Qual a região mais assistida pelo serviço de tratamento de esgoto?

O saneamento básico constitui-se como o conjunto de infraestruturas e medidas adotadas pelo governo a fim de gerar melhores condições de vida para a população. No Brasil, esse conceito está estabelecido pela lei nº 11.445/07, compreendendo o conjunto de serviços estruturais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e limpeza e drenagem de lixo e águas pluviais urbanos.

Em linhas gerais, podemos dizer que nos últimos 20 anos a difusão dos serviços de saneamento básico no Brasil conheceu profundos avanços. Porém, ainda existem muitos problemas, principalmente relacionados com as desigualdades regionais quanto à disponibilidade de infraestruturas, um reflexo do desenvolvimento desigual do território brasileiro.

Dados do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) afirmam que 98% da população brasileira possui acesso à água potável, mas cerca de 17% do total de domicílios não possui o fornecimento hídrico encanado, tendo acesso a esse recurso por meio de cisternas, rios e açudes. Em uma divisão entre cidade e campo, constata-se a diferença: 99% da população urbana tem acesso à água potável, enquanto, no meio rural, esse índice cai para 84%.

Já a população com acesso à rede sanitária ou fossa séptica é menor, cerca de 79% em 2010, o que revela o grande número de domicílios situados em localidades com esgoto a céu aberto. Além disso, cerca de 14% dos habitantes do país não são contemplados pelo serviço de coleta de lixo e 2,5% não contam com o fornecimento de eletricidade.

As desigualdades regionais nesses quesitos são marcantes. Enquanto as cidades mais desenvolvidas do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, apresentam índices de tratamento de esgoto de 93%, outras capitais, como Belém (7,7%) e Macapá (5,5%), não gozam do mesmo privilégio.

Além disso, há também uma desigualdade intraurbana (ou seja, dentro das cidades), com ausência de serviços de água, esgoto e até eletricidade em periferias e favelas. De acordo com as premissas internacionais dos Direitos Humanos, privar grupos de pessoas de serviços básicos como esses pelo simples fato de não serem proprietários legais de suas terras constitui-se como um crime e uma agressão à humanidade.

Não obstante, o peso das taxas e impostos cobrados pelo Estado para a manutenção desses serviços não segue uma proporção devidamente estabelecida. Isso significa dizer que os valores cobrados pesam mais no bolso das populações mais pobres do que na população mais rica. Para a Organização das Nações Unidas, o ideal seria que essas cobranças não ultrapassassem 5% do orçamento familiar, o que não ocorre na maioria dos casos atualmente.

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O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab)

Com o escopo de mudar a situação do saneamento básico no Brasil, o governo brasileiro instituiu o Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico), que consiste em um conjunto de metas e objetivos para transformar a realidade desse setor no país. Entre essas metas, encontram-se alguns dos Objetivos do Milênio, implantados pela ONU, que são: a) reduzir pela metade, até 2015, a proporção de habitantes sem acesso à água e ao saneamento básico; b) melhorar significativamente as condições de vida de 100 milhões de pessoas que vivem em bairros degradados até o ano de 2020.

Além disso, outra meta estipulada é a de atingir a universalização das estruturas de saneamento básico em todo o país até o ano de 2033. Contudo, esse esforço, segundo estimativas de órgãos como o Instituto Trata Brasil, demanda um investimento de pelo menos R$15 bilhões por ano, enquanto o Estado vem investindo, em média, R$9 bilhões.

Por outro lado, as previsões estabelecidas pelo Plansab revelam uma estimativa de R$508,4 bilhões de reais entre os anos de 2014 e 2033. Há a expectativa de que esses valores atendam às necessidades estruturais até o término desse prazo.

O mais importante sobre essa questão, a partir de agora, além da intensificação dos investimentos públicos em nível federal, estadual e municipal, é a pressão popular pela democratização dos serviços sanitários. Um relatório da ONU de 2013 revelou que apenas uma em cada quatro pessoas sem saneamento básico reclama por seus direitos, o que revela a necessidade de uma maior mobilização pelo atendimento desse tipo de demanda.

