E a capacidade de executar movimentos com grande amplitude de oscilação em determinada articulação?

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E a capacidade de executar movimentos com grande amplitude de oscilação em determinada articulação?
Os baixos n�veis de flexibilidade como indicadores de sedentarismo

E a capacidade de executar movimentos com grande amplitude de oscilação em determinada articulação?

 

*INEFC Lleida

**ISCE Odivelas

***ESDRM

(Portugal)

M�rio Joel Cipriano*

Valter Pinheiro**

PhD. Pedro Sequeira***

 

Resumo

          O sedentarismo est� a aumentar devido �s constantes transforma��es de que � alvo a nossa sociedade. O ser humano tem naturalmente determinadas necessidades, alimentares, reprodutivas, afectivas, de repouso, e de actividade f�sica. O equilibro � a chave e o sedentarismo provoca altera��es nessa �homeostase�. A flexibilidade por ser uma das capacidades situadas na base da pir�mide da actividade f�sica ajuda-nos a identificar alguns dos desequil�brios provocados pela praga: �sedentarismo�. Infelizmente os resultados mostram que as crian�as est�o cada vez com �ndices de flexibilidade mais negativos.

          Unitermos

: Senta e alcan�a. Flexibilidade. Sedentarismo.

Abstract

          The sedentary lifestyle is increasing due to constant changes that we see in our society. The human being has naturally certain needs, food, reproductive, emotional, rest, and physical activity. The balance is the key and inactivity causes changes in that "homeostasis". Flexibility is one of the capabilities located at the base of the physical activity pyramid and help us to identify some of the imbalances caused by the prague: "inactivity". Unfortunately the results show that children had negative rates of flexibility.

          Keywords: Inactivity. Flexivility. Physical activity.

 
E a capacidade de executar movimentos com grande amplitude de oscilação em determinada articulação?
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - A�o 13 - N� 123 - Agosto de 2008

E a capacidade de executar movimentos com grande amplitude de oscilação em determinada articulação?

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Introdu��o

    Est� provado que o sedentarismo � um factor de risco de primeira import�ncia para as doen�as cardio-vasculares, bem como para a obesidade, a diabetes, e em menor grau para muitas outras situa��es como a osteoporose, certos cancros, etc. (Barata, 2003)

    Tendo em considera��o a pir�mide da actividade f�sica, verificamos que tanto a flexibilidade como a resist�ncia encontram-se no segundo patamar dessa representa��o, logo a seguir �s actividades di�rias (caminhar, subir e descer escadas�) e em estreita rela��o de depend�ncia com estas. Em teoria poder-se-� dizer que quanto maior for a actividade di�ria maior ser�o os n�veis de flexibilidade exibidos.

    Assim, com base nesta rela��o, avan��mos para um estudo (ao longo de 4 anos) dos n�veis de Flexibilidade evidenciados por alunos do 2� ciclo do ensino b�sico Portugu�s, com o intuito de verificar se os n�veis obtidos ajudam a constata��o infeliz e preocupante de que o n�vel de sedentarismo da popula��o portuguesa tem vindo a aumentar.

1.     Enquadramento te�rico

    A Flexibilidade trata-se de uma capacidade coordenativo-condicional que tem uma enorme treinabilidade e que, tamb�m por isso, exemplifica subtilmente o verdadeiro significado da express�o de que �o que depressa se ganha, depressa se perde� . De facto, assim acontece com a esta capacidade, onde se perde rapidamente os ganhos obtidos com o treino se este for interrompido.

    Trata-se de uma capacidade fundamental para o nosso dia-a-dia e com influ�ncia directa na qualidade de vida.

    Marques (1990), referencia ainda que a flexibilidade � contrariamente ao que se passa com as restantes capacidades, �ptima quando a crian�a nasce, e que se vai perdendo com o crescimento, sobretudo se n�o for trabalhada de uma forma regular e sistematizada.

    Por isso esta � uma das capacidades que deve, desde muito cedo, ser traballhado visto que:

  • Influencia as outras capacidades,

  • Condiciona a presta��o no aspecto cinem�tico e fisiol�gico;

  • Desempenha um importante papel na preven��o de les�es;

  • Serve de aquecimento;

  • Controla e relaxa as tens�es musculares.

    Contudo, a Flexibilidade, � como um dia Charles Corbin escreveu, a parte esquecida da aptid�o. E mais grave talvez do que o esquecimento, � a afirma��o at� no seio do treino das v�rias modalidades desportivas, de que a Flexibilidade como requisito para a execu��o dos elementos t�cnicos das v�rias modalidades desportivas, n�o aparece como factor decisivo. (Adelino, 1989)

    Sem querer encetar qualquer tipo de questionamos: como se pode fazer semelhante afirma��o? Como se pode chegar a tal conclus�o?

    Para n�s tal afirma��o n�o tem, qualquer fundamento, at� porque (sem nos afastarmos do tema desta reflex�o) sendo a for�a explosiva uma das capacidades que maior import�ncia tem na maior parte dos desportos, e sabendo n�s que a Flexibilidade contribui colossalmente para que o atleta consiga explanar toda a sua explosividade, estamos perfeitamente crentes de que a flexibilidade constitui efectivamente um pressuposto fundamental quer para o rendimento, quer para a aprendizagem (...) aquisi��o ou aperfei�oamento de determinadas pr�ticas motoras. (Hercher, 1983)

    Segundo Ara�jo, C. (1990), a Flexibilidade est� ainda nos dias de hoje (...) com um problema relativamente grave respeitante ao aspecto terminol�gico (...) sen�o vejamos:

  • Mitra e Mogos (1982), utilizam o termo flexibilidade (...) para a capacidade do organismo de efectuar com grandes amplitudes as ac��es motoras;

  • Corbin e Lindsey (1985) (cit. por Corbin e Fox) definem-na como sendo a amplitude de movimento de uma articula��o ou grupo de articula��es.

  • Weineck, prefere falar de mobilidade, cita Frey (1977) e Harre (1976) e define a mobilidade, por a capacidade que o desportista possui para executar movimentos de grande amplitude articular por si pr�prio ou sob influ�ncias externas.

    Ainda segundo o mesmo autor, outro termo utilizado � o Stretching que se traduz literalmente por estiramento .

    N�o obstante, temos como defini��o de flexibilidade universalmente mais aceit�vel a seguinte:

    A flexibilidade � a qualidade que com base na mobilidade Articular, extensibilidade e elasticidade musculares e sob o controlo do Sistema Nervoso Central, permite o m�ximo percurso das articula��es em posi��es diversas, possibilitando ao indiv�duo a realiza��o de ac��es motoras com grande amplitude. (Ara�jo, 1990)

    Quanto aos tipos de flexibilidade, temos segundoCastelo, J.et al (1998):

  • Est�tica e Din�mica;

  • Activa e Passiva;

  • Geral e Espec�fica

    Flexibilidade Est�tica. Verifica-se quando se mant�m uma posi��o um determinado espa�o de tempo.

    Flexibilidade Din�mica. Capacidade em utilizar a amplitude do movimento de uma articula��o durante a actividade que solicite movimentos normais ou r�pidos.

    Flexibilidade Activa. � produzida utilizando for�as internas,(...) ou seja pela ajuda exclusiva da musculatura agonista. � menor que a Flexibilidade activa.

    Flexibilidade Passiva. A Flexibilidade passiva � a amplitude m�xima a n�vel de uma articula��o obtida pela ac��o de for�as externas e � naturalmente maior que a Flexibilidade activa

    Flexibilidade Geral. Refere-se � amplitude normal da oscila��o das articula��es dos principais sistemas articulares (esc�pulo-umeral, coxo-femural e coluna vertebral).

    Flexibilidade espec�fica. est� relacionada com movimentos de uma determinada articula��o e espec�ficos de uma determinada modalidade desportiva.

Factores que influenciam a flexibilidade

Factores Internos

Factores Externos

1. Idade

Os n�veis de flexibilidade aumentam com a escolaridade, tendo seu per�odo cr�tico por volta dos 7/11 anos, os valores mais altos aparecem por volta dos 15 anos para ent�o come�arem a descer.

1. Temperatura Muscular

O aumento da temperatura muscular, determina uma melhor irriga��o das fibras aumentando assim a sua capacidade de alongamento.

2. Sexo

De uma regra geral as mulheres possuem maior flexibilidade do que os homens, facto este relacionado com diferen�as hormonais (maior quantidade de ester�geneos o que possibilta uma maior reten��o de �gua) e anat�micas (menor quantidade de massa muscular).

2. A Fadiga

Aumenta a resit�ncia ao alongamento, devido � diminui��o das reservas de ATP nos m�sculos.

Por outro lado a capacidade de extens�o dos antagonistas e a capacidade de realizar for�a dos agonistas � extremamente comprometida com a fadiga.

3. Estados emotivos

O estado emocional influ�ncia de forma significativa a performance do atleta e a flexibilidade n�o � excep��o.

As situa��es de competi��o, a audi�ncia, o clima, o ambiente do envolvimento, a motiva��o, o n�vel de concentra��o, s�o alguns dos factores que condicionam a mobilidade.

Figura 1.

Factores influenciadores da Flexibilidade (Baseado em Castelo, J . et al, 1998)

Segundo Viana (2008), Sanchez et al. (2001), Di Cesare (2000) e Annicchiarico (2002), indicam que uma boa flexibilidade permite:

  1. limitar, reduzir e prevenir o n�mero de les�es, musculares e articulares;

  2. facilitar a aprendizagem mec�nica;

  3. aumentar a probabilidade de outras capacidades motoras como for�a, velocidade e resist�ncia (um m�sculo antagonista que se estende facilmente permite maior liberdade e aumenta a efici�ncia do movimento),

  4. garantir a amplitude de movimentos e gestos t�cnicos espec�ficos de forma mais natural;

  5. fazer refinamento de movimentos aprendidos; economia deslocamento e repeti��o;

  6. mover mais r�pido quando a velocidade de deslocamento depende da frequ�ncia;

  7. refor�am o conhecimento do pr�prio corpo;

  8. chegar os limites da regi�o, sem qualquer deteriora��o muscular ou articular 9) aumentar o relaxamento f�sico;

  9. permanecer numa determinada forma;

  10. e refor�ar a sa�de.

2.     M�todos e procedimentos

2.1.     Resumo do protocolo

    O teste realizado foi o denominado senta e alcan�a que consiste em:

  1. O aluno na posi��o de sentado, com os membros inferiores em completa extens�o e os p�s apoiados na base do instrumento;

  2. Mant�m os bra�os elevados, com as m�o sobrepostas de modo a realizar uma inspira��o e em seguida expirar concomitantemente a flex�o do tronco, tentando alcan�ar a maior dist�ncia poss�vel, encostando os dedos na r�gua do banco.

  3. A medi��o foi realizada tr�s vezes, considerando-se a m�dia das tr�s. Os valores foram registados em cent�metros. Pinheiro et al (2005).

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Figura 2.

Senta e alcan�a (Mart�nez, 2003).

    Existem algumas adapta��es deste teste. A utilizada nesta investiga��o tem uma escala com valores positivos e negativos sendo que o zero coincide com a base do instrumento onde se apoiam os p�s.

    Segundo Pinheiro, Costa, Cipriano e Sequeira (2008) citando Viana et al (2008) este � um teste muito utilizado para avaliar a flexibilidade da parte posterior inferior do tronco, embora a sua capacidade como um instrumento de avalia��o levante controv�rsia, uma vez que apesar de terem sido concebidos para determinar o grau de flexibilidade nesta regi�o corpo, envolve tamb�m outros grupos musculares.

2.2.     Amostra

    Serviram de amostra para este estudo 280 alunos com idades compreendidas entre os 10 e os 11 anos (alunos do 2� ciclo de escolaridade Portuguesa), nos anos de 2005, 2006, 2007 e 2008.

3.     Apresenta��o e discuss�o de resultados

    Os resultados que de seguida apresentaremos referem-se � primeira medi��o efectuada no respectivo ano de escolaridade no �mbito da Avalia��o Inicial de diagn�stico.

    Tratando-se os dados de marcas positivas e negativas, os gr�ficos que se apresentam emergem da soma desses valores (positivos e negativos) que possibilitam a obten��o de um valor que permite uma compara��o precisa entre os v�rios anos.

Total

Min

M�d

M�x

Ano 2005

-17cm

-25cm

-0,2cm

19cm

Ano 2006

-21,0cm

-19cm

-0,3cm

15cm

Ano 2007

-91cm

-19cm

-1,3cm

18cm

Ano 2008

-110cm

-16cm

-1,5cm

15cm

Figura 3. Tabela resumo dos resultados obtidos

    Analisando os valores m�ximos e m�nimos obtidos (presentes na figura 1) constata-se que apesar de os valores m�nimos evolu�rem positivamente de 2005 (-25cm) para 2008 (-16cm), n�o deixam de representar valores negativos. J� em termos de valores m�ximos, existe uma altern�ncia de valores, n�o deixando de ser sintom�tico o facto de o valor mais baixo referir-se ao ano de 2008 (15cm).

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Figura 4. Total de valores obtidos nos 4 anos

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Figura 5. M�dia dos valores obtidos nos 4 anos

    Quer a figura 2 (total de valores obtidos) quer a figura 3 (m�dia dos valores obtidos), mostram que os n�veis de flexibilidade dos alunos que constitu�ram a amostra foram diminuindo ano ap�s ano, atingindo e todos eles marcas de flexibilidade negativa. Inclusivamente ocorreu uma descida brusca entre os anos de 2006 e 2007.

Conclus�es

Ao longo dos quatros anos deste estudo, podemos concluir que os �ndices de flexibilidade, medidos pelo teste: senta e alcan�a, foram descendo.

    Tratando-se a flexibilidade de apenas um dos �par�metros� pelos quais podemos medir o sedentarismo parece-nos presun��o afirmar, s� por si, que as crian�as Portuguesas est�o cada vez mais sedent�rias.

    No entanto os valores obtidos n�o podem deixar de ser preocupantes e indiciadores de que deve haver uma pol�tica s�ria de promo��o da actividade f�sica, que deve come�ar pela escola, mas criar �tent�culos� no Sistema Desportivo Portugu�s.

Bibliografia

  • ADELINO, J. (1989))Caracteriza��o do Esfor�o no Basquetebol, Rev. Horizonte,n� 52, Lisboa.

  • ARA�JO, C. (1990)Flexibilidade, Rev. Horizonte ,n� 36, vol. VI, Lisboa.

  • BARATA, J. (2003). Mexa-se� Pela sua Sa�de. Guia Pr�tico de actividade f�sica e emagrecimento para todos. Dom Quixote, Lisboa.

  • CASTELO, J. (1998), Metodologia do Treino Desportivo, FMH, Lisboa.

  • GON�ALVEZ, A., VICUNA, O. e ALONSO, J. (2006). Influencia de un trabajo de flexibilidad en las clases de educaci�n f�sica en primaria,EFDeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - A�o 11 - N� 100 - Setiembre de 2006.

  • HERCHER, W. (1983)Basquetebol, Editorial Estampa, Lisboa.

  • MARQUES, A. (1990),Treino da For�a- Consequ�ncias para a Sa�de da Crian�a, Rev. �Horizonte�, n� 55, Lisboa.

  • PINHEIRO, V., COSTA, A, CIPRIANO, M e SEQUEIRA, P. (2008). Lo entrenamiento de la Flexibilidad en la Escuela y en lo Club Revista Educaci� f�sica. N� 15.

  • VIANA, M.; ANDRADE, A.;VALLE, A.;BOTO, R. (2008). Flexibilidad: conceptos y generalidades. EFDeportes.com, Revista Digital - Buenos Aires - A�o 12 - N� 116 � Janeiro.

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Qual é a capacidade que permite executar movimentos com grande amplitude?

Flexibilidade: É a capacidade de realizar os movimentos articulares na maior amplitude possível sem que ocorram danos as articulações. Ela é específica para cada exercício, um exemplo são os movimentos das danças.

E a capacidade de executar movimentos com grande amplitude de oscilação em determinada articulação?

FLEXIBILIDADE: "Capacidade de realizar movimentos em certas articulações com amplitude de movimento apropriada." FLEXIBILIDADE Page 4 FORÇA: "Capacidade de exercer tensão contra uma resistência, que ocorre por meio de ações musculares."

Qual é a capacidade de amplitude das articulações?

Flexibilidade - (Sinônimos - Extensibilidade ou Mobilidade Articular): "É a capacidade de realizar movimentos em certas articulações com apropriada amplitude de movimento"(BARBANTI,1994, p. 129).

E a capacidade de executar ao longo de toda a amplitude articular movimentos de grande amplitude por si mesmo ou por influência auxiliar de forças externas?

– Flexibilidade é a capacidade de executar, ao longo de toda a amplitude articular, movimentos de grande amplitude por si mesmo ou por influência auxiliar de forças externas. O desenvolvimento da flexibilidade pode ser Geral e Específica.