Observe a moeda e as cédulas acima, as quais retratam diferentes momentos dos planos econômicos

Esta reportagem foi publicada originalmente no portal pe360graus, em 6 de setembro.

 Nos últimos 25 anos, os planos econômicos mexeram muito com a economia do Brasil. Antes da estabilidade da moeda, o País viveu momentos difíceis, com altos índices de inflação. O Projeto Educação do dia 6 de setembro explicou o que aconteceu no período entre o Cruzado e o Real e como a sociedade reagiu às mudanças.

No Banco Central, na rua da Aurora, no Recife, há um espaço para a memória monetária do Brasil. Lá, os visitantes podem conferir todas as cédulas que circularam no país a partir da criação do Cruzeiro, em 1942, no governo de Getúlio Vargas.

Para tentar vencer a inflação, foram muitas as tentativas e também muitos os erros. Após o Regime Militar, a primeira luta para alcançar a estabilidade começou com o Plano Cruzado, em 1986, no governo Sarney.

“Esse plano consistiu, em primeiro lugar, na transformação do Cruzeiro em Cruzado, com o corte de três zeros. Outro ponto seria o congelamento de preços e salários. O primeiro problema do Cruzado foi o desabastecimento, ou seja, rapidamente começaram a faltar produtos nas prateleiras, demonstrando que o plano não tinha consistência”, explica o professor Paulo Chaves

Já em 1987, o então ministro da Fazenda Dilson Funaro foi afastado, e foi nomeado para o cargo Luiz Carlos Bresser Pereira, que cria o Plano Bresser. “Esse plano também é conhecido como Cruzado Novo. Ele era apenas um reajuste do modelo inicial”, diz Chaves.

No ano de 1989, o Brasil viveu o pico inflacionário - na faixa de R$ 2,750 mil. Bresser então se demite e é substituído por Maílson da Nóbrega, que é o último ministro da Fazenda da Era Sarney. Ele lança o chamado Plano Verão que, assim como ocorreu no Plano Bresser, também gerou grandes desajustes às cadernetas de poupança.

Em 1990, juntamente com a ministra Zélia Cardoso de Mello, Collor lança o famoso Plano Collor que, mais uma vez, causa um impacto na economia. “Ele restabelece o Cruzeiro, deixando de lado o Cruzado e o Cruzado Novo. Em segundo lugar, ele confisca cerca de U$ 85 bilhões”, conta o professor.

Segundo Paulo Chaves, a insatisfação da população e os escândalos econômicos levaram a um desgaste enorme nos governos: “Isso gerou o próprio processo de abertura de um inquérito numa CPI determinando a cassação do presidente Collor, em 1992, no processo de impeachment”.

Num momento extremamente conturbado na política e na economia nacional, Itamar Franco assume a Presidência. Muito discreto, ele começa a implementar, a partir de 1992, o novo plano econômico: o Real.

“No dia 1º de julho de 1994, uma Unidade Real de Valores (URV) passou a ser cotada em U$ 2,750. Nesse dia, a URV foi congelada e esses U$ 2,750 [ou URVs] foram transformados em R$ 1”, explica o professor.

O resultado positivo do Plano Real tem influenciado a economia até os dias de hoje. A medida se mostrou eficaz, reduzindo a inflação – que era o objetivo principal – e ampliando o poder de compra da população brasileira.

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Observe a moeda e as cédulas acima, as quais retratam diferentes momentos dos planos econômicos

