Quais são as adaptações neurais e teciduais do treinamento de força?

Grátis

37 pág.

Quais são as adaptações neurais e teciduais do treinamento de força?

  • Quais são as adaptações neurais e teciduais do treinamento de força?
    Denunciar


Pré-visualização | Página 1 de 2

Adaptações 
Neuromusculares ao 
treinamento de força 
Fisiologia do Exercício 
Mestranda Michelle Vasconcelos de Oliveira 
UFRN 
O treinamento de força 
Prática crônica de exercícios = adaptações no 
sistema neuromuscular 
Como e porque as pessoas 
ficam mais fortes? 
Como aumentam sua 
potência e resistência 
muscular? 
Mecanismos de ganho em força 
muscular 
• Músculo – Tecido “plástico” (aumenta de 
volume e força quando treinado e diminui 
quando imobilizado) – Hipertrofia e atrofia. 
• Em geral, Ganhos de força = ganho de volume 
muscular. 
 
 A força envolve mais fatores que o 
volume muscular? 
Mecanismos de ganho em força 
muscular 
Mulheres X Homens = para um mesmo 
treinamento, em geral, as mulheres 
apresentam menos hipertrofia que os homens. 
 
Para os ganhos de força o aumento da massa 
muscular não é o único fator 
Controle Neural nos Ganhos de Força 
• Pode ocorrer sem mudança muscular mas não 
ocorre sem que haja adaptações nervosas 
 
• “A força não é propriedade do sistema 
muscular e sim do sistema motor” 
Fatores neurais importantes: 
Sincronização e recrutamento de UMs 
adicionais 
• As UMs não são convocadas no mesmo 
instante. 
• Só são ativadas quando o limiar é atingido. 
• Ganhos de força = mudanças nas conexões 
entre motoneurônios – UMs mais sincrônicas. 
• Melhora a velocidade de desenvolvimento e 
capacidade de gerar força. 
Fatores neurais importantes: 
Aumento da frequência de disparos das UMs 
 Evidências que exercícios mais rápidos aumentam 
a estimulação na freq. de disparos. 
 Inibição autógena 
 O treinamento pode reduzir impulsos inibitórios 
do sistema nervoso = maior nível de força. 
Coativação de músculos agonistas e 
antagonistas 
 Maximizar força agonista = minimizar co-ativação. 
 
Como ocorre o crescimento do 
músculo? 
Hipertrofia Muscular 
Temporária: 
• Aumento durante e imediatamente após uma 
sessão (Acúmulo de líquido intersticial e 
intracelular, edema). 
Crônica: 
• Aumento do volume muscular com 
treinamento de força a longo prazo 
Curiosidade! 
 O componente excêntrico é importante para a 
maximização de aumentos na área da secção 
transversa da fibra 
 
 A velocidade pode resultar em maiores 
ganhos de hipertrofia e força (rupturas da 
linha z do sarcômero) 
Hipertrofia 
• Estudos antigos → Números de fibras musculares 
estabelecidos no nascimento e fixos. 
• Ocorre pelo aumento: 
De miofibilas 
 Filamentos de actina e miosina (aumento de pontes 
cruzadas e produção de força) 
 Sarcoplasma 
 Tecido conjuntivo. 
• Degradação de proteína X Síntese na 
recuperação 
• Hormônio testosterona → função anabólica. 
 
 
Hiperplasia 
• Aumento no número de fibras- “dividem-se ao 
meio”. 
• Acreditavam que não era possível em 
humanos. 
• A hipertrofia ainda é a maior responsável pelo 
volume muscular. 
 
Hiperplasia 
• Treinamento de força 101 semanas em gatos – 
aumento da força (57% do seu peso) e 9% número 
total de fibras. 
 
Hiperplasia 
• Pode ocorrer em alguns indivíduos, sob certas 
condições de treinamento. 
 
• Células satélites – regeneração muscular, 
geração de novas fibras (ativadas pela lesão 
M.). 
 
Hiperplasia 
Como se formam essas novas células? 
Ativação neural e hipertrofia da fibra 
• Pesquisas... 
• Aumentos iniciais na força voluntária ou 
produção máxima de força estão associadas a 
adaptações nervosas (aumento da ativação 
neural) 
 
• hipótese que o treinamento de força com eletroestimulação 
(EST) aumenta a força de uma contração voluntária máxima 
(CVM) através de adaptações neurais no músculo esquelético 
saudável. 
• evidência substancial que EST modifica a excitabilidade dos 
caminhos neurais específicos e essas adaptações contribuem 
para o aumento da força CVM. 
• Os dados sugerem que adaptações neurais mediar aumentos 
iniciais de força MVC depois curto prazo EST. 
Atrofia Muscular e Inatividade 
• Músculo treinado → Inativo por imobilização 
→ 6 primeiras horas, diminuição da síntese 
proteica. 
• Início da atrofia – enfraquecimento e 
diminuição do tecido muscular. 
• Atrofia resultante da inatividade → perda de 
proteínas musculares 
• 1ª semana – 3 a 4%/dia – Diminuição da 
atividade neuromuscular. 
 
