Como um gestor pode colaborar com a minimização do sofrimento das pessoas sob sua responsabilidade no trabalho?

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Anderson Cristiano da Costa

Graduando em Psicologia pela Pontif�cia Universidade Cat�lica de Minas Gerais (PUC MINAS), Campus em Arcos, Brasil

Publicado no Psicologia.pt a: 2011-07-15 | Idioma: Portugu�s do Brasil | Palavras-chave: Trabalho, economia contempor�nea, sa�de mental, reconhecimento

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Como um gestor pode colaborar com a minimização do sofrimento das pessoas sob sua responsabilidade no trabalho?

Christophe Dejours, no artigo �Entre o desespero e a esperan�a: como reencantar o trabalho?� � publicado na edi��o n�mero 139 da revista CULT �, demonstra como o trabalho, apesar de ser fonte de in�meros problemas f�sicos e psicol�gicos, pode contribuir para a sa�de mental do trabalhador. Nesse artigo o autor trabalha com as quest�es: forma��o da identidade e sa�de mental do trabalhador.

Primeiramente ele menciona que o problema da sa�de mental no trabalho tem rela��o com a evolu��o da organiza��o do trabalho e, particularmente, com a introdu��o de novas estrat�gias, como � o caso, citando apenas uma delas, da avalia��o individualizada de desempenho. Essa evolu��o aumenta a press�o produtiva por um lado e, por outro, acaba provocando isolamento e solid�o.

O trabalhador se depara constantemente, durante seu ato de trabalhar, com o real, que, nada mais � que a resist�ncia da mat�ria, dos utens�lios ou das m�quinas utilizadas no trabalho. Dito de outra forma: o real s�o as dificuldades encontradas durante a atividade profissional. Para um sujeito trabalhar ele precisa saber lidar com o real e, nesse caso, a intelig�ncia � fundamental; ela � a capacidade de reconhecer o real, assumir a impot�ncia perante ele, perceber que perdeu o controle da situa��o. Mas o trabalhador, sendo capaz de resistir ao fracasso, ou seja, sendo capaz de sofrer, pode encontrar a solu��o para os problemas provocados pelo real. Assim, por meio da intelig�ncia, ele acaba resolvendo os problemas, e sua intelig�ncia se desenvolve. N�o obstante, os problemas enfrentados pelo trabalhador no seu trabalho provocam sofrimento, mau humor, sonhos, e v�rios outros tipos de rea��es; tudo isso � invis�vel, e parte essencial do trabalho.

Todo trabalho � realizado numa interse��o entre o trabalho individual e o trabalho coletivo; nessa interse��o est� o sofrimento. As pessoas, segundo o autor, assumem riscos e sofrem porque esperam uma retribui��o. Fazem um trabalho individualmente num plano coletivo esperando serem recompensadas. Essa recompensa n�o � somente uma recompensa material, mas tamb�m uma recompensa simb�lica. Trabalhando, o trabalhador espera o reconhecimento: reconhecimento da utilidade e qualidade de seu trabalho. Assim, o reconhecimento do trabalho � o que permite a transforma��o do sofrimento em prazer. Mas isso n�o � um fato que ocorre de uma hora para outra: � necess�rio que o trabalhador passe pelo trabalho, pelo desafio do real, pelo sofrimento e pela descoberta de solu��es que resolvam os problemas encontrados durante sua atividade. � um longo percurso at� chegar ao prazer.

Segundo Dejours, o reconhecimento da qualidade do trabalho pelos outros acaba proporcionando a destina��o do reconhecimento do registro do fazer para o registro do ser, ou seja: eu sou mais esperto, mais h�bil. Essa passagem do registo do fazer para o ser acaba fortalecendo a identidade do trabalhador. O reconhecimento da qualidade do trabalho tamb�m proporciona ao trabalhador a id�ia de pertencimento a um grupo, por exemplo: sou um psic�logo como os outros psic�logos. Assim, o reconhecimento confere ao trabalhador, em troca do sofrimento, um pertencimento que faz desaparecer a solid�o.

