O que é educação física Adaptada e inclusiva?

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O que é educação física Adaptada e inclusiva?
O que é educação física Adaptada e inclusiva?

Educa��o F�sica Adaptada, uma pr�tica 

de possibilidades no contexto escolar
Educaci�n F�sica Adaptada: una pr�ctica de posibilidades en el contexto escolar

O que é educação física Adaptada e inclusiva?

 

*Licenciada em Educa��o F�sica pela Universidade Nove de Julho

**Mestre em Educa��o F�sica pela Universidade Metodista de Piracicaba, UNIMEP

Docente Universidade Nove de Julho

GEPMH - Grupo de Estudos em Pedagogia do Movimento Humano � Uninove

GECOM � Membro do Grupo de Estudos sobre Comportamento Motor � Unicid

Tha�s Aguiar Ferreira de Melo*

Alessandro de Freitas**

(Brasil)

 

Resumo

          O presente estudo tem por objetivo abordar alguns aspectos importantes para a inclus�o de pessoas com defici�ncia (PCDs) nas aulas Regulares de Educa��o F�sica, percebendo que o maior impedimento para que este processo de inclus�o seja de fato realizado � o despreparo apresentado pelo profissional da �rea da Educa��o F�sica, que ao se deparar com alunos PCDs se mostram impotentes na expectativa de incluir este aluno em suas aulas. Trata-se de um artigo de revis�o bibliogr�fica onde podemos compreender o significado da Educa��o F�sica Adaptada, suas contribui��es para a Educa��o F�sica Escolar, e a possibilidade de Inclus�o do Deficiente atrav�s da mesma.

          Unitermos

: Educa��o F�sica Adaptada. Inclus�o. Deficientes
 
O que é educação física Adaptada e inclusiva?
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - A�o 14 - N� 136 - Septiembre de 2009

O que é educação física Adaptada e inclusiva?

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Introdu��o

    Ouvimos a palavra inclus�o constantemente ser mencionada em diversas institui��es, especialmente na ultima d�cada. Podemos pensar em diversas a��es e situa��es diante deste contexto, por�m apresentamos aqui uma quest�o. A inclus�o realmente acontece nas aulas de Educa��o F�sica ou ainda � uma possibilidade de implanta��o?

    Diversos instrumentos legais foram implementados pelo governo federal, a fim de garantir o direito de todas as pessoas independente de limita��es f�sicas, motoras, sensoriais ou cognitivas, tenham acesso irrestrito � educa��o, ao esporte e ao lazer em quaisquer estabelecimentos p�blicos (GORGATTI; COSTA, 2005).

    Por�m, de acordo com Silva et al (2008), ainda nos deparamos na escola, com uma realidade contraria a estes direitos. Ainda h� grande maioria das crian�as com defici�ncias n�o tem est�mulos ou at� mesmo se acham incapazes de executar tal atividade proposta, e acabam n�o tendo participa��o nas aulas de Educa��o F�sica.

    Isso mostra que s�o poucos os profissionais que tem conhecimento sobre a �rea da Educa��o F�sica Adaptada, ou at� mesmo n�o compreendem a vis�o da escola sobre o assunto, limitando-se a uma pr�tica desportiva pensada sobre deficiente paraol�mpico.

    N�o se pode aceitar que hoje, com o advento das pesquisas na �rea de atividade f�sica e sa�de, uma pessoa seja exclu�da da pr�tica regular de exerc�cios por apresentar alguma defici�ncia (GORGATTI; COSTA, 2005).

    Sendo assim este trabalho tem como objetivo fornecer para o profissional da �rea da Educa��o F�sica Escolar informa��es b�sicas que o ajudar�o em sua atua��o profissional, implanta��o de projetos de inclus�o e contribui��o para a sociedade.

    No entanto � um estudo considerando a Educa��o F�sica Adaptada como forma��o de docentes, implicando a continuidade da busca por mais conhecimento sobre a a realidade educacional das pessoas com defici�ncia na escola.

    A Educa��o F�sica escolar abrange uma grande quantidade de conte�dos nos quais tem como objetivo o desenvolvimento tanto no sentido motor como psicomotor, � evidente a grande import�ncia que ela tem na vida e no desenvolvimento do ser humano, desde sua inf�ncia at� chegar � fase adulta.

