Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que

1 – (ENEM 2015). Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar.

(HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995)

Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que

a) os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.

b) o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.

c) as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso.

d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória.

e) as ideias tem como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.

Resposta: A.

2 – (UEM 2016).  “É justo que se considere uma temeridade imperdoável julgar todo o curso da natureza a partir de um experimento singular, apesar da sua precisão e certeza. Mas quando uma espécie particular de eventos sempre esteve, em todos os casos, conjugada com outra, não temos nenhum escrúpulo em prever um desses eventos a partir da aparição do outro, empregando aquele raciocínio que, sozinho, nos assegura de qualquer fato ou existência. Então, chamamos um objeto de Causa; o outro de Efeito. Supomos que haja alguma conexão entre eles; alguma força, no primeiro, pela qual ele produz infalivelmente o segundo, operando com a maior certeza e a mais forte necessidade. Parece, então, que a ideia de uma conexão necessária entre os eventos surge de uma quantidade de situações similares, que decorrem da conjunção constante desses eventos.”

(HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. In: MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 107).

A partir do texto citado, assinale o que for correto.

01) O conhecimento da natureza não pode decorrer da consideração de eventos particulares e isolados.
02) A noção de causa é uma força que impulsiona os objetos e a noção de efeito é a ação resultante sobre esse mesmo objeto.
04) A relação de causalidade se estabelece entre objetos parecidos e não necessariamente entre eventos similares.
08) A noção de causalidade entre objetos decorre da inferência de que há uma conexão necessária entre eventos similares e constantes.
16) Não basta analisar um evento singular para emitir juízos sobre o curso da natureza, ainda que ele seja certo e preciso.

Resposta: 1 + 8 + 16 = 25.

3 – (UEM, 2014).  Contudo, embora o nosso pensamento pareça possuir essa liberdade ilimitada, notaremos, baseados em um exame mais detalhado, que na realidade ele está confinado dentro de limites muito estreitos, e que todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. […] Em resumo, todos os materiais do pensamento derivam ou do nosso sentimento exterior ou do interior: a mistura e a composição de ambos dizem respeito à mente e à vontade. Ou seja, para me expressar em linguagem filosófica, todas as nossas ideias, percepções mais débeis, são cópias de nossas impressões, mais vivas.”

(HUME, D. Tratado sobre a natureza humana in MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 104.)

A partir do texto citado é correto afirmar que:

01) A liberdade do pensamento é delimitada pelas impressões sensíveis, pelas percepções que os sentidos captam do mundo.

02) Podemos pensar numa montanha de ouro sem ter essas experiências sensíveis, pois a mente humana é criativa.

04) Há uma contradição entre a liberdade infinita do pensamento e suas reais possibilidades de operação a partir da experiência sensível.

08) O pensamento opera de modo infinito com as impressões sensíveis, em inúmeras formas de transposição, composição, mistura de elementos.

16) A capacidade criativa do pensamento não pode conceber coisas sem conexão com as experiências sensíveis.

Resposta: 01 + 04 + 08 + 16 = 29.

4 – (UEM, 2014).  É universalmente admitido que a matéria, em todas as suas operações, sofre a atuação de uma força necessária, e que todo efeito natural está tão precisamente determinado pela energia de sua causa que nenhum outro efeito, naquelas circunstâncias particulares, poderia ter resultado dela. A magnitude e a direção de cada movimento estão prescritas com tal exatidão pelas leis da natureza que, do choque de dois corpos, seria tão plausível surgir uma criatura viva quanto um movimento de magnitude ou direção diferentes do que efetivamente se produziu. Se quisermos, portanto, formar uma ideia justa e precisa de necessidade, deveremos considerar de onde surge essa ideia, quando a aplicamos à operação dos corpos.”

(HUME, David. Uma investigação sobre o entendimento humano. In: MARÇAL, J. Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p. 378).

A partir do trecho citado, assinale o que for correto.

01) A magnitude e a direção de cada movimento da matéria, na medida em que estão prescritas nas leis da natureza, não podem sofrer qualquer desvio que resulte em outra criatura ou movimento diferente.

02) O efeito natural de uma força aplicada sobre uma matéria é determinado necessariamente pela energia que o causou.

04) A matéria está imune às operações e às forças naturais, visto ser o princípio primeiro dos corpos.

08) A origem da ideia de necessidade parece nascer da operação dos corpos.

16) Causa e efeito são relações necessárias nos corpos naturais, motivadas pelas forças que atuam sobre eles.

