Vírus, uma exceção: os vírus não são classificados, de acordo com os critérios estabelecidos, em nenhum dos cinco reinos. Não apresentam células, sendo constituídos por moléculas de ácidos nucleicos, que podem ser DNA ou RNA, envoltas por uma cápsula proteica. Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, que atacam células de animais, de plantas, de fungos ou de bactérias. Quando estão fora de uma célula hospedeira, os vírus são completamente inertes e não se reproduzem. No interior de uma célula, porém, um vírus pode originar centenas de novos vírus idênticos. Por conveniência, há quem classifique os vírus no reino Monera, junto com os seres vivos mais simples, porém, a maioria dos autores consideram os vírus como um grupo sem reino.Alguns representantes dos Reinos utilizados na classificação. A Nomenclatura Binomial Show
Por exceção, permite-se usar inicial maiúscula para o segundo nome quando se tratar de homenagem a uma pessoa do país onde a obra é publicada. Por exemplo: Trypanosoma Cruzi, no Brasil, homenagem a Oswaldo Cruz.
Classificação e parentesco evolutivo Lineu não era um evolucionista. Para ele, o número de espécies era fixo, tendo sido definido por Deus no momento da Criação. Embora conhecesse os fósseis, que são restos preservados de seres que viveram no passado, Lineu, como os cientistas de sua época, os considerava simplesmente evidências de espécies criadas no início dos tempos e que haviam se extinguido. Por isso, seu sistema de classificação não procurava estabelecer relações de parentesco entre os fósseis e os seres vivos.Desde a época de Lineu, muitos conhecimentos foram incorporados à classificação. Atualmente, a maioria dos cientistas acredita que todos os seres vivos descendem de um ancestral comum. Isso quer dizer que todos os organismos, inclusive o homem, são aparentados em maior ou menor grau e se originaram de organismos unicelulares muito simples, que viveram há mais de 3 bilhões de anos. Durante esse período ocorreram inúmeras diversificações, que levaram à enorme variedade de seres atuais. O processo pelo qual as espécies de seres vivos se modificam e se diversificam no decorrer do tempo é denominado evolução biológica. Árvores filogenéticas: Foi Ernest Haeckel, quem elaborou a primeira árvore filogenética de que se tem notícia, criando o termo “fílogênese” (do grego phylon = grupo, e genesis = origem) que serve para designar as relações de origem e parentesco entre os seres atuais e seus ancestrais.É fácil entender que espécies mais parecidas tiveram um ancestral comum a menos tempo do que espécies com maior grau de diferença. Por exemplo, o cão e o lobo possuem um ancestral comum que representa uma bifurcação recente na árvore filogenética. Por sua vez, cães e lobos compartilham com cavalos, ratos, homem e outros mamíferos um ancestral comum, que viveu há muito mais tempo. Mamíferos, aves, répteis e todos os demais vertebrados possuem um ancestral comum ainda mais antigo. A classificação moderna das espécies deve refletir suas relações de parentesco evolutivo. Isto quer dizer que espécies de um mesmo gênero são mais aparentadas entre si do que com espécies de outros gêneros. Da mesma forma, organismos pertencentes a uma mesma ordem são mais aparentados entre si do que com organismos de outras ordens, e assim por diante.Filo Cordados e as Classes dos Peixes. A) gás oxigênio; B) gás carbônico; C) gás metano; D) gás nitrogênio; E) vapor d'água. 2-Recentes análises do DNA de chimpanzés permitiram concluir que o homem é mais aparentado com eles do que com qualquer outro primata. Isso permite concluir que: A) O chimpanzé é ancestral do homem. B) O chimpanzé e o homem têm um ancestral comum. C) O homem e o chimpanzé são ancestrais dos gorilas. D) A evolução do homem não foi gradual. E) Os chimpanzés são tão inteligentes quanto o homem. 