Qual a importância da qualidade das interações entre aluno professor aluno aluno em sala de aula para o desenvolvimento da criança?

A escola é capaz de produzir contingências que serão úteis ao desenvolvimento global de crianças e adolescentes, seja no planejamento do ensino (Henklain & Carmo, 2013; Haydu et al., 2014; Skinner, 2003) ou na instalação de repertórios comportamentais sociais vantajosos para a criança e seu ambiente (Stasiak, 2016; Minetto & Lohr, 2016; Batista & Weber, 2015). Assim, a escola e a família assumem o papel de inserir a criança culturalmente, apresentando a ela padrões e repertó- rios comportamentais socialmente aceitos e benéficos para si ou para a sociedade. Pode-se dizer que tanto os pais quanto os professores são pessoas extremamente significativas e cruciais na promoção do desenvolvimento infantil nos planos social, afetivo e cognitivo (Stasiak, 2016). Tais repertórios de comportamentos, na escola, estão associados a aprendizagens pessoais e acadêmicas (Gutstein & Ingberman, 2012).

O professor é aquele que modifica o próprio comportamento para facilitar a aprendizagem do outro, sendo responsável por planejar e organizar o ambiente escolar de forma a favorecer esse processo (Moroz & Luna, 2013). Por exemplo, Casali-Robalinho, Del Prette & Del Prette (2015) desenvolveram um estudo enfatizando o trabalho com professores no sentido de promover o desenvolvimento socioemocional das crianças. Segundo esses autores, inúmeros estudos estão disponíveis para replicação e que, de maneira geral, eles se assemelham aos desenvolvidos com adultos e habilidades sociais, com a peculiaridade de que os que envolvem professores têm por foco as habilidades sociais educativas e o objetivo final de capacitar os agentes educadores na tarefa de promover, em ambiente escolar, as habilidades sociais dos alunos.

Ainda sobre o papel da família e escola, Weber (2008) afirma que uma das funções familiares mais pesquisadas na atualidade se refere à função parental, pois está intimamente relacionada ao desenvolvimento de crianças e de adolescentes. Assim como está a função parental no contexto familiar, também a função do professor no contexto escolar está diretamente relacionada ao desenvolvimento global das crianças e também de adolescentes.

Diversos fatores estão presentes e podem influenciar o comportamento do professor em relação ao aluno. Esses fatores devem ser considerados em uma análise mais ampla e completa de tal contexto. A partir da literatura da área de estilos parentais, acredita-se que as dimensões relacionadas à exigência e à responsividade podem ser utilizadas para compreender os Estilos de Liderança de Professores das séries iniciais do Ensino Fundamental (Nazar & Weber, 2018). Pode-se considerar que a forma como os professores interagem com seus alunos e o clima emocional presente na sala de aula influenciam o comportamento da criança que, por sua vez, influencia as habilidades utilizadas pelos professores no dia a dia da sala de aula. Nessa perspectiva, o Estilo de Liderança dos professores pode ser definido como um conjunto de atitudes direcionadas aos alunos e que, tomadas em conjunto, criam um clima emocional no qual os comportamentos são expressos, moderando a efetividade de uma prática particular e alterando a receptividade da criança a essa relação de ensino-aprendizagem (Batista & Weber, 2012, p. 303).

Os estudos sobre estilos de liderança adotados pelos professores, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, têm se configurado como objeto de discussões no meio acadêmico. Diversas pesquisas apontam para fatores relacionados ao estilo de liderança de professores, tais como baixo nível de aprendizagem dos estudantes, conflitos e comportamentos inadequados e prevenção ao Bullying na escola (Leite & Weber, 2017).

O objetivo desse trabalho é descrever a adaptação de um programa de intervenção estruturado, planejado e com embasamento teórico reconhecido e com evidências científicas (Nazar & Weber, 2018). Esse estudo oportuniza a reflexão e aprendizagem sobre o comportamento e interação escolar positiva para professores do ensino fundamental, baseando-se no modelo de Estilos de Liderança de Professores, de forma que possamos compreende-lo como melhoria na qualidade de interação entre professores e alunos.

PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO EM CONTEXTO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

De acordo com Marin e Fava (2016), cabe aos psicólogos somarem esforços para responderem pelas demandas do contexto escolar, tendo em vista que há evidências de que programas desenvolvidos em escolas podem ajudar a promover o bem-estar, além de prevenirem situações de risco para a saúde mental, o que representa uma abordagem promissora para aumentar o sucesso das crianças na escola e na vida.

Maldonado e Horiguela (2010) demonstram que estudos têm destacado a necessidade do envolvimento de diferentes contextos nos programas preventivos de intervenção com crianças com problemas de comportamento. Os autores em questão apontam que a intervenção no início da infância, promovendo competência social antes dos comportamentos negativos, pode ser a melhor estratégia para ajudar crianças que apresentam comportamento agressivo e que são rejeitadas pelos seus pares. Nesse sentido, Melo (2010) defende a importância dos relacionamentos estabelecidos com os pais, pares e professores, na infância, pois são críticos para o desenvolvimento socioemocional da criança. Interações positivas propiciam a aquisição de habilidades específicas e essenciais para a convivência com os demais, enquanto que as relações sociais negativas estão associadas a problemas como a rejeição, por exemplo. Esta, por sua vez, é preditora de desajustamentos como delinquência, abuso de drogas e falha acadêmica. Tais prejuízos podem ser evitados ou reduzidos quando são promovidas competências com vistas a ampliar o repertório de comportamentos prósociais de jovens em situação de risco, auxiliando-os a identificarem situações-problemas, implementarem soluções, avaliarem resultados e manterem ou modificarem estratégias.

No Brasil, diversos autores evidenciam a importância da intervenção precoce como uma estratégia eficaz para a prevenção ou interrupção da trajetória de problemas de comportamento na infância (Falcao, Bolsoni-Silva, Magri & Moretto, 2016; Rios, 2006; Pesce, 2009; Maldonado & Horiguela,2010; Netto & Gomide, 2016). Algumas alternativas de intervenção existentes se referem a programas destinados a pais (Rios & Williams, 2008; Weber et al., 2011), professores (Corrêa, 2008; Correia-Zanini & Rodrigues, 2010; Stelko-Pereira & Williams, 2010; Lopes, 2013; Cardoso, 2015; Guimarães, 2015; Stasiak, 2016; Rosin-Pinola et al., 2017), e multifocal, envolvendo a família, professores e pares das crianças (Ormeño, 2004; Gutstein & Yngberman, 2012; Maldonado, 2013).

Mais especificamente com os professores, ainda que a intervenção ocorra de forma indireta, por exemplo, o benefício das intervenções são fundamentais, tanto para o próprio participante como também para os alunos, assim serão citados alguns estudos mais compatíveis com a presente pesquisa. Por exemplo, Correia-Zanini e Rodrigues (2010) propuseram como objetivo descrever e avaliar o comportamento de 20 alunos, indicados por seus professores, como emissores de comportamento problema e de outros 20, sorteados dentre os demais da classe, antes e após um curso ministrado aos docentes com o título “O Manejo comportamental do professor em sala de aula”, que foi composto por atividades teóricas e práticas, com duração de 30 horas. Os resultados demonstram que os professores conseguiram identificar a presença de comportamentos adequados em alunos que eles consideram com problemas de comportamento, apontando para a efetividade do curso, o qual possibilitou melhor observação docente do comportamento de seus alunos indicados e os instrumentalizou em habilidades e estratégias, as quais tornaram possíveis o manejo de comportamentos inadequados e a consequente instalação de repertório comportamental adequado. Sugere-se a realização de estudos de seguimento e a comparação com um grupo controle, a fim de verificar a consistência destes resultados e intervenção.

