Qual é a importância das árvores no combate à poluição?

No dia 14 de agosto é celebrado o Dia do Combate à Poluição. O objetivo da data é alertar a população sobre os problemas ambientais que são enfrentados atualmente, além buscar medidas para conter a degradação do planeta. Para comentar sobre a importância da preservação ambiental para combater a poluição, convidamos Lara Lutzenberger, ambientalista e Presidente da Fundação Gaia – Legado Lutzenberger.

Árvores e a contribuição na limpeza do ar

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar provoca a morte de mais de 50 mil pessoas por ano no país. Nesse sentido, as árvores têm fundamental importância. Pesquisadores da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, constataram que folhas de árvores conseguem absorver mais da metade do material particulado presente na atmosfera. Uma notícia animadora, já que quanto menor a concentração de material particulado, menores são os riscos de doenças cardiorrespiratórias.

Plantas usadas na recuperação de rios e lagos

Conforme o pesquisador português José Antônio Mendes, macrófitas aquáticas – plantas de água doce nativas no Brasil e presentes em lagos e banhados – podem ajudar no processo de purificação das águas e no controle da poluição de rios e lagos. A Embrapa menciona aguapé (Eichhornia crassipes), alface-d’água (Pistia stratiotes), orelha-de-onça (Salvinia auriculata) e taboa (typha domingensis) como plantas despoluidoras, pela sua capacidade de retirar da água nutrientes e substâncias tóxicas.

Lara Lutzenberger comenta: “O ambientalista José Lutzenberger fez diversos trabalhos paisagísticos e de tratamento de efluentes usando essas espécies já nos anos 70. No Rincão Gaia, sede da Fundação Gaia – Legado Lutzenberger, faz-se o manejo dessas plantas, inclusive usando-as no apoio nutricional de aves e suínos. No Jardim Lutzenberger, na CCMQ, também há exemplares para visualização.”

Agrotóxicos e a contaminação do solo

De acordo com Lara Lutzenberger, o uso indiscriminado de agrotóxicos tem produzido contaminações sistêmicas no solo, água, ar e na saúde direta dos trabalhadores rurais. Mesmo com controles mais rigorosos sobre o manejo das embalagens, formas de aplicação e cuidados na colheita, segue o problema da alta toxidade desses produtos.

Felizmente cresce o conhecimento e a prática de formas de cultivo regenerativos, orgânicos e biodinâmicos, que produzem alimentos mais saudáveis, nutritivos, preservam a biodiversidade e a qualidade de vida dos próprios produtores e priorizam o mercado regional, minimizando também a poluição decorrente do transporte e refrigeração por longas distâncias. O consumidor contribui substancialmente nesse processo através de suas opções de consumo. “Todos ganhamos quando priorizamos a aquisição de nosso alimento junto ao produtor orgânico regional”, finaliza a ambientalista Lara Lutzenberger.

Cuidar do meio ambiente é tarefa diária. No entanto, no dia de Combate à Poluição vale a pena refletir um pouco mais e mudar algumas ações.

Será que plantar árvores é uma ferramenta eficaz para combater a crise climática? Para responder à pergunta, a euronews falou com vários especialistas em gestão florestal, em Cremona, no norte de Itália. 

A quantidade de carbono armazenada numa árvore pode ser calculada de forma relativamente fácil. Teoricamente, quantas árvores novas são precisas para compensar as emissões de CO2?

“Em média, um cidadão europeu emite entre 5 e 7 toneladas de dióxido de carbono por ano, portanto, teoricamente, para compensar o impacto de um cidadão europeu, é necessário plantar 5 a 7 árvores”, afirmou Fabrizio Malaggi, gestor técnico do Parco Oglio Sud.

Os fatores que influenciam a captação do carbono

Entre a primavera e o outono, as árvores captam CO2 da atmosfera, todos os dias.

"Há magia a acontecer nesta pequena folha. Graças à luz do sol e ao dióxido de carbono no ar, a árvore está acrescer, está a transformar o dióxido de carbono em madeira e vai crescer", explicou Diego Florian, diretor da FSC Itália.

