Qual foi a primeira participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos a 1972 Inglaterra B 1972 na Alemanha C 2008 em Pequim d em 1995 Rio de Janeiro?

História do esporte paralímpico brasileiro
O primeiro esporte adaptado praticado no Brasil foi o basquete em cadeira de rodas. Enquanto realizavam tratamento médico nos Estados Unidos, brasileiros com deficiência conheceram a modalidade e a trouxeram para o país. Em 1958, foi fundado o Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Robson Sampaio de Almeida e pela ação do técnico Aldo Miccolis – dois pioneiros do Movimento no Brasil.

Dois anos mais tarde, houve a primeira edição dos Jogos Paralímpicos, em Roma, na Itália. O Brasil, no entanto, só estrearia no evento na edição realizada na cidade de Heidelberg, na Alemanha Ocidental, em 1972. A primeira medalha paralímpica do país foi conquistada nos Jogos de Toronto, em 1976. Justamente Robson Sampaio de Almeida, acompanhado de Luiz Carlos, o “Curtinho”, faturaram a prata na modalidade lawn Bowls, antecedente da bocha que era praticada na grama.

Com exceção das duas primeiras edições do evento, a competição paralímpica ainda não era realizada na mesma cidade sede dos Jogos Olímpicos. A partir da edição de Seul, em 1988, a organização dos eventos assumiu o formato atual, ocorrendo na mesma cidade e em sequência.

Nasce o Comitê Paralímpico Brasileiro
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) foi fundado no dia 9 de fevereiro de 1995, em sua primeira sede, em Niterói, no Rio de Janeiro. Seu primeiro presidente foi João Batista Carvalho e Silva, que manteve-se à frente da entidade até 2001. Durante sua gestão, investiu esforços na ampliação visibilidade ao esporte paralímpico. Trabalhou em conjunto ao então Ministro Extraordinário do Esporte, Pelé, que acompanhou a delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Atlanta 1996.

A primeira participação do Brasil sob gestão de seu comitê nacional foi bem-sucedida, e o país terminou na 37ª colocação, com 21 medalhas, sendo dois ouros, seis pratas e 13 bronzes. Quatro anos mais tarde, nos Jogos de Sydney 2000, os brasileiros fecharam sua participação em 24º e conquistaram 22 medalhas: seis ouros, dez pratas e seis bronzes.

No ano seguinte, foi sancionada a Lei Agnelo/Piva, fundamental no desenvolvimento do esporte adaptado no Brasil. A legislação estabelece o repasse de parte da arrecadação das loterias federais para os comitês olímpico e paralímpico. Esta verba proporcionou ao paradesporto nacional avanços estruturais e técnicos.

Em 2001, João Batista deu lugar a Vital Severino, que exerceu a função de secretário executivo da entidade. Durante sua gestão, foi realizada uma reestruturação. Anteriormente, os esportes eram divididos por tipo de deficiência e os atletas da mesma modalidade só se uniam como uma Seleção em Jogos Paralímpicos. Com a nova organização a divisão passou a ser por modalidade, por exemplo, atletismo tornou responsabilidade de uma mesma confederação, mas é praticado por atletas com diferentes deficiências. Em 2002, também foi realizada a transferência da sede do CPB, que deixou Niterói e foi a Brasília.

Na edição seguinte dos Jogos, Atenas 2004, o Brasil subiu no ranking para o 14º lugar, com 33 medalhas, sendo 14 ouros, 12 pratas e sete bronzes. Os Jogos da Grécia foram marcantes, já que esta foi a primeira vez em que a competição teve transmissão pela televisão para o público brasileiro, por meio de uma estratégia de comunicação do CPB, que comprou os direitos dos Jogos e repassou ao Grupo Globo. O grande destaque foi Clodoaldo Silva, nadador que conquistou sete medalhas – seis ouros e uma prata -, e tornou-se uma referência nacional do esporte adaptado.

Nos Jogos de Pequim, em 2008, a delegação brasileira mais uma vez avançou no quadro de medalhas, agora com a nona colocação. Foram 47 conquistas, sendo 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes – marca absoluta de pódios que só seria superada nos Jogos do Rio, em 2016.

