Qual lado fica o figado

Segundo maior órgão do corpo, o fígado é responsável por sintetizar o colesterol, desintoxicar o organismo, emulsificar gorduras, armazenar algumas vitaminas, entre outras funções. Por ser tão importante, é preciso ficar de olho: qualquer problema deve ser investigado pelo médico.

Os primeiros sinais e sintomas de problemas no fígado são dor abdominal do lado direito e barriga inchada. Além desses, é fácil perceber uma cor amarelada na pele e nos olhos e urina escura, de cor amarela forte.

Algumas das causas comuns de problemas no fígado são o excesso de gordura neste órgão, que ocorre principalmente em pessoas com excesso de peso ou que não praticam atividade física, excesso de álcool, uso abusivo de medicamentos e doenças como hepatite, cirrose, ascite, esquistossomose e hipertensão portal.

O gastroenterologista é o médico especialista mais indicado para o tratamento das doenças do fígado, e ele deve ser consultado se os sintomas persistirem, mesmo após as alterações na dieta.

Principais sintomas

  • Dor abdominal
  • Vômitos
  • Dor de cabeça
  • Coceira
  • Tontura
  • Cansaço
  • Fezes amareladas
  • Diarreia

Diante da presença desses sintomas, é importante procurar um médico para investigar a causa do problema e iniciar o tratamento adequado.

Exames de diagnóstico
Para diagnosticar problemas no fígado, deve-se fazer um exame de sangue chamado hepatograma, que avalia as funções do órgão a partir dos níveis de:

  • AST e ALT;
  • GGT, também chama de Gama GT;
  • Fosfatase alcalina;
  • Bilirrubina direta, indireta e total;
  • Albumina;
  • INR e TAP ou TP;
  • 5′ nucleotidase (5’NTD);
  • LDH.

Além dos exames de sangue, o médico pode pedir outros complementares, como ultrassonografia e tomografia computadorizada.

Tratamento
O tratamento a ser feito depende das causas da doença, mas os casos mais leves são tratados apenas com alterações na dieta. No entanto, nas situações de maior gravidade, podem ser necessários remédios para diminuir a inflamação, o colesterol, a glicemia e outros fatores que afetam o fígado.

Além disso, deve-se conversar com o médico e pedir autorização para complementar o tratamento com remédios caseiros que ajudam a limpar o órgão, como os feitos com boldo, alface ou alfazema.

Alimentação para tratar o fígado
Em caso de problemas no fígado, recomenda-se beber pelo menos 1,5 litro de água por dia e consumir alimentos de fácil digestão e com pouca gordura, como peixes, carnes brancas, frutas, legumes, sucos naturais, queijos brancos, leite e derivados desnatados.

Além disso, é importante preferir preparações cozidas, assadas ou grelhadas, evitando frituras, refrigerantes, biscoitos recheados, manteiga, carnes vermelhas, salsicha, linguiça, bacon, chocolate e doces em geral. Também é recomendado evitar o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica. (Com informações do portal Tua Saúde)

A esteatose hepática, mais conhecida como "gordura no fígado", vem se tornando um problema cada vez mais frequente e conhecido pela população. É verdade que isso se deve, em parte, ao fato de mais médicos solicitarem ultrassonografias de abdômen e detectarem o problema. Outra razão que explica sua incidência cada vez mais comum é o aumento da obesidade na população.

Quando as células e os espaços do fígado são preenchidos por gordura, o órgão se torna volumoso e pesado. A comparação mais comum — impactante, porém didática, é com o famoso patê de frois grais (fígado de ganso), obtido a partir da dieta forçada e extremamente rica em calorias desses animais. Porém, o abuso de álcool, o uso de certos medicamentos e doenças como as hepatites virais também podem causar esse quadro, que só gera algum sintoma quando o dano ao fígado já é muito grave.

Veja também

Fígado e suas funções

O fígado é uma glândula localizada no lado direito do abdômen que possui diversas funções, como desintoxicar o organismo, produzir colesterol, sintetizar proteínas e armazenar glicose (o açúcar do sangue). O órgão produz a bile, um composto que ajuda no processo de eliminação de toxinas e na digestão dos lipídios. Assim, a presença de um pouco de gordura no fígado é absolutamente normal. Mas quando o índice de infiltração ultrapassa 5% do seu volume, a situação começa a se complicar.

Evolução

Se não tratada ou controlada, a esteatose hepática pode gerar uma inflamação, também chamada de esteatoepatite, que leva a morte celular e um processo de fibrose (cicatrização). Com o passar dos anos, a condição pode progredir para cirrose hepática e também pode resultar em câncer de fígado. Em situações mais graves, o transplante é necessário.