    Ent�o � preciso que seja trabalhada a inclus�o de crian�as ou adultos com alguma necessidade especial, utilizando da Educa��o F�sica Adaptada como meio.

Hist�rico da Educa��o F�sica Adaptada (EFA)

    Para Silva et al (2008) aborda a id�ia que nos prim�rdios houveram ind�cios de Pessoas com Defici�ncias, mas n�o podendo ser comprovados. No entanto existem algumas hip�teses que foram levantadas acerca de vida destas pessoas, resultado de registros em cavernas descobertas por arque�logos.

    Esses arque�logos encontraram dedos amputados, que podem ser notados nos desenhos das cavernas habitadas, uma incr�vel calosidade �ssea com grande desvio da linha do f�mur e evidente encurtamento da perna (SILVA, 1986 APUD SILVA ET AL, 2008) Isto evidencia a exist�ncia na Pr�-Hist�ria de pessoas deficientes que sobreviveram por muitos anos.

    Esses pr�-hist�ricos estudados por meio da paleontologia apresentaram anomalias (distrofias cong�nitas ou adquiridas e les�es traum�ticas ou infecciosas). Alguns exemplos s�o:

    Essas obras neol�ticas comprovam que esses homens chegaram � idade adulta e, portanto, sobreviveram. Sendo assim, a id�ia generalizada de exterm�nio dos doentes, idosos e PCDs n�o guarda express�o de verdade absoluta. Outro aspecto importante � o exemplo dos povos incas, que faz nos ressaltar que nestes tempos as pessoas praticavam as trepana��es cranianas. A causa deste tipo de �tratamento� era a cren�a em maus esp�ritos e sua localiza��o na cabe�a dos indiv�duos. Ent�o eles trancavam como no caso do Jardim Zool�gico de Montezuma entre os astecas, homens e mulheres que apresentavam �defeitos�, �deforma��o�, albinos etc. (SILVA ET AL, 2008).

    J� na idade m�dia a igreja atribu�a as causas das defici�ncias ao sobrenatural, os deficientes eram vistos com seres possu�dos por dem�nios. Neste tempo eram usados orfanatos, manic�mios, pris�es e outros tipos de institui��es estatais para guardar os deficientes mentais.

    Concomitantemente come�aram a surgir experi�ncias positivas para contribuir com o avan�o do conhecimento sobre os PCD, alguns exemplos s�o:

  • Frade Ponce de Le�n (1509 � 1584) educou 12 crian�as surdas com surpreendente �xito, e escreveu o livro Doctrina para los mudos-sordo e criou o m�todo oral;

  • Juan Pablo Bonet (1579 � 1633) publicou Reducci�n de las letrasy arte de ense�ar a hablar a los mudos;

  • Charles Michel de I�Ep�e (1712 � 1789) criou a primeira escola para surdos que, posteriormente, converteu-se no intuito Nacional Sordo-mudos;

  • Valent�n Haiiy (1806-1852) criou em Paris um Instituto para Crian�as Cegas;

  • Louis Braille (1806-1852) � ex-aluno de Valentin Haiiy e criador do Sistema Braille.

    Embora seja recente a abertura das institui��es educacionais preparadas para atender essas pessoas com necessidades especiais, j� havia relatos de tratamentos com a utiliza��o da atividade f�sica ou do exerc�cio como tratamento m�dico e terapia. Existem ind�cios que o exerc�cio terap�utico surge na china por volta de 3000 a.C de acordo com Winnick (2004).

    No s�culo XX recebe uma aten��o significativa no sentido de esfor�os para servir esta popula��o por meio da Educa��o F�sica, apesar de terem iniciado nos Estados Unidos durante o s�c. XIX (WINNICK, 2004).

    No s�culo XX, � determinada a obrigatoriedade e expans�o da escolaridade B�sica.

    Com o aumento de crian�as, aumenta tamb�m os casos de crian�as que n�o acompanham o ritmo da maioria.

    Para atender esses alunos surge ent�o uma pedagogia diferenciada chamada educa��o especial institucionalizada, baseada no n�vel da capacidade intelectual e diagnosticada em termos de quociente intelectual (SILVA ET AL, 2008).

