Quais as medidas que os países devem tomar para reduzir os gases de efeito estufa?

? Com as consequências das mudanças climáticas para os sistemas globais de produção de alimentos se tornando cada vez mais claras, é preciso fazer mais para capitalizar o potencial da agricultura para mitigar o aquecimento global, diz o novo documento guia da FAO publicado hoje.

Agricultores deveriam estar envolvidos nos esforços nacionais para mitigar as emissões de gases de efeito estufa pela agricultura. Photo: FAO / Sergey Kozmin

Roma, 6 de agosto de 2013 - Com as consequências das mudanças climáticas para os sistemas globais de produção de alimentos se tornando cada vez mais claras, é preciso fazer mais para capitalizar o potencial da agricultura para mitigar o aquecimento global, diz o novo documento guia da FAO publicado hoje.

A agricultura é diretamente responsável por mais de 10% de todas as emissões de gases do efeito estufa (GEE), indicam os dados da FAO. Mas práticas agrícolas melhoradas oferecem a possibilidade de reduzir essas emissões e sequestrar o carbono atmosférico, ao mesmo tempo em que aumenta a resiliência dos sistemas de produção, diz o documento Planejamento Nacional para Mitigação de GEE na Agricultura*, publicado pelo Programa de Mitigação de Mudanças Climáticas na Agricultura (MICCA, da sigla em inglês).

A FAO alerta ainda que o progresso no desenho de planos de mitigação de GEE na agricultura - assim como a alocação de financiamento para projetos de mudanças climáticas no setor agrícola - está menor do que o necessário.

O novo guia da Organização busca ajudar a lidar com essa baixa ao oferecer conselhos e exemplos de planejamento nacional para a mitigação do GEE nos sistemas de produção de alimentos, assim como destaca oportunidades para países em desenvolvimento assegurarem financiamento climático para agricultura.

Os exemplos de processos de planejamento de mitigação existentes em países em desenvolvimento ilustram opções para lidar com elementos chave no processo de forma específica para o país, e enfoques para envolver pequenos agricultores no processo de planejamento também são destacados.

Etapas chave, princípios guia

Apesar das oportunidades e processos de planejamento variarem de um país para o outro de acordo com as circunstâncias locais, um série de princípios gerais se mantêm válido, diz a FAO.

Em primeiro lugar, as ações de mitigação na agricultura devem ser buscadas em um contexto de apoio ao desenvolvimento agrícola e segurança alimentar, com os planejadores deixando claro desde o início como a mitigação pode contribuir para os objetivos nacionais de desenvolvimento.

Planejamento participativo e cooperação intersetorial serão importantes para o sucesso dos planos de mitigação, adiciona o relatório. Agricultores e outros apoiadores devem ser envolvidos no estabelecimento de objetivos, ações e metas, tanto para angariar apoio como para aumentar a efetividade das políticas planejadas.

Para ter acesso a financiamento internacional e doméstico, os planos devem ser bem específicos no que se refere a como avaliar o potencial de mitigação das medidas e políticas propostas. Sistemas bem elaboradas para medir os impactos de políticas e reportar outras métricas de performance também são necessários quando se busca financiamento para projetos.

Outra etapa essencial é identificar as barreiras que impedem a adoção de práticas de mitigação pelos agricultores. Muitas práticas agrícolas que podem mitigar as mudanças climáticas já são amplamente conhecidas - políticas efetivas devem identificar porque os agricultores podem não estar adotando-as, trabalhar para remover as barreiras, e facilitar o seu uso de forma ampla.

Também é crucial determinar como as políticas de mitigação e suas medidas serão financiadas.

Alguns países estão apoiando as atividades de mitigação agrícola principalmente por meio de linhas orçamentárias domésticas e políticas que incentivam o investimento privado, aponta o relatório. Para muitos países, entretanto, uma meta importante do planejamento de mitigação é atrair o apoio financeiro internacional, de forma a adequar as prioridades das instituições internacionais de financiamento climático a partes dos planos de mitigação domésticos.

* apenas em inglês

20 março 2017    

Transporte coletivo contribui para amenizar a emissão dos gases do efeito estufa

© Fábio Seixo / Agência O Globo

Por WWF-Brasil

Em 2017, a Hora do Planeta está completando dez anos de existência. Para comemorar, aqui estão cinco hábitos que você pode adotar no dia a dia para diminuir o impacto das mudanças climáticas no mundo.

1. Produzir menos lixo

Evite comprar produtos com muitas embalagens e sempre recicle o que for possível. A decomposição do lixo libera CO₂ e metano, gases que contribuem para o efeito estufa. Em um sistema de decomposição mais ideal, esses gases são aprisionados e utilizados para produzir eletricidade.

2. Ir de transporte público

A queima de combustíveis fósseis pelos meios de transporte é a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa nas cidades. Assim, utilizar transporte coletivo contribui para amenizar a emissão desses poluentes, além de diminuir os congestionamentos e otimizar o tempo de todos.

3. Consumir produtos locais

Produtos produzidos localmente não necessitam ser transportados a longas distâncias e, portanto, dispensam as emissões de gases do efeito estufa que os caminhões geram ao rodar centenas e centenas de quilômetros carregando mercadorias.

4. Moderar no ar-condicionado

Ares-condicionados liberam gases do tipo HFC, mais potentes que o CO₂ quando se trata de prender os gases do efeito estufa na atmosfera. Ou seja, ao mesmo tempo em que resfriam o interior de ambientes, contribuem para aumentar a temperatura no exterior.

Sentiu-se culpado? Chegou a #HoraDaConfissão: grave um vídeo confessando um mau hábito que você cultiva e assuma o compromisso de mudar uma atitude para ajudar a salvar o planeta. Acesse o site para participar!

Que medidas podem ser tomadas para reduzir o efeito estufa?

Quais medidas os países poderiam adotar para diminuir os efeitos das mudanças climáticas?