Nem todas as florestas são iguais ao nível da absorção do carbono. A quantidade de carbono absorvida depende do tipo de árvore, do ambiente e da forma como a floresta é gerida.

“Uma floresta com esta pode contribuir para a absorção do carbono. A madeira vai ser usada para fabricar produtos que vão durar muito tempo. O carbono fica armazenado nesses produtos, nessa biomassa. Durante doze anos, fica nesses produtos, caso contrário, ficaria na atmosfera", explicou Mauro Masiero, especialista em política florestal da universidade de Pádua.

Florestas bem geridas fazem parte da solução

Florestas e pântanos bem geridos fazem parte da solução para reduzir as emissões. No entanto, os especialistas sublinham que é necessário estabelecer prioridades: acabar com a desflorestação, valorizar as florestas já existentes e encontrar outras formas de reduzir as emissões.

"Antes de mais, ao nível industrial, temos de reduzir as emissões o máximo possível, através da inovação tecnológica e da adoção de procedimentos menos poluentes e com melhor desempenho. E depois disso podemos preocupar-nos em compensar o que não foi possível reduzir. Mas a compensação não deve ser o ponto de partida”, sublinhou Diego Florian, diretor da FSC Itália.

Os dados do Serviço Europeu de Alterações Climáticas Copernicus

Globalmente, o mês de fevereiro não foi tão quente como nos últimos cinco anos. As temperaturas situaram-se 0,1 grau Celsius abaixo da nova média de 1991-2020.

Mas se olharmos de perto para os dados do Serviço Europeu de Alterações Climáticas Copernicus, fevereiro de 2021 foi um mês extraordinário. Nas partes central e sul dos Estados Unidos esteve muito mais frio do que a média, com o clima ártico a estender-se até ao Texas. E esteve muito mais frio do que a média na Sibéria e mais quente na Gronelândia.

Mudanças bruscas de temperatura

No centro da Europa, no mês passado, houve uma grande mudança entre tempo mais frio e mais quente. Por exemplo, no dia 14 de fevereiro, a cidade de Göttingen, na Alemanha, passou de quase 24 graus negativos a 18 graus, em menos de uma semana.

Será que estas mudanças bruscas têm a ver com as alterações climáticas? A euronews colocou a questão a uma especialista na área da previsão do tempo.

"As flutuações propriamente ditas não representam as alterações climáticas. O frio no início de fevereiro foi principalmente um sinal do vórtice polar e, quando essa influência se dissipou, voltámos às temperaturas normais, que estão acima das temperaturas habituais, e isso é realmente um sinal das alterações climáticas", explicou Daniela Domeisen, da ETH de Zurique.

Como as árvores ajudam a reduzir a poluição?

As árvores absorvem o CO2 (dióxido de carbono) e outros gases da atmosfera. Assim, melhoram o ar que respiramos. Essas mesmas árvores absorvem a radiação solar e contribuem para a redução de temperatura. É por isso que você se sente mais confortável quando estaciona o carro na sombra de uma árvore.

Qual é a importância das árvores para o meio ambiente?

São as árvores que aumentam a umidade do ar, evitam erosões ao longo dos rios, realizam a fotossíntese resultando na produção de oxigênio essencial para os seres vivos, fornecem sombra e conseguem reduzir a temperatura, reduzem a poluição do ar, servem como abrigo para espécies de animais, contribuindo para a ...

Por que as árvores são importantes para diminuir os níveis de poluição do planeta?

REDUÇÃO DA POLUIÇÃO O plantio de árvores é uma das principais recomendações de especialistas para combater o aquecimento global. Elas absorvem gás carbônico e liberam oxigênio, melhorando a qualidade do ar. Por isso, em áreas arborizadas temos a sensação de respirar melhor.

Como as árvores ajudam a reduzir ou remover os poluentes do ar?

O processo de produção de alimentos das árvores, a fotossíntese, envolve a absorção de dióxido de carbono do ar e seu armazenamento na madeira. As árvores e plantas armazenam esse dióxido de carbono durante sua vida, retardando o acúmulo de gás na atmosfera que aquece rapidamente nosso planeta.