Causas e tipos

Existem dois tipos de esteatose, ou doença hepática gordurosa, de acordo com as causas:

- Alcoólica Provocada pelo consumo excessivo de álcool. O fígado tem a capacidade de metabolizar as moléculas de etanol para eliminar a substância do nosso organismo. Mas quando a dose é alta ou ingerida em pouco tempo, os subprodutos desse processo ficam concentrados, e eles são tóxicos para as células hepáticas. Com o passar do tempo, o dano passa interferir nas funções do órgão.

- Não alcoólica Provocada prioritariamente por má alimentação, sedentarismo, sobrepeso, obesidade, diabetes, colesterol e triglicérides alto, e perda ou ganho muito rápido de peso. Porém, também pode ser causada pelo uso de certos medicamentos (hormônios e corticoides, entre outros), ou por inflamações crônicas associadas, por exemplo, à hepatite C ou outras doenças hepáticas.

Prevalência

A esteatose é considerada a doença do fígado mais comum nos países industrializados ocidentais. Cerca de 70% dos casos referem-se à doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) e o restante é consequência do abuso de álcool. Estima-se que 20% a 40% da população sofra com o problema, sendo que o percentual é mais alto se considerarmos populações específicas, como a de obesos, diabéticos ou indivíduos com síndrome metabólica (quadro que envolve dislipidemia, resistência à insulina e obesidade abdominal).

Embora seja mais comum em adultos na faixa dos 40 ou 50 anos de idade, crianças pequenas podem ter esteatose, geralmente associada a doenças metabólicas. Entre as mais velhas e os adolescentes, o quadro também pode surgir como consequência de hábitos pouco saudáveis. E apesar da relação com a obesidade, indivíduos magros também podem fígado gorduroso.

Já em relação à esteatose hepática associada à bebida, estima-se que 90% dos indivíduos que fazem uso abusivo do álcool tenham a condição, dos quais 15% a 30% desenvolvem hepatite alcoólica e 10% a 20%, cirrose hepática.

Complicações

- Cardiovasculares A DHGNA é considerada o componente hepático da síndrome metabólica e também uma complicação da obesidade. Assim como esses quadros, constitui um fator de risco para infartos e derrames.

- Cirrose Toda doença crônica do fígado, que envolve uma inflamação persistente, pode resultar em cirrose, que é a alteração da arquitetura normal do órgão pela presença de cicatrizes e nódulos que envolvem as células hepáticas remanescentes. Estima-se que 30% dos pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica evoluam para esteatoepatite e cirrose. Uma das primeiras alterações provocadas por essa mudança de arquitetura do fígado é a chamada hipertensão portal (aumento da pressão na veia porta, que drena o sangue proveniente dos intestinos). Quando a cirrose é avançada, há comprometimento de funções do fígado, como a formação de proteínas e neutralização de toxinas. Nesses casos, o transplante pode se tornar necessário.

- Câncer de fígado A cirrose e a própria esteatose são fatores de risco para o hepatocarcinoma, um tipo agressivo de câncer das células hepáticas que causa mais de 9.700 mortes ao ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Cerca de metade dos pacientes com esse tipo de câncer têm cirrose hepática, doença que pode ser consequência não apenas da esteatose e do alcoolismo, mas principalmente da infecção pelos vírus da hepatite B ou C. Vale lembrar que o tabagismo, a obesidade, a esquistossomose e a ingestão de grãos e cereais contaminados pelo fungo aspergilus flavus, que produz a aflatoxina, são outros fatores de risco importantes.

Fatores de risco

  • Uso abusivo de álcool:tanto a ingestão diária de mais de duas doses para mulheres, ou três, para os homens, quanto o excesso ocasional (ingestão de quatro ou mais doses para mulheres ou cinco ou mais doses para homens em duas horas) são associadas à maior risco de doença no fígado. Cada dose corresponde a aproximadamente a 350 ml de cerveja ou 150 ml de vinho ou 50 ml de bebida destilada;
  • Obesidade e sobrepeso com obesidade central;
  • Diabetes mellitus ou pré-diabetes (resistência insulínica);
  • Dislipidemia (aumento do colesterol e/ou triglicérides);
  • Hipertensão arterial;
  • Genética: fatores genéticos podem estar envolvidos na tendência a obesidade, dislipidemias, diabetes e mesmo na dependência de álcool;
  • Medicamentos (como amiodarona, corticosteroides, estrógenos e tamoxifeno);
  • Esteroides anabolizantes;
  • Toxinas ambientais: produtos químicos;
  • Cirurgias para combater a obesidade (bypass jejuno-ileal, derivações bilio-digestivas);
  • Doenças que podem ser associadas à esteatose hepática;
  • Hepatite crônica pelo vírus C;
  • Síndrome de ovários policísticos;
  • Hipotiroidismo;
  • Apneia do sono;
  • Hipogonadismo;
  • Lipodistrofia e alterações metabólicas de origem hereditária.

