O que é bom para quem tem labirintite

O que é bom para quem tem labirintite
Thaís Manarini /

Publicidade

Prefira sempre as massas integrais
Foto Bruno Carvalho/BOA FORMA

Para quem tem labirintite, como chamamos os distúrbios que acometem o labirinto, uma estrutura dentro da orelha, sintomas como tontura, zumbido no ouvido, surdez, náuseas, vômito, suor frio e palpitações são familiares.

E não é difícil entender por quê. Afinal, é nesse órgão que estão localizados os responsáveis por reger nossos centros de equilíbrio e audição. Logo, quando seu funcionamento é prejudicado, essas funções entram em pane.

A lista de causas da labirintite é extensa. Vai de doenças vasculares a disfunções hormonais, somando mais de 300 encrencas podem afetar o labirinto. Uma das dicas de Arnaldo Guilherme, otorrinolaringologista da Universidade Federal de São Paulo, é ficar de olho em um fator pouco comentado: a alimentação.

Nesse quesito, um dos principais inimigos do ouvido interno é o açúcar, escondido não só em guloseimas como chocolate, sorvete e bolachas recheadas como também em pães, tortas, bolos e massas feitos com farinha refinada.

“Quando o indivíduo tem alterações na maneira de processar os carboidratos, ingerir muito açúcar pode interferir nas estruturas do labirinto, fazendo com que ele mande mensagens erradas ao cérebro”, conta o otorrino Ítalo Medeiros, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Para saborear uma sobremesa sem riscos, o jeito é apostar no consumo de frutas como banana, abacaxi, maçã e pera.

No momento de se entregar às massas, o ideal é optar pelas integrais, já que suas fibras promovem uma absorção mais lenta da glicose. O sal não fica atrás quando se fala nos perturbadores do labirinto, já que está relacionado ao aumento da pressão nos vasos. “Isso dificulta a irrigação e a chegada de nutrientes à parte interna da orelha”, explica Guilherme.

Continua após a publicidade

  • Alimentação
  • Nutrição

Veja Saúde pelo menor preço do ano!

PRORROGAMOS A BLACK FRIDAY!
Ainda dá tempo de assinar um dos títulos Abril e também ter acesso aos
conteúdos digitais de todos os outros*
Informação, medicina e ciência para cuidar bem do seu corpo e mente.

*Acesso digital ilimitado aos sites e às edições das revistas digitais nos apps: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Placar, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH. **Pagamento único anual de R$52, equivalente à R$1 por semana.

A labirintite (CID 10 H83) é uma doença infecciosa no ouvido que afeta o labirinto, uma estrutura ligada à audição e equilíbrio do corpo. Por isso, quem sofre de labirintite lida com tontura, desequilíbrio e zumbidos.

Na labirintite, as áreas do ouvido interno ficam inflamadas e irritadas, fazendo os nervos do vestíbulo, cavidade responsável pelo equilíbrio, enviarem sinais incorretos ao cérebro como se o corpo estivesse se movendo.

No entanto, outros sentidos, como a visão, não detectam esse movimento, causando uma confusão entre os sinais recebidos pelo cérebro e, consequentemente, a perda das noções de equilíbrio.

É comum que casos de tontura sejam associados a labirintite. Porém, essa associação entre a doença com desequilíbrio no geral e zumbido no ouvido está errada.

O termo correto para os casos descritos é "labirintopatia", nome genérico dado a problemas relacionados tanto com a audição quanto com o equilíbrio corporal. A labirintite, portanto, é uma infecção grave e rara do labirinto - sendo uma espécie de labirintopatia.

As causas da labirintite ainda não são totalmente claras. Mas sabe-se, porém, que infecções e inflamações sejam as principais causas para a doença, como a otite média e o resfriado.

Outros fatores, ainda que com menos frequência, também podem provocar labirintite, a exemplo de tumores, doenças neurológicas, compressões mecânicas, alterações genéticas, alergias e o uso de medicamentos perigosos para a saúde do ouvido interno.

Saiba mais: Tirar cera de ouvido aumenta risco de infecções no órgão

De forma geral, podemos dividir as causas da labirintite em:

As tonturas relacionadas ao labirinto podem ser divididas nos seguintes tipos:

O tipo de tontura mais comum na população é causada pelo desarranjo de cristais que existem dentro do labirinto e que auxiliam a localizar a posição da nossa cabeça. Quando os cristais estão fora do lugar, eles geram um conflito de informações.

Esse quadro de tontura pode ser desencadeado por traumatismo craniano e é mais comum em pessoas que apresentam alterações metabólicas (como diabetes e colesterol alto), que fazem estes cristais se desprenderem do seu local de origem.

