Quantos nomes tinha Dom Pedro primeiro

Dom Pedro I ou Pedro I do Brasil foi o primeiro Imperador do Brasil que governou durante o período de 1822 e 1831.

Foi ele quem declarou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822 e outorgou a primeira Constituição em 1824.

Biografia

Pedro I nasceu em Queluz (Distrito de Lisboa), Portugal, dia 12 de outubro de 1798. Era filho de Dom João VI de Portugal e da infanta Carlota Joaquina da Espanha.

O nome completo de Dom Pedro I era Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.

Permaneceu em Portugal durante sua infância no Palácio de Queluz. Ali teve uma boa educação com aulas de artes, letras e línguas.

Em 1808, quando tinha apenas 9 anos de idade, ele e sua família mudaram-se para o Brasil e passaram a viver na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.

A família Real deixou o país por conta das invasões napoleônicas francesas que ocorreram a partir de 1807.

Em 1817, Dom Pedro I casou-se com Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo, arquiduquesa da Áustria, filha do Imperador da Áustria.

Com ela teve seis filhos: Maria da Glória, Miguel, João Carlos, Januária, Paula, Francisca e Pedro de Alcântara.

Em 1820, seu pai volta para Portugal por causa da Revolução Liberal do Porto. Enquanto isso, Pedro permanece no Brasil como príncipe regente, nomeado em 22 de abril de 1821.

A Coroa Portuguesa enviou uma mensagem para que Dom Pedro I retornasse a Portugal; e ainda menciona a intenção de o Brasil voltar a ser uma colônia.

Por se recusar a voltar para a metrópole (Portugal), no dia 9 de janeiro de 1822, ele declara:

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”.

Esse momento ficou conhecido na história do Brasil como o “Dia do Fico”. Esse fator deixou a Corte Portuguesa muito incomodada, a qual enviou uma carta de retaliação, ao mesmo tempo que suspendeu o pagamento de seus rendimentos.

Por conseguinte, ele foi o responsável pela independência política do Brasil que ocorreu em 7 de setembro de 1822. Participou da Confederação do Equador e da Guerra da Cisplatina.

O Primeiro Reinado (1822-1831) teve início com a Independência do Brasil. O governo de Dom pedro foi centralizador e autoritário. O Brasil passava por diversas dificuldades e, portanto, o descontentamento da população aumentava cada vez mais.

Em 1826 ficou viúvo da primeira esposa e, em 1829, casou-se novamente com Amélia Augusta Eugênia Napoleão de Leuchtemberg, uma duquesa alemã. Com ela teve uma filha: Maria Amélia.

Teve um relacionamento extraconjugal com Domitila de Castro Canto e Melo (Marquesa de Santos) e com ela teve cinco filhos, sendo que três deles morreram prematuramente.

Faleceu em sua cidade natal dia 24 de setembro de 1834, vítima de tuberculose.

Em 1972, no 150.º aniversário da independência do Brasil, os restos mortais de Dom Pedro I foram trazidos para a cripta do Monumento do Ipiranga, em São Paulo.

Abdicação de Dom Pedro I

Quando seu pai faleceu, em 1826, Dom Pedro I foi nomeado Monarca de Portugal. Mas abdicou da coroa e no seu lugar ficou sua filha mais velha Maria da Glória (que seria a rainha dona Maria II), que tinha apenas 7 anos de idade.

No entanto, Miguel, o irmão mais velho de Dom Pedro I, reivindicou o trono de sua sobrinha.

Com diversos problemas para resolver na colônia e na metrópole, Dom Pedro I abdica do trono de Imperador do Brasil em 7 de abril de 1831.

Em seu lugar permaneceu seu filho mais novo, Pedro de Alcântara, que subiria ao trono como Dom Pedro II, que na época tinha 5 anos de idade.

Após deixar o cargo de Imperador do Brasil, ele retorna a Portugal com o título de Duque de Bragança. Seu objetivo era auxiliar sua filha com a tomada do trono.