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Branco, responsável pela política 
externa durante o início do período republicano 
brasileiro. Em função do seu grande conheci-
mento em história e geografia do Brasil, seus 
acordos diplomáticos definiram grande parte 
das delimitações do território brasileiro, como a 
incorporação do Acre (Bolívia), Amapá (França), 
oeste de Santa Catarina (Argentina) e outras 
áreas menores que foram anexadas ao país.
Mapa 1 – Concentração da população na faixa litorânea. Fonte: 
Atlas Escolar IBGE. Disponível em: https://atlasescolar.ibge.gov.
br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_distribuicao_populacao.pdf 
Acesso em: 07 fev. 2019.
Caderno do Aluno – 2ª série do Ensino Médio - 1º semestre.indb 107Caderno do Aluno – 2ª série do Ensino Médio - 1º semestre.indb 107 23/12/2020 16:4423/12/2020 16:44
https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_distribuicao_populacao.pdf
https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_distribuicao_populacao.pdf
CADERNO DO ALUNO108
O território acreano pertenceu a Bolívia até 1899, quando seringalistas brasileiros que o habita-
vam iniciaram uma revolta contra autoridades locais. Para contra-atacar, a Bolívia assinou um acordo 
com um cartel de empresas norte-americanas, dando a elas o direito de exploração do Acre.
Em 1903, o Barão do Rio Branco articulou com a Bolívia o Tratado de Petrópolis, que garan-
tiu o domínio brasileiro sobre a área. Em troca, o Brasil pagaria uma certa quantia monetária e 
construiria a ferrovia Madeira-Mamoré, que escoaria a exportação boliviana para as partes nave-
gáveis dos rios amazônicos. 
Foi um período de curta duração, enquanto a Amazônia dependia da coleta do látex silves-
tre, sem que houvesse preocupação de plantar seringueiras e racionalizar o cultivo. Mas, os 
ingleses implantaram o cultivo extensivo em suas colônias asiáticas de clima quente e úmido. 
Com isso, o Brasil perdeu a liderança na produção da borracha; além disso, a partir da década 
de 1950, com a produção da borracha sintética por meio do petróleo, o mercado da borracha 
natural diminuiu.
A atuação diplomática do Barão do Rio Branco contribuiu para que o mapa do Brasil evo-
luísse para as configurações atuais, visto que ele foi responsável por vários acordos firmados 
com países fronteiriços, garantindo de forma pacífica a incorporação de uma área de aproxima-
damente 900.000km² ao território nacional. 
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola
ATIVIDADE 1
Leia com atenção e responda às questões a seguir:
a) Observe a moeda e as cédulas acima, as quais retratam diferentes momentos dos planos 
econômicos do Brasil. Em seguida, comente a importância do personagem histórico ilus-
trado para a consolidação das fronteiras políticas do território brasileiro.
b) De acordo com a reportagem “12 disputas de fronteira na América Latina” de 2016 do 
Nexo Jornal, disponível no link https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/06/06/12 
-disputas-de-fronteira-na-Am%C3%A9rica-Latina Acesso em: 23 set. 2019, naquele perí-
odo havia 12 disputas de fronteira na América Latina. Cite pelo menos 3 países da envolvi-
dos nestes conflitos 
c) O Brasil possui atualmente conflitos fronteiriços relacionados à delimitação de seus limites 
territoriais? Explique quanto à importância, para um país, da delimitação de fronteiras sem 
a ocorrência de conflitos.
SAIBA MAIS
“Programa De Lá Pra Cá “A história do Barão do Rio Branco” Disponível no site 
da TV Brasil por meio do link: https://www.youtube.com/watch?v=nUDcfNAA_
Oo&t=1235s Acesso em: 11 fev. 2019. O Programa conta a história do Barão do 
Rio Branco, destacando a sua atuação diplomática e a definição das fronteiras bra-
sileiras. Participam deste programa os embaixadores Luiz Felipe Lampreia e Mano-
el Gomes, o jornalista Jorge Castro e o professor de Relações Internacionais da 
UERJ, Williams Gonçalves.
Caderno do Aluno – 2ª série do Ensino Médio - 1º semestre.indb 108Caderno do Aluno – 2ª série do Ensino Médio - 1º semestre.indb 108 23/12/2020 16:4423/12/2020 16:44
