Quais os motivos que levaram os cientistas a classificar os seres vivos?

Nós, seres humanos, temos necessidade constante de classificar objetos. Organizamos em casa nossas compras, por exemplo, separando produtos de limpeza dos produtos alimentícios. Organizamos ainda nosso guarda-roupa, separando peças íntimas de outros tipos de roupa. Essas ações são essenciais para manter a organização e facilitar que encontremos algum item importante.

Na Biologia, classificar também é importante, e esse processo já vem sendo feito desde os tempos de Aristóteles. Esse importante pesquisador classificava, por exemplo, os animais em organismos que possuíam sangue e aqueles que não possuíam. Claro que essa classificação não era adequada, mas já mostrava um processo de sistematização que facilitaria, e muito, a vida de todos os cientistas.

Principais categorias taxonômicas

Karl von Linné, ou simplesmente Lineu, era um botânico sueco que, em 1735, propôs a classificação dos seres em grupos, os quais chamou de táxons. Em seu trabalho intitulado Systema Naturae, ele sugeriu a classificação em grupos de maior abrangência, denominados de reinos, até grupos de menor abrangência, os quais chamou de espécie. As categorias propostas por Lineu foram: reino, classe, ordem, gênero e espécie.

Atualmente as principais categorias taxonômicas são: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie, duas a mais do que as propostas inicialmente por Lineu. O Reino é a maior unidade de classificação biológica e agrupa filos de organismos com características semelhantes. Os filos, por sua vez, agrupam classes semelhantes, as quais agrupam ordens semelhantes, que agrupam famílias, que agrupam gêneros semelhantes. Nos gêneros, são agrupadas espécies semelhantes, que é a categoria taxonômica mais básica da classificação. Podemos definir espécie como um grupo de organismos que se reproduzem entre si e são capazes de produzir descendentes férteis.

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Quais os motivos que levaram os cientistas a classificar os seres vivos?

Observe as categorias taxonômicas básicas e suas relações

Existem autores que consideram ainda uma categoria taxonômica acima de reino, os domínios. Consideram-se três domínios, também chamados de super-reinos: Bactéria, Archaea e Eukarya.

Exemplo de classificação taxonômica

Observe abaixo a classificação taxonômica da espécie humana:

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Primata

Família: Hominidae

Gênero: Homo

Espécie: Homo sapiens

Curiosidade: A parte da Biologia que classifica e nomeia os seres vivos é denominada de Taxonomia.


Por Ma. Vanessa dos Santos

A história da Biologia se dá desde a pré-história, quando o homem começou a observar e perceber no seu dia a dia que as plantas tinham uma época certa do ano para frutificação, quais plantas eram venenosas e quais não eram, quais frutos que podiam ser consumidos e os que não podiam. Nessa prática diária, o homem aprendeu muito sobre a biologia.

No Egito, a técnica utilizada para embalsamento de cadáveres já requeria um grande conhecimento sobre as propriedades das plantas e óleos vegetais. Desde a antiguidade, os povos já observavam e queriam saber mais sobre as diversas formas de vida, pois sabiam que aliados a elas poderiam viver melhor.

No século IV a.C. o naturalista Aristóteles começou a observar e estudar as mais diversas formas de vida. Descobriu muitas coisas que foram fonte de pesquisa durante séculos. Observou, dividiu e classificou os animais “com sangue” e “sem sangue”. Percebeu a presença de órgãos análogos e homólogos e observou a adaptação evolutiva dos animais e vegetais.

Na Idade Média, Alberto Magno escreveu documentos sobre observações de plantas e animais, e, no século XIV, diversos cientistas começaram a fazer dissecações em cadáveres humanos, o que fez a anatomia humana progredir consideravelmente.

Em 1650, com a descoberta do microscópio por Antony van Leeuwenhoek, os cientistas e curiosos puderam aprofundar mais seus estudos na biologia. Em 1735, Lineu, baseado nas semelhanças morfológicas de plantas e de animais, criou o sistema taxonômico e a nomenclatura dos seres vivos, que é utilizado até hoje, mas com algumas modificações. Em 1809, Lamarck deu um passo à frente quando publicou um livro sobre a evolução das espécies, e em 1859, Charles Darwin, também evolucionista, publicou um livro sobre a origem das espécies, que é aceita até hoje como explicação para a evolução das espécies.

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Em 1866, Gregor Johan Mendel, em experimentos com ervilhas, descobriu a hereditariedade, e hoje é considerado o pai da genética.

Com a descoberta do microscópio eletrônico, várias estruturas celulares até então desconhecidas passaram a ser estudadas, e Watson e Crick tiveram a oportunidade de descobrir sobre a dupla hélice do DNA e o código genético. 

No passado, muitos cientistas contribuíram com informações e observações que os cientistas atuais levam em consideração em suas pesquisas. A biologia é uma ciência muito rica e ampla, e será alvo de dúvidas e descobertas eternamente.


Paula Louredo
Graduada em Biologia

O que levou os cientistas a classificar os seres vivos?

Assim como você classifica as suas figurinhas ou os bichos de pelúcia do seu quarto, os cientistas classificam os seres vivos para facilitar a sua identificação. Os zoólogos taxonomistas classificam os animais, os botânicos as plantas e os microbiologistas, os seres unicelulares.

Quais são os critérios para a classificação dos seres vivos?

No sistema de Whittaker todos os seres vivos foram classificados como pertencendo a um dos cinco reinos, que são:.
Monera – bactérias;.
Proctotista ou Protista – protozoários e algas;.
Fungi – todos os fungos;.
Plantae ou Metaphyta – plantas avasculares e vasculares;.
Animalia ou Metazoa – reúne todos os animais..