Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?

Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?
Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?

Afetividade na rela��o professor-aluno

La afectividad en la relaci�n profesor-alumno

Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?

 

*Licenciado em Educa��o F�sica

pela Faculdade Adventista de Hortol�ndia

**Doutora em Educa��o F�sica pela Unicamp

Professora Titular na Faculdade Adventista de Hortol�ndia

Eduardo Pedro Rodrigues *

Helena Brand�o Viana**

(Brasil)

 

Resumo

          O objetivo desta pesquisa foi analisar a influ�ncia da afetividade nas aulas de educa��o f�sica tendo como foco, o papel do professor na rela��o com os alunos. A pertin�ncia do estudo mostra-se necess�rio devido �s freq�entes d�vidas com respeito ao coeficiente de influ�ncia das a��es afetivas do professor sobre o processo de aprendizagem dos alunos no �mbito da escola. O presente trabalho trata na primeira parte de como se processa a afetividade no ensino aprendizagem e como o relacionamento entre discentes e docentes interferem no desenvolvimento do ensino e no processo de aprendizagem. Em seguida os assuntos discutidos s�o as facetas de apresenta��o da afetividade nas aulas de educa��o f�sica e as manifesta��es mais vis�veis da mesma. Por fim se apresenta os resultados e a an�lise de uma pesquisa de campo, que foi realizada com alunos do ensino fundamental I de uma escola particular do munic�pio de Hortol�ndia. Pretendeu-se com esse trabalho levar a uma reflex�o sobre a import�ncia das manifesta��es afetivas junto �s rela��es professor-aluno nas aulas de educa��o f�sica escolar.

          Unitermos:

Afetividade. Educa��o F�sica. Rela��o professor-aluno.  
Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 15, N� 153, Febrero de 2011. http://www.efdeportes.com/

Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?

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Introdu��o

    Discutir o tema afetividade apresenta um amplo grau de dificuldades. Debatida ao longo de muitos anos das mais variadas formas, nos mais diversos �mbitos da sociedade, entre eles a educa��o, permanece o imut�vel dilema entre raz�o x emo��o. Esta dualidade historicamente estabelecida preocupa-se em explicar a rela��o que estabelecida entre afetividade e o intelecto.

    A afetividade � uma condi��o indispens�vel de relacionamento do homem com o mundo, as rela��es humanas ainda que complexas s�o elementos fundamentais na concretiza��o comportamental de um indiv�duo. Desta forma, ao efetuarmos uma an�lise dos relacionamentos entre professor/aluno devemos nos atentar aos itens fazem essa rela��o uma rela��o t�o significativa na constru��o do ser humano como ser social-afetivo. Apesar de n�o se tratar da �nica media��o relacional onde ocorre ensino e aprendizagem, a rela��o entre docente/discente � ou pelo menos deveria ser a que melhor revelasse a ess�ncia do que � educa��o.

    Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente o bastante para participar de maneira ativa nas aulas. O gosto pelo aprender n�o � uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois o conceito de aprender geralmente n�o � entendido como uma satisfa��o, sendo em algumas vezes entendido por obriga��o.

    Sendo assim a rela��o entre professor-aluno depende fundamentalmente do ambiente estabelecido pelo professor, da rela��o de emp�tica dele com seus alunos, da capacidade de se interessar por eles, dando carinho e aten��o fazendo dessa rela��o pontes entre o seu conhecimento e o deles.

Afetividade no ensino aprendizagem

    De acordo o dicion�rio Bueno (2000, p.33) entende-se por afetividade, qualidade do que � afetivo; afei��o; carinho. Segundo Andreazza (1997) etimologicamente �a palavra afetivo decorre do latim affectus, que significa capaz de sentimento ou emo��o�. Para Cabral e Nick (1999), o afeto � qualquer esp�cie de sentimento e (ou) emo��o associada � id�ia ou a complexos de id�ias. �A afetividade � o territ�rio dos sentimentos, das paix�es, das emo��es, por onde transita os medos sofrimentos interesses, alegrias� (FREIRE, 1997, p.170).