O estudo de Doutorado de Lopes (2013), orientado pela professora Zilda Del Prette (UFSCAR), avaliou aspectos da efetividade um programa de intervenção de habilidades sociais universal, conduzido pelo professor, com uso de recursos audiovisuais do RMHSC-Del-Prette, que já havia se mostrado efetivo em programa seletivo, conduzido por uma psicóloga. Os dados indicaram que o programa universal de habilidades sociais com utilização do RMHSC-Del-Prette produziu mudanças relevantes nos comportamentos cooperativos, no rendimento acadêmico e nos problemas de comportamento, quando aplicado pelo professor, inclusive em crianças com baixo rendimento. Verificou-se que, na aplicação deste programa, a integridade igual ou acima de 75% foi capaz de produzir alterações no comportamento das crianças, entretanto, discute-se a importância da capacitação do professor e a investigação de características do agente da intervenção na implementação do programa.

Outro estudo com professores do Ensino Fundamental foi desenvolvido no mestrado de Cardoso (2015), orientado pela professora Silvia Fornazari (UEL), que realizaram um estudo sobre capacitação informatizada de professores nos princípios básicos da Análise do Comportamento, para que estes pudessem consequenciar, de forma adequada, os comportamentos considerados problemáticos que interferem no cotidiano utilizando o software “Ensino” (2.0). O software tem como principais temas os princípios básicos da Análise do Comportamento. O presente estudo avaliou o efeito da capacitação por meio do software no repertório comportamental dos professores de Ensino Fundamental por meio do relato verbal dos participantes. Os professores que participaram desta pesquisa responderam a um protocolo de avaliação e a uma entrevista semiestruturada pré e pós-intervenção. O número de acertos dos professores no protocolo de avaliação aumentou com a participação no programa e, por meio das entrevistas, foi possível observar mudanças produzidas pelo software no repertório comportamental dos professores, como capacidade de identificar a função de comportamentos, de definir e de identificar os conceitos básicos da Análise do Comportamento.

Guimarães (2015) desenvolveu seu estudo de mestrado, orientado pelo professor Sergio Vasconcelos de Luna (PUC-SP), sobre o comportamento do professor sob controle do comportamento do aluno, realizando um programa de intervenção. O estudo procurou avaliar se a exposição de professores a cenas de suas próprias aulas, seguidas de perguntas sobre as interações exibidas, feedback às análises das interações e a proposição de alternativas de ação, seriam capazes de alterar o comportamento do professor em sala de aula, de modo que apresentasse ações mais efetivas com os alunos. Observou-se que, nas aulas seguintes às duas primeiras intervenções, houve mudanças no comportamento da professora em relação a alguns alunos, sendo que na primeira aula ela passou a fazer mais perguntas para estes e na segunda passou a oferecer maior suporte para que respondessem, com dicas e explicações, por exemplo. No entanto, não foram observadas mudanças expressivas no seu comportamento em relação à aluna-alvo. Já nas duas últimas aulas foram observadas algumas mudanças nas suas interações com esta: na terceira aula, a professora ofereceu mais dicas e feedbacks às atividades realizadas pela aluna, e na quarta, dirigiu mais perguntas a ela, bem como ofereceu o devido suporte nos casos de dificuldade. O procedimento se mostrou efetivo na produção de um repertório da professora mais controlado pelo comportamento da aluna, principalmente em relação aos aspectos que foram trabalhados nas intervenções.

Stasiak (2016) objetivou avaliar os impactos de um programa de intervenção universal em grupo, o Incredible Years Teacher Classroom Management (IY TCM - Webster Stratton, Reid & Hammon, 2004), no contexto brasileiro, para professoras da educação infantil, no que se refere ao aumento das habilidades sociais e à diminuição dos problemas de comportamento das crianças, por meio do aumento de estratégias positivas de gestão de sala de aula utilizadas por elas e apresentou fortes evidências científicas positivas, com a proposta de ensinar-lhes estratégias de gestão de sala de aula positivas e proativas que promovam comportamentos sociais e reduzam problemas de comportamento dos alunos. Conforme aponta Stasiak (2016), diversos programas preventivos, seletivos e individualizados baseados em evidências estão implementados e disseminados ao redor do mundo com o objetivo de capacitar os professores a desenvolverem seus alunos social e emocionalmente e a prevenirem problemas de comportamento. Na perspectiva que enfatiza a qualidade na interação entre professores e alunos, McGrath e Van Berge (2014) apontam que o relacionamento estudante-professor é de importância crítica, uma vez que pode influenciar o desenvolvimento acadêmico, social, comportamental e emocional das crianças tanto para grupos comuns quanto para crianças expostas a fatores de risco ao desenvolvimento.

