Sobre a importância das equipes no processo inovador é correto dizer:

A geografia é muito importante para a compreensão do complexo processo de geração de conhecimento e inovação. O conhecimento, o processo inovativo e o desenvolvimento são motivados e reproduzidos de forma desigual, principalmente no que diz respeito ao espaço local, regional e temporal.

A inovação não é distribuída aleatoriamente ou uniformemente no espaço, mas, sim, existe uma tendência à concentração espacial, processo que tem se intensificado no decorrer do tempo. Como exemplo, temos as concentrações do Vale do Silício, na Califórnia, e Boston, em Massachusetts, ambas nos Estados Unidos; região de Londres, na Inglaterra; Tóquio, no Japão; recentemente têm-se destacado também Pequim, na China, e Seul, na Coreia do Sul.

A contemporaneidade econômica é caracterizada por alta competitividade, em que o sucesso das empresas depende cada vez mais da capacidade de produzir produtos e processos novos ou melhorados. Um efeito da globalização que é muito difundido é que muitas capacidades e fatores de produção previamente localizados se tornaram onipresentes, ou seja, globais.

No entanto, outro aspecto importante e que muitas vezes é negligenciado pela análise do grande público é a parte do conhecimento não negociável e não-codificável em razão da dificuldade de compartilhá-lo entre longas distâncias.

Um desses elementos é o chamado conhecimento tácito. Com o perdão da simplificação do exemplo, seria como se nós recebemos uma receita da nossa bisavó e tentássemos replicar a distância, provavelmente a receita ficará boa, afinal, o pessoal de antigamente era muito bom na cozinha.

Todavia, tenho quase certeza de que se sua bisavó fizer a receita o resultado será melhor, isso porque ela adquiriu ao longo da vida conhecimento tácito inerente a ela e de difícil formalização (como colocar em um livro, por exemplo), como lidar com imprevistos, escolher melhor os ingredientes, etc.

Do mesmo modo ocorre com o processo de inovação. Nesse sentido, a proximidade espacial ganha destaque como fator de suma importância para explicar as diferenças da atividade inovadora entre regiões. A transmissão de conhecimento tácito necessita de uma linguagem comum e de convenções e normas que possam ser compreendidas pelos envolvidos na troca.

Essas propriedades ajudam a desenvolver confiança, destacam a importância da proximidade espacial e trazem à tona a importância da interação social, ou seja, do contato tête-à-tête.

A ideia de que o conhecimento tácito é o que faz a diferença entre regiões que se destacam por sua capacidade de inovação é de certa forma contra intuitiva. No entanto, considere, por exemplo, que para o surgimento de uma inovação é necessário uma série de testes e experimentos que, na maioria das vezes, acontecem por tentativas e erros.

Quando a inovação acontece, os resultados são documentados e divulgados. Mas note que apenas os resultados positivos geralmente são divulgados. Entretanto, os experimentos falhos e os testes errados foram, provavelmente, de grande importância para a equipe de cientistas que desenvolveu a inovação.

Suponha que a mesma equipe comece a trabalhar no desenvolvimento de uma inovação, essa equipe já possuirá uma bagagem de conhecimento em razão dos seus sucessos e erros, enquanto uma equipe de profissionais de uma região distante, que apenas leu sobre o sucesso da inovação desenvolvida pela primeira equipe, não terá o conhecimento de todas tentativas erradas e frustradas que levaram ao surgimento da inovação.

Isso faz com que a primeira equipe tenha mais experiência do que a segunda, mesmo que as duas tenham lido o mesmo relatório sobre o bem-sucedido desenvolvimento de uma inovação.

Portanto, um ponto essencial que surge no debate da inovação e do conhecimento é justamente a inserção da dimensão territorial nessa análise. Essa inserção ocorre, entre outros motivos, pela existência e importância do conhecimento tácito no processo inovador.

