Capitanias Hereditárias - resumoO sistema de captianias hereditárias foi criado pela corte portuguesa para dividir as terras do Brasil. Show Mapa das Capitanias Hereditárias As capitanias hereditárias e a administração colonial As Capitanias Hereditárias foram um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Esse sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa). O objetivo de D. João III com tal estratégia era de colonizar o Brasil, evitando, assim, invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram passadas de pai para filho (de forma hereditária). Os
donatários Essas pessoas, que recebiam a concessão de uma capitania, eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios, etc.). As duas capitanias que deram certo O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e suas obrigações), a falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas. O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal. Capitanias criadas no Brasil no século XVI: - Capitania do Maranhão - Capitania do Ceará - Capitania do Rio Grande - Capitania de Itamaracá - Capitania de Pernambuco - Capitania da Baía de Todos os Santos - Capitania de Ilhéus - Capitania de Porto Seguro - Capitania do Espírito Santo - Capitania de São Tomé - Capitania de São Vicente - Capitania de Santo Amaro - Capitania de Santana ___________________________________ Artigo publicado em: 22/05/05 - Última revisão: 25/06/2021. Por Jefferson Evandro Machado Ramos Fontes de Pesquisa e Bibliografia IndicadaFontes de pesquisa utilizadas na elaboração do artigo: - MESGRAVIS, Laima. História do Brasil Colônia. São Paulo, SP: Contexto, 2015. - FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006. Bibliografia indicada sobre o tema: Verdadeira História das Capitanias Hereditárias Autor: Carvalho, José Baptista de Editora: Multimapas
Após o descobrimento do Brasil em 1500, Portugal estava ciente dos inúmeros recursos valiosos presentes nas terras brasileiras. Desta forma, também sabia que precisava criar uma forma de proteger o território das invasões de piratas ingleses, franceses e holandeses, estrangeiros ávidos pelas riquezas da nova colônia. Foi baseado nessa necessidade que em 1534 D. João III decidiu dividir o Brasil em capitanias hereditárias, sistema de administração já bem sucedido e consolidado na Ilha da Madeira e Cabo Verde. Uma capitania hereditária nada mais era do que uma grande faixa de terra que ia desde a parte litorânea até o limite do Tratado de Tordesilhas. Para governar essas grandes porções territoriais, foram nomeados donatários, membros da nobreza portuguesa e pessoas de confiança do rei. As capitanias hereditárias foram São Vicente, Santana, Santo Amaro e Itamaracá, Paraíba do Sul, Espírito Santo, Porto Seguro, Ilhéus, Bahia, Pernambuco e Ceará. O governo de cada capitania era passado de pai para filho, o que explica o uso da palavra ‘hereditária’. Os objetivos de Portugal eram colonizar, garantir o controle sobre o Brasil e tornar tal colonização altamente lucrativa. Aos donatários era dada uma enorme autonomia e, em troca, os mesmos deveriam entregar uma parte de seus lucros à coroa portuguesa. A principal atividade econômica desenvolvida nas capitanias era o cultivo da cana-de-açúcar. De fato, a mecânica das capitanias hereditárias não funcionou, com exceção dos casos de São Vicente e Pernambuco. Entre os fatores que explicam o fracasso do sistema, podemos citar a distância de Portugal, a falta de apoio financeiro e os constantes ataques indígenas. De fato, as capitanias foram extintas em 1821, momento em que o governo português decidiu colocar o controle de toda a colônia nas mãos de uma só pessoa, o Governador-Geral. Saiba mais: Descobrimento do Brasil – Governos Gerais – Economia Açucareira Bandeirismo – Escravidão no Brasil – Pau-Brasil |