O trono que fora usurpado por seu irmão, Dom Miguel, gerou uma guerra civil no país.

Essa guerra durou mais de 2 anos e apresentou uma luta entre defensores do liberalismo e, de outro lado, os que defendiam o absolutismo.

Pouco depois, Dom Pedro contraiu tuberculose, doença fatal na época. Por conta disso, morre no Palácio de Queluz com apenas 36 anos.

Você Sabia?

Dom Pedro I foi o 27.° Rei de Portugal, com o título de Pedro IV.

Visto a importância de Dom Pedro I para a história do Brasil, há diversas avenidas, institutos, escolas e centros comerciais com o nome do Imperador.

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Independência do Brasil

Causas da Independência do Brasi

Pedro de Alc�ntara Francisco Ant�nio Jo�o Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim Jos� Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragan�a e Bourbon nasceu no Pal�cio de Queluz, em Lisboa, em 12 de outubro de 1798. Era o quarto filho de dom Jo�o VI e de dona Carlota Joaquina, e o segundo na linha sucess�ria. Desde que n�o houvesse filhos homens, a sucess�o da coroa poderia ir para as mulheres, o que ocorreu com sua av� Dona Maria I. Em 1801, com a morte, aos seis anos de idade, de seu irm�o mais velho, D. Francisco Antonio, Pedro herdou o direito ao trono e o t�tulo de pr�ncipe da Beira. Educado por preceptores religiosos, dedicou-se mais � equita��o e atividades f�sicas do que aos estudos.

Seus pais tiveram nove filhos: Maria Teresa de Bragan�a (1793/1874), Francisco Antonio (1795/1801), Maria Isabel de Bragan�a (1797/1818), Pedro (1797/1834), Maria Francisca de Bragan�a (1800/1834), Isabel Maria de Bragan�a (1801/1876), Miguel I (1802/1866), Maria da Assun��o de Bragan�a (1805/1834) e Ana de Jesus Maria de Bragan�a (1806/1857).

Com a imin�ncia da invas�o de Portugal pelas tropas de Napole�o Bonaparte, o pr�ncipe regente D. Jo�o resolveu, com o apoio da Inglaterra, fugir com sua fam�lia e parte da corte para o Brasil, tendo chegado no Rio de Janeiro em 1808. Governando suas possess�es ultramarinas na �frica e �sia, o Brasil foi elevado � condi��o de Reino Unido em 16 de dezembro de 1815. No ano seguinte, com a morte de sua m�e, a rainha D. Maria I, foi coroado rei e decidiu permanecer no Brasil, apesar da derrota das tropas napole�nicas. O descontentamento em Portugal, entretanto, com a popula��o vivendo uma profunda crise social e econ�mica, obrigou D. Jo�o a retornar � Europa no in�cio de 1822, deixando seu filho Pedro como pr�ncipe regente.

Poucos meses depois, ap�s uma s�rie de ultimatos das cortes portuguesas, em 7 de setembro de 1822, quando regressava de uma viagem a Santos e, encontrando-se �s margens do riacho do Ipiranga, o pr�ncipe declarou a separa��o dos la�os com Portugal e proclamou a Independ�ncia do Brasil, sendo aclamado imperador da nova na��o. Nesse mesmo dia, comp�s, na capital paulista, a m�sica do Hino da Independ�ncia, que receberia letra do poeta, jornalista e pol�tico Evaristo Ferreira da Veiga.

Dom Pedro, apesar de ser herdeiro do trono portugu�s, pr�ncipe do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e ter suas responsabilidades de Estado, era um aventureiro e bo�mio. No Rio de Janeiro sua fama de namorador era bem conhecida, e envolvendo-se com diversas mulheres, inclusive na adolesc�ncia.

