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Pré-visualização | Página 1 de 5NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA, SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO TIPOS DE MAPAS – LEITURA E INTERPRETAÇÃO APRESENTAÇÃO OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM A partir desta unidade você será capaz de: • Distinguir cartografia de base da cartografia temática (mapas especializados) e conhecer os principais tipos de mapas; • Apresentar os principais constituintes de um mapa temático e como interpretar as representações cartográficas por meio: da semiologia gráfica e as suas variáveis visuais; dos três métodos fundamentais de representação – qualitativa, ordenadas, quantitativas – e das formas de manifestação (pontual, linear e zonal); • Compreender a generalização cartográfica. Organização Kátia Spinelli Manoel Ricardo Dourado Correia Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitora do EAD Prof.ª Francieli Stano Torres Edição Gráfica e Revisão UNIASSELVI CURSO LIVRE - NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA, SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO .02 1 INTRODUÇÃO Os mapas cumprem duas funções muito úteis, agindo tanto como mecanismos de armazenamento quanto de comunicação da informação geográfica. O velho ditado “uma imagem vale mais que mil palavras” expressa uma das inúmeras utilidades dos mapas como um meio de propagação e difusão da informação a ser expressa. Nesta etapa, apresentar-se-á a distinção entre a cartografia de base da cartografia temática e os principais tipos de mapas. Além disso serão apresentados os principais constituintes de um mapa temático e como interpretar as representações cartográficas por meio da semiologia gráfica e as suas variáveis visuais; dos três métodos fundamentais de representação – qualitativa, ordenadas, quantitativas – e das formas de manifestação (pontual, linear e zonal). Por fim, compreender-se-á a generalização cartográfica e sua relação com a escala. 2 TIPOS DE MAPAS Os fenômenos geográficos podem ser representados pela cartografia de base e pela cartografia temática (mapas especializados). Os mapas topográficos têm suas convenções cartográficas padronizadas, geralmente com simbologia normalizada, que uma vez compreendida, torna fácil fazer a representação ou interpretação dos dados da superfície. Os mapas temáticos não trazem obrigatoriamente convenções fixas em suas origens porque sempre há uma mudança de tema com diferentes aspectos da realidade a serem visualizados. Justamente por representarem CARTOGRAFIA DE BASE, CARTOGRAFIA TEMÁTICA E OS PRINCIPAIS TIPOS DE MAPAS CURSO LIVRE - NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA, SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO uma enorme variação temática, fazem-se necessárias adaptações para cada situação. Eles não são governados por convenções pré-definidas, como nos mapas topográficos. Independentemente da obrigatoriedade das convenções, a representação cartográfica constitui o primor de muitos projetos obtidos pelas geotecnologias. Ainda que os mapas apresentem características básicas e sejam eficazes em resumir e comunicar um determinado resultado, eles podem variar drasticamente em aparência. Pelo seu aspecto, sugere-se sua presunção de uso. Existem mapas especializados para muitos propósitos, conforme Nogueira (2009): uma das funções mais importantes dos mapas é servir a necessidade de orientação ou mobilidade, incluindo a navegação como nos mapas rodoviários e topográficos. Foram essas necessidades que fizeram surgir este modo de representação gráfica. A evolução das atividades humanas permitiu diminuir o aparecimento de outros tipos de mapas, os quais são construídos para atender propósitos analíticos envolvendo medidas e cálculos. Mapas formais, criados de acordo com convenções cartográficas bem estabelecidas, utilizados como produto de referência ou de comunicação. Por exemplo, os mapas da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG) do Exército Brasileiro e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os que são usados para planejamento do meio físico servem para inventariar uma determinada situação presente, definem o processo de desenvolvimento e apresentam as propostas para uma circunstância futura. Como exemplo, podem-se citar mapas de suscetibilidade a deslizamentos e os utilizados nos planos diretores municipais. FIGURA 1 – MAPA DE SUSCETIBILIDADE A DESLIZAMENTOS DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA FONTE: O autor CURSO LIVRE - NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA, SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO Outros são usados para reduzir volumosos dados estatísticos, ou então, visualizar o que de outra