No ano seguinte à edição chinesa dos Jogos Paralímpicos, houve nova eleição no CPB, e Andrew Parsons foi escolhido como o novo dirigente da entidade. Andrew trouxe ao CPB a bagagem de quem já havia sido secretário-geral do CPB de 2001 a 2009 e, também, presidente do Comitê Paralímpico das Américas, de 2005 a 2009. Andrew foi reeleito em 2013 e geriu o esporte adaptado brasileiro até 2017.

O avanço nos Jogos Paralímpicos também foi contínuo. A melhor participação do país em medalhas de ouro aconteceria em Londres 2012. Liderados pelo nadador Daniel Dias, o Brasil ficou com a sétima colocação no quadro-geral, com 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes.

A campanha foi chave no maior objetivo brasileiro neste período: em 2009, além do início da gestão Andrew Parsons, houve a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Paralímpicos de 2016. O planejamento do CPB, então, voltou-se todo a representar o Brasil da melhor forma possível na Paralimpíada que seria realizada em casa.

A oportunidade de sediar os Jogos Paralimpíada ocasionou ainda a construção daquele que se tornaria o maior legado físico da competição. A construção do primeiro Centro de Treinamento Paralímpico do Brasil foi oficializada em janeiro de 2013, em São Paulo. A obra foi orçada em cerca de R$ 260 milhões, fez parte do Plano Brasil Medalhas, do Governo Federal, que investiu R$ 1 bilhão adicional ao orçamento do esporte brasileiro entre 2013 e 2016.

O CT Paralímpico foi inaugurado em maio de 2016 e serviu como sede da aclimatação brasileira para a Paralimpíada do Rio 2016. O CT conta com instalações esportivas indoor e outdoor para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções em 15 modalidades paralímpicas: atletismo, basquete, esgrima, rúgbi e tênis em cadeira de rodas, bocha, natação, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, triatlo e vôlei sentado. Além disso, tem área residencial com alojamentos, refeitório, lavanderia e um setor administrativo com salas, auditórios e outros espaços de apoio.

No Rio 2016, os brasileiros foram os anfitriões. A delegação verde e amarela contou com o maior número de atletas já enviados para Jogos, 278. Também atingiu o maior número de pódios da história da nação, ao conquistar 72 medalhas, sendo 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes. O Brasil fechou sua participação na 8ª colocação.

A representatividade do Brasil no esporte também foi ampliada, e houve a participação em duas edições de Jogos de Inverno: dois atletas estiveram em Sochi 2014. Em 2018, em PyeonChang, o time verde e amarelo teve três representantes.

Em março de 2017, o então vice-presidente do CPB Mizael Conrado foi eleito por aclamação o novo presidente da entidade. Uma de suas primeiras conquistas foi a ampliação da concessão de uso do CT Paralímpico, que agora é de cinco anos, renováveis por mais cinco temporadas, em processo de licitação pública junto ao Governo do Estado de São Paulo.

Ex-jogador de futebol de 5, Mizael Conrado deu prioridade à expansão do cunho social do esporte paralímpico atrelado ao alto rendimento. Em 2018, foram desenvolvidos projetos como

Escola Paralímpica de Esportes

, que oportunizou o primeiro contato de crianças com o esporte adaptado. Outras iniciativas, como o

Camping Escolar Paralímpico

, foram colocadas em prática. O

Festival Dia do Atleta Paralímpico, em 22 de setembro de 2018, reuniu mais de sete mil crianças em 48 núcleos

, por todos os estados do país, em ação inédita de expansão do Movimento pelo Brasil.

Neste mesmo ano, o Brasil teve representantes em 12 Campeonatos Mundiais (basquete em cadeira de rodas, bocha, canoagem, ciclismo pista e estrada, futebol de cegos, hipismo, judô, goalball, remo, tênis de mesa e vôlei sentado), em que conquistou 20 medalhas. Foram seis de ouro, sete de prata e sete de bronze. A

Seleção Brasileira de futebol de cegos tornou-se pentacampeã mundial 

e garantiu vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. As equipes masculina e feminina de goalball também carimbaram passaporte para a Paralimpíada, ao conquistarem o bicampeonato e o

bronze

, respectivamente.

Lauro Chaman conquistou o ouro no Mundial de Ciclismo de Pista

, realizado no Rio de Janeiro. Já a

judoca Alana Maldonado sagrou-se campeã mundial

em sua categoria.

Cátia Oliveira foi vice-campeã mundial no tênis de mesa

, resultado histórico para a modalidade.