Resposta: 02 + 08 + 16.

5 – (UEL, 2017).  Leia o texto a seguir:

Podemos definir uma causa como um objeto, seguido de outro, tal que todos os objetos semelhantes ao primeiro são seguidos por objetos semelhantes ao segundo. Ou, em outras palavras, tal que, se o primeiro objeto não existisse, o segundo jamais teria existido. O aparecimento de uma causa sempre conduz a mente, por uma transição habitual, à ideia do efeito; disso também temos experiência. Em conformidade com essa experiência, podemos, portanto, formular uma outra definição de causa e chamá-la um objeto seguido de outro, e cujo aparecimento sempre conduz o pensamento àquele outro. Mas, não temos ideia dessa conexão, nem sequer uma noção distinta do que é que desejamos saber quando tentamos concebê-las.

(Adaptado de: HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. Seção VII, 29. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: UNESP, 2004. p.115.)

Com base no texto e nos conhecimentos acerca das noções de causa e efeito em David Hume, assinale a alternativa correta.

a) As noções de causa e efeito fazem parte da realidade e por isso os fenômenos do mundo são explicados através da indicação da causa.

b) A presença do efeito revela a causa nele envolvida, o que garante a explicação de determinado acontecimento.

c) A causa e o efeito são noções que se baseiam na experiência e, por meio dela, são apreendidas.

d) A causa e o efeito são conhecidos objetivamente pela mente e não por hábitos formados pela percepção do mundo.

e) A causa e o efeito proporcionam, necessariamente, explicações válidas sobre determinados fatos e acontecimentos.

Resposta: C.

6 – (UEL, 2015).  Leia o texto a seguir:

As ideias produzem as imagens de si mesmas em novas ideias, mas, como se supõe que as primeiras ideias derivam de impressões, continua ainda a ser verdade que todas as nossas ideias simples procedem, mediata ou imediatamente, das impressões que lhes correspondem.

(HUME, D. Tratado da Natureza Humana. Trad. de Serafim da Silva Fontes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. p.35.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a questão da sensibilidade, razão e verdade em David Hume, considere as afirmativas a seguir.

I. Geralmente as ideias simples, no seu primeiro aparecimento, derivam das impressões simples que lhes correspondem.

II. A conexão entre as ideias e as impressões provém do acaso, de modo que há uma independência das ideias com relação às impressões.

III. As ideias são sempre as causas de nossas impressões.

IV. Assim como as ideias são as imagens das impressões, é também possível formar ideias secundárias, que são imagens das ideias primárias.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas

Resposta: C.

7 – (UFU-1999) David Hume, filósofo do século XVIII, partindo da teoria do conhecimento, sustentava que

I- o sujeito do conhecimento opera associando sensações, percepções e impressões recebidas pelos órgãos dos sentidos e retidas na memória.

II- as idéias nada mais são do que hábitos mentais de associações e impressões semelhantes ou de impressões sucessivas.

III- as idéias de essência ou substância nada mais são que um nome geral dado para indicar um conjunto de imagens e de idéias que nossa consciência tem o hábito de associar por causa das semelhanças entre elas.

Assinale:

A) se I, II e III estiverem corretas.

B) se apenas I e II estiverem corretas.

C) se apenas II e III estiverem corretas.

D) se apenas I e III estiverem corretas.

E) se nenhuma estiver correta.

Resposta: E.

8 – (UFU). De acordo com David Hume:

“… embora nosso pensamento pareça possuir esta liberdade ilimitada, verificamos, através de um exame mais minucioso, que ele está realmente confinado dentro de limites muito reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experiência.”

(HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1989. Coleção “Os Pensadores”. p. 70).

Com base na citação acima é correto afirmar:

I- as ideias inatas funcionam como fonte de todos os conhecimentos e são, também, o princípio regulador dos conhecimentos humanos, pois nada pode ser concebido sem a vitalidade dessas ideias, que são anteriores a toda experiência.

II-­ o pensamento constrói uma realidade independente da percepção sensível, pois os sentidos contaminam a inteligência humana com o erro. Para operar com retidão, portanto, o pensamento deve compor, no seu interior, as ideias adventícias com as quais, em seguida, manifestar-se-á sobre a veracidade ou a falsidade das coisas.

III- ­ a base de todo conhecimento é a experiência, pois é ela que permite a formação das impressões, que estando ligadas às coisas, permitem que a inteligência tenha acesso aos objetos do conhecimento.

