Como os estudos da Psicogênese da Língua Escrita de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky?

Como incentivar o hábito da leitura?

Por Maria Carolina 21 jan., 2020

A leitura é um dos pilares mais importantes da construção do conhecimento e do desenvolvimento infantil. No entanto, o hábito deve acompanhar (e respeitar) o desenvolvimento psíquico e intelectual dos pequenos. Para isso, é importante compreender os estágios que caracterizam o desenvolvimento dos pequenos com a leitura. Até os dois anos, por exemplo, a criança não interage tão ativamente com as palavras. O ponto de interesse está, direcionado às imagens e texturas que os livros oferecem. Entre os dois e três anos, os livros podem apresentar um contexto e se relacionar à rotina da criança. É a hora de fazer a ligação entre as tarefas e hábitos do dia a dia, com o que é contato, como o desfralde ou ainda para ensinar pequenas tarefas. Dos três até os seis anos de vida, a criança já pode encontrar no livro uma forma de lazer. No entanto, as imagens ainda são de grande importância, apesar de que, as histórias passam a carregar sua importância despertando interesse das crianças. Nesta fase também, é importante explorar os momentos em família para ler histórias, para exemplificar e conversar sobre o que contado. Mas, a partir de qual momento os pais podem começar a incentivar esse hábito? A partir de quando se deve incentivar a leitura? Para responder a estas perguntas vamos pensar sobre o seguinte: Pesquisas recentes indicaram que o brasileiro lê, em média, somente 2,43 livros inteiros por ano e que o gosto pela leitura está diretamente relacionado à uma escolaridade mais elevada. Em outras palavras, pessoas que leem mais têm, geralmente, acesso mais amplo ao conhecimento. Ao descrever sobre o incentivo ao hábito da leitura, a figura da mãe é apontada como alicerce para o desenvolvimento do gosto por livros. Podemos afirmar então, que apesar de as crianças aprenderem a ler por volta dos cinco anos de idade, é indicado que o costume seja explorado antes de tal idade para despertar, de fato, o interesse deles. Em outras palavras, a criança pode observar e replicar o comportamento dos pais e cuidadores e, assim, pegar gosto pelos livros. Por isso, é fundamental explorarmos oportunidades lúdicas para incorporar a leitura na rotina da criança e darmos o exemplo. Além disso, quanto mais tarde o hábito de leitura for implementado, menos eficientemente os benefícios serão incorporados. Assim, a verdade é que nunca é cedo demais para incentivar a imaginação das crianças. Os pais podem contar histórias para seus filhos desde o nascimento! É importante gradativamente, aumentar a intensidade das emoções e o tamanho das narrativas que serão contadas. Quando menos esperar, as crianças irão querer ler sempre mais e mais livros inteiros! Mas existem alguns cuidados para que a criança se interesse pela leitura? Claro que sim, acompanhe algumas dicas: • apresente livros que estão de acordo com a faixa etária, com histórias adequadas e que eles vão compreender; • deixe a criança explorar o livro, virar as páginas e viver um momento de descoberta; • não empurre ou force a leitura, porque pode surtir o efeito contrário. Por isso, deixe livros espalhados por lugares estratégicos, para que o interesse surja naturalmente; • ao ler para as crianças, interprete frases e história, dando vida aos personagens ao descrever as imagens que decoram as páginas. Falaremos melhor a seguir sobre cada uma dessas questões. No mais, como a criança pequena está em fase de imitação, é positivo quando os pais também gostam de ler e dedicam um tempo para tal. Assim, esse pode ser um ponto a ser trabalhado em família. Já pensou? Existem algumas dicas que você pode adotar para que a técnica de leitura seja aprimorada. Por isso, tenha em mente que, para a leitura ser mais eficiente, você pode: • optar por histórias que aguçarão a curiosidade da criança, buscando temas de seu interesse e compatíveis à sua realidade; • levar a criança à uma livraria ou biblioteca para que ela possa escolher os livros que considerar mais estimulantes e atraentes; • estar presente no momento da leitura, pois essa interação será preenchida por maior atenção, carinho e melhores lembranças; • ajudar o pequeno a desenvolver uma entonação mais adequada, contribuindo ainda mais para seu desenvolvimento linguístico; • criar um ambiente propício para aumentar a imaginação e melhorar a atmosfera literária, promovendo maior interesse pela leitura. Montar um cantinho aconchegante, com luz um pouco mais baixa e menos estímulos que possam distrair a criança já é um bom começo. Também é possível estimular a leitura a partir de uma abordagem ativa para a evolução do hábito literário. Peça para o pequeno representar em desenhos o que viu ou compreendeu das histórias compartilhadas em livros. É possível também conversar sobre as obras, levantando dúvidas e questões que podem potencializar o interesse por novas histórias. Nessa hora, é fundamental permitir que a criança explore sua mente e sua criatividade. Viu só como criar o hábito de ler é importante para o desenvolvimento das crianças em vários aspectos? Por si só, a leitura aumenta a imaginação, desenvolve a capacidade criativa, promove melhorias na habilidade linguística, trabalha as emoções das crianças e as ajuda a aprimorarem suas habilidades comunicativas. Todos esses benefícios terão um significativo efeito a longo prazo, podendo contribuir para o maior sucesso pessoal e profissional da criança. De modo geral, não são muitos os pais que se dedicam adequadamente a promover a motivação de que os filhos precisam para lerem mais e melhor. Comece a incentivar essa poderosa prática ainda dentro de casa, deixando que os profissionais da educação apenas a aperfeiçoem! Lembre-se de que os pais possuem um papel crucial no desenvolvimento da rotina literária dos filhos. E você, já incentiva esse hábito pra lá de benéfico da leitura em sua casa, com seus filhos?

Qual os estudos da Psicogênese da Língua Escrita de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky?

A psicogênese da língua escrita é baseada nos conceitos piagetianos e tem como base o processo de construção da escrita, focando na criança como protagonista do seu próprio aprendizado. A teoria da psicogênese da língua escrita foi formulada e comprovada por duas psicolinguistas argentinas, Ferreiro e Teberosky.

Qual foi a teoria formulada por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky?

Emilia Ferreiro e Ana Teberosky partiram do pressuposto da teoria piagetiana – de que todo conhecimento possui uma origem – e, pelo método clínico de Piaget, observaram 108 crianças e seu funcionamento do sistema de escrita.

Qual a metodologia proposta por Ferreiro em suas pesquisas sobre a Psicogênese da Língua Escrita?

O método analítico insiste no reconhecimento global das palavras ou orações, ou seja, ensinar do mais complexo para o mais simples, se opondo ao que seria “normal” para a construção do conhecimento que acontece gradualmente, como já afirmamos anteriormente.

Quais são os principais níveis da psicogênese da escrita de acordo com Emilia Ferreiro?

Ferreiro dispôs em cinco os níveis da psicogênese da escrita: pré-silábico, silábico (com ou sem valor sonoro), silábico-alfabético e alfabético. No nível pré-silábico a escrita não se configura como uma reprodução analógica da língua falada.