Os achados científicos apresentados nas seções anteriores embasam a ideia das pesquisadoras de que o professor é a figura central no âmbito escolar. Nesse âmbito, os esforços científicos, sociais e governamentais em todas as esferas contribuem indubitavelmente para amenizar inúmeras dificuldades existentes no campo da educação, mesmo que as melhorias não sejam generalizadas dadas a complexidade do comportamento e das interações humanas.

MÉTODO

Os procedimentos desta pesquisa obedeceram aos Critérios da Ética na Pesquisa com Seres Humanos conforme a Resolução Nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná.

Local

O local para a realização do presente estudo localiza-se na zona urbana, sendo uma escola da rede pública de Ensino Fundamental. Atende 566 alunos de Pré ao 5º. Ano do Ensino Fundamental, sendo utilizada uma sala de aula para as intervenções propostas.

Participantes

Participaram desse estudo 323 alunos, sendo 53,2% do gênero feminino e 46,8% do gêneromasculino, com faixa etária que variou de 7 até 11 anos e seus respectivos professores (14- 3º, 4º e 5º anos). A seleção deste grupo escolar foi feita por conveniência, pelo acesso da pesquisadora e para determinação da amostra de participantes foram definidos critérios de inclusão e exclusão. Conforme a Tabela 1 apresenta, a amostra da população foi dividida em dois grupos conforme a apli- cação da variável - Programa de Intervenção: a) GE1Experimental – Grupo Experimental de Qualidade de Interação professor-aluno – definido por 7 participantes que receberam a aplicação do Programa de Intervenção diretamente aos professores e indiretamente (alunos); b) GCONTROLE/GE2Experimental – Grupo de 7 participantes que inicialmente não participaram do programa de intervenção, servindo como dados comparativos em primeira análise(GControle) no Pósteste do GE1Experimental, e que em posterior análise também participou e serviu como dados comparativos sobre a efetividade do programa, descritos em outro estudo (Nazar & Weber, 2018).

Qual a importância da qualidade das interações entre aluno professor aluno aluno em sala de aula para o desenvolvimento da criança?

Tabla 1
Caracterização das Classes (professores e número de alunos) e Grupos participantes do estudo
Nota: O grupo GControle serviu para comparação do efeito da intervenção na primeira etapa e após foi identificado como GE2 Experimental quando participou do Programa de Intervenção.

Instrumentos

Inventário de Estilos de Liderança do Professor- IELP - (Batista & Weber, 2015). Tem por finalidade identificar os estilos de liderança de professores, o qual se constitui por 56 itens como, por exemplo, “Minha professora é alegre”, que devem ser respondidos com uma das opções “nunca ou quase nunca”, “às vezes” ou “sempre ou quase sempre”, configurando-se em uma escala Likert de três pontos., negligente ou permissivo, somados em alguma medida ao controle coercitivo.

Questionário de Caracterização da Escola - (Adaptado Altafim, Melchiori, & Dessen, 2009): Destinada à direção e equipe pedagógica da escola. O questionário investiga o perfil da escola, as queixas mais comuns e as necessidades do contexto educacional. Procura oportunizar o conhecimento da organização do espaço escolar.