IV- o conhecimento humano é formado pelas impressões, que são percepções muito vivas e que se diferenciam das ideias, que são percepções menos vivas. Disto se conclui, segundo Hume, que o pensamento por si só é inferior à sensação.

Assinale a alternativa que contém as assertivas verdadeiras.

A) III e IV

B) I e IV

C) II e III

D) I e II

Resposta: A.

9 – (UFU). Hume escreveu:

“Quando pensamos numa montanha de ouro, apenas unimos duas idéias compatíveis, ouro e montanha, que outrora conhecêramos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, pois o sentimento que temos de nós mesmos nos permite conceber a virtude e podemos uni-la à figura e forma de um cavalo, que é um animal bem conhecido”.

(HUME. “Investigações acerca do entendimento humano” — Seção II. In: Da origem das idéias. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1989).

Observando os exemplos empregados pelo filósofo escocês, analise as assertivas abaixo.

I – Todas as ideias utilizadas pela razão originam-se, diretamente, do pensamento puro, sem nenhuma relação com as sensações.

II – A vinculação de uma coisa – o ouro, com outra – a montanha, não depende da vontade de querer associá-las.

III – Tudo aquilo que está no pensamento deriva das sensações externas e internas: o cavalo e a virtude do exemplo acima.

IV- Toda composição das coisas, conhecidas em separado, depende do espírito e da vontade que as empregam.

Assinale a alternativa que contém as assertivas verdadeiras.

A) Apenas II e III.

B) Apenas I, III e IV.

C) Apenas I e II.

D) Apenas III e IV.

Resposta: D.

10 –  A respeito da filosofia de David Hume (1711-1776), escolha entre as alternativas abaixo a única que oferece, respectivamente, uma característica empirista e uma característica cética do pensamento deste filósofo escocês.

A) Nenhuma ideia complexa pode ser derivada das sensações; a ideia de eu pode ser representada pelo pensamento puro.

B) As idéias simples são inatas e independem dos sentidos; a causalidade é uma conexão necessária e facilmente observável.

C) As ideias se originam da experiência sensível; as impressões não são constantes e invariáveis a ponto de constituir a ideia de eu.

D) A relação causa-efeito é apreendida pelo raciocínio a priori; as impressões são variáveis, por isso não há nada de regular no mundo.

Resposta: C. 

11. (UFU-2001). Para David Hume, a negação da validade universal do princípio de causalidade e da noção de necessidade que tal princípio implica, é fundamentada:

A) na observação dos fenômenos que permite a compreensão e o conhecimento do mecanismo interno das coisas reais. Assim, qualquer ciência pode atingir o conhecimento pleno e definitivo dos fenômenos.

B) na observação dos fatos e no hábito que permitem a afirmação mais geral quando a observação permite a associação de situações semelhantes; o hábito, portanto, vai além da experiência.

C) em toda relação de causa e efeito, porém, é a causalidade que permite a passagem de um objeto para outro objeto, cada associação permite o conhecimento da natureza íntima das coisas, ou seja, da sua realidade interior.

D) no conhecimento que só é possível pela refutação de todas as crenças; isto significa purificar o entendimento dos hábitos que o condicionam, permitindo o fluir das ideias inatas e independentes da experiência.

Resposta: B.

12 – (UFU-2002). David Hume escreveu que:

“podemos, por conseguinte, dividir todas as percepções do espírito em duas classes ou espécies, que se distinguem por seus diferentes graus de força e vivacidade”.

(HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 69).

Assinale a ÚNICA alternativa, que apresenta estas duas classes de percepções:

A) os pensamentos e as impressões.

B) as idéias inatas e os dogmas religiosos.

C) as certezas evidentes e os hábitos sociais.

D) as superstições e as intuições intelectuais.

Resposta: A.

13 – (UFU-2004) Leia o texto abaixo.

Podemos, por conseguinte, dividir todas as percepções do espírito em duas classes ou espécies, que se distinguem por seus diferentes graus de força e vivacidade. As menos fortes e menos vivas são geralmente denominadas pensamentos ou idéias. A outra espécie (…) pelo termo impressão, [pelo qual] entendo, pois, todas as percepções mais vivas, quando ouvimos, vemos, sentimos, amamos, odiamos, desejamos ou queremos. E as impressões diferenciam-se das idéias, que são as percepções menos vivas, das quais temos consciência, quando refletimos sobre quaisquer das sensações ou dos movimentos acima mencionados.

HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. Trad. de João Paulo Gomes Monteiro. São Paulo: Nova Cultural, p. 69-70. (Os Pensadores)

Para Hume, podemos afirmar que o conhecimento deve ser entendido como

A) possível unicamente quando as impressões são reduzidas às idéias simples das quais se originam.

B) descrição da realidade pautada pela ideia de substância e pela impressão de causalidade.

C) uma associação de idéias, que são, em última instância, formadas por impressões.

D) resultado da associação de idéias, que se originam exclusivamente do intelecto.

Resposta: C. 

14 – David Hume, filósofo empirista do séc. XVIII opera com o postulado radical de que todos os materiais da mente humana são advindos da experiência. Das quatro alternativas abaixo, três formulam fundamentos básicos da filosofia de David Hume e são decorrentes deste postulado. Uma contém um evidente equívoco. Assinale, portanto, a alternativa INCORRETA, que está em contradição com o postulado acima enunciado.

A) O tato, o olfato, o paladar e a audição não produzem idéias, pois não podem produzir cópias de nada que esteja contido numa experiência.

B) Os órgãos dos sentidos, desde que aptos para suas funções, sempre produzem idéias referentes a certos aspectos da experiência.

C) Todas as percepções da mente humana são impressões ou idéias, e estas percepções são, forçosamente, produtos da experiência.

D) Toda ideia é cópia de uma impressão, e toda impressão precede uma ideia.

Resposta: B.

15 – (UEM, 2016). “Não temos efetivamente, segundo Hume, nenhuma experiência da relação causa efeito como uma conexão necessária entre eventos que ocorrem no real, isto é, não temos nenhuma experiência propriamente dita da causalidade. Tudo que percebemos são relações entre fenômenos de continuidade e regularidade que, pela repetição e pelo hábito, acabamos como que projetando no real e atribuindo à própria natureza, sem termos nenhuma evidência empírica disto.”

(MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. 2ª. ed. rev. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p.106).

A partir desta afirmação sobre o empirismo de David Hume, assinale o que for correto.

01) Hume é considerado cético em razão de sua crítica à causalidade como princípio fundamental que sustenta a unidade do mundo natural.

02) O que sustenta o empirismo de Hume é o princípio racionalista segundo o qual o conhecimento é consequência das relações das ideias com as coisas e das ideias entre si.

04) Causa e efeito é a expressão para o que Hume chama de uma sequência regular e contínua de eventos que julgamos associados pela experiência.

08) O conhecimento das leis que regem o mundo físico depende da relação de identificação com a vontade divina que imprimiu essas leis no mundo.

16) O hábito e a crença são disposições metafísicas que nos permitem intuir a verdade, isto é, as conexões causais que imprimem o movimento ao mundo.

Resposta: 01 + 04 = 05.

16 – (UEM, 2012).  Afirma o filósofo David Hume (1711-1776): “Todos os objetos da investigação ou razão humana podem ser naturalmente divididos em duas espécies, quais sejam, relações de ideias e questões de fato. Na primeira estão incluídas as ciências da geometria, álgebra e aritmética, ou, em suma, toda afirmação intuitiva ou demonstrativamente certa. […] Questões de fato, que são a segunda espécie de objetos da razão humana, não são passíveis de uma certificação como essa, e tampouco nossa evidência de sua verdade, por grande que seja, é da mesma natureza que a precedente.”

(HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. In: Figueiredo, V. (Org.) Filósofos na sala de aula, São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2008, v. 3, p. 107).

Sobre essa noção de ciência, é correto afirmar que

01) a filosofia da ciência de Hume trata de objetos, ou seja, de coisas concretas e materiais.
02) as ciências matemáticas para Hume possuem certeza e verdade.
04) as relações de ideias podem ser verdadeiras desde que sejam passíveis de demonstração matemática.
08) há um domínio de objetos de investigação humana – a que pertencem as questões de fato – que não pode ser demonstrado matematicamente.
16) a razão humana deve ter como objeto de investigação apenas aquilo que pode ser matematizável.

Resposta: 2 + 4 + 8 = 14.

17 – (UEM, 2018). “Qualquer um está pronto a admitir que existe uma diferença considerável entre as percepções da mente, quando um homem sente a dor decorrente do calor excessivo, ou o prazer de um clima moderado, e quando ele traz de novo à sua memória, mais tarde, tal sensação, ou a antecipa em sua imaginação. Essas faculdades podem imitar ou copiar as percepções dos sentidos; mas elas não chegam jamais a alcançar a força e vivacidade do sentimento original.” (HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. In: MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 103).