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/06/06/12-disputas-de-fronteira-na-Am%C3%A9rica-Latina
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/06/06/12-disputas-de-fronteira-na-Am%C3%A9rica-Latina
https://www.youtube.com/watch?v=nUDcfNAA_Oo&t=1235s
https://www.youtube.com/watch?v=nUDcfNAA_Oo&t=1235s
GEOGRAFIA 109
TEMA 3 - DO ARQUIPÉLAGO AO CONTINENTE
Com relação ao tema “Do Arquipélago ao Continente”, prosseguiremos ao estudo da for-
mação territorial do Brasil com destaque para a importância das políticas de integração nacional 
que marcaram a formação do território. 
A colonização do Brasil foi fundamental para o abastecimento de gêneros agrícolas às 
nações europeias, devido as suas condições climáticas (tropicalidade). Foram atividades produ-
tivas com baixo nível técnico e caracterizadas por: latifúndios, monocultura (plantation) e traba-
lho escravo; as quais contribuíram para a formação de “ilhas” de povoamento do país. 
Durante os séculos XVII e XVIII, ocorreu o maior povoamento do interior, por meio dos 
bandeirantes e da mineração, os quais motivaram o desbravamento bacia do Rio Amazonas e, 
também pela expansão da pecuária no vale do rio São Francisco e no sertão do Nordeste. Mas 
a maioria da população continuou próxima ao litoral, ocorrendo de fato a formação de “ilhas” 
de povoamento no interior. Algumas dessas “ilhas” duraram pouco tempo, esvaziando-se 
depois, como ocorreu nas áreas de mineração após o esgotamento das jazidas de ouro e dia-
mantes, esses lugares foram abandonados.
O território brasileiro foi se formando ao longo dos séculos XVI ao XX. Porém, a integração 
do território ainda não estava concluída. Havia de forma fragmentada os chamados “arquipéla-
gos econômicos”, onde cada região econômica produzia seus produtos para exportação e essas 
regiões não se comunicavam entre si. Essa integração econômica só veio a ocorrer a partir da 
década de 1960. Assim, podemos apontar os mais importantes “arquipélagos econômicos” do 
território brasileiro. Na região Nordeste havia dois arquipélagos bem definidos. O litoral leste 
com a produção do açúcar e a região do centro norte, com polo em São Luís do Maranhão, com 
a produção do algodão. Na Amazônia, desenvolveu-se a importante atividade de extrativismo 
do látex para a produção da borracha. Já na região do Sudeste, destacou-se a atividade de 
cafeicultura, tendo São Paulo como seu grande centro produtor. Essas grandes regiões, com 
características econômicas específicas só vieram a se integrar a partir da década de 1960, com o 
processo de industrialização da região Centro-Sul, e a construção das grandes rodovias para 
escoamento da produção, fortalecendo consumo dos novos produtos oriundos da indústria 
pela sociedade brasileira.
Nesse aspecto, surgiram novas capitais dos estados de Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), 
e a construção de Brasília (DF) que foram de grande relevância para essa integração do território 
nacional, e impuseram novos direcionamentos para os fluxos migratórios regionais.
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.
ATIVIDADE 1
Leia com atenção e responda às questões a seguir:
a) Após a leitura do texto, explique o que você entende pela expressão “arquipélagos 
econômicos”. 
b) A expressão “arquipélagos econômicos” se aplica no Brasil de hoje? Justifique a sua resposta. 
Caderno do Aluno – 2ª série do Ensino Médio - 1º semestre.indb 109Caderno do Aluno – 2ª série do Ensino Médio - 1º semestre.indb 109 23/12/2020 16:4423/12/2020 16:44
CADERNO DO ALUNO110
c) Quais relações foram estabelecidas no território brasileiro que contribuíram para a forma-
ção de “ilhas de atividades econômicas” e para a expansão territorial configurada em “ar-
quipélagos econômicos”? Comente com o(a)s colegas e professor(a).
ATIVIDADE 2: PESQUISA POR AGRUPAMENTOS 
Para aprofundar os temas contemplados e tendo como meta primordial levá-los a compre-
ender como ocorreu a passagem do “arquipélago”