Sensação de fome constante e dor no estômago

A dor na boca do estômago é o nome popular para a chamada dor epigástrica ou epigastralgia, que é a dor que surge na parte superior do abdômen, logo abaixo do tórax, região que corresponde ao local onde o estômago se inicia. 

Na maioria das vezes, esta dor não é preocupante, e pode indicar alguma alteração no estômago, esôfago ou início do intestino, como refluxo, gastrite ou má digestão, por exemplo, e costuma estar associada a outros sintomas, como azia, enjoo, vômito, gases, distensão abdominal ou diarreia, por exemplo. 

No entanto, é importante lembrar que, em alguns casos mais raros, a dor na boca do estômago também poder indicar outras doenças mais sérias como inflamação na vesícula, pancreatite ou até um infarto do miocárdio, por isso, sempre que esta dor surgir com forte intensidade, não melhorar após algumas horas ou vier acompanhada de falta de ar, tontura, sensação de aperto no peito ou desmaios, é importante procurar o pronto-socorro para uma avaliação do médico. 

Apesar de uma dor no estômago poder ter diversas causas possíveis, e somente a avaliação médica poder determinar a alteração e o tratamento em cada caso, citamos aqui algumas das principais causas:

1. Gastrite

Gastrite é a inflamação da mucosa que reveste a parte interna do estômago, provocando uma dor na boca do estômago que varia de leve, moderada, até intensa, que costuma ser tipo queimação ou aperto e que surge especialmente depois de comer.

Geralmente, além da dor, a gastrite provoca outros sintomas como náuseas, sensação de estar muito cheio após comer, arrotos, gases excessivos e até vômitos, que produzem uma sensação de alívio.

Esta inflamação pode ser desencadeada por várias causas como alimentação desequilibrada e rica em frituras, estresse, uso frequente de anti-inflamatórios, ou uma infecção pela bactéria Helicobacter pylori, por exemplo.

O que fazer: o tratamento deve ser indicado pelo gastroenterologista ou clínico geral, que poderá indicar o uso de medicamentos como o omeprazol para diminuir a acidez do estômago. No caso da infecção por H. pylori, também pode ser indicado o uso de antibióticos, como claritromicina e amoxicilina, por exemplo. 

É importante também mudar os hábitos alimentares, evitando o consumo de bebidas alcoólicas, apimentadas ou muito temperadas. Confira no vídeo a seguir orientações da nutricionista sobre alimentação na gastrite:

2. Esofagite

A esofagite é a inflamação do tecido do esôfago, geralmente, provocada por doença do refluxo gastroesofágico ou uma hérnia de hiato. Esta inflamação costuma provocar dor no estômago e queimação na região do tórax, que piora após refeições e com certos tipos de alimentos, como cafeína, álcool e frituras. Além disso, a dor é mais frequente à noite e não melhora apenas com repouso.

O que fazer: o tratamento é recomendado pelo médico e inclui medicamentos para diminuir a acidez do estômago, como famotidina ou omeprazol, por exemplo, além de mudanças no estilo de vida, como evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas, alimentos ricos em gordura, açúcares e refeições prontas ou congeladas. Em alguns casos, a cirurgia pode ser recomendada para evitar o retorno do alimento e promover a melhora dos sintomas. Veja mais detalhes do tratamento para esofagite.

3. Má digestão

Comer em excesso ou ingerir alimentos que o organismo não tolera bem, que estejam contaminados com micro-organismos ou que contenham lactose, por exemplo, podem provocar uma digestão difícil, com irritação da mucosa do estômago, produção excessiva de gases, refluxo e aumento da motilidade do intestino.

O resultado disto é a dor que pode surgir na boca do estômago ou em qualquer outro local do abdômen, e pode ser acompanhada de gases, diarreia ou prisão de ventre.

O que fazer: nestes casos, a dor costuma passar após algumas horas, e recomenda-se tomar medicamentos para aliviar o desconforto, como antiácidos e analgésicos, beber bastante líquido e comer alimentos leves. Também pode optar por remédios caseiros, como o chá de boldo e o de anis. Além disso, é também recomendado o consumo de alimentos que não irritam o estômago como gelatinas e biscoito sem recheio, por exemplo.