Com apenas 18 anos, em 1817, em um casamento arranjado, desposou, no Rio de Janeiro, a princesa austr�aca D. Maria Leopoldina Josefa Carolina (1797-1826), arquiduquesa da �ustria. Dessa uni�o nasceram os filhos Maria da Gl�ria (1819-1853), futura D. Maria II, rainha de Portugal, Miguel (1820), falecido logo ap�s nascer, Jo�o Carlos (1821-1822), Janu�ria (1822-1897), futura condessa de �quila, Paula (1823-1833), Francisca (1824-1898), futura princesa de Joinville, e Pedro Alc�ntara (1825-1891), futuro imperador D. Pedro II.

Apesar de casado, ele continuou a freq�entar os mesmos locais de antes e, em sua vida extraconjugal, teve diversos filhos. O primeiro, com a francesa No�mi Thierry, de nome Pedro, nascido em 1818, e falecido antes de completar um ano. Apesar de sua famosa liga��o com Domitila de Castro, a marquesa de Santos, pouca gente sabe que ele teve um caso com a irm� desta, Maria Benedita de Castro Canto e Mello (1872-1857), futura baronesa de Sorocaba pelo casamento com o bar�o Boaventura Delfim Pereira. Este assumiu a paternidade deste filho, nascido em 1823, que recebeu o nome de Rodrigo Delfim Pereira. Durante o Imp�rio, Rodrigo foi comendador na Corte.

Com a marquesa de Santos teve cinco filhos: um menino natimorto (1823), Isabel Maria de Alc�ntara Brasileira (1824), futura duquesa de Goi�s, Pedro de Alc�ntara Brasileiro (1825-1826), falecido antes de completar um ano, Maria Isabel Alc�ntara Brasileira (1827), duquesa do Cear�, que faleceu com poucos meses de idade, Maria Isabel Alc�ntara Brasileira (1827), duquesa do Cear�, e Maria Isabel II Alc�ntara Brasileira (1830-1896) condessa de Igua�u, por seu casamento com Pedro Caldeira Brant. Ela seria reconhecida apenas �s v�speras da morte.

Durante a campanha Cisplatina, D. Pedro esteve no sul no Brasil, comandando as tropas brasileiras. Em Montevid�u, teve um relacionamento com a uruguaia Maria Del Carmen Garc�a, com quem teve uma crian�a natimorta (1828). De regresso ao Brasil, envolveu-se com a francesa Cl�mence Saisset que, retornando a Paris, daria � luz um menino que recebeu o nome de Pedro de Alc�ntara Brasileiro.

Vi�vo da imperatriz Leopoldina, D. Pedro casou, em 1830, com Am�lia Augusta Eug�nia Napole�o de Beauharnais, duquesa de Leuchtenberg (1812-1873), com quem teve uma filha, a princesa do Brasil, Maria Am�lia (1831-1853).

Herdeiro da coroa portuguesa, com a morte de D. Jo�o VI, em Lisboa, em 10 de mar�o de 1826, tornou-se o rei Pedro IV. Como seu irm�o D. Miguel havia usurpado o trono, foi obrigado a retornar a Portugal, abdicando da condi��o de imperador do Brasil em favor de seu filho Pedro, de apenas 4 anos de idade. Regressando � Europa, travou com o irm�o uma verdadeira guerra civil que durou dois anos. Durante sua estada na cidade do Porto, teve um caso com a monja portuguesa Ana Augusta, que daria � luz um menino, em 1833, de nome Pedro.

Vencendo o embate, D. Pedro restaurou o absolutismo e instalou no trono portugu�s sua filha Maria da Gl�ria, como a rainha D. Maria II. Tendo contra�do tuberculose durante a campanha, morreu em 24 de setembro de 1834, no Pal�cio de Queluz, Lisboa, aos 35 anos. Em 1972, no sesquicenten�rio da Independ�ncia, seus restos mortais foram trazidos pelo ent�o presidente de Portugal, almirante Am�rico Thomaz, a bordo do navio Funchal, e, ap�s homenagens em todo o Brasil, foi em 7 de setembro colocado na cripta do monumento do Ipiranga, em S�o Paulo.

(*) Ant�nio S�rgio Ribeiro, � advogado e pesquisador. Funcion�rio da Secretaria Geral da ALESP.

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