forma não pode ser visível; um exemplo é a distribuição da temperatura e da precipitação de uma determinada localidade. FIGURA 2 – PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL DA BACIA DO ITAJAÍ FONTE: Correia (2015) Quando os objetivos são educacionais e voltados para aplicações diárias, produzem-se mapas geográficos de parede e mapas em livros e, atualmente, os mapas em mídia eletrônica. Existem também os mapas transitórios ou visualizações similares a mapas, usados simplesmente para olhar, analisar, editar e consultar informações geográficas. Tem-se, como exemplo, informações de rotas exibidas num celular ou disponível na internet, como o Google maps. Os mapas podem ser classificados a partir da sua função principal, ou então, pela semelhança no método específico utilizado para sua representação, tais como: o método coroplético (estabelece que a ordem crescente dos valores relativos agrupados em classes significativas seja transcrita por uma ordem visual também crescente, tendo como finalidade traduzir valores para as áreas); e o método isoplético ou isarítmico (ideal para representação de fenômenos contínuos, como a temperatura, a pressão, a partir de observações pontuais ou medidas obtidas em descontinuidades). Podem também ser subdivididos de acordo com os temas que tratam; por exemplo, mapas urbanos, de climas, mapas de população, mapas geológicos etc. CURSO LIVRE - NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA, SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO FIGURA 3 - UNIDADES GEOLÓGICAS DO BAIXO VALE DA BACIA DO ITAJAÍ FONTE: Correia (2015) Os mapas mentais, elaborados pela mente humana, ajudam a resolver alguns problemas como, encontrar um caminho ou localizar algum alvo e, por isso, envolvem muito mais que apenas estoques de informações gráficas (como os mapas em papel ou em celulares e monitores). Mapas tangíveis referem-se aos que podem ser tocados, e mapa virtual refere-se àquele que apenas se torna real quando algum dispositivo possibilita sua visualização momentânea (pelo tempo desejado), no mais ele está estocado em arquivos impossível de ser observado pelos olhos humanos. Os mapas de referência, mapas de base ou de propósitos gerais, costumeiramente, mostram objetos naturais ou artificiais do meio ambiente, dando ênfase à localização e mostrando uma variedade de feições do mundo ou parte dele (vias de comunicação, corpos d'água, linhas costeiras, limites político-administrativos etc.). Exemplos: mapas topográficos e atlas geográficos. CURSO LIVRE - NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA, SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO FIGURA 4 - PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL FONTE: Correia (2015) Os mapas temáticos são separados em duas categorias: os qualitativos e os quantitativos. Os primeiros têm por objetivo principal mostrar a distribuição espacial ou localização de algum fenômeno geográfico. Por exemplo, uso do solo mostrado na figura que segue. CURSO LIVRE - NOÇÕES BÁSICAS DE CARTOGRAFIA, SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO FIGURA 5 – USO DO SOLO DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU FONTE: O autor Os mapas quantitativos, por outro lado, mostram os aspectos espaciais de dados numéricos, ou seja, ilustram "quanto" de alguma coisa está presente na área mapeada. Para tanto, é preciso transformar dados tabulares em um formato especial de mapa e se obterá uma generalização dos dados originais. Por isso, quando o usuário requer quantidades exatas, o melhor caminho é o uso de tabelas ou digramas, Quais os fenômenos geográficos podem ser representados por meio de mapas Coropléticos?Um exemplo pode ser a densidade de pessoas que vivem na região rural de um município. Neste caso a densidade é calculada pela divisão entre o número de pessoas que vivem na área rural e a área da região rural. Esta densidade é representada num mapa coroplético, que tem como unidade geográfica o município.
Qual o principal fenômeno pode ser representado por um mapa Corocromático?O principal fenômeno retratado em um mapa corocromático é a densidade/intensidade/grandeza dos mesmos neste tipo de mapa.
Quais fenômenos do espaço geográfico podem ser representados em mapas quantitativos?Podem explicitar a quantidade de habitantes, a localização, a densidade de ocupação ou os fluxos migratórios.
O que é um mapa coroplético?Mapa coroplético ou mapa coropleto é um tipo de mapa temático: um mapa coroplético representa normalmente uma superfície estatística por meio de áreas simbolizadas com cores, sombreamentos ou padrões de acordo com uma escala que representa a proporcionalidade da variável estatística em causa, como por exemplo a ...
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