4. Pedra na vesícula

A presença de cálculos na vesícula pode provocar dor abdominal intensa que, apesar da maioria das vezes surgir na parte superior direita do abdômen, também pode se manifestar na região da boca do estômago. A dor costuma ser tipo cólica e geralmente piora muito rápido, podendo ser acompanhada de enjoos e vômitos.

O que fazer: o gastroenterologista poderá orientar o uso de medicamentos para dissolver as pedras e aliviar os sintomas, como o ácido ursodesoxicólico, além de analgésicos e antieméticos para aliviar o desconforto e a dor. Algumas técnicas indicadas são as ondas de choque e, em casos mais graves, a remoção por meio de cirurgia. Também é importante mudar os hábitos de vida, como evitar o consumo de alimentos embutidos, gordurosos e carnes vermelhas, por exemplo. Veja as principais formas de tratamento para pedra na vesícula.

5. Pancreatite aguda

Pancreatite é a inflamação do pâncreas, um órgão localizado no centro do abdômen e com função muito importante na digestão dos alimentos e produção de hormônios. Nestes casos, a dor surge quase sempre repentinamente e é muito intensa, podendo irradiar para a parte superior do abdômen. A dor pode ainda estar associada a vômitos, distensão abdominal e prisão de ventre. 

O que fazer: a pancreatite aguda é uma urgência médica e seu tratamento deve ser iniciado rapidamente, para evitar que se agrave e provoque uma inflamação generalizada do organismo. As primeiras medidas incluem jejum, hidratação na veia e uso de analgésicos. Caso seja identificada uma infecção, o médico pode indicar o uso de antibióticos, como ciprofloxacino, ofloxacino ou vancomicina, por exemplo. Nos casos graves, pode ser indicada a realização de cirurgia. Confira como é feito o tratamento para pancreatite.

6. Problemas cardíacos

Pode acontecer de uma alteração cardíaca, como infarto do miocárdio, se apresente com dor na boca do estômago, ao invés da típica dor no peito. Apesar de não ser comum, a dor no estômago devido a um infarto costuma ser tipo queimação ou aperto, e está associada a náuseas, vômitos, suor frio ou falta de ar. 

Costuma-se suspeitar de alterações cardíacas em pessoas que já têm algum fator de risco para infarto, como idosos, obesos, diabéticos, hipertensos, tabagistas ou pessoas que apresentam doenças do coração.

O que fazer: casos haja suspeita de infarto, é necessário ir imediatamente ao pronto-socorro, onde o médico fará as primeiras avaliações para identificar a causa da dor através da realização de um eletrocardiograma e solicitará a medição de troponinas cardíacas, sendo então possível iniciar o tratamento mais rapidamente. Saiba identificar os principais sintomas de infarto e como tratar. 

O que pode ser dor no estômago com sensação de fome?

Inúmeras doenças cursam com esses sintomas, como refluxo, úlcera péptica, intolerância alimentar, gastrites e outras. Importante procurar um médico gastroenterologista para ajudar a esclarecer seu diagnóstico.

Como saber se é fome ou gastrite?

A gastrite, tal como a úlcera, é uma doença péptica (digestiva), sendo que ambas são inflamações do revestimento mucoso do estômago..
Surge uma dor surda fora das refeições ou que acorda o doente a meio da noite;.
A dor agrava-se quando comemos;.
Sensação de fome (dolorosa)..

O que pode ser sensação de vazio no estômago?

Quando você pula uma refeição e seu estômago está vazio por muito tempo, ele aumenta a produção do hormônio grelina que regula a fome, causando então aquela sensação de estômago vazio e muita fome. Como regra geral, tente não deixar que mais de 4 a 5 horas entre as refeições.

É normal quem tem gastrite sente muita fome?

Sensação de fome constante e queimação no estomago, pode ser gastrite? Sensação de fome constante e queimação no estomago, pode ser gastrite? Sim, pode ser gastrite. Há ainda a possibilidade de esofagite de refluxo.