A Mata Atlântica é responsável pela maior parte da natureza da cidade Rio, e um dos biomas mais ricos do mundo em termos de diversidade. Entre os ecossistemas presentes no nosso estado estão a floresta tropical úmida, manguezais, campos de altitude e um grande conjunto de formações florestais. Show
O mês de julho, de clima seco e frio, é perfeito para os adeptos que se aventuram tanto na selva urbana do Rio como em qualquer dos 92 municípios do estado, como Nova Friburgo Embora a vida animal e vegetal tenham sido bastante alteradas pela ocupação humana no Rio de Janeiro, trechos de Mata Atlântica e manguezais permanecem intocados. Segundo o Instituto Brasileiro de Florestas, esse bioma corresponde a 13,04% do território nacional ao longo do litoral, estendendo-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro, estudos indicam que, no século XVI, a floresta ocupava 97% do território da cidade. Enquanto a Mata Atlântica se espalha por toda a cidade, os manguezais prosperam em regiões onde a água do rio se mistura com o mar, como ao longo da Baía de Guanabara. A vida animal dos manguezais inclui caranguejos, mexilhões charru, ostras e diferentes tipos de peixes. Uma grande variedade de espécies cobre a vegetação predominante no Rio de Janeiro, como quaresmeiras, ipês, palmeiras, jequitibás, embaúbas, orquídeas e bromélias. Além disso, entre os animais comuns na região estão macacos-prego, quatis, preguiças, gambás, cachorros-do-mato, cutias, diferentes espécies de morcegos, tucanos, gaviões, papagaios, jararacas e jibóias. Onde explorar a natureza do Rio Trilhas O Rio de Janeiro é uma cidade inigualável, e sua biodiversidade se estende por todo o estado, principalmente ao interior, onde a natureza e a vida urbana se integram em total harmonia. Com cenários deslumbrantes, incontáveis trilhas nos levam à mirantes, montanhas e morros incríveis. O mês de julho, de clima seco e frio, é perfeito para os adeptos que se aventuram tanto na selva urbana do Rio como em qualquer dos 92 municípios do estado. Na verdade, tanto as trilhas do Rio ou de Friburgo, nos dão a chance de explorar a natureza mergulhados em Mata Atlântica. E no meio da floresta, é comum encontrarmos alguns animais selvagens, como macacos, papagaios, lagartos, esquilos e muitos outros. Também podemos apreciar uma vasta gama de plantas e árvores dentro das cidades. Parque Nacional da Tijuca O Parque Nacional da Tijuca protege a maior floresta urbana do mundo replantada pelo homem, com 3.953 hectares de extensão de floresta tropical, e abriga 328 espécies de animais, incluindo anfíbios, pássaros e mamíferos, alguns dos quais estão em perigo de extinção. Pesquisadores indicam ainda que existem 1.619 espécies de plantas neste parque. Além disso, o espaço oferece opções de atividades para todos: desde áreas para piquenique e churrasco até asa delta, escalada, caminhadas e outros entretenimentos. Há também uma cachoeira e alguns riachos para os visitantes se refrescarem. Jardim Botânico O Jardim Botânico do Rio de Janeiro é um santuário ecológico. Abriga espécies raras de plantas da flora brasileira e é um dos melhores locais para a observação de pássaros. Fundado por D. João VI, em 1808, possui cerca de 6.500 espécies de flora distribuídas por uma área de 54 hectares. Além disso, macacos-prego e saguis também são vistos com frequência passeando por lá. Rio Zoo Reinaugurado em março de 2021, é um dos zoológicos urbanos mais antigos do Brasil e foi reconstruído para dar melhores acomodações para os animais, que agora têm mais espaço e não ficarão mais em cativeiro. O zoológico foi projetado para ser um parque biológico, onde o ambiente dos animais se parecerá tanto quanto possível com seu habitat natural, e batizado de BioParque do Rio. O novo zoológico tem como foco a educação, pesquisa e conservação ambiental. Confira informações e vídeos no site oficial do BioParque do Rio. Exemplos de fauna… Biguá, Cutia, Gambá, Garça, Jacu, Macaco-prego, Maritaca, Mico-leão-dourado, Quati, Sabiá-laranjeira, Sagui, Tatu, Tucano-de-peito-amarelo, Urubu-de-cabeça-preta; …e de flora:Bromélias, Embaúba, Ipê, Jequitibá, Orquídeas, Paineiras, Palmeiras, Quaresmeira. FaunaSegundo dados recentes do IPP, o Município serve de habitat para 107 espécies de mamíferos, 53 de anfíbios, 32 de répteis e 481 de pássaros (número excepcionalmente grande, visto que a Europa inteira abriga 680 espécies de pássaros).Mamíferos