O autor diz que a identidade � o alicerce da sa�de mental, ent�o, o trabalho, por meio din�mica do reconhecimento, contribui para o desenvolvimento da identidade e, consequentemente, para a manuten��o da sa�de mental. Muitos desempregados, por n�o contribu�rem de alguma forma no mundo do trabalho, ficam doentes, pois n�o t�m o reconhecimento.

Dejours menciona que atualmente algumas organiza��es n�o se preocupam com a quest�o do reconhecimento, e diz que � necess�rio, al�m de agir para sanar o problema do desemprego, mudar os m�todos de organiza��o do trabalho.

Uma aprecia��o cr�tica para encerrar.

O autor apresenta seus argumentos de forma bastante consistente, contudo, diante do cen�rio econ�mico mundial contempor�neo, o trabalho � um dispositivo que auxilia na manuten��o de uma economia ca�tica e irrespons�vel. O trabalho �, obviamente, necess�rio � sobreviv�ncia, n�o obstante, da forma como est� sendo utilizado pelo sistema econ�mico atual, funciona como um instrumento alienante, que amarra o trabalhador a uma id�ia de progresso que, se for observada com aten��o, � absurda. A atual cultura do capital financeiro, os problemas ambientais, os apelos imperativos ao consumo desenfreado; tudo isso deve ser levado em considera��o quando se pensa em trabalho. O trabalho � necess�rio � sobreviv�ncia sim, mas n�o deve ser usado para a manuten��o de um pseudo-progresso. Sendo assim, pensar em reconhecimento (como proposto por Dejours) sem levar em considera��o o que realmente significa trabalhar atualmente, bem... � s� parte da solu��o para o grande problema.

Mudar a forma de organiza��o do trabalho n�o seria suficiente. Seria necess�rio tamb�m agir para mudar todo o sistema; ap�s uma grande mudan�a no atual sistema econ�mico, e uma mudan�a na forma de pensar contempor�nea, a� sim talvez fosse poss�vel resolver os problemas relacionados ao trabalho. Utopia? Talvez, mas se n�o surgirem novas formas de pensamento o mundo vai sofrer as conseq��ncias a logo prazo.

Voltando ao autor; os argumentos de Dejours s�o magistrais, e sua id�ia de reconhecimento parece ser uma forma de, pelo menos, amenizar um pouco o caos existente hoje no mundo do trabalho.

Refer�ncias:

DEJOURS, Christophe. Entre o desespero e a esperan�a: como reencantar o trabalho? CULT, S�o Paulo, n. 139, p. 49-53, set. 2009.

www.temasanderson.blogspot.com

Como um gestor pode colaborar com a minimização do sofrimento das pessoas sobre sua responsabilidade no trabalho?

Oferecer feedbacks contínuos Além disso, o feedback tem o poder de criar laços entre o gestor e a equipe. Além de ser ser um reforço para demonstrar a importância do trabalho do colaborador nos resultados. Nesse sentido há uma valorização profissional do gestor com os membros da sua equipe.

Quanto à atuação do gestor na organização Qual a essência de suas responsabilidades?

É papel do gestor na organização elaborar o planejamento estratégico e dos projetos que deverão ser executados pelas equipes que ele gerencia. Trata-se de um documento que contém as diretrizes e os direcionamentos sobre o que cada um dos envolvidos deve fazer e os resultados que se espera alcançar.

Qual deve ser o papel de um gestor de pessoas?

O gestor de pessoas tem a “simples” tarefa de gerenciar pessoas e garantir que elas tenham o que precisam para fazer seu trabalho. O gestor de pessoas desempenha um papel muito importante, pois é ele que faz a gestão do bem mais valioso que as empresas possuem, os colaboradores.

Como um gestor pode contribuir para o crescimento de uma organização?

O líder ou gestor tem um papel central no desenvolvimento dos colaboradores: ele é quem faz a mediação entre equipe e empresa. Esse profissional serve como referência para a equipe, por isso, em uma empresa que busca desenvolver pessoas, ele deve não só auxiliar nesse trabalho como também fortalecer esses valores.