Segundo maior órgão do corpo, o fígado é responsável por sintetizar o colesterol, desintoxicar o organismo, emulsificar gorduras, armazenar algumas vitaminas, entre outras funções. Por ser tão importante, é preciso ficar de olho: qualquer problema deve ser investigado pelo médico. Show
Os primeiros sinais e sintomas de problemas no fígado são dor abdominal do lado direito e barriga inchada. Além desses, é fácil perceber uma cor amarelada na pele e nos olhos e urina escura, de cor amarela forte. Algumas das causas comuns de problemas no fígado são o excesso de gordura neste órgão, que ocorre principalmente em pessoas com excesso de peso ou que não praticam atividade física, excesso de álcool, uso abusivo de medicamentos e doenças como hepatite, cirrose, ascite, esquistossomose e hipertensão portal. O gastroenterologista é o médico especialista mais indicado para o tratamento das doenças do fígado, e ele deve ser consultado se os sintomas persistirem, mesmo após as alterações na dieta. Principais sintomas
Diante da presença desses sintomas, é importante procurar um médico para investigar a causa do problema e iniciar o tratamento adequado. Exames
de diagnóstico
Além dos exames de sangue, o médico pode pedir outros complementares, como ultrassonografia e tomografia computadorizada. Tratamento Além disso, deve-se conversar com o médico e pedir autorização para complementar o tratamento com remédios caseiros que ajudam a limpar o órgão, como os feitos com boldo, alface ou alfazema. Alimentação para tratar o fígado Além disso, é importante preferir preparações cozidas, assadas ou grelhadas, evitando frituras, refrigerantes, biscoitos recheados, manteiga, carnes vermelhas, salsicha, linguiça, bacon, chocolate e doces em geral. Também é recomendado evitar o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica. (Com informações do portal Tua Saúde) A esteatose hepática, mais conhecida como "gordura no fígado", vem se tornando um problema cada vez mais frequente e conhecido pela população. É verdade que isso se deve, em parte, ao fato de mais médicos solicitarem ultrassonografias de abdômen e detectarem o problema. Outra razão que explica sua incidência cada vez mais comum é o aumento da obesidade na população. Quando as células e os espaços do fígado são preenchidos por gordura, o órgão se torna volumoso e pesado. A comparação mais comum — impactante, porém didática, é com o famoso patê de frois grais (fígado de ganso), obtido a partir da dieta forçada e extremamente rica em calorias desses animais. Porém, o abuso de álcool, o uso de certos medicamentos e doenças como as hepatites virais também podem causar esse quadro, que só gera algum sintoma quando o dano ao fígado já é muito grave. Veja tambémFígado e suas funçõesO fígado é uma glândula localizada no lado direito do abdômen que possui diversas funções, como desintoxicar o organismo, produzir colesterol, sintetizar proteínas e armazenar glicose (o açúcar do sangue). O órgão produz a bile, um composto que ajuda no processo de eliminação de toxinas e na digestão dos lipídios. Assim, a presença de um pouco de gordura no fígado é absolutamente normal. Mas quando o índice de infiltração ultrapassa 5% do seu volume, a situação começa a se complicar. EvoluçãoSe não tratada ou controlada, a esteatose hepática pode gerar uma inflamação, também chamada de esteatoepatite, que leva a morte celular e um processo de fibrose (cicatrização). Com o passar dos anos, a condição pode progredir para cirrose hepática e também pode resultar em câncer de fígado. Em situações mais graves, o transplante é necessário. Causas e tiposExistem dois tipos de esteatose, ou doença hepática gordurosa, de acordo com as causas: - Alcoólica Provocada pelo consumo excessivo de álcool. O fígado tem a capacidade de metabolizar as moléculas de etanol para eliminar a substância do nosso organismo. Mas quando a dose é alta ou ingerida em pouco tempo, os subprodutos desse processo ficam concentrados, e eles são tóxicos para as células hepáticas. Com o passar do tempo, o dano passa interferir nas funções do órgão. - Não alcoólica Provocada prioritariamente por má alimentação, sedentarismo, sobrepeso, obesidade, diabetes, colesterol e triglicérides alto, e perda ou ganho muito rápido de peso. Porém, também pode ser causada pelo uso de certos medicamentos (hormônios e corticoides, entre outros), ou por inflamações crônicas associadas, por exemplo, à hepatite C ou outras doenças hepáticas. PrevalênciaA esteatose é considerada a doença do fígado mais comum nos países industrializados ocidentais. Cerca de 70% dos casos referem-se à doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) e o restante é consequência do abuso de álcool. Estima-se que 20% a 40% da população sofra com o problema, sendo que o percentual é mais alto se considerarmos populações específicas, como a de obesos, diabéticos ou indivíduos com síndrome metabólica (quadro que envolve dislipidemia, resistência à insulina e obesidade abdominal). Embora seja mais comum em