    Quando falamos em afetividade devemos levar em considera��o as emo��es, elas s�o express�es da vida afetiva, s�o acompanhadas de rea��es breves e intensas do organismo em resposta de uma situa��o inesperado. Para Dam�sio (2000) � o �conjunto complexos de qu�micas e neurais determinadas biologicamente e dependentes de mecanismos cerebrais�. As emo��es podem ser as mais diversas, raiva, medo, tristeza, alegria, entre outras. Podem ser fortes, fracas, passageiras duradouras e podem mudar com o tempo, fazendo com que uma coisa que nunca nos emocionou passe a nos emocionar. Uma mesma rea��o pode expressar emo��es diferentes, exemplo: podemos chorar de tristeza ou de alegria. De acordo com as emo��es que temos, diante de cada situa��o, podemos avaliar melhor o que nos acontece.

    As emo��es t�m uma fun��o adaptativa e tamb�m podem ser entendidas como uma possibilidade de linguagem, na medida em que podemos dizer ao outro o que sentimos, atrav�s delas. Para Dam�sio (2000) as emo��es usam o corpo como teatro. Desta forma, podemos entender emo��o como um estado interno do organismo, e tem um papel regulador flex�vel no funcionamento do corporal e ps�quico do ser humano. Emo��es como alegria, raiva, ang�stia e culpa s�o elementos bioreguladores que bem desenvolvidos podem melhorar nosso bem estar e sobreviv�ncia.

    Na concep��o de Capelatto (2006) �a afetividade � a din�mica mais profunda e complexa de que o ser humano pode participar�. O autor ainda complementa afirmando que a afetividade � a mistura de todos esses sentimentos e aprender a cuidar adequadamente de todas essas emo��es � que vai proporciona ao sujeito uma vida emocional plena e equilibrada.

Rela��es professor-aluno no processo de ensino aprendizagem

    Segundo Sim�es (2003), a atividade de docente � magn�nima. O professor do terceiro mil�nio exige-se muito mais do que em qualquer �poca, voca��o, compet�ncia e aptid�es emocionais, habilidade e consci�ncia pessoal e relacional para possibilitar o desenvolvimento cognitivo de seus alunos.

    A escola � um ambiente facilitador de bons relacionamentos e conseq�entemente promotora do sucesso de aprendizagem. Para Delval (2001) a escola possibilita que a crian�a interaja com outra crian�a, �essa intera��o � muito importante para o desenvolvimento infantil, pois promove a coopera��o, a possibilidade de colocar-se no ponto de vista do outro�, a crian�a aprende muito com a intera��o com outras crian�as e com os adultos (os professores). Para haver uma boa intera��o, � necess�ria a uni�o de dois p�los (professor e aluno), e s�o justamente estes dois componentes que definir�o o ambiente deste relacionamento.

    Para Seixas (2004), quem se decide por ser um educador, a ele � imposta uma enorme responsabilidade ao estar frente dos alunos, como professores e como pessoas que exercem influ�ncia, visto que desta forma seremos seguidos e imitados por eles. A qualidade dessa rela��o ir� influenciar de forma positiva ou negativa o processo de ensino-aprendizagem, bem como as viv�ncias pessoais que se constituir�o nas bases da identidade pessoal dessa crian�a em forma��o.