* Mateus Boldrine Abrita Professor, doutor, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul 
* Rafaella Stradiotto Professora, doutora, da Universidade Estadual de Maringá 
* Marcos Paulo da Silva Falleiro Doutorando da Universidade Federal do Rio Grande do Sul 

artigos

Ação, ação, ação

O Brasil é um laboratório de organicidade social

Sobre a importância das equipes no processo inovador é correto dizer:

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Perguntaram uma vez ao grande Demóstenes (384-322 a.C.), famoso pelo dom da oratória: “Qual a principal virtude do orador?”. Respondeu: “Ação”. Insistiram: “E depois?”. Voltou a repetir: “Ação”. Sabia ele que essa virtude, própria dos atores, era mais nobre que a eloquência. A razão? A ação é o motor da humanidade.

Faço este pequeno registro histórico para lembrar a promessa do presidente eleito Lula da Silva: fazer um governo além do PT. Será um desafio e tanto, sabedores que somos da índole do Partido dos Trabalhadores de encarnar os valores mais altos da política, a moral, a ética e as boas práticas, mesmo que sua história não tenha sido reta como uma régua.

É tão forte a crença do PT em sua identidade de sigla vestida no manto sagrado das virtudes que o alfabeto petista é declamado de maneira quase automática por seus integrantes: “O governo do PT, nosso governo, o PT é isso, o PT não é aquilo”.

Eis, portanto, o imbróglio que aguarda o presidente Luiz Inácio: furar a bolha do petismo, puxando partidos de cores diferentes do vermelho para uma administração compartilhada, respeitando as visões de novos parceiros, compreendendo as recentes disposições como fator de garantia da governabilidade.

Em suma, aceitar que o partido não deve e não pode se considerar uma “igreja” de fiéis convictos, fechada ao ingresso de outros crentes. Nos últimos tempos, vimos o mundo avançando no processo civilizatório, instalando novos paradigmas, abrindo vertentes diferentes de poder, a partir da multiplicação de novos polos de influência, como os que se incrustam nas entidades intermediárias, cada vez mais fortes: sindicatos, associações, federações, movimentos.

O Brasil é um laboratório de organicidade social. Em todos os espaços do território, vemos as sementes da intermediação social a cargo de uma gigantesca teia de organizações não governamentais. Urge observar que Lula ganhou o pleito não necessariamente por uma votação atrelada à adesão ao partido, mas por imensa rejeição ao seu adversário, Jair Bolsonaro (PL). Portanto, há contingentes não petistas que escolheram Lula pela crença de que deveriam dar o passaporte caseiro a quem constitui ameaça à democracia.

Dito isso, assistimos com certa apreensão a disputa, ainda em forma embrionária, de grupos do PT que tentam navegar no transatlântico do governo de transição. Neste momento, já garantiram ingresso naquela embarcação 12 ex-ministros do PT, sinalizando uma expectativa explícita de grupos em voltar a dar o tom na orquestra do Planalto.

Um afiado analista da política diz a este escriba que, a essa altura, a especulação imobiliária já impulsionou os aluguéis na capital federal em cerca de 50%. Haja gente querendo voltar a se refugiar nas franjas do poder central.

Como se intui, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffman, a ser elevada a um cargo de ministra, depara-se com um rolo de pressões para abrigar quadros do partido. Ela ouviu do presidente Lula a disposição de querer fazer um “governo além do PT”.

Já se ouvem protestos, mesmo à boca pequena, sobre o papel agregador e contemporizador do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). Cabe a esse ser uma espécie de “algodão entre vidros”, evitando dissensões e querelas públicas entre alas. Conseguirá?

Tudo vai depender da postura do novo dirigente. Lula é um dos mais experimentados perfis da administração pública, com lastro em dois mandatos no Executivo, um acurado observador dos tempos da ex-presidente Dilma e o maior líder popular do País das últimas décadas.