O ano também foi marcado por participações inéditas. O Brasil fez a sua segunda aparição em edições de

Jogos de Inverno

, e contou com o maior efetivo já levado a esta competição, até então, com três atletas. Cristian Ribera, do esqui cross-country, teve a melhor performance de um brasileiro no evento, com o sexto lugar.

O calendário esportivo de 2019 contou com campeonatos mundiais de 10 modalidades: atletismo, badminton, canoagem, ciclismo (pista e estrada), esgrima em cadeira de rodas, futebol de PC, halterofilismo, natação, taekwondo e tiro esportivo, além dos Jogos Parapan-Americanos de Lima.

No Parapan de Lima, o Brasil conquistou 308 medalhas e ficou no primeiro lugar do quadro geral do evento. Logo após o Parapan de Lima, os nadadores viajaram para Londres para o Campeonato Mundial da modalidade. O Brasil deixou a capital britânica com o 11º lugar no quadro de medalhas, com cinco ouros, seis pratas e seis bronzes, e um total de 17 pódios. Já no Mundial de atletismo, em Dubai, o

 Brasil encerrou a disputa no segundo lugar do quadro-geral de medalhas. Os brasileiros subiram ao pódio 39 vezes, com 14 ouros, nove pratas e 16 bronzes. 

No halterofilismo, na

disputa por equipes, o Brasil conquistou a inédita medalha de prata 

com Bruno Carra, Mariana D’Andrea e Evânio Rodrigues. No

taekwondo, Débora Menezes conquistou o ouro inédito no Mundial

da modalidade.

Devido a pandemia de Covid-19, o CPB decidiu

suspender todas as atividades no CT Paralímpico

, em São Paulo, e

cancelou todas as competições do calendário esportivo

até o fim do segundo semestre de 2021.

Em julho, a prefeitura de São Paulo autorizou a reabertura parcial do CT Paralímpico.

Um pequeno grupo de atletas do

atletismo, natação e tênis de mesa retornaram aos treinos. 

No fim de 2020, o presidente do CPB,

Mizael Conrado foi reeleito para a posição para o ciclo 2021-2025

, em Assembleia Geral Ordinária de Eleição realizada no CT Paralímpico, em São Paulo. O ex-atleta do atletismo Yohansson Nascimento foi eleito vice-presidente e formará a nova diretoria executiva da entidade.

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio foram adiados para 2021.

 No começo de 2021, o

CPB autorizou o retorno das Seleções Brasileiras ao CT Paralímpico para treinamentos.

Por meio de vacinas contra Covid-19 doadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI, sigla em inglês), todos os participantes dos Jogos Paralímpicos foram vacinados.

O CT Paralímpico foi um dos polos de vacinação para atletas, membros da comissão e jornalistas. 

O

Brasil contou com uma delegação de 234 atletas, de 20 modalidades, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. 

Na capital japonesa, o

país alcançou a 100ª medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. 

Ao todo,

foram conqusitadas 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze.

Qual foi a primeira participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos?

Estreia sem medalhas A primeira participação brasileira nos Jogos Paraolímpicos data de 1972, na cidade de Heidelberg (Alemanha). Contando com 20 atletas na delegação (todos homens), o Brasil disputou provas no tiro com arco, no atletismo, na natação e no basquete em cadeira de rodas, mas não faturou nenhuma medalha.

Qual ano foi a primeira participação em Jogos Paralímpicos?

Os primeiros Jogos Paraolímpicos, sob esse nome, foram realizados em Roma, na Itália, em 1960, com 400 inscritos, de 23 países. Desde então, são promovidos a cada quatro anos, assim como os Jogos Paraolímpicos de Inverno, que tiveram sua primeira edição em 1976, com sede em Örnsköldsvik, na Suécia.

Qual foi a melhor participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos?

A participação brasileira em Sydney pode ser considerada como a melhor campanha do Brasil em Jogos Paraolímpicos, pois, se compararmos com a campanha de Atlanta em 1996, no quadro Geral de medalhas, o Brasil se colocou em 37º lugar com 21 medalhas.

Qual ano o Brasil conquistou sua primeira medalha nos Jogos Paralímpicos e qual modalidade?

Os jogadores brasileiros de futebol de 7 conquistaram a primeira medalha para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Sydney-2000, quando o país ficou com o bronze. Quatro anos depois, a seleção chegou à segunda medalha na modalidade, com a prata na edição de Atenas-2004.