A Síndrome de Ménière é uma alteração do labirinto, em geral causada por problemas metabólicos ou maus hábitos alimentares, como excesso de açúcares.

A migrânea vestibular é uma dor no cérebro, associada à tontura, desequilíbrio e dor de cabeça. Geralmente tem origem genética, mas também pode surgir devido ao estresse, mudanças hormonais e má alimentação.

O nome se dá pela labirintite atingir uma área do cérebro chamada de sistema vestibular, fazendo com que o paciente se sinta sensível à luz, sons e movimentos (como pessoas andando ou objetos se locomovendo).

O principal sintoma da labirintite é a vertigem, tipo de tontura em que a pessoa sente que tudo ao seu redor está girando e a pessoa não consegue controlar essa sensação. Muitas vezes ela pode vir acompanhada de outros sintomas, como:

  • Tontura
  • Náuseas e vômito
  • Sudorese
  • Alterações gastrintestinais
  • Perda de audição
  • Desequilíbrio
  • Zumbidos no ouvido
  • Audição diminuída
  • Queda de cabelo

Saiba mais: Sintomas de enxaqueca podem ser confundidos com labirintite

A crise de labirintite surge de repente, sem avisos, e costuma durar de minutos ou horas a dias.

Quando desencadeada por gripe ou resfriado, os sintomas da labirintite geralmente demoram cerca de uma a duas semanas para aparecer.

Labirintite não causa desmaios, mas a recomendação é que a pessoa evite deitar para não agravar a tontura.

Quadros neurológicos, como tumores e acidente vascular cerebral (AVC), podem apresentar sintomas similares aos de labirintite, como tontura

Doenças metabólicas como diabetes descompensado e hipertensão arterial sem controle também podem se apresentar com tontura como primeiro sintoma.

O médico poderá fazer o diagnóstico de labirintite a partir de algumas simples perguntas a respeito dos seus sintomas.

Muitas vezes, um exame de ouvido pode acabar não detectando nenhum problema. Por isso, o especialista poderá realizar um exame físico e neurológico completo para diagnosticar a labirintite. Geralmente, isso basta para o diagnóstico.

Alguns fatores considerados de risco aumentam as chances de uma pessoa desenvolver labirintite.

  • Ter idade acima dos 40 ou 50 anos
  • Hipoglicemia
  • Colesterol alto
  • Hipertensão
  • Diabetes
  • Triglicérides
  • Otite
  • Consumo exacerbado de álcool
  • Tabagismo
  • Consumir café em excesso
  • Uso de medicamentos, como alguns antibióticos, anti-inflamatórios e remédios para estresse e ansiedade
  • Altas taxas de ácido úrico
  • Má alimentação
  • Jejum prolongado
  • Consumir açúcar em excesso

Pode acontecer de ainda haver suspeitas de que outras doenças estejam causando os sintomas, então, para esses casos, o médico deverá solicitar ao paciente que proceda à realização de alguns exames específicos, a fim de eliminar a suspeita sobre outros distúrbios:

  • EEG (Eletroencefalograma)
  • Eletronistagmografia
  • Tomografia computadorizada da cabeça
  • Exames de audição (audiologia/audiometria)
  • Ressonância magnética da cabeça
  • Aquecer e resfriar o ouvido interno com ar ou água (estímulo de calor) para testar os reflexos do olho

Especialistas que podem diagnosticar labirintite são:

  • Clínico geral
  • Otorrinolaringologista

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

  • Lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições e medicamentos ou suplementos que tome com regularidade
  • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar a fim de evitar acidentes devido à vertigem e tonturas no geral

Não hesite em fazer perguntas ao médico, caso elas ocorram no momento da consulta.

Sintomas como tonturas, dificuldade de equilíbrio e zumbido que surgem de repente merecem uma visita ao médico para entender a questão.

Na maioria das vezes a labirintite desaparece sozinha, o que costuma demorar algumas semanas para acontecer. Mas, quando necessário, o tratamento visa principalmente a redução dos sintomas. Se a causa for infecção bacteriana, o médico lhe receitará um antibiótico e os sintomas deverão desaparecer em breve também.

Em casos de infecções virais, o especialista deverá receitar medicamentos que ajudem a amenizar sintomas como náuseas e vômitos. Veja:

  • Anti-histamínicos
  • Corticoides, como prednisona, quando os sintomas são graves
  • Medicamentos para controlar náusea e vômitos
  • Medicamentos para aliviar a tontura
  • Sedativos

Quando não há crise, pode-se tratar conforme a doença que causou a tontura, como medicações anti-enxaqueca no caso da migrânea vestibular. Já a vertigem paroxística benigna não é tratada com medicações, e sim com exercícios feitos pelo médico para reposicionamento dos cristais.

