Qual a importância do Banco Mundial e o FMI para o Sistema internacional?

O Banco Mundial é uma instituição financeira internacional que, assim como o FMI, foi criado em 1944 pela Conferência de Bretton Woods. Sua orientação inicial era a de contribuir financeiramente para a reconstrução dos países, sobretudo os europeus, devastados pela Segunda Grande Guerra. Tempos depois, os seus objetivos passaram a ser a promoção do desenvolvimento da América Latina, África e Ásia. Ele está oficialmente subordinado à Organização das Nações Unidas, embora tenha a sua própria autonomia.

Além de fornecer empréstimos e ajudar na reconstrução humanitária dos países, o BM também atua na questão ambiental, direcionando verba e ações de combate à emissão de poluentes e de preservação do meio ambiente em todo mundo.

Qual a importância do Banco Mundial e o FMI para o Sistema internacional?

Sede do Banco Mundial, em Washington, EUA. ¹

Existem diferenças em relação às expressões “Grupo do Banco Mundial” e “Banco Mundial”. O primeiro tem como instituições-membros o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), a Associação de Desenvolvimento Internacional (ADI), a Sociedade Financeira Internacional (SFI), a Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) e o Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (ICSID). O segundo é composto apenas pelos dois primeiros, que são considerados as duas instituições mais importantes do grupo.

O BIRD atua na retirada de empréstimos junto às nações mais ricas do planeta e empresta esse montante a juros mais altos para nações subdesenvolvidas. Os lucros gerados pelo pagamento das dívidas por parte dos países periféricos é mais que suficiente para a manutenção dos custos e geração de lucros exorbitantes, geralmente repassados aos Estados Unidos, principal mantenedor do órgão.

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Assim como o BIRD, a ADI também realiza empréstimos direcionados a países pobres, no entanto os juros são mais baixos e o pagamento deve ser realizado em longo prazo. Em 2001, os países do G-8 (sete países mais ricos somados à Rússia) avaliaram o  perdão de parte da dívida de países pobres contraída em razão de empréstimos retirados da ADI, o que acabou não ocorrendo.

Críticas ao Banco Mundial

O Banco Mundial recebe sucessivas críticas quanto à sua estrutura, conduta e objetivos. A principal delas refere-se ao domínio dos Estados Unidos, uma vez que todos os seus presidentes foram norte-americanos e, coincidentemente ou não, o país é o que mais investe e mais arrecada com os lucros dessa organização. Por isso, a entidade é frequentemente acusada de servir apenas aos interesses estadunidenses.

Além disso, algumas avaliações afirmam que as principais reconstruções prometidas pelo BM direcionaram-se preferencialmente aos países europeus, de forma que a atuação nos países pobres não é a mesma. Os principais fatores apontados pelos críticos do órgão pelos resultados ineficientes na ajuda aos países pobres são supostos casos de corrupção envolvendo grandes empresas e o próprio Banco Mundial, que colaboraria para a realização de lavagens de dinheiro camufladas em ações sociais empreendidas com o apoio do próprio banco.

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¹ Créditos da imagem: Shiny Things

Por: Rodolfo F. Alves Pena

Publicado em 26/01/2021 15h02 Atualizado em 11/03/2021 01h54

Objetivos

O Fundo Monetário Internacional – FMI, criado em 1945, é uma organização composta por 190 países e que possui, de acordo com seu Convênio Constitutivo, os objetivos de promover a cooperação monetária internacional; facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio internacional, contribuindo para a promoção e manutenção de níveis de emprego e de renda real e para o desenvolvimento dos recursos produtivos; promover a estabilidade cambial; auxiliar no estabelecimento de um sistema multilateral de pagamentos; e disponibilizar recursos a países membros que estejam passando por dificuldades em seu balanço de pagamentos. Visando a alcançar essas finalidades, o FMI atua em três vertentes: supervisão econômica, oferta de liquidez e assistência técnica.

