O reconhecimento de nossa independência tinha diversas implicações de ordem política e econômica. A proclamação da independência brasileira, ocorrida em 1822, se desenvolveu em um momento marcado por complicadas questões internas e externas. No Brasil, Dom Pedro I teve que enfrentar a dura oposição das províncias que resistiram ao fim da ingerência portuguesa no território. Já no cenário político internacional, temos a reorganização de uma Europa atingida pelos efeitos das guerras napoleônicas e, ao mesmo tempo, interessada em reafirmar a autoridade absolutista. Show
Visando fortalecer a sua presença no cenário político americano, os Estados Unidos foram a primeira nação a reconhecer a autonomia política brasileira, em maio de 1824. Nesse período, a chamada “Doutrina Monroe” era empregada na política externa estadunidense como meio de se repudiar qualquer tentativa de recolonização pelas antigas monarquias absolutistas. Em março de 1825, as autoridades mexicanas fortaleceram o coro de países que legitimavam o Brasil Independente. A Inglaterra, como grande fornecedora de produtos manufaturados ao país, tinha grande interesse em reconhecer a independência do Brasil. Entretanto, a ação política e diplomática britânica temia que tal posição viesse a estabelecer uma crise nas relações entre Portugal e Inglaterra. De tal modo, os britânicos se organizaram a fim de intermediar um acordo de reconhecimento entre autoridades portuguesas e brasileiras. No dia 29 de agosto de 1825, portugueses e brasileiros assinaram o Tratado de Paz e Amizade. Segundo o acordo firmado, o governo português reconhecia a independência do Brasil a partir do pagamento de uma indenização no valor de dois milhões de libras esterlinas. Além disso, Dom Pedro I se comprometeu a ceder o título honorário de imperador do Brasil a Dom João VI e não tomar nenhuma iniciativa a fim de anexar algumas das colônias portuguesas ao seu território. Com a resolução, a Inglaterra e outras nações do mundo tomaram frente no reconhecimento da independência do Brasil. Para os britânicos, a intermediação nesse acordo acabou garantindo as taxas alfandegárias já praticadas pelos tratados de 1810. Além disso, os britânicos exigiram que o Brasil se comprometesse a acabar com a escravidão até o ano de 1830. Tal medida acabou não sendo cumprida, já que tal ação prejudicava o interesse das elites nacionais. Por: Rainer Sousa Artigos relacionados
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A corte no Brasil Publicado: Segunda, 04 de Junho de 2018, 14h07 | Última atualização em Segunda, 20 de Junho de 2022, 19h05
Qual o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil e por quê?A Argentina foi o primeiro país a reconhecer tanto o Império do Brasil como nação independente quanto a monarquia brasileira como sistema de Governo. O reconhecimento foi uma estratégia para recuperar o Uruguai e controlar as duas margens do Rio da Prata. O Brasil nasceu endividado e em guerra.
Qual foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil que interesses sustentavam esse reconhecimento?Os EUA foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil em 1824 . Depois o México e a Argentina, em 1825. A França foi o primeiro país da Europa a reconhecer a independência do Brasil. Portugal não queria aceitar a independência do Brasil.
Foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil?Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a Independência do Brasil, em 1824. A Doutrina Monroe, criada pelo presidente James Monroe em 1823, muito contribuiu para isso.
Por que os Estados Unidos foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil?A "Doutrina Monroe", criada pelo presidente James Monroe em 1823, muito contribuiu para isso. Sintetizada na frase "A América para os americanos", defendia o direito à soberania das nações e era contrária a qualquer intervenção européia no continente americano.
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