3-Segundo a hipótese atualmente aceita sobre a origem e evolução da Vida na Terra, os primeiros seres surgidos seriam heterotróficos por absorção (saprobiontes) com respiração anaeróbica. Com as alterações climáticas do planeta e as atividades desses primeiros seres, o alimento disponível para os saprobiontes começou a rarear. “Em virtude da escassez de alimento, os seres iniciais desenvolveram a capacidade de produzir o seu próprio alimento.” A frase entre aspas foi empregada: A) corretamente, pois os serem sofreram mutações orientadas pela ausência de alimento disponível. B) corretamente, pois os seres se modificaram para tornarem-se capazes de produzir seu próprio alimento. C) corretamente, pois a escassez de alimento induziu a formação de características favoráveis nesses seres. D) erradamente, pois a capacidade de produzir seu próprio alimento é determinada pelo material genético do ser. E) erradamente, pois foram as alterações climáticas que permitiram o desenvolvimento da capacidade de produzir seu próprio alimento. 4-Leia as afirmativas abaixo: I. Segundo a hipótese heterotrófica, os organismos com esse tipo de nutrição foram os últimos a surgir. II. O surgimento dos organismos fotossintetizantes permitiu o aparecimento da respiração aeróbica. III. Sob determinadas circunstâncias, foi possível o surgimento de substâncias orgânicas a partir de substâncias inorgânicas. IV. O surgimento dos coacervados permitiu que algumas moléculas como o DNA se mantivessem íntegras por mais tempo. Dentre as afirmações, relativas à origem dos seres vivos, estão corretas, apenas: A) II, III e IV B) II e III C) III e IV D) I e II E) I e IV 5-Em uma experiência, Francisco Redi colocou em oito frascos de vidro um pedaço de carne. Quatro vidros tiveram sua abertura recoberta por um pedaço de gaze. Após alguns dias, apareceram larvas de moscas nos vidros que não continham a gaze recobrindo a abertura do frasco. Nos frascos protegidos com gaze, elas não apareceram. Essa experiência ilustra o princípio da: A) teoria celular; B) biogênese; C) sucessão ecológica; D) origem da célula; E) higiene. Gabarito: A nossa biosfera, apresenta milhões de espécies diferentes de seres vivos, adaptadas aos mais diversos ambientes. As teorias de evolução procuram explicar, como essa imensa diversidade se desenvolveu. Os pesquisadores do passado eram fixistas, ou seja, acreditavam que as espécies seriam imutáveis e teriam sido criadas por uma entidade divina, exatamente como são hoje. A partir do século XVII, alguns cientistas passaram a questionar a imutabilidade das espécies, afirmando que os seres vivos se modificam com o decorrer do tempo. Além disso, as espécies atuais seriam descendentes de espécies ancestrais, que se extinguiram. Este conjunto de idéias caracteriza o evolucionismo. Os evolucionistas acreditam que as espécies evoluem para continuarem adaptadas a um meio que sofre constante mudanças.Evidências de Evolução A ideia de evolução é hoje aceita por grande parte da comunidade científica e utiliza conhecimentos da Biologia, Geografia, História, Climatologia, etc. Existem numerosas e inquestionáveis evidências de que o processo evolutivo ocorreu. Fósseis: podemos definir fóssil, como sendo, qualquer resto ou vestígio de um ser vivo que existiu no