Como a Revolução Francesa vai influenciar as independências da América Espanhola?

  • WhatsApp
  • Facebook
  • Twitter
  • Pinterest
  • Linkedin
  • Copiar Link
Como a Revolução Francesa vai influenciar as independências da América Espanhola?

Queda da Bastilha (Foto: Reprodução)

Avante, filhos da Pátria,
O dia da Glória chegou.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos!

No caso de 14 de julho de 1789, o episódio é daqueles de maior importância para a História e influencia até hoje a nossa maneira de pensar e viver. Não é por acaso que a queda da Bastilha Saint-Antoine, marco do início da Revolução Francesa, inaugura o início da Idade Contemporânea: se hoje vivemos em um regime democrático, em que (pelo menos em tese) todos são considerados iguais perante à lei, agradeça à multidão francesa que se rebelou contra o reinado de Luís 16 e tentou colocar na prática o lema de "Liberdade, Igualdade, Fraternidade".

Construída para ser um forte que protegeria a cidade de Paris dos ingleses durante a Guerra dos Cem Anos (que, na realidade, durou 116 anos, entre 1337 e 1453), a Bastilha se tornou uma prisão contra os inimigos do rei e do regime monárquico. Era como um Game of Thrones da vida real: durante séculos, o rei tinha o controle de todas as decisões econômicas e políticas e era sustentado ideologicamente pela Igreja — a nobreza, dona de terras e de títulos que mantinham os seus privilégios passados de pai para filhos, dava apoio político e militar ao regime. Para a  esmagadora maioria da população, restava trabalhar, pagar impostos e sustentar esse insustentável modelo produtivo.

Antes de reclamar que você também paga impostos em excesso e as coisas não são tão diferentes daquela época, alto lá. Afinal, mesmo sendo donos de negócios que rendiam dinheiro por meio do comércio e da produção de bens, os empresários daquela época (conhecidos como burgueses) não contavam com direitos políticos e pouco influenciavam nas decisões do país — na prática, eles sustentavam a economia, mas dificilmente alcançariam os mesmos privilégios da nobreza. Já para o grosso da população, formada por camponeses e trabalhadores nas cidades, a situação era ainda pior: em condição de pobreza, ainda eram obrigados a pagar pesados impostos em nome do rei e da Igreja.

Para piorar, o aumento populacional não acompanhou a produtividade agrícola e, no final do século 18, a fome atingia os mais pobres que viviam em Paris. Inspiradas pelos ideais iluministas, que questionavam o poder ilimitado do rei e da Igreja, as insatisfações sociais se materializaram no dia 14 de julho. Não há um registro histórico exato para o estopim da revolta — fontes afirmam que a população se mobilizou após boatos de que o Exército Francês atacaria a população — mas uma massa de descontentes se concentrou em frente à Bastilha, rendendo seus guardas e tomando as armas que se acumulavam na fortaleza.

A partir daí, um regime sustentado por séculos começaria rapidamente a ruir: os burgueses dariam apoio econômico e político ao movimento revolucionário e o rei Luís 16 se viu obrigado a convocar uma Assembleia Constituinte — uma das primeiras medidas assinadas foi a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que universalizaria os direitos sociais e até hoje inspiram as constiuições de países democráticos de todo o mundo.

Como a Revolução Francesa vai influenciar as independências da América Espanhola?

Execução do rei Luís 16 (Foto: Reprodução)

O fim do regime absolutista não aplacou os descontentamentos populares: ao longo do final dos últimos anos do século 18, a Revolução Francesa passou por diferentes etapas, incluindo um momento de maior radicalização, quando os "inimigos do povo" enfrentaram as guilhotinas: em 1793, aos 38 anos, o próprio Luís 16 perderia a cabeça diante de uma multidão em Paris. O próprio calendário francês deixaria de seguir as orientações da Igreja Católica e os meses seriam batizados com nomes inspirados nas condições climáticas como "brumário", "nivoso", "ventoso", "germinal" e "frutidor". 

O período de violência e as disputas internas entre o movimento revolucionário levaria a novas instabilidades políticas. A burguesia, então, apoiaria um jovem general que conquistara vitórias militares e parecia ser o homem certo para solidificar a nação. Em nove de novembro de 1799, Napoleão Bonaparte (que, ao contrário do senso comum, não era tão baixinho e media quase 1,70 metros) chegaria ao poder e encerraria o período revolucionário, retomando inclusive a autocracia do período real, mas dando privilégios para a burguesia que o apoiou. Mas aí é outra história...

Qual foi a influência da Revolução Francesa na independência da América espanhola?

A Revolução Francesa também se tornou um marco no processo de independência da América espanhola por vários fatores. Primeiro, por divulgar a liberdade, a igualdade, o constitucionalismo, o republicanismo, ideais fundamentais nos discursos dos líderes criollos.

Como influência para a independência da América espanhola temos?

A independência da América Espanhola foi influenciada pelas ideias iluministas, a independência dos Estados Unidos e a invasão da França à Espanha.

O que tem a ver a Revolução Francesa com a independência do Brasil?

"Na verdade, quem fez a independência do Brasil foi o Napoleão Bonaparte porque todos os acontecimentos que precipitaram a separação do Brasil e de Portugal começaram primeiro na Revolução Francesa de 1789 e depois na ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder e a seu enfrentamento contra as monarquias da época.

Como fatores externos que levaram a independência na América espanhola Podemos citar?

As causas da Independência da América Espanhola foram:.
Influência do Iluminismo e dos EUA;.
Desejo de substituir o pacto colonial pelo livre comércio;.
Expansão do Império napoleônico que ocupou a Espanha;.
Apoio militar do Haiti;.
Financiamento pela Inglaterra;.
Repressão da metrópole..