    Para Seaman, DePauw (1989) h� uma diferen�a entre Educa��o especial e Educa��o F�sica Adaptada, ela est� relacionada a constitui��o dos grupos. A primeira ele firma que n�o tem condi��es de se engajar de modo irrestrito de forma que n�o oferece se nenhum risco ao estudante, em atividades vigorosas de um programa de Educa��o F�sica, em virtude de suas limita��es. Exigia se ent�o um programa diferenciado em seus objetivos e instru��es.

    Atualmente tem mudado o sentido de pensamento a sociedade tem visado muito a quest�o da inclus�o, a nova linha de pensamento nos diz que a Educa��o F�sica est� orientada para a��es que visam encorajar e promover a atividade f�sica auto-determinada para todos os cidad�os durante a vida.

    O desafio consiste em saber lidar com o abundante potencial presente nas pessoas que apresentam diferentes e peculiares condi��es para a pr�tica das atividades f�sicas, interagindo nos mais diferentes contextos. (GORGATTI; COSTA, 2005).

    No entanto a Educa��o F�sica Adaptada consiste em uma parte da Educa��o F�sica, cujo objetivo � o estudo e a interven��o profissional no universo das pessoas que apresentam diferentes e peculiares condi��es para a pr�tica de atividades f�sicas. Seu foco ent�o � o desenvolvimento da cultura corporal de movimento

Educa��o F�sica Adaptada (EFA) no Brasil

    No in�cio da coloniza��o no Brasil, entre os ind�genas eram rar�ssimos casos de PCDs.

    As doen�as cong�nitas, n�o existiam, pois as crian�as ao nascerem com doen�as incapacitantes eram sacrificadas pelos pais ap�s o nascimento. (SILVA; JUNIOR; ARAUJO, 2008).

    J� a popula��o branca, doen�as �incapacitantes� era resultados de car�ncia alimentar. E os escravos mutilados e inv�lidos existiam em decorr�ncia dos maus tratos, castigos ou at� mesmo acidentes de trabalho.

    � assegurada aos deficientes a melhoria de sua condi��o social e econ�mica especialmente mediante: (SILVA; JUNIOR; ARAUJO, 2008).

  1. educa��o especial gratuita;

  2. assist�ncia, reabilita��o e reinser��o na vida econ�mica e social do pa�s;

  3. proibi��o de discrimina��o inclusive quanto � admiss�o ao trabalho ou ao servi�o publico e sal�rios.

    O homem s� ir� desenvolver-se a partir do momento em que lhe derem oportunidades de vivencias, tanto em meios f�sico, intelectuais e morais, portanto o acesso a educa��o f�sica deve ser assegurado e de direitos garantidos a todos (SILVA, JUNIOR, ARAUJO 2008).

    � importante enfatizar que a EFA e a Educa��o F�sica Especial (EFE), independente de suas abordagens, est� em uma Educa��o F�sica que possa atender a todos, observadas as suas necessidades e potencialidade.

    Ent�o na aus�ncia do termo �defici�ncia� n�o haver diferen�as significativas entre EFA (Educa��o F�sica Adaptada) e a EFE (Educa��o F�sica Especial) nos seus respectivos procedimentos e objetivos (SILVA; JUNIOR; ARAUJO 2008).

Educa��o F�sica Adaptada e a Escola

    Por volta de 1930 os programas de atendimento aos PCDs passam a ser voltadas a educa��o f�sica, deixando assim de ter um car�ter meramente de orienta��o m�dica, surge � preocupa��o da crian�a como um todo (WINNICK, 2004).

    Cresce ent�o a �nfase na Educa��o F�sica e os alunos que n�o eram capazes de participar das atividades normais, faziam educa��o f�sica corretiva ou curativa.

    A Educa��o F�sica Adaptada se torna ent�o uma sub �rea da educa��o f�sica escolar, compreendendo assim a um programa diversificado de atividades desenvolvimentista, jogos, esportes e ritmos, adaptados aos interesses, �s necessidades dos portadores de defici�ncia que n�o podem participar com sucesso e seguran�a das rigorosas atividades do programa geral da Educa��o F�sica (WINNICK, 2005).

    A Educa��o F�sica na escola vem buscando, a compreens�o do seu papel, pensando assim em uma perspectiva de ampliar a participa��o da popula��o escolar nas atividades desenvolvidas pela �rea.