Encontrará, porém, barreiras mais altas que as do passado. Terá de pacificar o País. Trazer paz e harmonia. Diminuir as tensões entre os Poderes. Responder aos desafios do desenvolvimento, com uma economia vigorosa e saudável. Acima do viés partidário-ideológico.

Os três Poderes carecerão assumir os princípios constitucionais de independência, harmonia e autonomia. E respirar o ar das ruas. O Judiciário há de retomar sua função de guardião da Constituição, sem interferir nas pautas do Legislativo. O Poder Legislativo, por sua vez, haverá de cuidar com equilíbrio de coisas sensíveis e vitais como o orçamento.

E resgatar o papel das Medidas Provisórias, evitando que sejam carona para sediar temas estranhos à sua finalidade. Em suma, observar o princípio: cavalo comedor, cabresto curto.
Pretendem os Poderes melhorar sua imagem perante a sociedade? Ação, ação, ação.
P.S.: o presidente eleito, em discurso, nesta quinta no CCBB, em Brasília, prometeu fazer “um governo de diálogo”. E que o Brasil voltará à civilidade. Aplausos deste escriba às futuras Ações.

Cláudio Humberto

"Gastar como se não houvesse amanhã"

Senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) sobre como o PT pretende governar o Brasil

Sobre a importância das equipes no processo inovador é correto dizer:

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TCU força papel que a lei não prevê, na transição

É só um factóide a intromissão do Tribunal de Contas da União (TCU) para “supervisionar” a transição de governo. Órgão de assessoramento do Poder Legislativo, o TCU “força a barra” tentando protagonismo e, claro, holofotes. De quebra, presta vassalagem ao futuro presidente. A lei 10.609/02, que disciplina a transição, não faz a mais remota referência ao TCU. A lei prevê claramente, em seu artigo 2º, que a supervisão do trabalho será do coordenador da equipe, ou seja, o vice Geraldo Alckmin.

Exorbitância

É sinal preocupante o TCU atuar sem previsão legal, com viés político, quando seu papel constitucional é de apenas examinar contas públicas.

Palpiteiros

A transição é no Executivo, diz respeito a quem sai e entra e não prevê intermediação. Estranhos viram palpiteiros. Até na definição de cargos.

Eles não sabem

Pior é que o atual e o futuro governo se submetem à ilegalidade, aceitando participar de reunião no TCU para tratar de transição.

Curiosidade

A lei 10.609/02, bem detalhada, prevê por exemplo que se o escolhido for parlamentar o coordenador pode ser nomeado Ministro Extraordinário.

‘Nazistas’ de SC expõem ignorância e militância

Veículos de comunicação acusaram um grupo em Santa Catarina por “saudação nazista”. A notícia correu o mundo e até o embaixador alemão, apressadamente, protestou. A vergonha, porém, é maior pela ignorância e/ou militância de quem não lembra como se faz juramento à bandeira. O Ministério Público apurou que aquelas pessoas seguiam alguém que, ao microfone, pediu que colocassem a mão sobre o ombro de quem estava à frente, cantar o hino e jurar à bandeira. Zero “nazismo”

Resposta no Google

O gesto é repetido todo ano por milhares de jovens no alistamento, por exemplo. Os lacradores só precisavam “dar um Google” para ver.

Militância cega

Depois do vexame, ao ceder a fantasias, jornalões não assumiram o erro. Só trocaram para “saudação semelhante à nazista”.

Emenda ficou pior

Justificativas esdrúxulas seguiram. Para reiterar a narrativa, citaram que o juramento é feito por militares, não civis, e até erro do ângulo do braço.

Muito mudou

Agora “PEC da Transição” nas notícias pós-eleição, a proposta do PT de Auxílio Brasil de R$600 para 2023 foi apelidada de “PEC Eleitoral” antes da eleição, quando a mesma ideia foi proposta pelo governo Bolsonaro.

Há governo?