    O professor est� incumbido de estabelecer uma media��o entre o aluno e o conhecimento de maneira atuante e prazerosa, pois � nessa rela��o que o aluno deve adquirir a maior gama de conhecimento de forma que possa aplic�-la na sua vida futura. Para tanto o professor, segundo Antunes (1996), precisa se comprometer com as mudan�as em suas ideologias e formas de pensar ultrapassadas, que traz vest�gios de uma pedagogia que apenas deposita conhecimento nos alunos, desconsiderando os aspectos afetivos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Influ�ncias da afetividade na aprendizagem

    Toda crian�a desde o in�cio de seu desenvolvimento sofre influ�ncia do meio onde est�o inseridos, mas em especial de tr�s institui��es ou grupos sociais que s�o: a fam�lia, a igreja e a escola. Segundo Delval (2001), desde o princ�pio a crian�a aprende atrav�s da observa��o de indiv�duos mais velhos, podendo ser seus pais, professores outra pessoa. Essa caracter�stica de aprendermos e ensinar de maneira sist�mica e exclusiva do ser humano, o que o torna-nos seres sociais. Esse atributo nos permite apropriarmos de conhecimento de gera��es anteriores e n�o iniciarmos do zero. Compactuando com essa ideologia Freire e Scaglia (2003, p.15) �aprender seria a condi��o fundamental para a vida. Considerando que o meio em que vivemos n�o � natural, mas cultural, e que a cultura humana se altera a cada instante, precisamos, dar conta de viver nele e aprender permanentemente�.

    Temos duas divis�es b�sicas da educa��o, s�o elas: A educa��o formal que � ministrada em institui��es de ensinos, escolas etc. E a educa��o informal que pode ocorre em ambiente os mais variados poss�veis a igreja, o lar, a rua. Sendo que ambas tem sua import�ncia, suas responsabilidades e peculiaridades intransfer�veis. (CHALITA, 2001, p.17) afirma que �por melhor que seja uma escola, por mais bem preparados que estejam seus professores, nunca a escola suprir a car�ncia deixada por uma fam�lia ausente [...]�

    A fam�lia tema fun��o de sociabilizar e estruturar os seus filhos, proporcionando experi�ncias a fim de estabelecer rela��es com a sociedade de modo geral por meio de sua viv�ncia afetivas.

    Segundo Almeida (1999), a inser��o da crian�a no ambiente escolar marca o come�o de uma nova etapa ciclo de vida, que exigir� uma s�rie de adapta��es, semelhante ao ocorrido no momento do nascimento no fim do ciclo fetal.

    No ambiente escolar a crian�a sofre uma transforma��o radical na sua forma de pensar antes o conhecimento era assimilados de modo espont�neo, a partir das experi�ncias diretas das crian�as. Em sala de aula, ao contr�rio, existe uma inten��o previa de organizar situa��es que propiciem ao aprimoramento dos processos de pensamentos e da pr�pria capacidade aprender.

    Segundo Galv�o (apudSilva 2007) existem cinco est�gios do desenvolvimento em fases com predomin�ncia afetiva e cognitiva, onde o ritmo de desenvolvimento � descont�nuo e deslinearmente, caracterizado por ruptura, retrocessos e mudan�a repentina, provocando profunda mudan�a a cada etapa passada. Os cinco est�gios s�o:

  1. Impulsivo-emocional. Vai do nascimento at� o primeiro ano de vida. Marcado principalmente pela predomin�ncia afetiva que norteia as primeiras rea��es do beb� com as pessoas, as quais intercedia sua rela��o com o mundo;

  2. Sens�rio-motor e projetivo. At� os tr�s anos. A aquisi��o da marcha e da prens�o, d�o � crian�a maior autonomia na manipula��o de objetos e na explora��o dos espa�os. No mesmo, per�odo ocorre o surgimento da linguagem e o desenvolvimento da fun��o simb�lica. (O termo projetivo refere-se ao fato da a��o do pensamento necessitar dos gestos para se exteriorizar. O ato mental �projeta-se� em atos motores);

  3. Personalismo. Dos tr�s aos seis anos. Nesse est�gio desenvolve-se a constru��o da consci�ncia de si mediante as intera��es sociais, reorientando o interesse das crian�as pelas pessoas;

  4. Categorial. Os progressos intelectuais dirigem o interesse da crian�a para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior;

  5. Predomin�ncia funcional. Ocorre nova defini��o dos contornos da personalidade, desestruturados devido �s muta��es corporais resultantes da a��o hormonal. Quest�es pessoais, morais e existenciais s�o forte e evidente nesse est�gio.

