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Silvana Tamassia, diretora da Elos Educacional, fala sobre a implementação do documento
Em dezembro de 2017, vivenciamos um momento histórico: a aprovação da Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) para todas as escolas do Brasil. Em breve retrospectiva, podemos retomar o percurso que esta construção trilhou até então. Foram quatro versões, cerca de 12 milhões de contribuições na plataforma do MEC e nos Seminários Regionais, em que professores, gestores, organizações não governamentais e outros representantes da sociedade civil puderam analisar o material e opinar. A aprovação final foi feita pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e a
homologação realizada pelo MEC. Em seguida, as redes de ensino articularam-se para revisar ou construir seu currículo com base em todas as orientações que constam na BNCC. São os gestores das escolas (diretores e coordenadores pedagógicos) que vão garantir e acompanhar o dia a dia desse processo para que, de fato, as mudanças cheguem à sala de aula. Os desafios são muitos: o tempo escasso para discutir com os professores durante a jornada de trabalho, já que muitos deles trabalham em mais de uma escola, dificultando sua participação nas reuniões coletivas com o grupo ou, em alguns casos, a rede ainda não dispõe de horários de estudo coletivo dentro da jornada de trabalho; a falta de apropriação do material por parte dos professores, que nem sempre conseguem tempo fora da sala de aula para fazer essa leitura, o descrédito de alguns deles nesse projeto, por não se sentirem parte do processo, por causa da maneira com que a rede organiza essas discussões, ou por falta de disponibilidade do próprio professor para participar, até mesmo quando isso pode ser feito de maneira on-line. É até possível que o próprio gestor se encontre pouco preparado para liderar o processo na escola, por não ter se apropriado de maneira aprofundada de todo o material. Para iniciar a conversa, coordenadores e diretores precisam estar apropriados do documento. Não é possível enfrentar o desafio de levar a discussão para a equipe de professores se não compreendermos o que é o material e como ele está constituído. Então, caso ainda não tenham feito isso, é muito importante que se debrucem sobre a Base e procurem entender como ela está organizada: - quais áreas compõem o documento? - quais os componentes curriculares de cada área? - como cada uma delas está organizada, incluindo as diferentes nomenclaturas? - que habilidades estão definidas para cada ano? - quais são as competências gerais e de que maneira se relacionam com as diferentes áreas? - o que significam as siglas no início de cada parte do material? A área de Linguagem, por exemplo, é formada por vários componentes curriculares: Educação Física, Língua Portuguesa, Arte e Língua Inglesa. Já a de Matemática, por um único componente curricular: a própria Matemática. A equipe gestora pode criar momentos de estudo dentro da própria rotina de trabalho, para que todos possam estudar o material, discutir as dúvidas, buscar aprofundamento nos conceitos que despertarem maior dificuldade etc. Desse modo, poderá se fortalecer para iniciar as discussões com os professores, trazendo o documento para os momentos de estudo coletivo na escola. A Base é um documento técnico e, portanto, não é um material simples. Uma ou duas reuniões não são suficientes para que todos se apropriem e possam implementá-la. É preciso organizar um plano de formação com uma sequência de encontros de estudo para que os professores possam analisar o material referente à sua área e entender conceitos específicos de cada uma delas. Minha orientação é: inicie os estudos pelas competências gerais, entendendo de que maneira elas se interrelacionam com os diversos componentes curriculares. É igualmente importante planejar o foco de cada momento formativo sobre o tema na escola para pensar quantos encontros precisam ser desenvolvidos e quais estratégias serão utilizadas em cada um deles, de modo a engajar os professores na discussão e ajudá-los a se apropriar de um documento tão importante para garantir a equidade na Educação, com oportunidades para todos os alunos e de acordo com as suas necessidades. Esse guia destrincha os passos da gestão na implementação da Base e busca ser um apoio ao gestor. Só assim conseguiremos fazer com que a BNCC chegue a cada sala de aula do Brasil, promovendo a transformação que desejamos. Silvana Tamassia é diretora da Elos Educacional, consultora de gestão escolar e formadora de professores. Eu quero saber mais sobre Qual é o papel do professor de acordo com a BNCC?Já no eixo da prática, o professor deve planejar as ações de ensino que resultem na aprendizagem efetiva, saber criar e gerir ambientes de aprendizagem, ter plenas condições de avaliar a aprendizagem e o ensino, e conduzir as práticas pedagógicas dos objetos do conhecimento, competências e habilidades previstas no ...
Quais as implicações da BNCC para a prática docente?Portanto, a BNCC traz implicações para o currículo da Educação Básica à medida que tenta regular o conhecimento por meio de conteúdos mínimos, competências, habilidades e desempenho nas avaliações.
Quais os principais desafios da atuação do professor nos anos iniciais do ensino fundamental?Sendo assim, um grande desafio do professor é utilizar essa facilidade de usar ferramentas digitais e direcioná-la para o aprendizado, além de evitar que o aluno use seus dispositivos para interesse próprio em classe. Para isso, uma boa solução é contar com plataformas de educação.
Quais as maiores dificuldades encontradas pelos professores em sala de aula?10 principais desafios dos professores. Falta de interesse dos estudantes. ... . Dificuldade de comunicação com pais, responsáveis e alunos. ... . Redução do tempo para planejamento das atividades. ... . Existência de indisciplina. ... . Complexidade dos serviços de gestão escolar. ... . Ausência de espaços. ... . Ineficiência das avaliações.. |