Os jornalões de sempre já chamam a equipe de transição de “governo Lula”. Quer dizer que Alckmin já é chefe da Casa Civil, Wellington Dias ministro da Fazenda e Aloizio Mercadante está de volta à... Educação?

Estranho, é

Ao contrário do festejado título do Palmeiras, em todo o País, a vitória de Lula passou quase em branco. Viraliza vídeo de maceioense mostrando que só uma em 400 casas do seu condomínio havia petistas celebrando.

Oxímoro ambulante

Derrotado no Amazonas, Eduardo Braga (MDB) quer STF “endurecendo a defesa da democracia”, na repressão a manifestantes. Não separou bloqueio ilegal de rodovias dos que exercem direito à livre expressão.

Irresponsabilidade

Sobre a proposta de criar Auxílio Brasil permanente de R$600, Danilo Forte (União-CE), ex-relator da PEC dos Benefícios, disse em julho que é “irresponsabilidade fiscal comprometer o Orçamento do ano que vem”.

Ops, deu errado

Imitador de Dilma, Geraldo Mendes (PT) tentou crescer na campanha para deputado em Minas atacando Nikolas Ferreira (PL). No final, teve 18 mil votos e Nikolas foi um dos mais votados do País, com 1,5 milhão.

Tem influência?

A concessão pública da Globo acabou há 45 dias, mas a lei permite que a TV funcione até que seja avaliado o pedido de renovação (de 15 anos), feito ao governo federal. Precisa do aval do presidente e do Congresso.

Interesse é alto

As ações do Twitter estão suspensas da Bolsa de NY desde o dia 28 de outubro e devem deixar o sistema até o próximo dia 8. Ainda assim, cada passo da empresa (agora) privada é coberto à exaustão nas manchetes.

Pensando bem...

...até agora está mais para “governo Alckmin”.

PODER SEM PUDOR

Motorista disciplinado

Vice-prefeito de Icó (CE), Fabrício Moreira contratou uma figura folclórica da cidade, Joaquim dos Santos, como seu motorista. Mas Joaquim não era propriamente um ás do volante.

Certa vez, em viagem a um distrito vizinho, eles desciam a perigosa ladeira da Bertioga, quando Fabrício Moreira viu que uma carreta descendo na contramão.

Ordenou, com um grito: “Joaquim, desvie o carro para o acostamento!” A resposta: “Posso não, doutor, eles é que estão errados.” Fabrício repetiu a ordem várias vezes, até que perdeu a paciência, tomou a direção e desviou o carro, ele mesmo, do desastre iminente. E desabafou: “Joaquim, seu maluco, no céu não tem Detran!”.

Sobre a importância das equipes no processo inovador é correto dizer:

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Qual é a importância de uma equipe?

O trabalho em equipe é importante para as empresas, pois reúne profissionais com diferentes talentos e habilidades, o que permite uma visão mais ampla dos negócios, além de diferentes formas de pensar e agir.

Qual é a importância do trabalho em equipe?

Porque além de melhorar a convivência entre os profissionais, também beneficia as empresas. Nele, o trabalho em equipe agrupa várias pessoas com qualidades, experiências e conhecimentos diferentes para se alcançar uma mesma meta. O que é muito benéfico para todos.

Qual a importância de uma equipe para o contexto organizacional?

A equipe de funcionários são os verdadeiros ativos de todas as organizações. E seu sucesso é bem proporcional ao trabalho árduo de cada funcionário. Os indivíduos devem trabalhar de maneira um pouco diferente e mais inteligente do que os outros e sempre se sentem motivados a dar o melhor de si.

Como se deve formar equipes inovadoras?

Equipes inovadoras, um único propósito Esse é um propósito que precisa ser comum a todos. O autoestímulo da equipe e a leitura precisa do gestor de perceber se as pessoas estão trabalhando com o que gostam, nas funções mais adequadas a suas habilidades, são aceleradores da criatividade e, consequentemente, da inovação.