Considerando o fragmento transcrito, assinale o que for correto.

01) A memória de uma sensação não possui relação com a sensação percebida pelos sentidos.
02) A percepção da mente é uma imitação daquilo que procede dos sentidos.
04) A sensação na mente tem força sensível igual àquela produzida nos sentidos.
08) A memória produzida pelas sensações nos engana, pois cada experiência sensível é única.
16) A memória da sensação difere das percepções da mente, pois a memória é uma cópia das percepções sensíveis e não possui a força da sensação original.

Resposta: 2 + 16 = 18.

18 – (UEM, 2017). “Devemos recorrer a dois princípios bastante manifestos na natureza humana. O primeiro é a simpatia, ou seja, a comunicação de sentimentos e paixões […]. Tão estreita e íntima é a correspondência entre as almas dos seres humanos que, assim que uma pessoa se aproxima de mim, ela me transmite todas as suas opiniões, influenciando meu julgamento em maior ou menor grau. Embora, muitas vezes, minha simpatia por ela não chegue ao ponto de me fazer mudar inteiramente meus sentimentos e modos de pensar, raramente [a simpatia] é tão fraca que não perturbe o tranquilo curso do meu pensamento, dando autoridade à opinião que me é recomendada por seu assentimento. O segundo princípio para o qual chamarei a atenção é o da comparação, ou seja, a variação de nossos juízos acerca dos objetos segundo a proporção entre estes e aqueles com os quais comparamos. […]. Nenhuma comparação é mais óbvia que a comparação conosco; por isso, ela tem lugar em todas as ocasiões e influencia a maioria de nossas paixões. Esse tipo de comparação é diretamente contrário à simpatia em seu modo de operar.” (HUME, D. Tratado da natureza humana. In: SAVIAN FILHO. J. Filosofia e filosofias: existência e sentidos. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016, p. 272).

A partir do texto, assinale o que for correto.

01) Entende-se que a simpatia consiste na experiência na qual uma pessoa é influenciada por outra.

02) Para Hume, não é a razão que leva os seres humanos a agir, e sim as emoções.

04) Hume desenvolveu um sistema filosófico moral fundamentado na razão e nos limites dela.

08) É próprio da comparação o fechamento em si, pois aquele que compara não está sujeito à influência.

16) Simpatia e comparação não interferem diretamente em
nosso comportamento moral.

Resposta: 1 + 2 + 8 = 11.

19 – (UEM, 2019). “Não há ninguém tão jovem e inexperiente que não tenha formado, a partir da observação, muitas máximas gerais e corretas relativas aos assuntos humanos e à conduta da vida; mas deve-se confessar que, quando chega a hora de pô-las em prática, um homem estará extremamente propenso a erros até que o tempo e as experiências adicionais venham a expandir essas máximas e ensinar-lhe seu adequado uso e aplicação. […] A verdade é que um raciocinador inexperiente não poderia de forma alguma raciocinar se lhe faltasse por completo a experiência; e, quando dizemos que alguém é inexperiente estamos aplicando essa denominação num sentido apenas comparativo e supondo que ele possui experiência em um grau menor e mais imperfeito.”

(HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. In FIGUEIREDO, V. B. de. Filosofia: temas e percursos. São Paulo: Berlendis & Vertecchia Editores, 2013, p. 336).

Com base no fragmento transcrito e em conhecimentos sobre a filosofia de Hume, assinale o que for correto.

01) Hume, no fragmento, contrapõe-se aos filósofos que defendem o poder da razão em estabelecer verdades.

02) A importância dada à temporalidade é condição para formar as máximas gerais e corretas do nosso agir.

04) Para Hume a experiência não é determinante para a elaboração de nossas regras de conduta pois podemos nos equivocar sobre o que sentimos.

08) Em assuntos de moral e de teoria do conhecimento, Hume é considerado um empirista.

16) De acordo com a filosofia moral de Hume, o tempo é a condição para o adequado uso e para a adequada aplicação das regras morais por parte do homem.

Resposta: 1 + 2 + 8 + 16.