Educa��o F�sica

  • 1920: Higienismo, Eugenia, Militarismo, Tecnicismo.

  • 1980: Psicomotricidade, Humanista, Progressista, Desenvolvimentista, Construtivista, Critico-superadora, Sistem�tica, Critico- emancipat�ria, Cultural.

  • Pedagogia do Esporte, PCNs, Sa�de Renovada, Estudos Cinesiol�gicos.

Esporte

  • 1920: Educa��o F�sica e Esportes.

  • 1970: Esporte para Todos.

  • 1996: Esporte como conte�do da Educa��o F�sica.

Educa��o F�sica Adaptada

  • 1920: EF Corretiva.

  • 1950: EFA passa de modelo m�dico para pedag�gico (Conceito de EFA).

    Pedrinelli (2002) aponta duas quest�es fundamentais que ocorrem no processo de ensino aprendizagem, dos alunos com necessidades especiais nas aulas de Educa��o F�sica:

  • Alunos participantes � com participa��o de fato (inclus�o).

  • Alunos presentes � presen�a sem participa��o (em situa��o de exclus�o).

    O termo inclus�o designa a educa��o de alunos com qualquer defici�ncias num ambiente educacional regular (WINNICK, 2004).

    Os diversos conte�do abordados pela Educa��o F�sica na escola, como por exemplo jogos, brincadeiras, lutas, dan�a e esporte s�o apontados como patrim�nio da humanidade, ent�o se tornam m�ltiplas as possibilidades de aplica��o no processo ensino aprendizagem, com import�ncia sociocultural e geralmente consider�vel expectativa dos alunos ent�o devemos refletir sobre os seguintes pontos:

  • Que a��es t�m norteado o �fazer do professor�, causando muitas vezes o distanciamento dos alunos das aulas de Educa��o F�sica?

  • O professor pode fazer para atender adequadamente a todos os seus alunos nas aulas de Educa��o F�sica? (SILVA; JUNIOR; ARAUJO 2008).

    Lembrando que isso se deve a Educa��o F�sica em um processo de educa��o na escola, e isto nos remete ao compromisso de adquirir sempre mais conhecimento, sendo assim o professor deve estar devidamente preparado para assegurar uma seq��ncia l�gica e adequada dos seus objetivos e das demandas do processo de ensino e aprendizagem.

    A inclus�o de um modo geral tem sofrido diversos conflitos em rela��o � de fato acontecerem os ideais de inclus�o. Diversos problemas surgem em diferentes n�veis, pois s�o envolvidos desde a esfera governamental at� a pessoal. Tem chamado aten��o em particular o fato que diz respeito as dificuldades que particularmente tem sido enfrentadas por parte dos profissionais da Educa��o F�sica neste processo, apresentando assim a seguinte quest�o: �Como deve ser iniciado a interven��o em um contexto integrado?� (GIMENEZ; 2006).

    De acordo com SOLER (2005); Alguns aspectos s�o muito importantes para lidar com os PCDs:

  • Respeitar o Ritmo, pois, geralmente os PCDs s�o mais lentos naquilo que fazem como falar, andar, pegar as coisas, entender uma ordem etc.;

  • Ter paci�ncia quando ouvi-los, pois alguns apresentam dificuldades de fala;

  • Lembra que eles (PCDs) n�o possuem doen�a grave e contagiosa, portanto, o carinho o abra�ar e estar sempre perto faz bem;

  • S� tome a atitude de ajud�-los em determinada atividade, quando for solicitado, pois muitas vezes a �ajuda� mais atrapalha do que ajuda.

    A intera��o dos conhecimentos como processo de desenvolvimento e aprendizagem, que abrange os aspectos de o que ensinar como ensinar, quem aprende e para que ensinar deve fazer parte de uma a��o pedag�gica ou educativa, na perspectiva de uma concep��o integrada de desenvolvimento.

    Isso resulta na intera��o destes aspectos chamados de a��o pedag�gica ou a��o educativa (SILVA; JUNIOR; ARA�JO 2008).

    As aulas de Educa��o F�sica devem propiciar para que seja constru�da uma nova atitude em rela��o aos PCDs, fazendo com que a aquisi��o de atitudes de solidariedade, respeito m�tuo e aceita��o, excluindo quaisquer tipos de preconceito (SOLER; 2002).