adultos na faixa dos 40 ou 50 anos de idade, crianças pequenas podem ter esteatose, geralmente associada a doenças metabólicas. Entre as mais velhas e os adolescentes, o quadro também pode surgir como consequência de hábitos pouco saudáveis. E apesar da relação com a obesidade, indivíduos magros também podem fígado gorduroso. Já em relação à esteatose hepática associada à bebida, estima-se que 90% dos indivíduos que fazem uso abusivo do álcool tenham a condição, dos quais 15% a 30% desenvolvem hepatite alcoólica e 10% a 20%, cirrose hepática. Complicações- Cardiovasculares A DHGNA é considerada o componente hepático da síndrome metabólica e também uma complicação da obesidade. Assim como esses quadros, constitui um fator de risco para infartos e derrames. - Cirrose Toda doença crônica do fígado, que envolve uma inflamação persistente, pode resultar em cirrose, que é a alteração da arquitetura normal do órgão pela presença de cicatrizes e nódulos que envolvem as células hepáticas remanescentes. Estima-se que 30% dos pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica evoluam para esteatoepatite e cirrose. Uma das primeiras alterações provocadas por essa mudança de arquitetura do fígado é a chamada hipertensão portal (aumento da pressão na veia porta, que drena o sangue proveniente dos intestinos). Quando a cirrose é avançada, há comprometimento de funções do fígado, como a formação de proteínas e neutralização de toxinas. Nesses casos, o transplante pode se tornar necessário. - Câncer de fígado A cirrose e a própria esteatose são fatores de risco para o hepatocarcinoma, um tipo agressivo de câncer das células hepáticas que causa mais de 9.700 mortes ao ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Cerca de metade dos pacientes com esse tipo de câncer têm cirrose hepática, doença que pode ser consequência não apenas da esteatose e do alcoolismo, mas principalmente da infecção pelos vírus da hepatite B ou C. Vale lembrar que o tabagismo, a obesidade, a esquistossomose e a ingestão de grãos e cereais contaminados pelo fungo aspergilus flavus, que produz a aflatoxina, são outros fatores de risco importantes. Fatores de risco
SintomasPraticamente todos os pacientes com esteatose hepática não apresentam sinais ou sintomas, ou seja, a condição é silenciosa, e só é identificada em exames de rotina. Quando surgem, os sintomas mais comuns são:
Já quando existe um grau elevado de inflamação (esteatoepatite), ou fibrose e cirrose, as manifestações podem incluir:
Uma das consequências possíveis da cirrose é chamada hipertensão portal, que tem como sintomas:
Os sintomas mais comuns do câncer de fígado são:
DiagnósticoNa maioria das vezes, a esteatose é identificada de forma incidental em uma ultrassonografia de abdômen solicitada pelo médico num exame de rotina. Esse exame pode ser pedido quando o profissional identifica um ou mais fatores de risco. Para completar o diagnóstico, é importante conhecer o histórico do paciente, avaliar pressão arterial, peso, altura, IMC (índice de massa corporal) e circunferência abdominal. Além disso, devem ser pedidos exames laboratoriais para avaliar os níveis de colesterol, triglicérides, glicose, insulina; teste homa (que determina o grau de resistência à insulina); e enzimas hepáticas. Outros exames de imagem, como tomografia, ressonância magnética e elastografia hepática (procedimento parecido com a ultrassonografia) podem ajudar a confirmar o diagnóstico. Em alguns casos, porém, a biópsia de fígado é necessária. Os exames e/ou a biópsia podem indicar a gravidade da esteatose, geralmente classificada em: Grau 1 ou leve Quando há pequeno acúmulo de gordura; Grau 2 Quando há um acúmulo moderado de gordura no fígado; Grau 3 Quando ocorre grande acúmulo de gordura no fígado. TratamentoO combate ao problema envolve prioritariamente mudanças no estilo de vida, com dieta saudável e prática de atividade física, a fim de se controlar o excesso de peso, a resistência à insulina, os níveis de colesterol e triglicérides e a pressão arterial. O consumo de álcool deve ser evitado mesmo para quem essa não é a principal causa do problema, já que a bebida sobrecarrega o fígado e contribui para a obesidade. Embora emagrecer seja considerado o principal pilar do tratamento, é importante que a perda de peso seja gradual. O emagrecimento rápido pode agravar a esteatose porque, antes de ser "queimada", a gordura armazenada no corpo também passa pelo fígado —é por isso que as cirurgias da obesidade são um fator de risco. Quando a doença é causada por medicamentos, é necessário avaliar custo-benefício e estudar a possibilidade de substituição. O uso de esteroides anabolizantes deve ser interrompido e, no caso de a esteatose ser associada a outras doenças, como hipotireoidismo ou ovário policístico, essas condições devem ser tratadas adequadamente. Não existe nenhum medicamento específico para a esteatose, porém alguns medicamentos costumam ser indicados pelos médicos para alguns pacientes. É o caso de drogas para o controle