Qual é a diferença entre trabalho é força de trabalho como a exploração do trabalho gera alienação

Qual é a diferença entre trabalho é força de trabalho como a exploração do trabalho gera alienação

A alienação torna o trabalho estranhado, o trabalhador não se apropria do que é produzido. O indivíduo não se reconhece no trabalho, se desumaniza, o trabalho longe de ser sua realização enquanto indivíduo é sua escravidão. Alienação da nossa própria vontade, de nossos sentidos utilizados pelo capitalista.

No mundo das mercadorias, é o homem a principal mercadoria, é através da utilização da força de trabalho, do trabalho vivo no intercâmbio com as máquinas, trabalho morto, que se cria riqueza a mais-valia que é apropriada pelo burguês; a venda é quantificada pelo tempo, podendo o capitalista aumentar o ritmo da produção e extrair mais valia relativa, ou aumentar a jornada de trabalho e extrair mais valia absoluta.

A produção é coletiva e social, mas sua apropriação é individual; a riqueza produzida fica nas mãos dessa minoria de exploradores, o salário é apenas para manter-nos vivos, satisfazendo as necessidades mais básicas. Por isso que estamos submissos a vontade do capitalista porque ele controla os meios de produção, e sua vida é explorar para continuar existindo enquanto capitalista. Utiliza de discursos de que temos todos o mesmo interesse, busca a integração dentro da hierarquia servindo a vontade da empresa, utiliza a conciliação com a burocracia do sindicato para evitar conflitos e manter a passividade da escravidão assalariada, e assim pagar o mais baixo salário possível.

Essa relação não se restringe à fábrica, o capitalismo está presente em tudo, cria um mundo falso de ideologias, um modo de vida individualista, traz a ideia de como você precisa ser, de como você tem que se comportar, o que você precisa para ser feliz, muito preso à ideia de consumir; numa relação de posse, você vale o que você tem, um rico tem muito valor para sociedade, mesmo sendo o mais mesquinho explorador. Essa forma de enxergar o mundo é a ideologia dominante, com a qual é necessário romper e criar solidariedade entre os trabalhadores que se enfrentam diariamente com essa realidade.

O Estado no qual vivemos se constitui para servir a classe que detém o poder econômico, existe alienação política, pois quem governa defende os interesses dos que vivem da exploração, da dominação, a democracia é falsa, é ideologia basta olhar para quem consegue se eleger e a realidade na qual vivem. A educação, as leis, a segurança pública têm o caráter de classe, utilizado para continuar o ciclo de reprodução do capital.


É de Karl Marx a asserção de que todo novo estado da divisão do trabalho determina as relações dos indivíduos entre si com referência a material, instrumento e produto do trabalho. Foi assim com a propriedade tribal, depois com a comunal e com a feudal, ou estamental.

Portanto, um modo de produção ou estágio industrial é marcado por um modo de cooperação ou estágio social sendo ele mesmo uma força produtiva.

Entre a reflexão e a execução

Mas só passou a haver efetiva divisão quando se instalou uma separação entre trabalho manual e trabalho intelectual. Enquanto execução e reflexão andaram juntas nesse processo, o indivíduo pôde, de algum modo, realizar-se em sua ocupação.

É só com o trabalho industrial, no modo de produção especificamente capitalista, que se dá de fato a divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual. Marx diz que mesmo na manufatura ainda havia a possibilidade de algum trabalho diferenciado.

Alienação total

Na manufatura, ou modo de produção pré-capitalista, o trabalhador é explorado, mas não é despojado do seu saber. O capital se apropria do trabalho, mas a alienação é apenas do corpo.

Já no modo de produção especificamente capitalista (trabalho industrial), o processo de trabalho é desmontado pelo capital que o remonta à sua própria lógica. A alienação é então total. O trabalhador da manufatura torna-se propriedade do capital.

As forças intelectuais da produção desenvolvem-se apenas num aspecto, em função dos operários serem classificados e distribuídos segundo suas aptidões específicas. Já se nota a cisão entre o trabalhador e as forças intelectuais do processo material de produção, que são apropriadas pelo capital.

Relação hierárquica

Na indústria, a divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual se configura na relação entre trabalhadores técnico-científicos, cuja função é organizar o processo de trabalho e os operários que o executam.

Essa é uma relação hierárquica. Os operários estão submetidos à lógica que o capital impôs ao processo de trabalho. Quem atua para submetê-los são os trabalhadores técnico-científicos, que se constituem em agentes do capital.

Os trabalhadores técnico-científicos não só organizam e planificam o processo de trabalho, mas também perpetuam uma estrutura hierárquica e reproduzem as relações sociais capitalistas.

Separação entre execução e reflexão sobre o trabalho

Partindo de Marx, André Gorz acrescenta que, "os trabalhadores da ciência e da técnica, no interior de sua função técnico-científica, têm a função de reproduzir as condições e as formas de dominação do capital sobre o trabalho". As ciências e as técnicas não são, assim, ideologicamente neutras. Elas favorecem a reprodução do capital e de sua lógica.

O próprio Marx já havia sugerido que o desenvolvimento geral da ciência e do progresso tecnológico - a utilização do conhecimento científico-tecnológico na produção capitalista - torna-se o motor da criação da riqueza efetiva. E esta é cada vez menos dependente do tempo de trabalho.

Esse conhecimento científico, que resulta da apropriação capitalista do saber social geral, mostra-se como tendência da produção e reprodução capitalista, em sua fase avançada. Isso acentua cada vez mais a separação entre a execução do trabalho e a reflexão acerca do que se faz, acentuando o estranhamento (a alienação) do sujeito em relação ao que ele faz.

Qual é a diferença entre o conceito de trabalho e o de força de trabalho?

Karl Marx diferencia entre trabalho e força de trabalho. O primeiro é o resultado ou realização do segundo. Ou seja, o trabalho é o resultado do trabalho de uma pessoa, obtendo uma mercadoria. Em vez disso, a força de trabalho é o esforço aplicado à tarefa.

O que é trabalho exploração do trabalho e alienação?

Desse modo, a exploração do trabalho é o ponto fundamental que sustenta o capitalismo. O trabalhador é alienado de todo o processo produtivo e passa a ser dono, apenas, de sua força de trabalho. Sendo assim, o proletariado vende seu único bem, que é a força de trabalho, e essa passa a ser posse do capitalista.

O que é a alienação do trabalho?

Podemos conceituar o trabalho alienado, como, aquele que tem a capacidade de tornar um trabalhador ou profissional alheio à atividade que ele se submete. Ou seja, o profissional estará desempenhando seu trabalho mecanicamente, sem a noção do que está fazendo, ignorando conceitos e normas éticas e cientificas.

Como Karl Marx define a força do trabalho?

No Marxismo, força de trabalho é a capacidade dos trabalhadores de produzirem riqueza material ou, mais precisamente, as aptidões e habilidades humanas submetidas à condição de compra e venda, isto é, sob a forma de mercadoria. Trata-se de um conceito crucial em Marx, na sua crítica à economia política capitalista.

O que Karl Marx fala sobre a exploração do trabalho?

Para Marx, a base da economia capitalista é a exploração da força de trabalho. Ele afirma que o valor de uma mercadoria consiste no tempo de trabalho socialmente necessário para sua produção.

Como a exploração do trabalho gera a alienação do trabalhador explique sua resposta?

Resposta verificada por especialistas O fato de um trabalhador se ocupar apenas de uma parte do processo de produção o faz estar alheio às outras etapas e ao resultado final, além de estar alheio do valor agregado ao produto. O trabalhador assume apenas o papel de gerar lucro no contexto de exploração do trabalho.