Descrição Geral do Programa

O programa de intervenção com os professores da presente pesquisa foi composto por 10 encontros com duração aproximada de duas horas por encontro, os quais aconteceram ao longo de três meses com cada grupo. Além destes, também foi feito um encontro que antecedeu o início do programa para explicar e convidar os participantes. Também foi realizado um encontro coletivo para apresentar os resultados a todos. O programa teve suporte de vídeos sobre casos concretos, discussão, troca de experiências e resolução de situações trazidas pelas professoras sobre situações cotidianas na interação com as crianças em suas salas de aulas. Em dois encontros (Análise Funcional, Princípios do Comportamento), as professoras receberam material de apoio que exemplificava os temas trabalhados naquele dia para que as utilizassem em sala de aula. Os encontros visavam trabalhar um tema específico da educação ou da interação professor-aluno. Os temas foram divididos de forma didática, para que pudessem ser melhor aprofundados, mas no cotidiano são inseparáveis e se mesclam nas ações a serem implementadas pelos professores. Os temas abordados foram trabalhados em uma sequência de forma que a aprendizagem dos conteúdos não inter- ferisse no tema a ser tratado no próximo encontro. Em alguns encontros, a pesquisadora solicitou tarefa de casa referente ao tema trabalhado no encontro.

Ressalta-se que o programa de intervenção proposto foi baseado na metodologia de trabalho do Programa da Qualidade na Interação Familiar (Weber et al, 2011), por se caracterizar como uma proposta interessante por proporcionar aprendizagem aos participantes de maneira informativa, agradável e que facilita a sua aplicação. Algumas atividades e informações foram extraídas do Manual para Aplicadores, com destaque para os encontros 2 (Noções sobre princípios do comportamento e da aprendizagem) e 3 (Aprendizagem de regras), por considerar atividades lúdicas e de fácil compreensão no viés informativo.

Os dez encontros semanais de cada grupo foram realizados na escola durante o período de “Hora atividade” dos professores, ou seja, tempo disponibilizado para planejamento de aulas e conteúdos (foram utilizadas 2h das 7hs semanais disponíveis a cada professor). Cada grupo, então, participou semanalmente durante dois meses e meio dos encontros propostos. Todos os encontros foram realizados no mesmo local com disposição em círculo. Todos os participantes receberam um Certificado de participação de 20h. Na Tabela 2, a seguir, são detalhados os temas trabalhados em cada um dos encontros do programa de intervenção.

Qual a importância da qualidade das interações entre aluno professor aluno aluno em sala de aula para o desenvolvimento da criança?

Tabla 2
Descrição dos encontros do Programa de Qualidade na Interação Professor -Alunos (PQIPA)

Qual a importância da qualidade das interações entre aluno professor aluno aluno em sala de aula para o desenvolvimento da criança?

Tabla 2
Descrição dos encontros do Programa de Qualidade na Interação Professor -Alunos (PQIPA)

Qual a importância da qualidade das interações entre aluno professor aluno aluno em sala de aula para o desenvolvimento da criança?

Tabla 2
Descrição dos encontros do Programa de Qualidade na Interação Professor -Alunos (PQIPA)

Qual a importância da qualidade das interações entre aluno professor aluno aluno em sala de aula para o desenvolvimento da criança?

Tabla 2
Descrição dos encontros do Programa de Qualidade na Interação Professor -Alunos (PQIPA)

Qual a importância da qualidade das interações entre aluno professor aluno aluno em sala de aula para o desenvolvimento da criança?

Tabla 2
Descrição dos encontros do Programa de Qualidade na Interação Professor -Alunos (PQIPA)

Qual a importância da qualidade das interações entre aluno professor aluno aluno em sala de aula para o desenvolvimento da criança?

Tabla 2
Descrição dos encontros do Programa de Qualidade na Interação Professor -Alunos (PQIPA)

Qual a importância da qualidade das interações entre aluno professor aluno aluno em sala de aula para o desenvolvimento da criança?

Tabla 2
Descrição dos encontros do Programa de Qualidade na Interação Professor -Alunos (PQIPA)

Tratamento de Dados

Os dados coletados foram sistematizados utilizando-se o software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences, versão 21). As análises foram geradas por meio de medidas descritivas. Em relação ao teste estatístico, foi utilizado testes não paramétricos (correlação de Spearman e teste de Wilcoxon). A partir disso, foram utilizadas as estatísticas não paramétricas. O teste qui-quadrado foi utilizado para fazer a comparação entre os dois grupos entre os estilos de liderança. O Teste Z foi utilizado para fazer a comparação de amostras relacionadas, como, por exemplo, se há diferença do Pré-teste e para o Pós-teste nas mensurações dos instrumentos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Entre GE1 Experimental e GE2 Experimental

A partir dos aceites em participar, a amostra da população foi dividida em dois grupos, conforme a aplicação da variável - Programa de Intervenção: a) GE1 Experimental e b) GControle/G2Experimental (verpertino). Os dados apresentados mostram o efeito do programa interventivo para ambos os grupos participantes.