    Na sucess�o de est�gios h� uma altern�ncia entre as formas de atividades e de interesses da crian�a, denominada de �altern�ncia funcional�, onde cada fase dominante (de domin�ncia, afetividade, cogni��o), incorpora as conquistas realizadas pela outra fase, construindo-se reciprocamente, num permanente processo de integra��o e diferencia��o.

Educa��o F�sica, afetividade e aprendizagem

    Existe um grande desafio ao docente no que diz respeito ao seu encargo com os elementos imprescind�veis envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. A faceta de ensinar deveria ser analisada de duas formas �o que se ensinar� e �de que maneira se ensinar�, essa forma de se entender o processo ensino-aprendizagem tem feito o sistema educacional agir de forma mais coerente ao desenvolvimento de seu p�blico alvo.

    Para Freire e Scaglia (2003), � necess�rio respeitar as particularidades espec�ficas de cada faixa et�ria, tratar a crian�a da forma que ela �.

    Freire e Scaglia (2003), referindo-se ao ser humano e suas caracter�stica afirmam que:

    Somos, portanto, animais com extremo talento para aprender. [...] a heran�a gen�tica ao contr�rio do que ocorre com outro animal n�o d� conta de prover o ser humano de todo o conhecimento necess�rio � vida. N�o � instinto que nos guia, mas o conhecimento que podemos construir e acumular ao longo de nossa exist�ncia. Tudo indica que nascemos para aprender. Considerando que o meio em que vivemos n�o � natural, mas cultural, e que a cultura humana se altera a cada instante, precisamos, dar conta de viver nele, aprender permanentemente (FREIRE e SCAGLIA, 2003, p.15)

    Ent�o aprender seria uma condi��o fundamental para a vida humana, e sendo assim como tornar a educa��o eficiente e prazerosa? Nista-Piccolo (1995), diz que o professor deve sempre ter em mente a inten��o de promover atividades, que possibilite experi�ncias desafiantes e motivadoras que permita intera��o, sempre encorajando aluno a participar. Desta forma o aprendizado ser� mais intenso e efetivo. Apropriando-se de tais estrat�gias para a aplica��o das atividades, podemos ampliar o desempenho individual dos alunos.

    Se aprender � uma necessidade do ser humano, e se aprendizagem organiza-se por um sistema din�mico onde ocorrem intera��es e interpela��es humanas, qual seria e como seria a forma mais eficiente de alcan�ar o n�vel satisfat�rio de aprendizagem?

    Freire e Scaglia (2003), respondem essa indaga��o afirmando que a apropria��o do l�dico como estrat�gia de ensino � forma mais eficiente de aprendizagem para crian�a.

    Girardi(1995), afirma que o corpo � uma unidade na qual n�o h� fragmenta��o nem sec��o de partes [�], �n�o h� corpo separado da mente e n�o existe mente sem que houvesse corpo� (NISTA-PICCOLO, 1995, p.77). No entender Freire (1997, p.13), �o corpo e a mente devem ser entendidos como componentes que integram um �nico organismo�. E Girardi (1995), completa afirmando que �Viver o corpo sem separ�-lo da mente � vier intensamente, por completo� (p.76).

    Mattos e Neira (1999) defendem uma educa��o pelo movimento, desta forma integram-se os fen�menos motores, intelectuais e afetivos. Uma forma diferente de se ver o movimento, n�o mais uma a��o harmoniosa com sincronismo entre m�sculos, tend�es e nervos, mas tamb�m e principalmente pensar e sentir o movimento com o �cora��o e a cabe�a�. Nessa maneira de se entender a educa��o e o corpo como objeto educ�vel, o movimento passa a ser pensando, estudado refletido e planejado, deixa de ser apenas uma a��o realizada sem fundamenta��o. Movimento se constitui a forma fundamental de express�o e as mais utilizadas pelas crian�as nas s�ries inicias.