Atuação

A supervisão econômica consiste na fiscalização do sistema financeiro internacional e no monitoramento das políticas econômicas e financeiras dos países membros, tanto em termos multilaterais como bilaterais. Suas opiniões, com destaque para os possíveis riscos para a estabilidade e para os conselhos sobre os ajustes de política necessários, são expressas em documentos como o World Economic Outlook – WEO, o Global Financial Stability Report – GFSR, os Spillover Reports e os Country Reports resultantes das Consultas do Artigo IV. Para a preparação dos relatórios do Artigo IV, são realizadas, anualmente, visitas técnicas preparatórias e consultas formais, nas quais especialistas do FMI se reúnem com representantes dos setores público e privado brasileiros. O produto dessa avaliação do Fundo pode ajudar a identificar boas práticas e obstáculos na condução de nossas políticas econômica, financeira e fiscal, bem como contemplar sugestões com base nas experiências dos demais países membros e nos estudos dos técnicos do FMI. A SAIN atua na coordenação da organização das reuniões e da avaliação e aprovação para publicação dos documentos produzidos pelo Fundo.

A oferta de liquidez consiste na concessão de empréstimos aos países membros que estejam enfrentando problemas reais ou potenciais de balanço de pagamentos para ajudá-los a reconstruir suas reservas internacionais, estabilizar suas moedas, evitar a interrupção dos pagamentos de importações e restaurar as condições para um crescimento econômico forte e sustentável, por meio da adoção de políticas adequadas.

Por fim, na vertente de assistência técnica, o FMI auxilia os governos na modernização de suas políticas econômicas e na administração mais efetiva de questões financeiras, inclusive por meio de fortalecimento institucional e de treinamento de pessoal.

Funcionamento

A instância máxima na governança do FMI é a Junta de Governadores, onde cada país membro é representado individualmente por seu Governador. Os Governadores são responsáveis pela tomada de decisões no Fundo, projetada para refletir as posições relativas de seus países membros na economia global. No caso do Brasil, que possui 2,32% das cotas e 2,22% do poder de voto do Fundo, essa função é exercida pelo Ministro da Economia ou, na sua ausência, pelo Presidente do Banco Central do Brasil, que atua como Governador Alterno. A SAIN subsidia o Ministro da Economia na tomada de decisões e atua junto ao FMI na discussão das reformas de cotas, buscando garantir que a estrutura de governança do Fundo reflita adequadamente as mudanças que estão ocorrendo na economia mundial, especialmente tendo em vista o crescente peso das economias emergentes.

O Conselho Executivo do FMI é responsável pela condução dos negócios do dia a dia do Fundo. É composto por 24 Diretores, eleitos pelos países membros ou por grupos de países, e pelo Diretor Geral. No Conselho, o Brasil se faz representar pelo Diretor-Executivo de sua Constituency, que representa também Cabo Verde, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Suriname, Timor-Leste e Trinidade e Tobago. Atualmente, cabe ao Brasil a indicação desse Diretor. A SAIN é o ponto focal no relacionamento entre o Governo Federal, o FMI e a representação brasileira na instituição.

Qual a importância do Banco Mundial e FMI para o sistema internacional?

Criados pelos Estados Unidos, o Banco Mundial e o FMI estavam focados em fornecer empréstimos aos países europeus, principalmente para barrar o crescimento do comunismo impulsionado pela União Soviética.

Qual é o objetivo da Fundação do Banco Mundial e do FMI?

O Banco Mundial é uma instituição financeira internacional que, assim como o FMI, foi criado em 1944 pela Conferência de Bretton Woods. Sua orientação inicial era a de contribuir financeiramente para a reconstrução dos países, sobretudo os europeus, devastados pela Segunda Grande Guerra.

Qual a diferença entre o papel do FMI e do Banco Mundial?

FMI e Banco Mundial são duas organizações internacionais criadas para fornecer ajudas financeiras aos países. A diferença entre ambos é que o primeiro atua na resolução de crises, problemas financeiros e econômicos dos países e instituições, enquanto o segundo ajuda no desenvolvimento, sobretudo o estrutural.