Quanto tempo a barriga volta ao normal depois do parto Cesária BabyCenter

Simone, dupla de Simaria, brincou recentemente em um Stories do Instagram: "Será que eu estou grávida de novo? Ai, meu Deus!". A cantora deu à luz Zaya, em 22 de fevereiro. Em outro post, Simone relatou que ganhou 20 kg em sua primeira gestação e 23 kg na mais recente.

A impressão de manter a barriga de gestante mesmo após o parto se dá por uma movimentação e rearranjo de órgãos, explica Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês e Hospital Albert Einstein.

Cantora Simone, da dupla com Simaria, fez post sobre corpo pós-parto — Foto: Reprodução

Durante a gestação, a barriga permanece volumosa devido ao crescimento do útero e seu conteúdo. Imediatamente após o parto, o útero diminui consideravelmente, uma vez que ocorre a saída do bebê, da placenta e do líquido amniótico. Tudo é rapidamente ocupado por alças intestinais.

“Não existe espaço vazio dentro da barriga”, diz Pupo.

Essas alças intestinais passam a ocupar o espaço que, antes, era ocupado pelo útero estendido. Nessa região, há resíduos de comida, que fermentam e produzem gases. Isso faz com que o intestino se dilate, empurrando a parede do abdômen.

É a flacidez devido a gestação que dá a impressão de barriga da gravidez, afirma o médico.

A engenheira Mariana Assef, de 35 anos, relata que na primeira gestação não aceitava a mudança do corpo. “Ficava me escondendo, usando roupas largas e isso me incomodava”, disse ela, mãe de Manuela, de 5 anos, e Henrique, 5 meses. “Meu quadril ficou mais largo, a disposição da barriga, o seio.”

A engenheira Mariana Assef diz que não aceitava a mudança do corpo — Foto: Arquivo pessoal

De acordo com o ginecologista Pupo, a flacidez se dá por fatores como idade, atrofia da musculatura abdominal, características genéticas relacionadas ao colágeno e tamanho da dilatação causada pelo volume uterino.

De modo geral, pacientes de até 25 anos têm uma pele mais firme devido a oferta de colágeno do corpo, o que diminui as chances de flacidez, mas isso aumenta o risco de formação de estrias. Por outro lado, em mulheres mais velhas, o risco de formação de estrias é menor e o de flacidez, maior.

A mulher demora, em média, seis meses para recuperar a musculatura que possuía antes da gravidez.

Pressão pela imagem

Para a psicóloga Gabriela Luxo, mestre e doutora em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Mackenzie, as mudanças no corpo podem afetar mulheres gestantes e puérperas psicologicamente e requer atenção.

“Temos uma pressão social muito grande por um tipo estético e isso pode comprometer não só a saúde mental da mulher, mas também o desenvolvimento de laços afetivos com o recém-nascido”, explica Luxo.

A mulher puérpera passa por um grande estresse. São noites mal dormidas, introdução ao aleitamento, alteração nos hormônios e adaptação a uma nova rotina, agora com um bebê." Segundo a psicóloga, exigir que o corpo se encaixe em um determinado padrão irá proporcionar ainda mais dor e sofrimento à mãe.

A engenheira Mariana afirma que aceitou melhor as mudanças do corpo na segunda gestação, de Henrique.

“Para quem está passando por isso, a dica que eu diria é: relaxa. Você gerou uma vida. Uma criança cresceu e se desenvolveu dentro de você durante nove meses. Olha o quão importante é tudo o que seu corpo faz”, afirma Mariana.

Atividade física

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Atividade física diminui o estresse e a ansiedade durante a gravidez

Praticar atividade física, na medida certa, colabora para a saúde da gestante. Também diminui a ansiedade e o estresse desse período. E, explica o médico Alexandre Pupo, tem como efeito combater a flacidez.

“Quanto mais você fortalecer a musculatura abdominal, menor o efeito de flacidez que a gravidez vai causar”, explica. A atividade física é liberada após 40 dias do parto, tanto para parto natural como cesáreas. A intensidade deve ser avaliada pelo histórico da mulher e feita sob supervisão de um profissional habilitado.

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Período pode durar até 60 dias com algum tipo de desconforto físico e emocional. Dieta saudável e atenção a alguns sinais podem fazer com que o processo seja mais ameno 

Puerpério é o período que se inicia logo após o parto. Entre 45 e 60 dias, o corpo da mulher passa por transformações para retomar ao seu estado anterior, antes das transformações causadas pela gestação. Esse tempo pode ser mais longo em mulheres que amamentam por um período maior. Essas transformações envolvem não apenas questões físicas, mas também endocrinológicas (hormonais) e emocionais. 

Um bom exemplo do esforço que o organismo precisa fazer para voltar ao estágio anterior ao da gravidez é o do útero: na gestação, o útero chega a 32 centímetros e a 1,5 quilo. No puerpério, volta ao seu tamanho considerado normal, de 7 centímetros e 60 gramas, perdendo cerca de 1 centímetro por dia. O processo é chamado de renovação uterina e pode gerar cólicas desconfortáveis.