Entre os mamíferos, são frequentes os macacos, que são de três tipos: principalmente o Macaco Prego, nativo da Mata Atlântica e o Sagüi-Estrela, natural do Nordeste e introduzido no Rio pela mão humana. Mais recentemente, em 2015, o Bugio e a Cotia foram reintroduzidos na Floresta da Tijuca por uma equipe liderada pelo professor Fernando Fernandez. Além disso, é possível encontrar na floresta Preguiças, Gambás e Esquilos-Caxinguelê. Outros mamíferos existentes no trajeto da Trilha Transcarioca, mas cuja observação é um pouco mais rara, são o Cachorro do mato, o Guaxinim, o Tatu e o Tamanduá-Mirim. Aves
Entre os pássaros, os de mais fácil observação são as diversas espécies de Beija-flores, Gaviões e falcões, Pardais, Corujas, o João-de-barro, o Bemtevi, o Pica-Pau, o Saíra-Sete-Cores e os Tucanos, reintroduzidos por Adelmar Coimbra na década de 1960. Também podem ser facilmente avistadas espécies de psitacídeos como Papagaios, Maitacas e Periquitos. Nas áreas de manguezais e lagoas, as Garças e os Biguás são as mais comuns. Répteis / Anfíbios
Entre os répteis, encontramos diversos tipos de lagartos, mas o que mais assusta são certamente as cobras. Não se deve, entretanto, encarar isso como um grande problema. A maioria das serpentes não é peçonhenta e quase todas elas tenderão a fugir do homem uma vez que sintam sua presença, só atacando quando se sentirem ameaçadas. Víboras, em geral, não atacam as pessoas gratuitamente. Ao contrário, elas só mordem quando se sentem acuadas, são provocadas ou inadvertidamente pisoteadas.Portanto, a possibilidade de um trilheiro atento ser mordido por uma serpente venenosa é quase nula. Por menor que seja essa possibilidade, contudo, ela deve ser encarada com a maior seriedade.Certifique-se que seu Guia de Primeiros Socorros tenha um capítulo sobre mordidas de cobra e leia-o atentamente antes de sair de casa. Além disso, verifique qual é o hospital mais próximo da trilha a ser percorrida que dispõe de soros específicos para mordidas de serpentes.Verifique se o seu Guia de Primeiros Socorros tem informações sobre picadas de aracnídeos e insetos, bem como sobre as reações alérgicas a essas mordidas. Não saia de casa para caminhar no mato sem ter se informado extensivamente sobre esses assuntos.Um pouco de história…
“… Nas florestas há uma grande diversidade de animais selvagens de boas carnes como veados e corças e javalis… um certo animal chamado quati. É também muito abundante um certo animal que os selvagens chamam de tapiira (anta)… Por fim, o tucano… tendo um bico quase tão grosso e comprido como o resto do corpo” André Thevet, 1556Ao lado: Primeiras representações gráficas de um tucano e um bicho-preguiça, baseadas nos relatos de André Thévet, frade explorador francês que esteve no Brasil no século XVI, sendo o grande responsável pela vulgarização da expressão “França Antártica” , referindo-se à experiência colonial francesa na Baía da Guanabara. Conheça aqui a história da fauna carioca ao longo dos séculos pós-descobrimento do Brasil FloraAs áreas de proteção ambiental por onde passa a Trilha Transcarioca abrigam 833 espécies vegetais, sendo 676 típicas de Mata Atlântica, 133 de lagoas e 24 de mangues; constituindo-se em um patrimônio ecológico de grande diversidade.Mata NativaEntre os espécimes oriundos de Mata Atlântica têm especial relevo a Quaresma e suas flores roxas, a Aleluia, o Ipê-roxo e o Ipê-amarelo, a Paineira, o Jequitibá, a Embaúba e o Pau-Brasil. Isto para não mencionar as Bromélias, tão variadas quanto belas nas matas da Trilha Transcarioca. Mata ExóticaEntre as plantas introduzidas pelos colonizadores sobressaem o Eucalipto australiano, a Mangueira e a Jaqueira trazidas da Índia e o Capim Colonião; uma praga que veio da África a bordo dos navios negreiros, onde servia de cama aos escravos. PublicaçõesMuita gente tem prazer em passear observando a vegetação e identificando cada um dos espécimes localizados ao longo do caminho. Infelizmente, no Brasil ainda são muito escassas as publicações didáticas que, através da combinação desenho/informação, permitam ao leigo iniciar-se
nesse passatempo. *(Clique nos títulos para buscar os livros no site Estante Virtual) • As Mais Belas Árvores da Mui Formosa Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro • Calendário Permanente da Floresta da Tijuca • Parque Nacional da Tijuca • A Floresta da Tijuca e a Cidade do Rio de Janeiro Para quem tiver interesse na história da Mata Atlântica como um todo é indispensável a leitura do excelente livro de Warren Dean: • A Ferro e Fogo Um pouco de história
“Talvez seja impossível restaurar a Mata Atlântica…(entretanto) Mesmo o que
resta é indescritível em termos práticos e imensamente complexo. Um botânico pode fornecer listas de suas árvores; nas faixas mais diversas da Mata Atlântica, há até oitocentas espécies— um número ponderável, comparado às poucas dúzias encontradas nas florestas temperadas da América do Norte ou Europa” |