O que marca o tempo histórico?

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De onde surgiu a necessidade de controlar o tempo? Por que acompanhamos sempre o relógio para controlarmos as nossas atividades cotidianas?

A Cronologia (o estudo do tempo) é uma das invenções fundamentais da espécie humana! É com base neste conjunto de conhecimentos que a civilização consegue, até os dias de hoje, controlar e organizar sua vida e suas atividades.

Para compreendermos este costume tão cotidiano (às vezes nem nos damos conta de como a influência do relógio é importante em nossas vidas) é preciso recuar à aurora da humanidade.

Para os caçadores do Período Paleolítico, a posição dos astros e suas periodicidades eram usadas para saber quando a Lua mudaria, em que períodos as diversas estações da natureza aconteciam e qual sua influência no comportamento e migração dos animais para que a caça e a pesca pudessem ser bem sucedidas. Como viviam em bandos, uma caçada mal sucedida poderia comprometer sua alimentação e, consequentemente, sua espécie.  Já no Período Neolítico, arar a terra, semeá-la e o período de colheita precisavam de medidas de tempo precisas para que os períodos mais favoráveis fossem observados para que cada fase da agricultura fosse completada com sucesso garantindo, assim, o prosseguimento da espécie em um dado local.

E estas medidas de tempo tinham por base fenômenos naturais repetitivos. Ora, antigamente, antecedendo à invenção da escrita, a humanidade não detinha conhecimentos acerca da construção de artefatos que os auxiliassem na medição do intervalo de tempo. Desta forma, recorrer aos fenômenos naturais que fossem periódicos tornava-se a ferramenta mais favorável naquele momento onde despontava a aurora da nossa civilização. Os fenômenos periódicos mais utilizados foram os movimentos dos corpos celestes e, a partir daí, estes fenômenos passaram a determinar as estações do ano, os meses e os anos.

Exemplificando,  há cerca de 20.000 anos, os caçadores faziam medição de tempo contando os dias entre as fases da Lua, por meio de marcações em gravetos e ossos.

As descobertas arqueológicas indicam que em todas as civilizações antigas, desde os primeiros hominídeos, algumas pessoas estavam preocupadas com a medição do tempo, seja por motivos religiosos, agrícolas ou de estudo dos fenômenos celestes (uma forma antiga de astronomia).

Os Sumérios (povo residente na mesopotâmia) chegaram a elaborar um calendário, que dividia o ano em 12 meses de 30 dias, sendo que os dias eram divididos em 12 períodos (que equivalem a duas horas), e dividiam cada um destes períodos em 30 partes (aproximadamente 4 minutos). Pelo período ocupado por essa civilização (entre 5.300 e 2.000 anos antes de Cristo), a precisão de seu calendário é fantástica!

Além dos sumérios, os Egípcios também tinham um calendário que utilizava os ciclos das fases da Lua, mas que passou a utilizar o movimento da estrela Sirius, que passa próxima ao Sol a cada 365 dias, na mesma época em que a inundação anual do Nilo tem início. Isto foi muito importante para o crescimento da civilização Egípcia. Heródoto (historiador grego) afirmou que “O Egito é um presente do Nilo.”, já que a região seria apenas deserto se não houvesse este rio.

Podemos então sintetizar, afirmando que os fenômenos celestes é que determinavam o período de fertilidade da terra e o comportamento dos animais, grande preocupação de todos os povos.

Com o passar dos anos, muitos instrumentos para contar o tempo surgiram: relógios de areia, de sol, de água, ... Até chegar aos modernos relógios atômicos. Mas isto é outra história!

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/a-origem-da-contagem-do-tempo/

O que marca o tempo histórico?

Quanto tempo dura o tempo histórico?

Dessa forma, o historiador se utiliza das formas de se organizar a sociedade para dizer que um determinado tempo se diferencia do outro. Seguindo essa lógica de pensamento, o tempo histórico pode considerar que a Idade Média dure praticamente um milênio, enquanto a Idade Moderna se estenda por apenas quatro séculos.

Por que o tempo que marca o relógio é diferente do tempo histórico?

Explicação: Porque o tempo do relógio marca o tempo do dia a dia, do cotidiano, e o tempo histórico marca os acontecimentos passados, dos movimentos históricos. Pode ser medido de várias formas: meses, anos, séculos e até milênios.

Qual a diferença entre tempo histórico e tempo cronológico?

  • Mesmo parecendo que tempo histórico e tempo cronológico sejam cercados por várias diferenças, o historiador utiliza a cronologia do tempo para organizar as narrativas que constrói.

Qual é a noção de tempo histórico?

  • A noção de tempo histórico não é explorada suficientemente por quem quer saber de fato o que é a história. É necessário absorver as implicações dessa noção. Ouvir: O que é o tempo histórico?

Quais são os agentes do tempo histórico?

  • O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, os quais provocam as mudanças sociais, ao mesmo tempo em que são modificados por elas. O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo.

Como ocorreu o início e o fim dos tempos?

  • Em algumas civilizações, a ideia de que houve um início em que o mundo e o tempo se conceberam juntamente vem seguida pela terrível expectativa de que, algum dia, esses dois itens alcancem seu fim. Já outros povos entendem que o início e o fim dos tempos se repetem por meio de uma compreensão cíclica da existência.