Sintomas

Praticamente todos os pacientes com esteatose hepática não apresentam sinais ou sintomas, ou seja, a condição é silenciosa, e só é identificada em exames de rotina. Quando surgem, os sintomas mais comuns são:

  • Fadiga;
  • Desconforto do lado direito superior do abdômen;
  • Aumento do fígado;

Já quando existe um grau elevado de inflamação (esteatoepatite), ou fibrose e cirrose, as manifestações podem incluir:

  • Fadiga;
  • Falta de apetite;
  • Coceira;
  • Aranhas vasculares (varizes finas em formato de teia de aranha);
  • Icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Fezes esbranquiçadas;
  • Alterações do sono;

Uma das consequências possíveis da cirrose é chamada hipertensão portal, que tem como sintomas:

  • Acúmulo anormal de líquido dentro do abdômen (ascite);
  • Confusão mental;
  • Complicações neurológicas (já que as toxinas deixam de ser corretamente eliminadas);
  • Mudanças na coagulação;
  • Inchaço dos membros inferiores;
  • Hemorragias;
  • Presença de varizes no esôfago;
  • Queda no número de plaquetas sanguíneas.

Os sintomas mais comuns do câncer de fígado são:

  • Dor abdominal;
  • Massa e distensão abdominal;
  • Acúmulo de líquido no abdômen (ascite);
  • Perda de peso inexplicada;
  • Perda de apetite;
  • Mal-estar;
  • Icterícia (pele e olhos amarelados);

Diagnóstico

Na maioria das vezes, a esteatose é identificada de forma incidental em uma ultrassonografia de abdômen solicitada pelo médico num exame de rotina. Esse exame pode ser pedido quando o profissional identifica um ou mais fatores de risco. Para completar o diagnóstico, é importante conhecer o histórico do paciente, avaliar pressão arterial, peso, altura, IMC (índice de massa corporal) e circunferência abdominal. Além disso, devem ser pedidos exames laboratoriais para avaliar os níveis de colesterol, triglicérides, glicose, insulina; teste homa (que determina o grau de resistência à insulina); e enzimas hepáticas. Outros exames de imagem, como tomografia, ressonância magnética e elastografia hepática (procedimento parecido com a ultrassonografia) podem ajudar a confirmar o diagnóstico. Em alguns casos, porém, a biópsia de fígado é necessária.

Os exames e/ou a biópsia podem indicar a gravidade da esteatose, geralmente classificada em:

Grau 1 ou leve Quando há pequeno acúmulo de gordura;

Grau 2 Quando há um acúmulo moderado de gordura no fígado;

Grau 3 Quando ocorre grande acúmulo de gordura no fígado.

Tratamento

O combate ao problema envolve prioritariamente mudanças no estilo de vida, com dieta saudável e prática de atividade física, a fim de se controlar o excesso de peso, a resistência à insulina, os níveis de colesterol e triglicérides e a pressão arterial. O consumo de álcool deve ser evitado mesmo para quem essa não é a principal causa do problema, já que a bebida sobrecarrega o fígado e contribui para a obesidade.

Embora emagrecer seja considerado o principal pilar do tratamento, é importante que a perda de peso seja gradual. O emagrecimento rápido pode agravar a esteatose porque, antes de ser "queimada", a gordura armazenada no corpo também passa pelo fígado —é por isso que as cirurgias da obesidade são um fator de risco.

Quando a doença é causada por medicamentos, é necessário avaliar custo-benefício e estudar a possibilidade de substituição. O uso de esteroides anabolizantes deve ser interrompido e, no caso de a esteatose ser associada a outras doenças, como hipotireoidismo ou ovário policístico, essas condições devem ser tratadas adequadamente.

Não existe nenhum medicamento específico para a esteatose, porém alguns medicamentos costumam ser indicados pelos médicos para alguns pacientes. É o caso de drogas para o controle do colesterol e do diabetes (como metformina, pioglitazona e rosiglitazona), ou drogas para controle da obesidade, como o orlistat (Xenical). A vitamina E e o ácido ursodesoxicólico também costumam ser indicados quando há sinais de esteatoepatite e fibrose, e alguns profissionais podem indicar alguns suplementos, como a silimarina (fitoterápico) e a N-acetilcisteína, embora os resultados sejam inconclusivos.

