Qual a função da água e do gás carbônico na produção do refrigerante?

Qual a função da água e do gás carbônico na produção do refrigerante?
O processo de carbonatação não consiste apenas em adicionar as famosas bolhas em uma bebida, mas mantê-las e, principalmente, conservar a qualidade do produto desenvolvido pelas empresas. Ela acontece por meio de uma reação química, com a dissolução do dióxido de carbono (CO2) na água (H2O), onde ocorre o borbulhamento do CO2 no líquido. O resultado desse processo é o ácido carbônico (H2CO3), uma substância fraca que facilmente se decompõe e recupera o gás carbônico e a água. A carbonatação é muito utilizada em indústrias de bebidas como refrigerantes, águas gaseificadas puras ou com essências, cervejas, chopp e outros produtos gaseificados. Esse procedimento é importante para manter o efeito organoléptico, quando as propriedades podem ser percebidas pelos sentidos humanos: cor, brilho, odor, sabor e textura. Além disso, nas bebidas, a carbonatação tem a capacidade de desacelerar a produção de bactérias, elementos responsáveis por diminuir o tempo de validade dos produtos gaseificados.

Qual a função da água e do gás carbônico na produção do refrigerante?
 carlosalvarez/iStock

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Antes de mergulhar na resposta, um dado inicial: os refrigerantes são formados por uma mistura de água, gás (no caso o gás carbônico, o CO2) e algum tipo de xarope, que dá a cor e o gosto da bebida. Mas essas três coisas não são combinadas de uma vez – primeiro, os fabricantes juntam a água e o gás, em um aparelho chamado carbonizador. Quando esses dois ingredientes se misturam, a água dissolve o CO2, dando origem a uma terceira substância, o ácido carbônico, que tem forma líquida. Depois, acrescenta-se o xarope a esse ácido. O último passo é inserir uma dose extra de CO2 dentro da embalagem para aumentar a pressão interna e conservar a bebida. Pronto: taí o refrigerante.

Você já deve ter percebido que, quando a garrafa está fechada, a mistura é um líquido homogêneo, sem bolhinhas de gás. Mas tudo muda quando a gente tira a tampa: primeiro, a gente ouve aquele “tssssssssss” – o barulho do CO2 extra escapando. Depois, começam a aparecer as tais bolhinhas. Isso acontece porque a pressão no líquido diminui e, lentamente, o ácido carbônico começa a se transformar novamente em gás e a escapar do líquido, na forma de bolhas.

Agora que você conhece o processo, pode estar se perguntando: não tem um jeito mais fácil de fazer refrigerante? Tem, sim: dá para misturar o xarope direto na água gaseificada natural, mas essa matéria-prima não é tão abundante quanto a água comum. Por isso, fica mais barato para as engarrafadoras misturar água e gás artificialmente. Elas recorrem a esse processo há mais de um século, quando os primeiros refrigerantes foram criados. A única diferença é que hoje há duas maneiras de juntar os ingredientes: a primeira é o chamado pré-mix (xarope e água com gás são combinados pouco antes de o líquido ser engarrafado), usado nas latinhas e garrafas. A outra é o post-mix (a mistura é feita na hora da venda), usado nas máquinas de refrigerante das lanchonetes.

Fábrica portátil

Máquinas das lanchonetes misturam os ingredientes da bebida na hora

1. Nas máquinas de refrigerante, os ingredientes da bebida ficam armazenados no próprio local de venda: cilindros de metal guardam os xaropes (no nosso exemplo, são quatro sabores diferentes), um bujão acondiciona o gás carbônico (CO2) e a água vem de alguma fonte filtrada. Nas etapas seguintes, esses três itens serão misturados dentro da máquina

2. A composição começa com a mistura do gás carbônico e da água. Os tanques de CO2 e de água são ligados a um carbonizador, que comprime e dissolve o gás no líquido, formando o ácido carbônico — nada mais do que água gaseificada. Por um tubo, o líquido segue até uma serpentina, que resfria a bebida para a temperatura de consumo, de 4 ºC a 8 ºC

3. É só na saída da máquina, no finalzinho do processo, que xarope e água gaseificada se juntam para formar o refrigerante. As duas mangueiras se encontram e são misturadas durante a própria queda, no bocal. A quantidade de xarope depende da regulagem da máquina — dá para caprichar ou atenuar o sabor. Por isso, é muito difícil que o gosto do refrigerante de máquina seja igual ao de garrafa

4. Fora da máquina, o ácido carbônico começa a se separar da água em forma de bolhas de CO2. O processo é bem lento e pode demorar horas. Por isso, a gente fica com a impressão de que há muito gás e xarope no refri — mas, na verdade, eles correspondem a apenas 1% da mistura! Os 99% restantes são apenas água

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Qual é a função da água e do gás carbônico na produção do refrigerante Brainly?

Resposta. O dióxido de carbono, mais conhecido como gás carbônico (CO2), é o gás utilizado em refrigerantes e em águas gaseificadas a fim de realçar o paladar e a aparência da bebida. Esse gás é solubilizado no líquido por meio da carbonatação, que é a reação química que ocorre entre o dióxido de carbono e a água.

Qual o produto da reação entre gás carbônico e água?

A carbonação, ou carbonatação, consiste na reação química entre CO2 e H2O através do borbulhamento de dióxido de carbono em água líquida. Sendo o produto desta reação o ácido carbônico (H2CO3) – um ácido fraco que facilmente se decompõe e restitui o gás carbônico e a água de origem.

Qual a importância do dióxido de carbono CO2 para produção de refrigerantes?

Na área de alimentos, a principal utilização do dióxido de carbono está na carbonatação de bebidas como refrigerantes, cervejas, água gaseificadas, pois sua inertização e propriedades bacteriostáticas estão sendo usada com sucesso em misturas de nitrogênio, para aumentar a vida útil dos produtos alimentares.

Como é adicionado o gás carbônico no refrigerante?

Nas fábricas de refrigerante, o líquido fica num tanque como uma caixa d'água bem grande. Dentro desse tanque entra um caninho, que vai borbulhar o gás carbônico no líquido, igual a quando você assopra num canudinho dentro de um copo cheio.