Quais são os cuidados de enfermagem para insuficiência renal crônica?

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Título:  Cuidados de enfermagem à pessoa com doença renal crónica no serviço de urgência
Autor: 
Orientador:  Saraiva, Maria
Palavras-chave:  Relatórios de estágio
Insuficiência renal crónica
Insuficiência renal crónica
Enfermagem em emergência
Data de Defesa:  2012
Editora:  [s.n.]
Resumo:  A Doença Renal Crónica (DRC) alcançou uma proporção epidémica, calculando-se que cerca de 10% da população mundial necessite de tratamento de substituição renal. Segundo dados da Plataforma de Gestão Integrada da Doença Crónica, em 2011 existiam em Portugal mais de 14.000 pessoas com DRC em estádio 5, com necessidade de técnicas de substituição renal, 10.480 das quais estavam registadas em programa de diálise. A incidência da DRC em estádio 5 situa-se entre 4 e 5% novos casos por ano, prevendo-se que em 2025 atinja 24000 pessoas. A maioria das pessoas perde a função renal de forma insidiosa e assintomática, facto que leva a que, muitas vezes, o diagnóstico da doença apenas surja na sequência de uma ida a um Serviço de Urgência (SU), após um qualquer evento crítico. A literatura aponta que pessoas com DRC apresentam doença cardíaca como principal factor de admissão no SU, sendo que o número de pessoas com DRC que poderão vir a sofrer complicações cardiovasculares graves é 10 a 100 vezes superior à população sem DRC, dependendo do grau de insuficiência renal. As pessoas com DRC e famílias dependem de cuidados de saúde permanentes, com custos directos e indirectos para o Sistema de Saúde, bem como para as suas vidas e para a comunidade. Por outro lado a pessoa com DRC se vê a si mesmo como colaborador e nunca como cumpridor do seu cuidado, já os profissionais de saúde são tidos como convidados na vida dos doentes, pelo que, na prestação de cuidados, são as regras dos clientes que devem ser respeitadas e não as dos profissionais (Fernandes, 2008). Partindo da necessidade de prover os enfermeiros do SU de instrumentos que contribuam para a melhoria dos padrões de qualidade na prestação de cuidados, foi elaborada uma proposta de Protocolo Clínico “Cuidados de Enfermagem à Pessoa com DRC no SU”, através, de uma síntese de todas as viii aprendizagens decorrentes do Estágio, relatadas neste documento, integrando os elementos teóricos e práticos do mesmo. Os objectivos do presente relatório são: (1) enquadrar conceptualmente a prática de enfermagem através da teoria da primazia do cuidar de Benner e Wurbel, (2) apresentar a metodologia que levou a criação da proposta do Protocolo Clínico, validação e futura implementação, (3) apresentar os resultados obtidos através das actividades efectuadas, (4) reflectir criticamente a prática desenvolvida à luz das competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem em Pessoa em Situação Crítica, definidas pela Ordem dos Enfermeiros. Os resultados alcançados encontram-se descritos na discussão e conclusão, sendo apresentados nas três vertentes da implicação para a prática dos cuidados: (1) contributo para a melhoria dos cuidados, (2) contributo para a investigação, e (3) contributo para as políticas de saúde a nível organizacional
Descrição:  Mestrado, Enfermagem Médico-Cirúrgica - Enfermagem Nefrológica, 2012, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
URI:  http://hdl.handle.net/10400.26/15838
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Quais são os cuidados de enfermagem para insuficiência renal crônica?

A Insuficiência renal é a perda súbita da capacidade de seus rins filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue. Quando isso acontece, os resíduos podem chegar a níveis perigosos e afetar a composição química do seu sangue, que pode ficar fora de equilíbrio.

As causas desta doença são várias, os rins tornam-se incapazes de proceder à eliminação de certos resíduos produzidos pelo organismo.

Existem dois tipos de Insuficiência Renal:

A IRA (Insuficiência Renal Aguda)

É Perda rápida de função renal que pode ser recuperada no espaço de poucas semanas. As causas devem-se desidratação, intoxicações, traumatismos, medicamentos e algumas doenças. Dependendo da gravidade e porque a vida não é possível sem os rins a funcionar, pode ser necessário fazer diálise.

A IRC (Insuficiência Renal Crônica)

Já é a perda lenta progressiva, irreversível das funções renais (é nesta fase que se aconselha os doentes a iniciarem um caminho pessoal de preparação para a diálise).

Lembrando que a IRC é uma patologia progressiva, com elevada taxa de mortalidade, que ameaça tornar-se num grave problema de saúde pública com implicações sérias no Serviço Nacional de Saúde.

Causas que podem levar a uma Insuficiência Renal

  • Condição que diminui o fluxo sanguíneo para os rins;
  • Dano direto aos rins;
  • Uso de alguns medicamentos;
  • Bloqueio nos tubos de drenagem de urina dos rins (uréteres), fazendo com que os resíduos não consigam deixar o corpo através da urina;
  • Glomerulonefrite;
  • Pielonefrite;
  • Rins policísticos;
  • Diabetes;
  • Hipertensão arterial.

Há fatores de Risco!

Várias doenças podem concorrer para a anulação funcional permanente dos rins. Atualmente, a mais frequente é a Nefropatia diabética.

A hipertensão arterial, a nefropatia isquêmica, a pielonefrite aguda, as glomerulonefrites e a doença renal policística autossômica dominante são outras doenças que estão na origem da Insuficiência renal crônica (IRC).