Nas primeiras 24 horas da involução realizada pelo corpo da mulher, o organismo concentra todos os esforços na produção de leite e na retração uterina. A amamentação colabora para o retorno da forma física, já que na sucção do leite pelo bebê, o organismo libera ocitocina de forma mais fácil. O hormônio é responsável pela retomada da forma anterior à gestação.

Baby blues e dieta saudável

Nesse processo de retomada da forma anterior, o organismo reduz a produção do estrogênio e da progesterona. Essa mudança hormonal colabora para a depressão pós-parto e para o chamado ‘baby blues’ durante o puerpério. Casos de depressão precisam de acompanhamento médico, para evitar que ela evolua para algo mais grave. Já o baby blues, aquela tristeza sem motivo aparente, e que fica mais clara quando a mãe percebe algumas dificuldades no primeiro mês de vida do bebê, costuma durar duas semanas.

Assim, em um momento de mudanças físicas e também emocionais, é importante que a mãe adote cuidados para que esse período seja o menos doloroso possível.

É importante manter-se saudável, com a reposição de nutrientes e o uso de vitaminas, somado ao sulfato ferroso indicados no pré-natal até seis semanas depois do parto, ou enquanto durar a amamentação exclusivamente no peito. 

Enriqueça o cardápio com alimentos ricos em água, sobretudo frutas, proteínas e alimentos ricos em vitamina C. Em média, a alimentação no pós-parto precisa ter 400 calorias a mais do que a habitual antes da gestação. Energia e alimentos saudáveis vão ajudar a mãe a garantir uma produção de leite com qualidade nutricional para a criança. É importante, no entanto, evitar excessos, já que os nutrientes consumidos pela mulher chegarão ao bebê via amamentação. É por esse mesmo motivo que remédios devem ser evitados, ou ingeridos apenas sob orientação médica.

Exercícios são também um bom aliado da mulher durante o puerpério. É importante que ele sejam retomados seis semanas após o parto, e que comecem de forma leve e gradual. A reposição da vitamina D ao caminhar sob o sol pode servir para auxiliar no processo de recuperação do organismo. Além de contribuir para a absorção de cálcio pelo organismo, a vitamina D atua no sistema imunológico, protegendo órgãos vitais como o cérebro e o coração. E ao agir como hormônio,  mantém o fósforo e o cálcio presentes no sangue em quantidades adequadas.

E sempre que sair ao sol, não se esqueça de filtro solar para cuidar da pele. Manchas escuras que costumam aparecer na barriga e no rosto durante a gravidez tendem a sumir depois de 40 dias do parto, mais ou menos.

Para descansar, opte por chás que acalmam e reduzem o estresse, já que o momento é de tensão, em virtude dos cuidados necessários com um bebê que, no primeiro momento, não consegue diferenciar o dia da noite. E também de incômodo, já que o corpo está trabalhando para voltar ao que era antes.

Chás de camomila, melissa ou cidreira, capim-limão, alecrim e maracujá são uteis para acalmar e ajudar, por exemplo, a reduzir problemas de estômago, cólicas menstruais, digestão e até proteção contra problemas cardiovasculares. Medicação, apenas com a orientação de um médico. 

A Rede de Farmácias Nissei oferece uma gama de produtos para auxiliar a mulher em todos os seus estágios, com produtos selecionados para cuidar da mente e do corpo. Chás, suplementos e produtos naturais estão à disposição para te oferecer uma dieta saudável, rica em nutrientes, vitaminas e itens para te manter descansada e disposta. Para conhecer, visite uma de nossas lojas ou acesse nosso site. 

Quantos meses depois da cesárea a barriga volta ao normal?

No entanto, especialistas apontam que cerca de dois meses são necessários para que o corpo comece a ter a aparência antes da gestação, afinal, só o útero leva cerca de 45 dias para voltar ao tamanho normal. Ao mesmo tempo, muitos fatores podem influenciar no processo de perda de peso no pós-parto.

O que fazer para diminuir a barriga depois de uma cesária?

Para perder barriga no pós-parto rapidamente é importante amamentar, se for possível, e além disso beber bastante água e não consumir bolachas recheadas ou frituras, contribuindo para um emagrecimento gradual e natural, entre 300 e 500 gramas por semana, que garantem o bem estar e a saúde.

Quanto tempo demora para cicatrizar a cesárea por dentro?

Demora como qualquer outra cirurgia. Em torno de 30 dias está cicatrizado perfeitamente, podendo voltar às atividades normais, vida sexual, academia, ginástica, entre outros.

Quanto tempo leva para desinchar a barriga depois de uma cesariana?

No caso da cesárea, a sensação de inchaço costuma ser ainda mais frequente, já que a recuperação é um pouco mais lenta e o tempo de repouso é maior. Mas não há motivos para preocupação: depois de uma semana, o corpo começa a voltar ao normal. Massagens, drenagens linfáticas e meias elásticas podem ajudar a desinchar.