    Desta forma n�o podemos negligenciar a import�ncia da corporeidade como conte�do a ser trabalhado no �mbito escolar. Freire e Scaglia (2003) acreditam em uma educa��o de corpo inteiro, que possibilite integrar ao processo educacional as a��es corporais. Se assim n�o fora a coloca��o um tanto quanto ir�nica de Freire (1996), tem a plena raz�o ao afirmar que os alunos matriculam a cabe�as nas escolas e n�o seu corpo. Se fosse desta forma deveria haver duas matricula uma direcionada ao corpo e outra a cabe�a.

    Freire e Scaglia (2003), afirmam que � necess�rio pensar uma educa��o de corpo inteiro, �para tanto a educa��o n�o deve voltar-se s� � intelig�ncia racional, mas tamb�m �s emo��es aos sentidos est�ticos, � moralidade, � motricidade, � sociabilidade e � sexualidade e continua outra proposta � incorporar a necessidade de se educar os sentidos [...] ensinar a ouvir, cheirar, saborear e tocar � t�o poss�vel como ensinar qu�mica� (FREIRE e SCAGLIA 2003, p. 9).

Materiais e m�todos

    Essa foi uma pesquisa bibliogr�fica tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribui��o cientifica que se realizaram sobre determinado assunto ou fen�meno. A pesquisa de campo teve car�ter qualitativo e descritivo.

Caracter�sticas da amostra

    Foram entrevistadas 58 crian�as, 23meninos 35 meninas, aluno do 5� ano do ensino fundamental I de uma escola particularda Cidade de Hortol�ndia.

Objetivo

    O objetivo principal foi analisar o grau de influ�ncia exercido pelas manifesta��es afetivas, nas aulas de educa��o f�sica escolar.

Instrumentos de avalia��o

    Como instrumento de coleta foi aplicado um question�rio contendo sete perguntas abertas para os 58 alunos. Foi obtido o Consentimento Livre e Esclarecido com a devida autoriza��o dos respectivos respons�veis para a realiza��o da pesquisa, que concordaram em participar livremente na realiza��o da mesma.

Coletas de dados

    Para a coleta de dados utilizamos um instrumento pr�prio, um question�rio elaborado para esta pesquisa. O question�rio foi formulado partindo de inquieta��es pr�prias e necessidade de obten��o de dados referentes ao objetivo proposto, para sabermos se os elementos afetivos estavam sendo utilizados nas aulas.

Apresenta��es dos resultados

    A seguir apresentaremos os gr�ficos contendo as informa��es obtidas atrav�s do question�rio aplicado:

Figura 1. De todos os professores(as) que voc� tem, qual voc� mais gosta?

Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?

    Nesta quest�o podemos visualizar que a maioria dos alunos gosta mais da professora de sala, seguidos pela professora de musicaliza��o e depois pelas professoras de ingl�s e educa��o f�sica.

Figura 2. Por que voc� gosta mais deste(a) professor(a)?

Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?

    Aqui podemos ver as qualidades do professor que as crian�as mencionaram como sendo significativas a ponto de elas o escolherem como professor preferido. Qualidade de cunho afetivo como: amiga, amorosa, carinhosa, boazinha, legal teve a maior predomin�ncia, seguida pela qualidade de ensino.

Figura 3. Voc� gosta do (a) professor (a) de educa��o f�sica?

Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?

    Esta pergunta foi criada para mensurar se as crian�as gostavam do professor de educa��o f�sica, e os resultados mostram que a grande maioria dos alunos gostava do professor de educa��o f�sica.

Figura 4. O que voc� mais gosta no (a) professor (a) de educa��o f�sica?

Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?

