergueram graças a fatores econômicos, políticos e até culturais. Ao contrário do que muita gente pensa, as economias alemã e japonesa não ficaram completamente arrasadas após a guerra.

O que aconteceu com o Japão a partir do fim da Segunda Guerra Mundial?

O Japão, após a rendição, foi ocupado pelos Estados Unidos e desenvolveu um discurso oficial para isentar o Imperador de culpa na Segunda Guerra. Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, o Japão foi obrigado a aceitar todos os termos impostos pelos Estados Unidos, além de o país ter sido ocupado por tropas americanas.

Como foi o fim da guerra para Alemanha e para o Japão?

O comando da Alemanha foi transmitido para Karl Dönitz, e os alemães renderam-se oficialmente no dia 8 de maio de 1945. No cenário asiático, a guerra teve fim oficialmente no dia 2 de setembro de 1945, quando os japoneses assinaram sua rendição incondicional aos americanos.

O que aconteceu com a Alemanha após o fim da Segunda Guerra Mundial?

Depois da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em Alemanha Ocidental (capitalista) e Alemanha Oriental (socialista). O processo de reunificação da Alemanha ocorreu apenas no final da década de oitenta, com a queda do Muro de Berlim e a crise dos países de regime socialista.