Para casos de cirrose avançada, que não respondem ao tratamento de controle, o transplante de fígado tem o potencial de aumentar a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes. Na cirrose alcoólica é necessária a abstinência alcoólica de pelo menos seis meses antes do procedimento.

Como deve ser a dieta de quem tem fígado gorduroso?

A alimentação deve ser orientada por médicos e nutricionistas, para levar em conta questões individuais, como o diabetes ou a hipertensão.

O que priorizar:

- Verduras, legumes, frutas e grãos integrais, que são ricos em fibras, antioxidantes e nutrientes benéficos para o fígado, como a betaína;

- Peixes, carnes brancas e ovos (na quantidade permitida pelo seu profissional de saúde), que contém colina e metionina, também importantes para a função hepática;

- Itens ricos em gordura "do bem", como salmão, sardinha, azeite extravirgem, abacate e amêndoas podem e devem ser consumidos, já que têm efeito anti-inflamatório, desde que o excesso de calorias seja evitado.

- Atividades aeróbicas (cerca de 30 minutos pelo menos cinco vezes por semana) e exercícios de resistência muscular (pelo menos duas vezes por semana) também são medidas que auxiliam o metabolismo e a queima de gordura.

O que evitar:

- Excesso de gordura animal (presente principalmente na carne vermelha, no leite integral e nos queijos amarelos);

- Gordura trans (a gordura vegetal modificada e presente em industrializados como margarinas, sorvetes e biscoitos);

- Frituras (mesmo quando se usa apenas óleos vegetais, o aquecimento a altas temperaturas torna o alimento prejudicial à saúde);

- Enlatados, embutidos e comida industrializada em geral (esses itens costumam ser ricos em gordura e sódio, e podem ter efeito inflamatório);

- Excesso de açúcar e itens com alto índice glicêmico (como batata, pão e macarrão brancos), já que podem interferir nos níveis de insulina e contribuir para a inflamação;

- Bebidas alcoólicas ou ricas em açúcar.

Prevenção

Todas as medidas acima, indicadas para o controle da esteatose, também ajudam indivíduos saudáveis a evitar a condição. Lembre-se que toda doença capaz de causar inflamação crônica no fígado deve ser diagnosticada e tratada a fim de evitar a progressão para a cirrose hepática.

Prognóstico

A esteatose pode ser revertida ou pelo menos estabilizada quando diagnosticada em estágios leves ou moderados, desde que a pessoa siga todas as orientações médicas. Já nos casos de cirrose, o tratamento visa ao controle do quadro, sendo que nos casos avançados o transplante de fígado pode ser necessário.

Como ajudar um familiar com esteatose hepática?

Modificar hábitos é um desafio enorme, especialmente porque vivemos expostos a alimentos calóricos e o consumo de álcool é algo aceito na nossa sociedade. Por isso quem tem um familiar com a condição pode ajudar com apoio emocional e incentivo de hábitos saudáveis. O combate à obesidade e ao alcoolismo com frequência envolvem suporte psicológico.

Fontes: Edvânia Soares, nutricionista clínica da Estima Nutrição; Isaac Altikes, gastroenterologista da Federação Brasileira de Gastroenterologia; Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês; American Liver Foundation; Instituto Nacional de Câncer (Inca); Ministério da Saúde; Sociedade Brasileira de Hepatologia.

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Onde se sente a dor no fígado?

A dor no fígado é uma dor localizada na região superior direita do abdômen e pode ser sinal de doenças como infecções, obesidade, colesterol ou câncer ou pode acontecer devido à exposição a substâncias tóxicas como álcool, detergentes ou mesmo medicamentos.

Quais são os sintomas de inflamação no fígado?

Sinais de que você pode estar com o fígado inflamado Doenças....
Febre..
Dor de cabeça..
Perda de peso..
Enjoo..
Vômitos..
Dor abdominal..
Pele e olhos amarelados..
Urina escura (cor de Coca-cola).

Quando o fígado não está bem Quais os sintomas?

​Os primeiros sintomas de problemas no fígado geralmente são a dor abdominal do lado direito e a barriga inchada, no entanto, podem variar de acordo com o tipo de problema, que pode ser desde fígado gordo, até uso excessivo de bebidas alcoólicas ou doenças, como hepatite, cirrose ou esquistossomose, por exemplo.

Que lado fica o fígado direito ou esquerdo?

Funciona tanto como glândula exócrina, liberando secreções em uma superfície externa, quanto como glândula endócrina, já que também libera substâncias no sangue e nos vasos linfáticos. Localiza-se no lado direito do abdômen, sob o diafragma. Seu peso é de aproximadamente 1,3 a 1,5 kg nos adultos.