Saiba mais: 7 dicas simples para fazer a tontura passar

Se a pessoa estiver em crise de tontura, são indicadas medicações sedativas, que diminuem a ação do labirinto e reduzem o reflexo de náusea. Se os sintomas forem muito intensos, pode ser necessária internação para aplicação das medicações. Em quadros mais leves, a medicação pode ser via oral, com reavaliação precoce por um médico.

A reabilitação labiríntica é uma terapia realizada em várias sessões com o intuito de melhorar o desempenho de todo o sistema do equilíbrio. São exercícios realizados pelo paciente com acompanhamento de fisioterapeuta ou fonoaudiólogo em que são estimulados todos os componentes do equilíbrio. É muito indicada para pessoas mais idosas.

Os remédios mais usados para o tratamento de labirintite são:

  • Betaserc
  • Clopam
  • Cinarizina
  • Dramin
  • Dramin B6
  • Dramin B6 DL
  • Labirin
  • Vertix

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique.

Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

No passado, acreditava-se que labirintite não tinha cura. Hoje, contudo, é sabido que os sintomas graves da labirintite normalmente desaparecem em uma semana. A maioria dos pacientes melhora totalmente de dois a três meses. A tontura contínua tende a durar mais em pacientes com mais idade.

A audição normalmente volta ao normal. Em alguns casos, porém, a perda auditiva pode ser permanente.

Mudanças no estilo de vida são fundamentais para prevenir as crises de labirintite. Eis algumas sugestões:

  • Evite ingerir álcool. Se beber, faça-o com muita moderação.
  • Não fume.
  • Controle os níveis de colesterol, triglicérides e a glicemia.
  • Opte por uma dieta saudável que ajude a manter o peso adequado e equilibrado.
  • Não faça grandes intervalos entre uma refeição e outra.
  • Pratique atividade física regularmente.
  • Tome bastante água.
  • Evite ingerir bebidas gaseificadas.
  • Procure administrar, da melhor forma possível, as crises de ansiedade e o estresse.

Pergunte ao médico sobre exercícios caseiros que possam melhorar as noções de equilíbrio prejudicadas pela labirintite.

Quando os sintomas da labirintite ocorrerem, poderá ser necessária ajuda para caminhar. Evite atividades perigosas como dirigir, operar maquinário pesado e escalar até uma semana após o desaparecimento dos sintomas.

  • Consumo excessivo de açúcar
  • Jejum prolongado
  • Estresse emocional.

Pessoas com labirintite são suscetíveis a alguns gatilhos como:

Se você apresentar uma crise súbita de tontura, tente manter a calma e fixar os olhos em um objeto. A visão é um dos componentes do equilíbrio e pode auxiliar a reduzir a intensidade da crise. Procure um serviço médico e evite situações que possam colocá-lo em risco, como dirigir veículo ou andar sozinho.

Além disso, problemas persistentes de equilíbrio podem melhorar com fisioterapia. Para evitar que os sintomas da labirintite piorem durante as crises, tente o seguinte:

  • Deite e descanse quando os sintomas se manifestarem
  • Retorne à atividade gradualmente
  • Evite mudanças de posição repentinas
  • Não tente ler quando os sintomas surgirem
  • Evite luzes fortes

Especialista responde: Labirintite pode causar perda do desejo sexual?

A labirintite tende a progredir e limitar as atividades diárias do paciente. Em casos como a migrânea vestibular, a crise de tontura ou de enxaqueca pode ser muito debilitante. Em idosos, o risco de queda é preocupante.

Marcelo Hueb, médico otorrinolaringologista - CRM/MG 23714

O que é bom para curar a labirintite?

Os remédios mais usados para o tratamento de labirintite são:.
Betaserc..
Clopam..
Cinarizina..
Dramin..
Dramin B6..
Dramin B6 DL..
Labirin..
Vertix..

O que fazer para aliviar a tontura da labirintite?

Como é feito o tratamento Alguns dos medicamentos que o médico pode recomendar são a flunarizina, meclizina, prometazina ou betaistina, por exemplo, que contribuem para a diminuição das tonturas, das náuseas e dos vômitos.

Que tipo de remédio caseiro que é bom para labirintite?

Um bom remédio caseiro para labirintite e que pode complementar o tratamento indicado pelo médico é o chá de ginkgo biloba, que melhora a circulação sanguínea e pode ajudar a combater os sintomas da doença.

O que não se deve comer quando está com labirintite?

Uma alimentação boa para labirintite não deve incluir o consumo de:.
Balas, chocolates, bolos, biscoitos recheados, sorvetes, doces e outros alimentos ricos em açúcar;.
Pão, macarrão, tortas, salgados, salgadinhos e bolachas;.
Bebidas estimulantes, como o café, refrigerantes de cola e o chá mate;.
Bebidas alcoólicas;.