Quando quebra a tíbia tem que fazer cirurgia?

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Toda fratura tem um prazo estimado para cicatrizar. É com base nessa referência que nós, ortopedistas, baseamos nossas condutas para tratar as fraturas.

Por exemplo, fraturas da tíbia podem levar até 20 semanas para cicatrizar, ao passo que as fraturas do fêmur até 22 semanas. O mesmo fazemos para outros ossos como o úmero, tornozelo (maléolos); dedos, mãos e pés (falanges, metacarpos e metatarsos), punho (carpo, escafoide, rádio), calcâneo, etc.

  • Como saber que o osso está “colando” no tempo certo
    • Tipos de distúrbios da consolidação óssea
    • É preciso operar nessas situações?
    • Como tratar uma fratura que não cicatriza dentro do prazo?
    • Como é feito o tratamento com ondas de choque
    • Posso fazer ondas de choque junto com a cirurgia?

Como saber que o osso está “colando” no tempo certo

Quando o prazo estimado para a cicatrização da fratura é extrapolado ou quando a velocidade está aquém do esperado, estamos diante de um distúrbio da consolidação óssea. Isso significa que a sua fratura não está cicatrizando conforme esperado.

A avaliação é feita por meio da análise dos exames de imagem (como radiografia e tomografia) e exame físico da região do seu corpo que está fraturada.

Tipos de distúrbios da consolidação óssea

Existem dois problemas principais da cicatrização do seu osso. O primeiro deles é o retardo de união e o segundo é a não união.

O retardo de união é quando sua fratura está demorando pra cicatrizar, mas o processo biológico ainda está ocorrendo.

Já a não união é quando seu osso parou de vez de cicatrizar. Nós chamamos isso de pseudoartrose.

É preciso operar nessas situações?

Nem sempre. As duas situações, retardo de união e pseudoartrose, precisam ser tratadas, sem dúvidas. Mas, nem sempre é necessário operar.

Isso depende se sua fratura tem infecção, se o implante (i.e., placa, haste, parafusos, etc) está bem fixo ou solto, se a fratura está muito desviada, entre outras características que avaliamos.

Como tratar uma fratura que não cicatriza dentro do prazo?

Além da opção de realizar uma cirurgia, ou reoperar (no caso em que já foi feita a cirurgia), você pode realizar o tratamento com ondas acústicas, que são ondas sonoras capazes de ativar suas células ósseas e induzir a cicatrização da fratura.

As ondas acústicas também são conhecidas pelo nome de ondas de choque. Elas vêm sendo utilizadas há cerca de 40 anos para tratar fraturas que falham em curar.

Como é feito o tratamento com ondas de choque

O tratamento com ondas de choque acústico não envolve o uso de corrente elétrica, mas sim de ondas ultrassônicas de alta potência capazes de aumentar o metabolismo dos tecidos, como músculo, pele, cartilagem e o osso.

Este tratamento é realizado pelo ortopedista, pois é o médico que conhece, com detalhes, a anatomia óssea, bem como as doenças que acometem essa parte do corpo humano.

A terapia com ondas de choque requer pelo menos 3 sessões e pode ser feita no próprio consultório médico, ou sob sedação no hospital. Isso varia conforme o tipo de fratura.

Posso fazer ondas de choque junto com a cirurgia?

Mesmo nos casos em que se opta por realizar a cirurgia, ou de reoperar, é recomendado realizar também as ondas de choque para ajudar o corpo a cicatrizar a fratura.

Caso você esteja sofrendo com uma fratura que apresenta problemas na cicatrização, consulte-se com o ortopedista especialista em ondas de choque para uma avaliação. Cuide-se e previna-se!

Quando quebra a tíbia tem que fazer cirurgia?

O Dr. Carlos Vinícius é referência no tratamento por ondas de choque em São Paulo. Formado há 10 anos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), se especializou em cirurgia do joelho pela Universidade de São Paulo (USP) e finalizou seu doutorado em Ciências da Cirurgia também pela UNICAMP. Por atuar na área de pesquisa há 15 anos, o Dr. Carlos Vinícius não precisou passar pelo processo de obtenção do título de mestre. Com esse vasto conhecimento, o Dr. Carlos é especializado em diversas cirurgias de joelho, inclusive as mais complexas, como: transplantes de menisco e cartilagem; próteses avançadas; fraturas graveslesões graves de ligamento e etc. Por conta desta expertise, o Dr. também atua no departamento de ortopedia na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e elabora artigos para revistas renomadas, capítulos de livros, cursos e apresentações em congresso.

QUALIFICAÇÕES:

Patologias e Cirurgias do Joelho: artroscopia; reconstruções ligamentares; artroplastias; fraturas; osteotomias; transtornos femoropatelares; condroplastias; e transplante osteocondral, musculotendíneo e ligamentoso.

Ortopedia e Traumatologia: atendimento ambulatorial, pronto-atendimento, cirurgias de urgência e emergência, cirurgias eletivas e mecanoterapias.

Pesquisa: pesquisa clínica e experimental; desenvolvimento, gerenciamento e planejamento de projetos de pesquisa; orientação de alunos; elaboração, análise e tradução de textos científicos; aulas, seminários e apresentações de conteúdo científico.

Doutorado direto em Ciências da Cirurgia – Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Estadual de Campinas (2014-2018).

Especialização em Cirurgia do Joelho– Instituto de Ortopedia e Traumatologia – Universidade de São Paulo (2013-2014).

Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia – Departamento de Ortopedia e Traumatologia – Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Estadual de Campinas (2010-2013).

Graduação em medicina – Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Estadual de Campinas (2004-2009).

Quando quebra a tíbia precisa de cirurgia?

As fraturas da diáfise da tíbia (na região da “canela”) sem desvio ou minimamente desviadas geralmente são tratadas sem cirurgia.

Quando quebra a tíbia o que acontece?

Por ser um osso subcutâneo, tem uma incidência maior de fraturas expostas. Da mesma forma que o fêmur, as fraturas da tíbia são na maioria das vezes incapacitantes, impossibilitando os pacientes de caminharem sem o auxílio de imobilizações e causando dores intensas ao movimentar.

Como é feita a operação de tíbia?

A equipe de medicina esportiva da Santa Casa de São Paulo adotou uma técnica cirúrgica que consiste na colocação de uma placa metálica em caso de fraturas da tíbia, o osso da canela. A principal vantagem do novo tipo de procedimento é o tempo de recuperação.

Quanto tempo leva para curar uma tíbia quebrada?

Por exemplo, fraturas da tíbia podem levar até 20 semanas para cicatrizar, ao passo que as fraturas do fêmur até 22 semanas.