    Para a escola se tornar inclusiva, ela deve ser um espa�o aberto a todos, pois, sendo democr�tica e acolhedora, estar� contemplando a todas as diferen�as e individualidades (SOLER; 2005).

Inclus�o nas aulas de Educa��o F�sica

    As conhecidas propostas educacionais, que se atentam a inclus�o, geralmente seguem id�ias conservadoras, as quais t�m como �nfase a toler�ncia e respeito ao outro, esses sentimentos devem ser analisados de forma a entender plenamente sem esconder a verdadeira composi��o (MANTOAN, 2004).

    Para se alcan�ar uma Educa��o F�sica inclusiva, ressalta-se, sobretudo, a necessidade primeira de compreend�-la, assim, tra�ar novos caminhos (SILVA; JUNIOR; ARAUJO, 2008).

    No primeiro momento de um contexto inclusivo o professor deve utilizar-se do momento de sociabilizar�o, estabelecendo rela��o de afetividade entre alunos com defici�ncia, juntamente com os tutores que ir�o ajudar neste processo, estabelecendo um prop�sito construtivo. Aproveitando para estudar essa crian�a e seus comportamentos n�o deixando de brincar e se divertir com ela (CASTRO, 2005)

    Artigos e livros que tratam devidamente do tema insistem na transforma��o das pr�ticas de ensino comum e especial para a garantia da inclus�o e, ao mesmo tempo, motivo e conseq��ncia de uma Educa��o aberta �s diferen�as e de qualidades (MANTOAN, 2006).

    Mesmo assim � encontrado barreiras quanto:
  • A resist�ncia das institui��es especializadas as mudan�as de qualquer tipo;

  • A neutraliza��o do desafio � inclus�o, por meio de pol�ticas publicas que impedem que as escolas se mobilizem para rever suas praticas homogeneizadoras, meritocr�ticas, condutistas, subordinadoras e em conseq��ncia, excludentes, como o das pessoas com defici�ncia(MANTOAN, 2006).

    Ent�o em virtude do contexto que envolve a EFA e o principio da inclus�o, o professor deve intervir de forma que v� al�m das abordagens propostas, adotando uma a��o pedag�gica efetiva, no sentido de:

  • Favorecer o desenvolvimento, adaptando atividades quando necess�rio, dando oportunidades iguais de participa��o a todos os alunos;

  • Estimular o desenvolvimento, motivando a participa��o, apresentando-se dispon�vel e acess�vel aos alunos;

Integra��o reversa

    Os alunos n�o deficientes se encontram junto com os alunos deficientes, os alunos �n�o deficientes� s�o treinados e auxiliam os alunos deficientes nas diferentes atividades.

Ajudantes e auxiliares de ensino usando em aparelhamento rec�proco (tutores)

    Os alunos com diferentes defici�ncias, ajudando um ao outro, ou at� mesmo ao aluno que n�o tem defici�ncia, mostrando que a crian�a aprende melhor quando ensina para um dos seus pares (o que significa duas pessoas no auxilio de um PCD).

    Os alunos ent�o vivem a experi�ncia de aprender juntamente com os demais alunos, vendo o desenvolvimento do outro atrav�s do contato com corporal ou material. Esse contato inclui a expans�o da percep��o do espa�o egoc�ntrico- que inclui o amigo ligado ao material diretamente ao seu corpo - para um espa�o geogr�fico mais amplo (CASTRO; 2005).

    Em rela��o as fatos e correntes de pensamentos, que vem orienta��o o desenvolvimento da educa��o inclusiva (CARMO, 2001) h� exist�ncia de duas correntes a dos legalistas que defendem a inclus�o com base legais do �direito de todos� e dever do estado, e a dos adaptadores, que defendem adaptar a escola em seu car�ter aparente, que podem chamados �adaptadores� sociais ou restauradores escolares e da educa��o.

    Carmo (2001) mostra que estas duas correntes n�o apresentam nenhuma consist�ncia em seu discurso para sustentar de forma real a inclus�o. Pois os �legalistas� apresentam uma pr�tica desarticulada, sem consci�ncia e nenhum compromisso de fato para com a realidade das escolas brasileiras, propiciando segrega��o, comprometimento da auto-estima dos PCDs, que, incapazes de responder as exig�ncias da escola regular, s�o mais uma vez exclu�dos de dentro da escola.