Para verificar o efeito do programa de intervenção após sua realização, para os dois grupos independentes, foi realizada a coleta de dados imediatamente após o término da intervenção, com todos os alunos e professores. Para essa análise, considerou-se dados de levantamento de Pré-teste para o Pós-teste para o Grupo Experimental 1, e da Linha de Base 2 (Pós-teste) para o Pós-Teste 2 do Grupo Experimental 2. A seguir, a Figura 1 apresenta o resultado da comparação do Estilo de liderança entre os grupos GE1 Experimental e GE2 experimental.

Qual a importância da qualidade das interações entre aluno professor aluno aluno em sala de aula para o desenvolvimento da criança?

Figura 1
Comparação percentual da percepção dos alunos sobre os Estilos de Liderança (x² = 3,824; p = 0,281) e Controle Coercitivo (x² = 2,436; p = 0,487) dos seus professores entre os Grupos GE1 Experimental e GE2 Experimental o Programa de Intervenção para Qualidade na Interação Professor-aluno.Fonte: Nazar & Weber (2018).

Conforme observado na Figura 1, não houve diferença estatisticamente significativa quando comparados os grupos GE1 Experimental e GE2 experimental para os Estilos de Liderança (x² = 3,824; p = 0,281), demonstrando resultados semelhantes que foram obtidos nos dois grupos. Apesar de não ser objetivo central da pesquisa, evidenciou-se um aumento da percepção dos alunos respondentes quanto ao Estilo Autoritativo para os participantes P9, P11, P12, P13 do GE1 Experimental e P1, P2, P3, P4, P6 e P7 do GE2 Experimental. Assim, se levar em consideração o repertório de entrada dos professores à pesquisa, dos quatorze participantes, apenas para quatro deles não foram percebidas alterações da percepção dos alunos com direção ao Estilo Autoritativo (mais adequado) sobre seus professores, incluindo o participante P8.

Não houve diferença estatisticamente significativa quando comparados os grupos GE1 Experimental e GE2 experimental também para o Controle Coercitivo (x² = 2,436; p = 0,487). Já para o uso de estratégias coercitivas, os alunos perceberam redução de situações em que o professor utiliza de mecanismos de coerção, como ameaças, gritos, xingamentos para todos os participantes de ambos os grupos. Sidman (1995) chama a atenção sobre a coerção ter se tornado uma prática comum na tentativa de controlar o comportamento uns dos outros. Mesmo que faça com que o sujeito atinja seu objetivo imediatamente, ela está fadada ao fracasso.

Os achados nessa pesquisa permitem afirmar que o efeito produzido pelo programa de intervenção foi semelhante aos dois grupos participantes tanto para a mudança dos Estilos de Liderança com predominância do Estilo Autoritativo quanto para o Controle Coercitivo, mesmo que a porcentagem se mostre ainda preocupante, principalmente para o Estilo Negligente. Algumas hipóteses podem ser afirmadas a partir desses dados. Mariano (2015), que objetivou descrever práticas educativas de professores em lidar com o repertório infantil de crianças com ou sem problemas de comportamento, apontou que os professores são mais habilidosos com crianças que não apresentam problemas de comportamento do que com as que apresentam. E, com crianças que os professores julgam ter problemas de comportamento, eles apresentam um padrão mais punitivo, pois (1) professores parecem reforçar, às vezes sem intenção, comportamentos-problema, mesmo utilizando-se de práticas educativas habilidosas, que, por consequência, não promovem a diminuição dos problemas de comportamento dos alunos; (2) professores utilizam práticas diferentes entre os alunos que apresentam ou não problemas de comportamentos; (3) quanto à frequência de interação dos professores em diferentes situações, identificou-se que eles interagiram menos com as crianças com problemas de comportamento; (4) professores apresentaram práticas educativas inconsistentes, ora punindo comportamento inadequado, ora não.