20 – (SEE, 2013). Hume partiu essencialmente de um único, mas importante conceito da metafísica, a saber, a conexão de causa e efeito (…) e intimou a razão, que pretende tê-lo gerado no seu seio, a explicar-lhe com que direito ela pensa que uma coisa pode ser de tal modo constituída que, uma vez posta, se segue necessariamente que uma outra também deva ser posta (…). Ele provou de modo irrefutável que é absolutamente impossível à razão pensar a priori e a partir dos conceitos uma tal relação, porque esta encerra uma necessidade. (…) Daí concluía ele que a razão se iludia inteiramente com este conceito, considerando-o falsamente como seu próprio filho, quando nada mais é do
que um bastardo da imaginação, a qual fecundada pela experiência, colocou certas representações sob a lei da associação (…).

(KANT, I. Prolegômenos a toda a metafísica futura. Lisboa: Edições 70, 1987, p. 14.)

Para Kant, o problema da causalidade assinala o ponto de partida, ao mesmo tempo comum e diferente, entre o seu programa filosófico do conhecimento e o apresentado por David Hume.

Assinale a alternativa que identifica corretamente a relação entre as concepções kantiana e humeana do conhecimento.

A)  Segundo Kant, a crítica humeana da causalidade procede, pois as conexões de causa e efeito em geral se originam e resultam da experiência e a razão é incapaz de deduzir a priori tais conexões.

B) Para Kant, a “prova irrefutável” do argumento humeano é a demonstração de que a lei de associação é condição necessária e suficiente para explicar os processos causais.

C) A recusa kantiana e humeana da metafísica demonstra a impossibilidade de fundar o conhecimento científico com base em procedimentos a priori da razão.

D) Kant critica em Hume a explicação do conceito de causalidade como “filho” da imaginação com a experiência, propondo o entendimento como condição de possibilidade desta última.

E) A leitura kantiana do princípio de associação é correta, ao conferir à imaginação o papel de inferir, “fecundada pela experiência”, as leis que regem as relações entre fenômenos observáveis.

Resposta: D.

21 – (UEL). Leia o texto a seguir:

O principal argumento humeano contra a explicação da inferência causal pela razão era que este tipo de inferência dependia da repetição, e que a faculdade chamada “razão” padecia daquilo que se pode chamar uma certa “insensibilidade à repetição”, ou seja, uma certa indiferença perante a experiência repetida. Em completo contraste com isso, o princípio defendido por nosso filósofo, um princípio para designar o qual propôs os nomes de “costume ou hábito”, foi concebido como uma disposição humana caracterizada pela sensibilidade à repetição, podendo assim ser considerado um princípio adequado à explicação dos raciocínios derivados de experiências repetidas.

(MONTEIRO, J. P. Novos Estudos Humeanos. São Paulo: Discurso Editorial, 2003. p. 41).

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o empirismo, é correto afirmar que Hume:

a) atribui importância à experiência como fundamento do conhe-cimento dedutivo obtido a partir da inferência das relações causais na natureza.

b) corrobora a afirmação de que a experiência é insuficiente sem o uso e a intervenção da razão na demonstração do nexo causal existente entre os fenômenos naturais.

c) confere exclusividade à matemática como condição de fundamentação do conhecimento acerca dos fenômenos naturais, pois, empiricamente, constata que a natureza está escrita em caracteres matemáticos.

d) demonstra que as relações causais obtidas pela experiência representam um conhecimento guiado por hábitos e costumes e, sobretudo, pela crença de que tais relações serão igualmente mantidas no futuro.

e) evidencia a importância do racionalismo, sobretudo das ideias inatas que atestam o nexo causal dos fenômenos naturais descobertos pela experiência.

Resposta: D.

22 – (UEM). Associassem as mesmas ideias a seus termos, que pudessem durante tanto tempo formar diferentes opiniões sobre o mesmo assunto, especialmente quando comunicam suas opiniões, e cada uma das partes volta-se para todos os lados em busca de argumentos que possam dar-lhes a vitória sobre seus antagonis-tas. É verdade que, se os homens tentam discutir questões que estão inteiramente fora do alcance das faculdades humanas, tais como as que concernem à origem dos mundos ou à organização do sistema intelectual, ou da região dos espíritos, eles podem ficar longo tempo golpeando o vazio em suas infrutíferas con-tendas, sem nunca chegar a qualquer conclusão determinada. Mas se a questão diz respeito a algum assunto da vida e da experiência cotidiana, julgaríamos que nada poderia preservar a disputa indecidida por tanto tempo (…).

HUME, D. “Uma investigação sobre o entendimento humano”. In: MARÇAL, J. Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 377.