    J� os adaptadores ou restauradores defendem que para incluir � preciso reformar as escolas, e ainda de forma superficial ou aparente, promovendo mudan�as como: adapta��es arquitet�nicas, adequa��o dos conte�dos curriculares, prepara��o dos professores e outras altera��es metodol�gicas.

    Pensando tanto nestes aspectos que deixam de discutir aspectos essenciais e que de fato funcionam no sentido da inclus�o (CIDADE, FREITAS; 1997).

    Para desenvolver um programa de inclus�o, utilizando como meio a Educa��o f�sica adaptada � de extrema import�ncia que o professor de Educa��o F�sica tenha conhecimentos b�sicos relativo ao seu aluno como: tipo de defici�ncia que o aluno apresenta idade em que apareceu a defici�ncia se foi repentina ou gradativa, se � transit�ria ou permanente, as fun��es e estruturas que est�o prejudicadas. O educador deve tamb�m se atentar a diferentes aspectos do desenvolvimento humano biol�gico (f�sico, sensorial e neurol�gico), levando em conta intera��o social e afetivo-emocional (CIDADE, FREITAS; 1997).

    Na escola, "pressup�e, conceitualmente, que todos, sem exce��o, devem participar da vida acad�mica, em escolas ditas comuns e nas classes ditas regulares onde deve ser desenvolvido o trabalho pedag�gico que sirva a todos, indiscriminadamente" (Edler Carvalho, 1998, p.170).

Considera��es finais

    Podemos compreender o significado da Educa��o F�sica Adaptada, suas contribui��es para a Educa��o F�sica Escolar, e a possibilidade de Inclus�o do Deficiente atrav�s da mesma.

    Abordando a Educa��o F�sica Adaptada como sem�ntica para a abordagem da diversidade e parte de um processo, cujo qual o professor de Educa��o F�sica pode optar para melhor relacionamento e contribui��o no desenvolvimento de Pessoas com Defici�ncia.

    H� uma grande import�ncia na participa��o de todos os alunos na constru��o deste processo, contribuindo de forma global para seu desenvolvimento.

    As potencialidades dos PCDs devem ser sempre evidenciadas, antes mesmo de determinados quais os problemas estabelecidos seja ela de quaisquer ordem (bio-psico-social ou motora). Para tanto faz-se necess�rio um profissional disposto a conhec�-lo integra e sem sectarismos.

    A compreens�o da �rea de atua��o passa ent�o e ser meio que facilita a atua��o dos professores, fazendo com que n�o se sintam mais impotentes ao lidar com diversidade.

    Assim o presente estudo revela o quanto � importante o trabalho de inclus�o na escola, suas tend�ncias e perspectivas de implanta��o neste ambiente e qu�o carente encontra-se e escola sobre discuss�es sobre o assunto.

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O que é educação física Adaptada e inclusiva?

revista digital � A�o 14 � N� 136 | Buenos Aires,Septiembre de 2009  
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O que é a educação física Adaptada?

A educação física adaptada tem como objetivo o desenvolvimento afetivo, cognitivo e psicomotor dos estudantes com deficiência. No início, essa modalidade baseava-se na prática dos esportes adaptados, cuja origem são os esportes convencionais.

Qual a Importância da educação física inclusiva e adaptada?

Melhora na autoestima; Redução do estresse; Prevenção de doenças do coração e respiratórias. Todos benefícios citados podem e ser estendidos aos estudantes que possuem qualquer tipo de deficiência, afinal esses são os efeitos esperados com a Educação Física Inclusiva.

Qual a diferença entre educação física inclusiva e a educação física adaptada *?

Na educação física adaptada, os estudantes com deficiência praticam atividades físicas separadamente dos colegas. Já na educação física inclusiva, todos participam das mesmas atividades propostas. Ambas têm objetivos iguais de desenvolvimento dos estudantes, mas diferem na maneira de fazê-lo.

Qual a importância da educação física na educação inclusiva?

Concluiu- se que a prática de atividades físicas é considerada fundamental nos processos de inclusão de alunos que apresentam necessidades especiais, em turmas regulares, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor, ressaltando a relevância dos professores de Educação Física nesse processo.