    Observamos que neste gr�fico o que � mais ressaltado nos dados para as crian�as em rela��o ao profissional de educa��o f�sica � seu jeito de ser, que podemos interpretar como a forma que esse se expressa e trata seus aluno acompanhado pelo item brincadeiras, e os termos tudo e nada ficaram com a mesma pontua��o.

Figura 5. O que voc� mais gosta nas aulas de educa��o f�sica?

Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?

    Observamos nessa quest�o o que as crian�as relataram que elas mais gostam nas aulas de educa��o f�sica s�o as atividades l�dicas, depois os esportes (as modalidades esportivas que comp�em a op��o esportes est�o: Nata��o, futebol, basquetebol e voleibol), e com um n�mero bem menor aparece em terceiro lugar a op��o outros, dentro desta op��o encontra-se: os exerc�cios, a did�tica e as aulas livres (quando � atribu�da a oportunidade dos alunos exercitarem seu direito de escolha, elegendo o que eles v�o fazer naquela aula espec�fica).

Figura 6. O que voc� n�o gosta nas aulas de educa��o f�sica?

Quais os tipos de relações devem ser estabelecidas entre professor e aluno?

    Neste gr�fico as respostas apresentaram varia��es menores em seus resultados, sendo as maiores incid�ncias os ensaios de coreografias, logo em seguida aparecem quando a professora fica brava e como o terceiro mais citado aparece os esportes (dentro da op��o esportes encontramos as modalidades esportivas de basquetebol, futebol e voleibol).

Considera��es finais

    Diante desta pesquisa podemos considerar que a afetividade � elemento indispens�vel no processo de desenvolvimento humano, na constitui��o do ser humano como ser social, onde se processam as mais variadas rela��es entre o homem e o ambiente e o homem com ele mesmo.

    No vasto e complexo universo das rela��es, o relacionamento familiar ocupa um lugar de destaque, pois � a fam�lia, ou pelo menos deveria ser, o alicerce afetivo para rela��es posteriores. N�o por se tratar da primeira inter-rela��o, mas pelo grau e proximidade afetiva que est� inserida neste grupo, tamanha afabilidade que em alguns casos, quando se amplia a teia relacional com outros elementos que n�o pertencem ao contexto fam�lia, pode levar a um desconforto, algumas vezes conseq��ncias decorrentes do processo descentraliza��o da aten��o, outros pela redu��o ou insufici�ncia de manifesta��es afetivas. Esse processo ocorre com uma grande freq��ncia quando a crian�a entra no ambiente escolar. A aus�ncia de carinho e aten��o da fam�lia muitas vezes n�o s�o supridas nem mesmo amenizadas com o envolvimento na inter-rela��o com o professor. No entanto o educador deve n�o preocupar-se em realizar as fun��es que est�o destinadas a fam�lia, por outro lado, n�o deve se eximir da responsabilidade de inserir afetividade como elemento indispens�vel em sua pr�tica pedag�gica, pois educar � um ato de amor.

    O tema apresentado neste trabalho tendo por respaldo a opini�o de diversos autores e tamb�m as respostas obtidas atrav�s da pesquisa realizada mostra evid�ncias que a afetividade tem uma grande influ�ncia no estabelecimento de um ambiente agrad�vel, e de que modo a aus�ncia das manifesta��es afetivas podem tornar o ambiente educacional muito frio e desinteressante.

    As respostas articuladas pelos alunos deixaram essa quest�o muito expl�cita, eles gostavam de brincar, jogar e de participar, mas entre o gostar e o realizar havia uma espessa barreira relacional que tornava a pr�tica, por vezes vazia e sem motiva��o. A educa��o f�sica � uma disciplina que gera prazer e na pesquisa realizada a grande maioria afirmou gostar de educa��o f�sica, por outro lado a incid�ncia dos alunos que gostava da professora de educa��o f�sica foi bem menor.

