O que é ter uma visão eurocêntrica?

Eurocentrismo é a valorização da cultura e sociedade europeia como sendo superior as outras. Este conceito está ligado, principalmente, aos contextos do colonialismo e neocolonialismo.


O que é ter uma visão eurocêntrica?

Primeiros contatos entre Colombo e os índios da América: eurocentrismo prevaleceu nas relações

O que é (definição)

Eurocentrismo é uma ideia que coloca os interesses e a cultura Europeia como sendo as mais importantes e avançadas do mundo.

Esta palavra também é usada para designar a influência europeia, sobre outros povos, no tocante à economia, política, cultura e sociedade.

Exemplo de Eurocentrismo

Este conceito foi muito utilizado no período das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI). Nesta fase da história, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, descobriram novas terras na África e Ásia e implantaram suas culturas (religião, língua, modos, costumes) entre os povos conquistados. Fizeram isso, pois acreditavam que a cultura europeia era mais desenvolvida do que a dos indígenas e africanos.

Durante o período neocolonial (século XIX) este conceito voltou a ser usado durante o processo de ocupação e partilha da África e Ásia pelos europeus.

Na atualidade 

O eurocentrismo é um conceito que não é mais aplicado, pois atualmente sabemos que não há uma cultura superior a outra, elas são apenas diferentes e devem ser respeitadas como tal.

O que é ter uma visão eurocêntrica?

Desembarque de Cabral em Porto Seguro (pintura de Oscar Pereira da Silva): portugueses que chegaram ao Brasil em 1500 eram eurocêntricos, pois acreditavam que a cultura europeia era superior à indígena. Esse é um bom exemplo do eurocentrismo.

Você sabia?

O eurocentrismo também é chamado europeísmo.


Última atualização 17/03/2022

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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Bibliografia Indicada

Fontes de referência do texto:

- LINHARES, Maria. História Geral e do Brasil: São Paulo: GEN LTC, 2016.

- ARRUDA, José Jobson de Andrade; PILETTI, Nelson. Toda a História. História Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2007.


A regionalização eurocêntrica concebe o mundo a partir do modo de compreensão da Europa e dos territórios conhecidos por ela desde tempos remotos.

O ato de regionalizar refere-se ao processo de agrupar ou melhor analisar o espaço geográfico conforme características específicas. A região, nesse sentido, constitui-se como uma unidade geográfica de análise, pois nos permite enxergar a realidade espacial do mundo a partir de uma determinada forma. Nesse sentido, em uma perspectiva geral, regionalizar significa individualizar uma parte do espaço a partir de um critério determinado. Tal região não existe de fato, mas apenas em termos de representação intelectual.

Dessa forma, quando há uma regionalização, há também uma visão de mundo, pois cada pessoa pode organizar e individualizar o espaço à sua maneira. Quando falamos em uma regionalização eurocêntrica, falamos da forma como boa parte dos intelectuais europeus, sobretudo de tempos pretéritos, enxergou o globo. Tal divisão tornou-se famosa por ter sido amplamente difundida por meios de comunicação e também pelo senso comum, tornando-se parte da vida de muitas pessoas. Essa regionalização dividiu o planeta em velho mundo, novo mundo e novíssimo mundo.

A seguir podemos conferir no mapa a regionalização mundial conforme a visão eurocêntrica.

O que é ter uma visão eurocêntrica?

Mapa do mundo conforme a visão eurocêntrica da humanidade

Velho mundo: o “velho mundo”, muitas vezes utilizado como sinônimo de continente europeu, refere-se ao mundo conhecido desde a Antiguidade pelos povos europeus, os mesmos que mais tarde chegaram às terras ameríndias e impuseram aqui o seu modo de vida e sua visão de mundo. Essa região envolveria, no entanto, além da Europa, a África (ou partes dela) e a Ásia.

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Novo mundo: a expressão “novo mundo” é largamente utilizada para designar o continente americano. Esse termo foi empregado para designar as “novas terras” descobertas ao final do século XV em diante com a chegada de Colombo à América (embora tenha se descoberto, tempos depois, que aquelas terras constituíam, na verdade, outro continente).

Novíssimo mundo: Essa expressão existe porque o seu território correspondente – basicamente o continente da Oceania – foi colonizado somente a partir do século XVIII.

Essa regionalização, além de expressar a visão de mundo europeia, também serviu para expandir a sua colonização no mundo das ideias, dando a entender que só existia civilização, antes do período colonial, na Europa. No entanto, sabemos que civilizações milenares habitavam as demais partes do planeta. Outra questão importante é a consideração de que essa divisão é histórica, pois, geologicamente, locais como o território brasileiro, por exemplo, são muito mais antigos do que outras formações naturais do “velho” mundo.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

Como sentimos o eurocentrismo hoje?

Eurocentrismo e etnocentrismo Decerto, essa é uma definição parecida com o eurocentrismo: a postura de ter os valores europeus, principalmente aqueles ligados à história da colonização e do racismo, como o seu centro de referência e verdade. Portanto, é possível dizer que o eurocentrismo é um etnocentrismo.

Quais são as principais características do eurocentrismo?

Eurocentrismo diz respeito à percepção de que a Europa, sua história e suas questões, são centrais em relação ao resto do mundo. É a maneira de explicar o mundo a partir da Europa, seja através da história, da cultura ou da economia.