do colesterol e do diabetes (como metformina, pioglitazona e rosiglitazona), ou drogas para controle da obesidade, como o orlistat (Xenical). A vitamina E e o ácido ursodesoxicólico também costumam ser indicados quando há sinais de esteatoepatite e fibrose, e alguns profissionais podem indicar alguns suplementos, como a silimarina (fitoterápico) e a N-acetilcisteína, embora os resultados sejam inconclusivos. Para casos de cirrose avançada, que não respondem ao tratamento de controle, o transplante de fígado tem o potencial de aumentar a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes. Na cirrose alcoólica é necessária a abstinência alcoólica de pelo menos seis meses antes do procedimento. Como deve ser a dieta de quem tem fígado gorduroso?A alimentação deve ser orientada por médicos e nutricionistas, para levar em conta questões individuais, como o diabetes ou a hipertensão. O que priorizar: - Verduras, legumes, frutas e grãos integrais, que são ricos em fibras, antioxidantes e nutrientes benéficos para o fígado, como a betaína; - Peixes, carnes brancas e ovos (na quantidade permitida pelo seu profissional de saúde), que contém colina e metionina, também importantes para a função hepática; - Itens ricos em gordura "do bem", como salmão, sardinha, azeite extravirgem, abacate e amêndoas podem e devem ser consumidos, já que têm efeito anti-inflamatório, desde que o excesso de calorias seja evitado. - Atividades aeróbicas (cerca de 30 minutos pelo menos cinco vezes por semana) e exercícios de resistência muscular (pelo menos duas vezes por semana) também são medidas que auxiliam o metabolismo e a queima de gordura. O que evitar: - Excesso de gordura animal (presente principalmente na carne vermelha, no leite integral e nos queijos amarelos); - Gordura trans (a gordura vegetal modificada e presente em industrializados como margarinas, sorvetes e biscoitos); - Frituras (mesmo quando se usa apenas óleos vegetais, o aquecimento a altas temperaturas torna o alimento prejudicial à saúde); - Enlatados, embutidos e comida industrializada em geral (esses itens costumam ser ricos em gordura e sódio, e podem ter efeito inflamatório); - Excesso de açúcar e itens com alto índice glicêmico (como batata, pão e macarrão brancos), já que podem interferir nos níveis de insulina e contribuir para a inflamação; - Bebidas alcoólicas ou ricas em açúcar. PrevençãoTodas as medidas acima, indicadas para o controle da esteatose, também ajudam indivíduos saudáveis a evitar a condição. Lembre-se que toda doença capaz de causar inflamação crônica no fígado deve ser diagnosticada e tratada a fim de evitar a progressão para a cirrose hepática. PrognósticoA esteatose pode ser revertida ou pelo menos estabilizada quando diagnosticada em estágios leves ou moderados, desde que a pessoa siga todas as orientações médicas. Já nos casos de cirrose, o tratamento visa ao controle do quadro, sendo que nos casos avançados o transplante de fígado pode ser necessário. Como ajudar um familiar com esteatose hepática?Modificar hábitos é um desafio enorme, especialmente porque vivemos expostos a alimentos calóricos e o consumo de álcool é algo aceito na nossa sociedade. Por isso quem tem um familiar com a condição pode ajudar com apoio emocional e incentivo de hábitos saudáveis. O combate à obesidade e ao alcoolismo com frequência envolvem suporte psicológico. Fontes: Edvânia Soares, nutricionista clínica da Estima Nutrição; Isaac Altikes, gastroenterologista da Federação Brasileira de Gastroenterologia; Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês; American Liver Foundation; Instituto Nacional de Câncer (Inca); Ministério da Saúde; Sociedade Brasileira de Hepatologia. SIGA O UOL VIVABEM
NAS REDES SOCIAIS Onde se sente a dor no fígado?A dor no fígado é uma dor localizada na região superior direita do abdômen e pode ser sinal de doenças como infecções, obesidade, colesterol ou câncer ou pode acontecer devido à exposição a substâncias tóxicas como álcool, detergentes ou mesmo medicamentos.
Quais são os sintomas de inflamação no fígado?Sinais de que você pode estar com o fígado inflamado Doenças.... Febre.. Dor de cabeça.. Perda de peso.. Enjoo.. Vômitos.. Dor abdominal.. Pele e olhos amarelados.. Urina escura (cor de Coca-cola). Quando o fígado não está bem Quais os sintomas?Os primeiros sintomas de problemas no fígado geralmente são a dor abdominal do lado direito e a barriga inchada, no entanto, podem variar de acordo com o tipo de problema, que pode ser desde fígado gordo, até uso excessivo de bebidas alcoólicas ou doenças, como hepatite, cirrose ou esquistossomose, por exemplo.
Que lado fica o fígado direito ou esquerdo?Funciona tanto como glândula exócrina, liberando secreções em uma superfície externa, quanto como glândula endócrina, já que também libera substâncias no sangue e nos vasos linfáticos. Localiza-se no lado direito do abdômen, sob o diafragma. Seu peso é de aproximadamente 1,3 a 1,5 kg nos adultos.
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