Como a umidade afeta a temperatura?

Nem sempre olhar a temperatura que os termômetros marcam ajuda a saber se vamos passar calor ou frio ao sair de casa. A chamada sensação térmica é um índice que foi criado para representar como uma pessoa sente na prática.

Uma das maneiras de calcular esse índice é levando em conta a umidade. Quando o tempo está quente e demasiadamente úmido, a sensação térmica é maior do que o termômetro marca. Se a umidade é baixa, a sensação térmica vai na mesma direção.

Segundo a calculadora do serviço de nacional de previsão do tempo dos EUA, se a temperatura do ar estiver em 42°C e a umidade em 38%, a sensação térmica será de 52°C. Algo parecido com o que foi registrado no Rio de Janeiro no dia 11 de janeiro de 2020. A exposição direta ao sol pode aumentar em alguns graus a sensação.

Caso a umidade estivesse em 20% (nível considerado baixo), a sensação térmica seria de 42°C mesmo. Se a umidade fosse de 0, a sensação térmica seria de 36°C.

O mecanismo empregado pelo corpo humano para se resfriar e manter a temperatura constante, perto dos 36,5°C, é pelo suor. A questão é que com a umidade ambiente elevada o suor tem dificuldade para evaporar – e é justamente fornecendo calor par essa evaporação que o corpo se resfria.

Claro que se trata de uma estimativa. A depender do organismo (mais ou menos gordura corporal, tamanho, características metabólicas, uso remédios, gravidez etc) e da vestimenta essa sensação pode ser afetada.

Mesmo assim o índice pode ser um bom indicativo de risco de saúde. O organismo pode pifar se exposto a atividades físicas continuadas quando a sensação térmica é elevada. Entre os riscos estão o de desmaio, insolação e desidratação. O alerta já vale para quando a sensação térmica é de 27°C e o perigo é iminente quando ela passa dos 52°C, de acordo com o serviço do governo americano.

Outro fator que pode ser importante nessa conta é o vento, especialmente em temperaturas mais frias. É como se o movimento do ar roubasse calor do corpo (o que em física é chamado de perda por convecção). Quanto mais vento, mais calor se perde. Mesmo no nosso verão o raciocínio faz sentido: nada pior do que aquele lugar quente e abafado sem nem um ventinho sequer para dar um alívio.

No site do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), há uma calculadora que permite explorar o efeito do vento na temperatura. Se a temperatura do ar está em 20°C, um vento de velocidade 5 metros por segundo (18 km/h), já baixaria a sensação térmica em 6°C, para 14°C.

A umidade é a quantidade de água em forma de vapor dispersa pelo ar. A umidade é um dos elementos mais importantes da atmosfera e influencia a temperatura, a sensação térmica e os períodos de chuva. É o vapor de água que determina a umidade relativa do ar e sofre influência direta da temperatura. Trata-se da relação entre a quantidade máxima de vapor que o ar pode admitir na mesma temperatura. É o que denominamos ponto de saturação.  Quando a umidade está baixa, a amplitude térmica (diferença entre a maior e a menor temperatura em um determinado período de tempo) costuma ser maior, fazendo com que os dias sejam quentes e as noites muito frias.

O movimento das massas de ar, a maritimidade e o tipo de vegetação em cada região, influenciam diretamente o nível de umidade. A incidência de partículas é ainda mais acentuada em regiões de maior densidade demográfica, muito em função dos quadros de poluição presentes nos mais longínquos pontos do planeta.

A umidade relativa do ar é a relação entre quantidade de água que existe no ar (umidade absoluta) e quantidade máxima de água que poderia existir na mesma temperatura (ponto de saturação), tudo isso de acordo com o CGE – Centro de Gerenciamento de Emergências. Essa quantidade máxima de água é o limite que pode ser absorvido pelo ar. O instrumento usado para medir a umidade relativa do ar é o higrômetro. Ele é fundamental para que se tenha com exatidão a umidade em um determinado local.

Tanto o excesso de umidade quanto a umidade baixa podem prejudicar você. Apesar de a baixa umidade provocar irritação na garganta e sangramento no nariz, a umidade alta afeta sua saúde, sua casa e seus bens. Já imaginou um ambiente deteriorado e cheio de pessoas com problemas respiratórios? Ninguém quer isso, não é mesmo?  A umidade em excesso pode causar ou desencadear uma série de doenças do trato respiratório, entre elas a rinite e a temível asma. Provoca ainda a proliferação de microrganismos como a proliferação de fungos causadores do bolor e do destrutivo mofo.

Por isso o controle de umidade é tão importante. Mantê-la entre os níveis indicados pela OMS – Organização Mundial da Saúde (entre 50% e 60%), garante um ambiente seguro para sua saúde.

O que a umidade interfere na temperatura?

Assim, quanto maior for a umidade do ar, menor será a amplitude térmica. Por outro lado, quando menor for a umidade do ar, maior será a amplitude térmica. Isso porque dependendo da umidade do ar a variação de temperatura será maior ou menor.

Porque a umidade do ar prejudica o controle da temperatura?

Por outro lado, a alta umidade relativa do ar também causa seus estragos. Nesse caso, o problema é justamente o contrário: a evaporação lenta do suor, que ajuda a resfriar o corpo e a dissipar o calor, levando à sensação de mal-estar e desconforto.

Como a umidade influência?

Apesar de invisível, a umidade do ar é um fator que exerce grande influência sobre o clima e aspectos como a variação de temperatura, a sensação térmica e até mesmo sobre a saúde e a qualidade de vida. Na previsão do tempo, junto às informações de temperatura, também aparece a umidade relativa do ar.

Por que a umidade aumenta a sensação térmica?

Quando a umidade do ar está alta e a temperatura também, a sensação térmica é ainda maior, porque o suor acaba não evaporando para diminuir a temperatura corporal, fazendo com que a pessoa sinta mais calor. No frio, quando tem vento, o ar é trocado constantemente, aumentando a troca de calor entre o corpo e ambiente.