Sinais e Sintomas

Os sinais de doença renal aparecem gradualmente, pode nem notar o início destes sinais e sintomas. (Quando a função renal e inferior a 50% podem surgir os seguintes…)

  • Menor produção de urina; necessidade frequente de urinar, mesmo de noite;
  • Inchaço das mãos, pernas, em torno dos olhos;
  • Falta de ar;
  • Dificuldades em dormir;
  • Perda de apetite, náuseas e vômitos;
  • Hipertensão;
  • Sensação de frio e fadiga.

Como é avaliado a função renal?

Clearance de Creatinina

Uma forma mais direta de avaliação da função renal é através da determinação da clearance: a clearance (K) é o volume de sangue a partir do qual uma substância é completamente eliminada pelos rins em cada unidade de tempo (normalmente ml/min.). Matematicamente, essa capacidade pode ser expressa por:

K = Taxa de depuração concentração no sangue

A clearance da creatinina numa pessoa normal saudável é 100-140 ml/min. Isto significa que cerca de 10% do sangue que passa pelos rins (aproximadamente 1200 ml/min) são completamente livres de creatinina. Isto diminui com a idade, sofrendo uma redução de 50% aos 70 anos.

Taxa de Filtração Glomerular (TFG)

O método mais comum para estudar a função renal é calcular a taxa de filtração glomerular (TFG). Na prática clínica, a urina produzida durante um período de 24 horas é recolhida e o volume total e a concentração da creatinina são analisados. Durante este período de colheita da amostra, também é colhida uma amostra de sangue e analisada a concentração no plasma.

Como é o tratamento para os pacientes renais?

O tratamento consiste em todas as medidas clínicas (remédios, modificações na dieta e estilo de vida) que podem ser utilizadas para retardar a piora da função renal, reduzir os sintomas e prevenir complicações ligadas à doença renal crônica.

Apesar dessas medidas, a doença renal crônica é progressiva e irreversível até o momento. Porém, com o tratamento conservador é possível reduzir a velocidade desta progressão ou estabilizar a doença.

Esse tratamento é iniciado no momento do diagnóstico da doença renal crônica e mantido a longo prazo, tendo um impacto positivo na sobrevida e na qualidade de vida desses pacientes. Quanto mais precoce começar o tratamento conservador maiores chances para preservar a função dos rins por mais tempo.

Quando a doença renal crônica progride até estágios avançados apesar do tratamento conservador, o paciente é preparado da melhor forma possível para o tratamento de diálise ou transplante.

O Preparo do paciente para terapia de diálise ou transplante

Essa fase do tratamento inicia-se quando o paciente apresenta em torno de 20% da sua função renal e depende da velocidade com que a sua doença progride; à medida que a função renal se aproxima de 15% é fundamental preparar o paciente para o tratamento de substituição da função renal (diálise ou transplante). A realização desses procedimentos permitirá que o paciente tenha menos complicações quando for iniciar a diálise ou submeter-se ao transplante de rim.

Os Cuidados de Enfermagem na Diálise

  • Monitoração dos SSVV a cada trinta minutos;
  • Monitorar o peso do paciente antes e depois da diálise;
  • Avaliar a via de acesso e monitorar sinais flogísticos;
  • Adotar medidas para controle de infecções;
  • Proporcionar suporte emocional;
  • Avaliar dor e administrar analgésicos prescritos;
  • Aplicar bolsas de calor ou frio;
  • Realizar massagens visando o relaxamento do paciente;
  • Avaliação clínica do paciente;
  • Administrar medicação prescrita;
  • Monitorar o peso do paciente antes e depois da diálise;
  • Manutenção do acesso da diálise;
  • Monitorar níveis anormais de eletrólitos séricos;
  • Ofertar se necessário oxigenoterapia;
  • Verificar SSVV;
  • Realizar curativos do cateter: monitorar os locais das punções, alternando-as;
  • Inspecionar a pele.

Quais os cuidados de enfermagem para insuficiência renal?

De acordo com a literatura pesquisada, os cuidados de enfermagem prioritários ao paciente durante o tratamento hemodialitico são: a monitoração dos sinais vitais a cada trinta minutos, monitorar o peso do paciente antes e depois da diálise, examinar vias de acesso para hemodiálise e monitorar sinais flogísticos, adotar ...

Quais são os principais cuidados de enfermagem?

Quais são os principais cuidados de enfermagem?.
Monitorar sinais vitais é o básico em cuidados de enfermagem. ... .
Aplicar medicamentos é feito nos cuidados de enfermagem. ... .
Promover a segurança do paciente. ... .
Prevenir complicações de doenças. ... .
Realizar procedimentos básicos são cuidados de enfermagem. ... .
Prevenção de lesões por pressão..

Qual a importância da assistência de enfermagem ao paciente com doença renal crônica?

O enfermeiro tem um papel essencial no cuidado aos indivíduos portadores de IRC e DM, principalmente no que tange ao estímulo ao autocuidado à saúde, de modo a facilitar a cooperação e adesão do paciente ao tratamento, além de estimulá-lo a enfrentar as mudanças cotidianas e a alcançar o seu bem-estar(11).

Quais os cuidados que as pessoas com doença renal crônica deve ter?

Quais são os cuidados essenciais para doença renal crônica?.
reduzir a ingestão de proteínas;.
diminuir o sódio, encontrado em multiprocessados;.
evitar alimentos com fósforo, como leite, feijões, nozes e cerveja;.
tomar suplementos de cálcio e..
controlar a quantidade de potássio, evitando excessos ou deficiências..