passado e viveu em épocas remotas. Os fósseis constituem forte evidência, de que as espécies do passado foram diferentes das espécies atuais. A formação de um fóssil ocorre em condições muito especiais, quando o corpo de um animal ou vegetal é recoberto rapidamente por sedimentos, que impedem a ação de microorganismos decompositores. A partir daí, podem ocorrer diferentes processos de fossilização, tais como: o preenchimento dos poros do animal por sais minerais ou uma lenta troca de substâncias orgânicas por minerais, transformando o corpo do animal em pedra. Isso significa que um fóssil, ao contrário do que muitos pensam, não é um osso, mas sim, uma pedra com o formato do osso. Pode acontecer também casos como o registro de pegadas de animais, que caminharam em terrenos lamacentos, que acabaram petrificando. Também pode ocorrer a conservação de corpos em minas de sal ou no gelo, fornecendo informações importantes, pois neste caso, vários tecidos e estruturas orgânicas são conservadas, tais como, cabelo, pele, etc. ATENÇÃO: A idade de um fóssil pode ser determinada, pelo método de carbono-14 (14C). 0 14C é um isótopo radioativo do 12C. O método se baseia no fato de que os organismos fósseis, provavelmente, apresentavam a mesma quantidade de 14C que os seres vivos atuais. O 14C apresenta meia vida em torno de 5.740 anos. Isto significa que 5.740 anos depois da monte do ser, ele deve apresentar metade do 14C que apresentava quando vivo. Passados mais 5.740 anos, teríamos metade do 14C que restou e assim sucessivamente, até não restar mais 14C algum. Logo, ao medir a quantidade de 14C que restou em um fóssil, podemos calcular uma idade aproximada para o fóssil. O 14C, por ter uma meia vida relativamente curta, só é útil para fósseis com no máximo 50 mil anos. Para a datação de fósseis mais antigos os paleontólogos usam o urânio-235 (235U) cuja meia-vida é de 700 milhões de anos ou o potássio-40 (40K), com cerca de 1,3 bilhão de anos de meia vida. Anatomia Comparada: alguns dos mais primitivos baseiam-se no grupo de semelhança dos caracteres morfológicos, ou seja, na anatomia comparada. O parentesco evolutivo pode determinar semelhanças, entre seres vivos aparentemente bastante diferentes. Semelhanças Embrionárias: espécies diferentes, mas com passado evolutivo comum, apresentam semelhanças embrionárias, ainda mais acentuadas do que nos adultos. Órgãos Vestigiais: são estruturas ou órgãos pouco desenvolvidos e sem função aparente no organismo, mas que evidenciam parentesco evolutivo, com espécies que os apresentem funcionais. Constituição Molecular: os seres vivos são constituídos pelas mesmas moléculas e em proporções semelhantes. Quando se compara o DNA de espécies semelhantes, notam-se semelhanças entre os genes que as constituem.A Origem da Vida Até metade do século XIX, muitos cientistas acreditavam na geração espontânea ou abiogênese. Por esta ideia, um ser vivo poderia surgir a partir de matéria não viva, desde que nela existisse o chamado princípio vital (ou força vegetativa). Hoje, após inúmeras discussões e experimentos sabemos que um ser vivo só pode ser formado a partir de um outro ser vivo pré-existente, ao que chamamos de biogênese. A abiogênese prega a possibilidade de formação de um ser vivo, a partir da matéria não viva, enquanto que a biogênese afirma que um ser vivo só pode ser formado a partir de outro ser vivo. Aceitando a ideia de biogênese, uma outra pergunta surge: como surgiu o primeiro ser vivo na Terra? Existem três correntes diferentes que procuram explicar a origem da vida.
