Quais as semelhanças entre a geração de energia elétrica por gerador solar e gerador eólico?

O conceito de fontes de energia renováveis crescem mundialmente, seguindo a tendência de movimentos eco-friendly que priorizam recursos naturais e inesgotáveis para a geração de energia. Porém, dentro deste leque existem diversas opções de energias sustentáveis, como: a energia solar, eólica, hídrica, maremotriz, geotérmica, entre outras. 

Assim, entender cada uma delas é necessário para que empresas e pessoas físicas possam escolher o modelo que mais atenderá suas demandas. Portanto, neste artigo discutiremos o que é a energia eólica, assim como suas vantagens e desvantagens quando comparada a energia solar. 

O que é a energia eólica?

A energia eólica é proveniente da força dos ventos. Ela utiliza a força de massas de ar em movimento para girar as turbinas dos aerogeradores e a converter em eletricidade. 

Normalmente instalada em grandes parques eólicos, localizados em regiões altas ou áreas costeiras (onshore) ou no mar (offshore), nas quais a incidência dos ventos é maior. A quantidade de energia gerada dependerá da intensidade e constância dos ventos, da altura das turbinas e da área ocupada pelas hélices, ou pás. Seu trabalho é converter a energia cinética dos ventos em força mecânica para mover as pás e então a transformar em energia elétrica. 

Qual a sua diferença em relação a energia solar?

O princípio de ambas é o mesmo, gerar energia de um recurso renovável que terá impacto mínimo no ambiente. Assim, a energia solar fotovoltaica, como o nome sugere, vem da luz (talvez substituir por irradiação) do sol. 

O processo é feito pela instalação de painéis fotovoltaicos, que captam os raios do sol e os transformam em energia elétrica.  Com o auxílio do inversor solar,. a energia gerada é utilizada para atender casas, empresas e estabelecimentos.  

Fontes de energia limpa no Brasil

O uso de fontes de energia limpas, renováveis e sustentáveis está crescendo ao redor do mundo devido ao fato de agredirem bem menos o meio-ambiente do que as fontes convencionais. Estas, normalmente, são extraídas da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral.

Assim, a energia eólica e a energia solar têm sido bastante debatidas. Em 2020, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) apresentou uma pesquisa que revelava que estas fontes representam uma parte da energia elétrica produzida em território nacional, sendo: 8,94% em usinas eólicas e 1,55% em centrais geradoras fotovoltaicas.

Além disso, uma pesquisa da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) revelou que a capacidade total instalada de geradores eólicos atingiu 732,41 GW em 2020. Ademais, a energia eólica é a 2ª fonte de energia limpa mais utilizada no mundo. 

O Brasil se encontra na 7ª posição no ranking mundial de utilização da energia eólica, estando em primeiro lugar a China, seguida pelos Estados Unidos e Alemanha. No Brasil, os números mais impressionantes estão no Nordeste, ocupando os primeiros quatro lugares do ranking com Rio Grande do Norte (5154,2 MW), Bahia (4879,6 MW), Piauí (2275,9) e Ceará (2179,3 MW).

Porém, pesquisas apontam que a energia solar pode ultrapassar essa barreira devido a sua ampla divulgação mundial e facilidade de instalação por pessoas físicas, empresas e indústria. 

No Brasil, o ranking de estados que produzem grande potência em energia fotovoltaica são a Bahia (1062,6 MW), Piauí (1031,3 MW), Minas Gerais (625,6 MW) e São Paulo (373,1 MW) 

Vantagens e desvantagens 

As fontes de energia sustentáveis apresentam características em comum quanto às suas vantagens. Afinal, elas partem do mesmo objetivo: ser uma opção sustentável. Portanto, ambas são alternativas para os combustíveis convencionais, não apresentam grandes impactos ao meio-ambiente e são consideradas fontes de energias gratuitas.

Contudo, é possível observar que elas possuem desvantagens diferentes entre si. A energia solar, por exemplo, não consegue realizar sua atividade à noite ou em dias nublados e chuvosos. Já a energia eólica é refém da irregularidade dos ventos, além de contribuir para a poluição visual e sonora da região. 

Valores das energias solar e eólica

Por fim, outro ponto no qual a energia solar se prova mais eficiente e plausível é no quesito econômico. Apesar do custo residencial, incluindo a instalação e custo dos equipamentos, ser alto, independentemente de qual opção escolher, a energia solar é mais barata. 

Afinal, a energia solar está em uma faixa de preço que varia entre R$10 mil e R$52 mil, dependendo do tamanho do projeto residencial, com cada módulo fotovoltaico de 330 watts custando em torno de mil reais, podendo ter variações devido ao tipo de painel solar. (talvez falar do custo do inversor pois ele também é essencial e o que possui maior custo) Ademais, a vida útil desse sistema se estende por mais de 25 anos e gera uma economia de até 96% na conta de luz. 

Já a energia eólica é um investimento de alto custo, que pode chegar a R$75 mil quando empregada no âmbito residencial. Afinal, apenas a turbina eólica possui um valor que vai de R$2.000 a R$3.500. 

A construção de torre completa, no entanto, necessita de um investimento extremamente maior uma vez que depende de várias partes para seu funcionamento, como: 

• Torre: É a estrutura de concreto, podendo também ser produzida em metal ou aço, que dá suporte ao rotor e nacele;
• Nacele: É a caixa anexada ao rotor que possui diversos dos mecanismos que fazem a torre eólica funcionar, podendo pesar até 111 toneladas;
• Rotor: Conecta as hélices a torre, e faz a transferência do movimento das hélices para o eixo central;
• Gerador: converte a força mecânica gerada nas hélices em eletricidade;
• Anemômetro: Instalado ao topo da nacele, é responsável por medir a intensidade e velocidade dos ventos e usa os dados coletados para identificar a curva de potência;
• Hélices: É o ponto de contato que recebe e capta a energia produzida pela movimentação dos ventos e a transporta para o rotor da turbina.

O Complexo Eólico de Osório, no Rio Grande do Sul, por exemplo, custou R$ 4,46 milhões por MW instalado.

Em contraponto, para aqueles que procuram um investimento acessível ou de baixo custo, a melhor opção é um gerador eólico residencial e industrial. O aparelho custará, em média, de R$1 mil a R$3,5 mil e tem como objetivo a mesma finalidade, gerar eletricidade a partir dos ventos.
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