Além disso, Bolsoni-Silva e Mariano (2014) levantaram como hipótese que, como a criança muda seu comportamento em função do ambiente em que está, os educadores podem consequenciar e discriminar diferentemente comportamentos socialmente habilidosos, promovendo uma inconsistência na prática educativa.

CONCLUSÃO

Na análise entre os grupos, o GControle inicialmente era similar ao GE1 Experimental e serviu como linha de base para comparar o efeito do Programa de Intervenção. O efeito ao GE1 Experimental foi analisado entre a coleta 1 e 2, observando-se que houve pequena redução da frequência do Estilo Negligente e aumento da frequência dos questionários apontando para o Estilo Autoritativo na percepção dos alunos. Quanto ao GE2Experimental, notou-se mudanças significativas de redução do Estilo Negligente e aumento da percepção do Estilo Autoritativo entre a coleta 2 e 3, conforme hipóteses, ou seja, os professores aprenderam a se envolver mais, ficar mais presentes, utilizando menos estratégias coercitivas. Mudanças tênues sobre a percepção sobre o Estilo Autoritário e Permissivo com leves modificações também foram observados, porém, não significativas para análise em ambos os grupos. Assim, confirma-se a hipótese inicial de que um programa de intervenção poderia beneficiar o clima de interação entre professores e alunos. De maneira geral, os achados nessa pesquisa apontam para várias implicações práticas, entre elas a promoção de um clima mais efetivo no contexto escolar. Apesar das limitações, o presente estudo traz dados relevantes pelo fato de que avalia comportamentos na interação social estabelecida entre professor e aluno, enfatizando as influências entre professor-aluno em situações naturais em sala de aula, sendo utilizadas também as percepções dos alunos e não apenas o autorrelato do professor (Bolsoni-Silva& Mariano, 2014).

Além, disso, soma-se a contribuição feita aos professores participantes da pesquisa que, além de permitirem serem “avaliados” por seus alunos, também se disponibilizaram a participar de um programa de intervenção para melhoria do clima em sala de aula, sendo oportunizadas intervenções grupais aos professores, aspecto reforçado inclusive pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP, 2013) como prática sugerida a estes profissionais. Outra contribuição refere-se a um estudo comparativo com linha de base inicial e posteriormente entre dois grupos, ou seja, utilizou-se como critério analisar as intervenções de um instrumento com boas propriedades psicométricas (IELP), respondido pelos alunos, para analisar possíveis mudanças decorrentes das intervenções realizadas, e não apenas a indicação verbal do professor, tratando-se, portanto, de um estudo quase-experimental. Avaliar e identificar as práticas educativas dos profissionais da educação é um caminho para saber o que realmente acontece neste cenário e futuras pesquisas devem ser encorajadas, ampliando a amostra, considerando o Ensino Infantil, Fundamental e Médio, além de associar outras medidas de coleta de dados, como a observação direta.

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Qual a importância da interação professor e aluno?

Um bom relacionamento entre professor e aluno, gera uma melhor aprendizagem, tornando-se um intercessor por meio de componentes motivacionais, afetivos e relacionais na contribuição do ato de aprender.

Qual o papel do professor no processo de interação entre professor alunos e entre alunos alunos?

O conhecimento é produto da atividade e relações humanas marcado social e culturalmente. Pensando a relação professor/aluno, o professor tem um importante papel que consiste em agir como intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação dos mesmos.

Qual a importância da relação professor

A relação estabelecida entre professores e alunos, constitui o elemento fundamental do processo de ensino aprendizagem. É por meio dela que professores aprendem e ensinam, levando em consideração a realidade que ambos vivenciam, construindo uma relação de afeto e confiança.

Como as interações professor

A interação professor-aluno não pode ser reduzida ao processo cognitivo de construção de conhecimento, pois se envolve também nas dimensões afetivas e motivacionais. Freire (1996, p. 96) aponta que: O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento.