Quais as consequências das queimadas para a biodiversidade?

Nos últimos anos, notícias sobre a devastação ambiental na Floresta Amazônica se tornaram frequentes. De um lado, diversos países ao redor do mundo começaram a se preocupar de forma mais ativa com o aquecimento global e as mudanças climáticas (impulsionados também por celebridades como a ativista sueca Greta Thunberg e o ator Leonardo DiCaprio, por exemplo). De outro, retrocessos nas políticas ambientais no Brasil fizeram com que o sentimento de impunidade fosse o suficiente para estimular criminosos a invadir áreas de florestas, derrubar a mata e colocar fogo para limpar as áreas e transformá-las em pastagens.

Não foi à toa que personalidades de diversas nações passaram a se preocupar com os rumos da Amazônia, que vem atingindo recordes de desmatamento e de focos de calor nos últimos meses. A devastação da floresta tem consequências diretas no ambiente ao redor, como na fauna, na flora e nas populações que vivem na região, e também em uma escala global de contribuição com as emissões de gases de efeito estufa, que contribuem com o aquecimento global.

De acordo com a gerente de ciências da ONG WWF Brasil, Mariana Napolitano, “as enormes quantidades de fumaça das queimadas emitidas na atmosfera têm efeitos na saúde humana e no clima”. Segundo Mariana, os gases tóxicos aumentam a ocorrência de doenças respiratórias, impactando os serviços de saúde, já bastante precários na região.

Além disso, a fumaça também pode afetar plantações e rebanhos e diminui a capacidade da floresta de se recuperar. “As partículas presentes nos gases emitidos pelas queimadas também interferem no processo de formação das chuvas, alterando o clima local e impactando inclusive regiões distantes da floresta amazônica que dependem da água que viaja pelo céu por meio dos rios voadores”, afirma.

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Quais as consequências das queimadas para a biodiversidade?

Quais as consequências das queimadas para a biodiversidade?

Com relação ao impacto na saúde humana, a Organização Mundial da Saúde alerta que a exposição à fumaça e cinzas produzidas por queimadas pode causar irritação nos olhos, nariz, garganta e pulmões; redução da função pulmonar, incluindo tosse e sibilo; inflamação pulmonar, bronquite, agravamento de asma e outras doenças pulmonares; e exacerbação de doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca.

Além disso, crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas preexistentes são mais vulneráveis aos efeitos negativos do contato com a fumaça e as cinzas geradas pelo fogo. De acordo com o relatório “O Ar é Insuportável”, elaborado em uma parceria entre o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e a Human Rights Watch (HRW), em todo o mundo, “a poluição do ar devido à queima de florestas e outras vegetações pode causar até 435 mil mortes prematuras a cada ano”.

De acordo com o estudo, em 2019 houve 2.195 internações devido a doenças respiratórias relacionadas a queimadas associadas ao desmatamento na Amazônia brasileira. Dentro deste total, 70% das internações envolveram bebês ou pessoas idosas: 467 eram bebês de 0 a 12 meses; 1.080 eram pessoas com 60 anos de idade ou mais. As 2.195 internações resultaram em um total de 6.698 dias no hospital para os pacientes.

Dessa forma, ficou evidente como o fogo na Amazônia é uma prática que leva a consequências diretas para a saúde da população. Além de impactar todos os habitantes de forma geral, é inegável que grupos mais sensíveis, como bebês e idosos, foram os maiores prejudicados pelas práticas ilegais.

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Quais as consequências das queimadas para a biodiversidade?

Quais as consequências das queimadas para a biodiversidade?

Apesar de ser uma floresta úmida, há situações que se tornam mais favoráveis ao fogo na Amazônia. Segundo a gerente de ciências da ONG WWF Brasil, Mariana Napolitano, as florestas secundárias, e outras que já sofrem algum grau de degradação, como corte seletivo, estão mais suscetíveis às chamas. “O fogo pode invadir tais áreas em períodos de menos chuvas, aumentando ainda mais o grau de degradação de florestas já impactadas, e comprometendo a capacidade da floresta de se regenerar, pela eliminação da camada de folhas secas, mortalidade de sementes e de árvores”, diz.

Além dos impactos para a saúde humana, são diversos os efeitos que as queimadas têm para o ecossistema e a biodiversidade regional. Animais morrem em meio às chamas, o que gera impactos para a preservação de espécies e o equilíbrio das cadeias alimentares, e inúmeros exemplares da natureza são perdidos pela devastação. Muitas vezes, estes organismos sequer foram identificados por pesquisadores e o país perde em riqueza natural. Somado aos fatores sociais e ambientais, as queimadas na Amazônia também geram prejuízo econômico pela perda do patrimônio público. Quando áreas públicas são invadidas para serem desmatadas e queimadas, toda a sociedade é prejudicada por causa da ação de algumas pessoas que agem na ilegalidade.

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O que as queimadas afetam a biodiversidade?

Porém, “as queimadas destroem o ecossistema local. Provocam a morte de animais e destroem seus ninhos, eliminando mais de uma geração de alguns exemplares da fauna local, e, conforme a dimensão, trazem grandes prejuízos para a biodiversidade.

Quais as consequências das queimadas para a biodiversidade e para a sociedade?

Fazer uma queimada sem controle pode causar sérios prejuízos à fauna e à flora, reduzindo a cobertura vegetal, diminuindo a fertilidade do solo e comprometendo a qualidade do ar e, consequentemente, a saúde humana, provocando vários tipos de doenças, principalmente respiratórias.

Quais são as consequências das queimadas além da perda de biodiversidade?

Consequências das queimadas e desmatamentos: *Erosão e empobrecimento dos solos. *Devastação das florestas. *Emissão de gases tóxicos na atmosfera. *Mudanças climáticas em função da retirada das matas.

Quais são as principais consequências das queimadas?

Dentre as principais consequências das queimadas é possível citar algumas bem relevantes, como: alterações climáticas e comprometimento dos recursos naturais, além das consequências inevitáveis para a saúde humana, como problemas respiratórios, cardíacos e até mesmo psicológicos.