    Na escolha da professora que os alunos tinham maior afinidade, a docente de sala pontua muito a frente dos demais professores, temos que considerar como ponto relevante que o tempo que permanece em contato � muito superior em compara��o ao dos outros professores, conseguindo esta ter maior v�nculo afetivo com seus alunos.

    Algumas observa��es interessantes feitas pelos alunos quanto a forma como a professora de educa��o f�sica se dirigia ao adverti-los por algum incidente ocorrido. Os alunos relataram que ela falava muito alto com eles ou que a professora gritava muito. Essas a��es v�m opor aos conceitos pregados por esses autores citados no decorrer do trabalho. O educador deve ter um olhar especial para com educando, pois os educandos constituem a raz�o pelo que recebemos o nome de educadores, e � para eles que trabalharemos dedicaremos tempo faremos esfor�os e boa parte de nossa curta vida. Quando o ensino tem por objetivo formar um cidad�o completo, analisando o ser humano de corpo inteiro, alcan�a a forma mais complexa e perfeita que o ensino pode alcan�ar. Para tanto � preciso mudar a forma de pensar o homem, a maneira de se pensar o ensino e o modo de contextualizar o ensino a pr�tica.

    � preciso repensar a pr�tica educacional. J� � tempo de se estudar as rela��es existentes no �mbito da educa��o f�sica com o olhar de um homem hol�stico, completo e de corpo inteiro. Pensar como empregar de maneira mais produtiva toda a complexidade do homem s�cio-afetivo e cultural.

Refer�ncias bibliogr�ficas

  • ANDREAZZA, Julio. Uma abordagem da afetividade entre professor e aluno nas aulas de educa��o f�sica em escola de 2� grau. 1997. 97 f. Disserta��o (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1997.

  • ANTUNES, Celso. Alfabetiza��o emocional. 2. ed. S�o Paulo: Terra, 1996.

  • BUENO, Francisco da Silveira. Mini Dicion�rio L�ngua Portuguesa. S�o Paulo: FDT, 2000.

  • CAPELATTO, Ivan Roberto. O que � a afetividade. Dispon�vel em: http://www.facaparte.org.br/new/download/capelato.pdf, Acesso em: 19 de outubro, 2006.

  • DAM�SIO, Ant�nio R. O mist�rio da consci�ncia. S�o Paulo: Companhia das letras, 2000.

  • DELVAL, Juan. Aprender na vida e aprender na escola . 1. ed. Porto Alegre, RS: ARTMED, 2001.

  • FREIRE, Jo�o Batista. Educa��o de corpo inteiro: teoria e pratica da educa��o f�sica. S�o Paulo: Scipione, 1997.

  • FREIRE, Jo�o Batista; SCAGLIA Alcides Jos�. Educa��o como pr�tica corporal. S�o Paulo: Scipione, 2003.

  • FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necess�rios � pratica educativa. S�o Paulo: Paz e Terra, 1996.

  • MATTOS, Mauro G. de; NEIRA, Marcos G. Educa��o f�sica infantil: Construindo o movimento na escola. Guarulhos: Phorte Editora, 1999.

  • NISTA-PICCOLO, Vilma L. (Org.). Educa��o f�sica escolar: Ser... Ou n�o ter?. Campinas: Editora da Unicamp, 1995.

  • SEIXAS, Roberta Rodrigues de Oliveira Guimar�es. O trabalho real com a afetividade na educa��o f�sica: desafios e possibilidades. 67 f. Monografia (Gradua��o) - Curso de Educa��o F�sica, Departamento de Faculdade Adventista de Educa��o F�sica, Centro Universit�rio Adventista S�o Paulo, Hortol�ndia, 2004.

  • SILVA, Cassiane Schmidt. Afetividade e Cogni��o: A dicotomia entre �o saber� e o �sentir� na escola. Dispon�vel em: http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/TL0013.PDF, Acesso em: 20 de Abril, 2007.

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