As ideias de Oparin: estudos geológicos indicam que o nosso planeta surgiu a aproximadamente 5 bilhões de anos e os achados fósseis mais antigos datam de 3,5 bilhões de anos. Isto quer dizer que durante aproximadamente 1,5 bilhões de anos, a Terra foi totalmente despovoada. Segundo Oparin, esta terra primitiva teria condições totalmente diferentes das atuais:
A partir de um desses coacervados, poderia ter surgido uma organização molecular dotada de membrana, que daria origem à primeira célula do planeta. Como não existia O2, esta primeira célula, deveria utilizar do processo fermentativo para obter energia. Obviamente essa primeira célula, dotada de uma molécula equivalente a um ácido nucleico, reproduziu-se e espalhou seus descendentes pelos mares. A fermentação realizada por essas primeiras células, liberou CO2 para atmosfera, criando condições para a sobrevivência dos primeiros seres autótrofos fotossintetizantes. Com a atividade dos autótrofos, passou a existir na atmosfera o O2,que possibilitou a sobrevivência de seres autótrofos e heterótrofos capazes de realizar a respiração aeróbia. Experiências que reforçaram as ideias de Oparin:
Experiência de Miller, simulando as ideias de Oparin. Melvin Calvin
Sequência de eventos da hipótese heterotrófica.1-Em uma comunidade de água doce em que ocorre diminuição de oxigênio como resultado da poluição, são beneficiadas apenas as populações: A) de peixes e de protozoários. B) de bactérias anaeróbicas e do zooplâncton. C) de protozoários. D) de bactérias anaeróbicas. E) do zooplâncton. 2-Pesticidas organoclorados: A) Degradam rápido no meio ambiente; B) Bio-acumulam; C) Não prejudicam o meio ambiente; D) Desde sua introdução só tiveram efeitos benéficos; E) Contribuem para uma agricultura sustentável. 3-A afirmação correta é: A) Ecossistemas saudáveis são aqueles onde os humanos têm intervindo para assegurar que sejam aceitáveis à maioria; B) A introdução de espécies vegetais não-nativas é benéfica à saúde do ecossistema; C) As espécies no topo da cadeia alimentar frequentemente contêm concentrações mais altas de substâncias tóxicas do que aquelas na base dessa cadeia; D) Bioconcentração e biomagnificação são sinônimos; E) Uma vez destruído, um ecossistema não pode ser recuperado. 4-A preservação da qualidade das águas é uma necessidade universal que exige séria atenção das autoridades sanitárias e ambientais, particularmente quanto aos mananciais e água para consumo humano, visto sua contaminação por fezes de origem humana ou animal poder tomá-la veículo de doenças infecciosas e parasitárias. Qual seria o grupo de microrganismos indicadores de contaminação fecal que deveria ser pesquisado na água? A) Grupo de microrganismos patogênicos presentes em pequenas densidades nas fezes do homem e animais de sangue quente. B) Grupo de microrganismos prevalentes nos esgotos e presentes em grandes densidades nas fezes do homem e animais de sangue quente. Soma : ( ) 1- letra D) de bactérias anaeróbicas. 2- letra B) Bio-acumulam. 3- letra C) As espécies no topo da cadeia alimentar frequentemente contêm concentrações mais altas de substâncias tóxicas do que aquelas na base dessa cadeia. 4- letra B) Grupo de microrganismos prevalentes nos esgotos e presentes em grandes densidades nas fezes do homem e animais de sangue quente. 5- soma: 01+02+04+08=15Dinâmica de populações As populações têm um comportamento dinâmico dentro do ecossistema, ou seja, aumentam, se equilibram, diminuem e podem até se extinguir. Para se analisar uma população, deve-se avaliar a sua densidade populacional, que é a relação entre o número de indivíduos e o espaço que eles ocupam, expresso em unidade de área, se a espécie for terrestre, ou em unidade de voluma, se a espécie for aquática. Existem fatores que agem sobre a população, determinando seu comportamento:
Curvas de crescimento populacional O crescimento de um população se deve a interação de dois fatores: o potencial biótico e a resistência ambiental. Potencial Biótico: chamamos de potencial biótico de uma espécie a capacidade que ela tem de gerar descendentes. Resistência Ambiental: ao mesmo tempo em que o ambiente fornece as condições para uma espécie aumentar sua população, estabelece também restrições a este crescimento, o que chamamos de resistência ambiental. Esta resistência é exercida de diversas maneiras deferentes: predadores, parasitas, competidores, escassez de alimentos, limitação de espaço, adversidades climáticas e até mesmo excesso de resíduos lançados pelos seres vivos. O crescimento de uma população, em condições naturais, ocorre em função da relação entre seu potencial biótico e a resistência ambiental do local onde vive e pode ser representado por meio de um gráfico.
Alterações Ambientais Muitas alterações que ocorrem em um ecossistema, gerando desequilíbrio ecológico, podem ter causas naturais, como por exemplo:
Poluição: podemos definir poluição, como sendo a presença de agentes físicos ou substâncias químicas, denominados poluentes, que possam impedir ou prejudicar a vida em um determinado ambiente. Podemos falar em poluição do ar, da água e do solo.
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