A partir do trecho citado, assinale a afirmativa correta:

a) Tendo em vista que as faculdades da mente são iguais, os pensamentos produzidos a partir das mesmas impressões sensíveis são também iguais.

b) As controvérsias existem pelo fato de as opiniões serem pura verdade.

c) Disputas que nascem da experiência cotidiana nunca acabam.

d) O campo da experiência está ao alcance das faculdades humanas, visto que fornece um fundamento empírico para as ideias.

e) Nas contendas intelectuais, vale utilizar-se de toda e qualquer opinião para obter a vitória.

Resposta: D.

23 – (UEL). Certamente, temos aqui ao menos uma proposição bem inteligível, senão uma verdade, quando afirmamos que, depois da conjunção constante de dois objetos, por exemplo, calor e chama, peso e solidez, unicamente o costume nos determina a esperar um devido ao aparecimento do outro. Parece que esta hipótese é a única que explica a dificuldade que temos de, em mil casos, tirar uma conclusão que não somos capazes de tirar de um só caso, que não discrepa em nenhum aspecto dos outros. A razão não é capaz de semelhante variação. As conclusões tiradas por ela, ao considerar um círculo, são as mesmas que formaria examinando todos os círculos do Universo. Mas ninguém, tendo visto somente um corpo se mover depois de ter sido impulsio-nado por outro, poderia inferir que todos os demais corpos se moveriam depois de receberem impulso igual. Portanto, todas as inferências tiradas da experiência são efeitos do costume, e não do raciocínio.

HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex.São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 61-62.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de David Hume, é correto afirmar:

a) A razão, para Hume, é incapaz de demonstrar proposições matemáticas, como uma proposição da geometria acerca de um círculo.

b) Hume defende que todo tipo de conhecimento, matemático ou experimental, é obtido mediante o uso da razão e pode ser justificado com base nas operações do raciocínio.

c) É necessário examinar um grande número de círculos, de acordo com Hume, para se poder concluir, por exemplo, que a área de um círculo qualquer é igual a π multiplicado pelo quadrado do raio desse círculo.

d) Hume pode ser classificado como um filósofo cético, no sentido de que ele defende a impossibilidade de se obter qualquer tipo de conhecimento com base na razão.

e) Segundo Hume, somente o costume, e não a razão, pode ser apontado como sendo o responsável pelas conclusões acerca da relação de causa e efeito, às quais as pessoas chegam com base na experiência.

Resposta: E.

24 – (UFSJ). Os termos “impressões” e “ideias”, para David Hume, são, respectivamente, por ele definidos como:

a) “nossas percepções mais fortes, tais como nossas sensações, afetos e sentimentos; percepções mais fracas ou cópias daquelas na memória e imaginação”.

b) “aquilo que se imprime à memória e nos permite ativar a imaginação; lampejos inéditos sobre o objeto e sua natureza”.

c) “o que fica impresso na memória independentemente da força: ação de criar a partir do dado sensorial”.

d) “vaga noção do sensível; raciocínio com força de lei que legitima a natureza no âmbito da razão”.

 

Resposta: A.

 

25 – (UEL). Leia o texto a seguir:

 

Ao empreender a análise da estrutura e dos limites do conhecimento, Kant tomou a física e a mecânica celeste elaboradas por Newton como sendo a própria ciência. Entretanto, era preciso salvá-la do ceticismo de Hume quanto à impossibilidade de fundamentar as inferências indutivas e de alcançar um conhecimento necessário da natureza.

 

Com base no pensamento de David Hume acerca do entendimento humano, é correto afirmar:

a) Dentre os objetos da razão humana, as relações de ideias se originam das impressões associadas aos conceitos inatos dos quais se obtém dedutivamente o entendimento dos fatos.

b) As conclusões acerca dos fatos obtidas pelo sujeito do conhe-cimento realizam-se sem auxílio da experiência, recorrendo apenas aos raciocínios abstratos a priori.

c) O postulado que afirma a inexistência de conhecimento para além daquele que possa vir a resultar do hábito funda-se na ideia metafísica de relação causal como conexão necessária entre os fatos.

d) O sujeito do conhecimento opera associações de suas percepções, sensações e impressões semelhantes ou sucessivas recebidas pelos órgãos dos sentidos e retidas na memória.

e) Pelo raciocínio o sujeito é induzido a inferir as relações de causa e efeito entre percepções e impressões acerca da regularidade de fenômenos semelhantes que se repetem na sucessão do tempo.