Atrofia Muscular e Inatividade 
• Parece afetar principalmente as fibras CL 
• Recuperação da força com a atividade 
reiniciada. 
• Tempo de regeneração maior que 
imobilização. 
• Programas de manutenção = manter níveis de 
força (até 12 semanas) 
As Fibras Musculares 
podem mudar de um 
tipo para outro? 
Alteração no tipo de fibra 
• Obs: o que determina se a fibra é CL ou CR é a 
atividade neural que chega a ela. 
• Estudos anteriores- não alterava, mas de 
acordo com o treinamento, poderia adquirir 
características do outro tipo (ex: CR → CL com 
treinamento aeróbico) 
• Inervação cruzada – UM é artificialmente 
inervada por motoneurônio de característica 
oposta. 
 
Alteração no tipo de fibra 
• Estudos posteriores – o treinamento pode alterar 
o tipo de motoneurônio e o tipo de fibra. 
• Maior facilidade da conversão de CR em CL. 
• Todas as atividades físicas parecem estimular a 
mudança de 2b para 2a. 
• %Fibras 2b é reduzido em levantadores de peso 
(2b → 2a). 
• Treinamento de força de alta intensidade e 
velocidade em curtos intervalos pode promover 
CL em CRa 
Dor muscular, porquê? 
Dor Muscular 
• Estágios finais de uma sessão e no período de 
recuperação imediato ou de 12 a 48hr. 
• Aguda 
• Dor muscular de início retardado 
Dor Muscular Aguda 
• Durante e imediatamente após o exercício. 
• Resultante do acúmulo de produtos 
metabólicos (íons H+, edema tecidual) 
• Leva algumas horas para desaparecer. 
 
Dor Muscular de Início Retardado 
(DMIR) 
• Sentida um ou dois dias após uma sessão. 
• Ação excêntrica – principal iniciador. 
• Acreditava-se ser o lactato. 
 
Lesão Estrutural 
• Presença de enzimas musculares no sangue → 
lesão estrutural nas membranas celulares 
(aumentam 2 a 10% após exercício intenso) 
• Ruptura dos elementos contráteis e das linhas 
Z. 
• Responsável parcialmente pela dor, 
sensibilidade e edema. 
• Pode acontecer sem o surgimento da dor. 
Reação Inflamatória 
• Substâncias liberadas pelo músculo lesionado 
– início do processo inflamatório. 
 
• Atuação dos Leucócitos (defesa contra 
“corpos” estranhos), tende a aumentar após 
atividades que induzem a dor. 
 
Reação Inflamatória 
Sequência de eventos da DMIR 
• Elevação de enzimas plasmáticas 
• Mioglobinemia 
• Anormalidades histológicas e estruturais. 
Tensão 
elevada: lesão 
estrutural 
Alteração da 
homeostasia do Ca+ 
(morte celular) 48hr 
após exercício 
Produtos da atividade 
dos macrófagos 
acumulam-se fora da 
célula 
Estimula terminações 
nervosas do 
muscular - dor 
Resumindo... Dor Muscular 
• É decorrente da lesão muscular (proteínas 
intracelulares e tunorver proteico) 
• Importante para a hipertrofia. 
• Edema também pode levar à DMIR – pressão 
intersticial (receptores da dor) 
 
DMIR e desempenho 
Afeta o desempenho? 
• Redução da capacidade de gerar força, 
proteínas contráteis (ex: 1RM) 
• Recuperação gradual da capacidade de gerar 
força. 
• A síntese de glicogênio também é 
comprometida – cessa quanto regenerado. 
 
Redução dos efeitos negativos da 
DMIR 
• Importante para maximização dos ganhos com 
o treinamento. 
• O componente excêntrico pode ser 
minimizado durante o treinamento inicial. 
• Intensidade

Página12

Quais as adaptações do treinamento de força?

O treinamento de força parece provocar alterações no sistema nervoso (adaptações neurais) que proporcionam uma otimização na ativação dos grupos musculares, além de um aprimoramento na coordenação dos movimentos.

Quais são as adaptações neurais?

As adaptações neurais ocorrem no inicio de um treinamento é o estágio inicial do ganho de força esse tipo de adaptação melhora a coordenação intermuscular e aumenta a ativação do músculo permitindo que durante uma tensão mais fibras do músculo sejam recrutadas.

O que são os fatores neurais no treinamento de força?

Os fatores neurais relacionados com a produção da força muscular são: o recrutamento de unidades motoras, a frequência de estimulação das unidades motoras, sincronização ou coordenação intramuscular, coordenação intermuscular, ativação dos músculos sinergistas e a co-contração dos músculos antagonistas.

Quais são as principais adaptações fisiológicas decorrentes do treinamento no sistema muscular?

Essas alterações podem ser atribuídas principalmente às adaptações neurais, ou seja, maior ativação muscular, melhor recrutamento das fibras musculares, maior frequência de disparos das unidades motoras e diminuição da co-ativação dos músculos antagonista ao movimento (DIAS e col, 2006).