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¹ Créditos da Imagem: Valter Campanato/ABr e Wikimedia Commons


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Novas concessionárias

Rio+Saneamento

Com o início da operação plena no dia 1º de agosto de 2022, a concessionária passou a atuar nos serviços de distribuição de água de 22 bairros da Zona Oeste da Capital (região da AP-5). Nas cidades de Itaguaí, Seropédica e Paracambi, a empresa também é responsável pela coleta e tratamento de esgoto. Já no interior, a Rio+Saneamento atua em mais 14 municípios, cuidando da captação, tratamento e distribuição de água, além da coleta e tratamento de esgoto.

Nos bairros da Zona Oeste do Rio, o serviço de esgotamento sanitário já é realizado desde 2012 pela concessionaria Zona Oeste Mais Saneamento, que pertence ao Grupo Águas do Brasil, assim como a Rio+Saneamento.

Outras empresas ligadas ao Grupo Águas do Brasil já operavam os serviços de saneamento em Araruama, Campos, Niterói, Nova Friburgo, Paraíba do Sul, Paraty, Petrópolis, Saquarema, Silva Jardim e Resende.

  • NOVOS MUNICÍPIOS ATENDIDOS:

    Bom Jardim, Carapebus, Carmo, Itaguaí, Macuco, Natividade, Paracambi, Pinheiral, Piraí, Rio Claro, Rio das Ostras, São Fidélis, São José de Ubá, Seropédica, Sumidouro, Trajano de Moraes e Vassouras.

  • BAIRROS CARIOCAS:

    Bangu, Barra de Guaratiba, Campo dos Afonsos, Campo Grande, Cosmos, Deodoro, Gericinó, Guaratiba, Inhoaíba, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Paciência, Padre Miguel, Pedra de Guaratiba, Realengo, Santa Cruz, Santíssimo, Senador Camará, Senador Vasconcelos, Sepetiba, Vila Kennedy e Vila Militar.

    Qual a região mais assistida pelo serviço de tratamento de esgoto?

    Municípios e bairros atendidos

  • OUTROS MUNICÍPIOS:

    - Araruama, Saquarema e Silva Jardim (Águas de Juturnaíba- https://www.grupoaguasdobrasil.com.br/aguas-juturnaiba/ )
    - Campos dos Goytacazes (Águas do Paraíba - https://www.grupoaguasdobrasil.com.br/aguas-paraiba/ )
    - Niterói (Águas de Niterói - https://www.grupoaguasdobrasil.com.br/aguas-niteroi/ )
    - Nova Friburgo (Águas de Nova Friburgo - https://www.grupoaguasdobrasil.com.br/aguas-novafriburgo/ )
    - Paraíba do Sul (Águas da Condessa - https://www.grupoaguasdobrasil.com.br/aguas-da-condessa/ )
    - Paraty (Águas de Paraty https://www.grupoaguasdobrasil.com.br/paraty/ )
    - Petrópolis (Água do Imperador - https://www.grupoaguasdobrasil.com.br/aguas-imperador/ )
    - Resende (Águas das Agulhas Negras - https://www.grupoaguasdobrasil.com.br/aguas-agulhasnegras/ )

    Qual a região mais assistida pelo serviço de tratamento de esgoto?

    Outros Municípios Atendidos

Qual a região com maior coleta de esgoto?

A população atendida com coleta de esgoto nas melhores é de 95,5%, enquanto que, nas piores, é de 31,8%”, diz..
Santos (SP).
Uberlândia (MG).
São José dos Pinhais (PR).
São Paulo (SP).
Franca (SP).
Limeira (SP).
Piracicaba (SP).
Cascavel (PR).

Qual a região do Brasil com maior porcentagem de coleta e tratamento de esgoto?

Em relação ao esgotamento sanitário, o índice nacional saltou de 55,1% em 2008 para 63,9% em 2017. A maior expansão foi no Norte e Nordeste. A região Centro-Oeste tem o maior percentual de municípios, com 88,2%, e o Nordeste o menor, com 39,9%.

Quais são as regiões com mais cobertura na rede de esgoto no Brasil?

Lista de regiões do Brasil por rede de coleta de esgoto.

Quais as regiões do país com maior acesso a água tratada coleta de esgoto e tratamento do esgoto gerado respectivamente e as com menor?

A região Sul é a que mais trata o material que coleta (93,7%), seguida por Centro-Oeste (92,6%), Norte (84,6%), Nordeste (80,8%) e Sudeste (67,3%). O tratamento de esgoto, segundo o Instituto Trata Brasil, é o principal gargalo do saneamento básico no Brasil.