 

Resposta: D.

 

26 – (UFU) O texto a seguir comenta a correlação entre ideias e impressões em David Hume. Em contrapartida, vemos que qualquer impressão, da mente ou do corpo, é constantemente seguida por uma ideia que a ela se assemelha, e da qual difere apenas nos graus de força e vividez. A conjunção constante de nossas percepções semelhantes é uma prova convincente de que umas são as causas das outras; (…).

 

HUME, D. Tratado da natureza humana.São Paulo: Editora da Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 29.

 

Assinale a alternativa que, de acordo com Hume, indica correta-mente o modo como a mente adquire as percepções denominadas ideias:

 

a) Todas as nossas ideias são formas a priori da mente e, mediante essas ideias, organizamos as respectivas impressões na experiência.

b) Todas as nossas ideias advêm das nossas experiências e são cópias das nossas impressões, as quais sempre antecedem nossas ideias.

c) Todas as nossas ideias são cópias de percepções inteligíveis, que adquirimos por uma experiência metafísica, que transcende toda a realidade empírica.

d) Todas as nossas ideias já existem de forma inata e são apenas preenchidas pelas impressões, no momento em que temos algum contato com a experiência.

e) Todas as nossas ideias são cópias de percepções inteligíveis, que se emulam em ideias inatas.

 

Resposta: B.

 

27 – (ENEM). Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar.

 

HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.

 

Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que:

 

a)os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.

b) o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.

c) as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determi-nadas pelo acaso.

d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória.

e) as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.

 

Resposta: A.

 

28 – (UEL). Leia o texto a seguir. Como o costume nos determina a transferir o passado para o futuro em todas as nossas inferências, esperamos — se o passado tem sido inteiramente regular e uniforme — o mesmo evento com a máxima segurança e não toleramos qualquer suposição contrária. Mas, se temos encontrado que diferentes efeitos acompanham causas que em aparência são exatamente similares, todos estes efeitos variados devem apresentar-se ao espírito ao transferir o passado para o futuro, e devemos considerá-los quando determinamos a probabilidade do evento.

 

HUME, D. Investigações acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 73.

 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre Hume, é correto afirmar:

 

a) Hume procura demonstrar o cálculo matemático de probabi-lidades.

b) Hume procura mostrar o mecanismo psicológico pelo qual a crença se fixa na imaginação.

c) Para Hume, há uma conexão necessária entre causa e efeito.

d) Para Hume, as inferências causais são a priori.

e) Hume procura mostrar que crença e ficção produzem o mesmo efeito na imaginação humana.

 

Resposta: B.

 

29 – (ENEM-PPL). Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela.

 

HUME, David. Investigação sobre o Entendimento Humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

 

Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na:

 

a) convicção inata.

b) dimensão apriorística.

c) elaboração do intelecto.

d) percepção dos sentidos.

e) realidade transcendental.

 

Resposta: D.

 

30 – (UFU). Hume descreveu a confiança que o entendimento humano deposita na probabilidade dos resultados dos eventos observados na natureza. Ele comparou essa convicção ao lança-mento de dados, cujas faces são previamente conhecidas, porém, nas palavras do filósofo:(…) verificando que maior número de faces aparece mais em um evento do que no outro, o espírito (o entendimento humano) converge com mais frequência para ele e o encontra muitas vezes ao considerar as várias possibilidades das quais depende o resultado definitivo.

 

HUME, David. Investigação acerca do Entendimento Humano. Trad. Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção Os Pensadores.

 

Esse tipo de raciocínio, descrito por Hume, conduz o entendimento humano a uma situação distinta da certeza racional, uma espécie de falha, representada:

Qual o vínculo entre pensamento e impressão?

Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que. os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação. o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível. as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso.

Qual a linha de pensamento de David Hume?

David Hume limita o entendimento humano às próprias percepções, de modo que essas percepções originárias simplesmente surgiriam na mente. Isso significa que não se pode experimentar o que está além dessas percepções mais simples.

Qual é o princípio a que Hume se refere acima?

Resposta verificada por especialistas. O hábito, segundo Hume é oque nos leva a sentir a previsibilidade ou certeza do futuro, já com relação ao conhecimento o filosofo afirma que nossas impressões e idéias são as formadoras deste, sendo que as impressões tangíveis são sempre mais confiáveis.

Em que consiste o poder criativo da mente?

Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos.