Soluções para melhorar os problemas causados pelo trânsito em nosso país Texto

Aumento do número de ciclovias, multas, rodízio, estas são apenas algumas soluções que tentam conter e organizar o número de carros que transitam pelas cidades.

O Futurando 29 mostrou um estacionamento na Alemanha que utiliza um elevador de carros e um sistema de visualização das vagas para organizar os veículos sem ocupar muito espaço. Segundo uma estimativa da Agência Internacional de Energia, em 2035 o número de carros nas ruas pode chegar a 1,7 bilhão. Mas como enfrentar um trânsito deste tamanho? Conheça algumas saídas para o problema já adotadas em grandes cidades.

Notícias relacionadas

Soluções para melhorar os problemas causados pelo trânsito em nosso país Texto
Você sabe por que os raios fazem zigue-zague no céu?
Soluções para melhorar os problemas causados pelo trânsito em nosso país Texto
Nova York aprova lei de compostagem humana
Soluções para melhorar os problemas causados pelo trânsito em nosso país Texto
Cientistas revelam quem estava nos caixões de chumbo escondidos em Notre Dame

1. Pistas para carros com mais passageiros

Uma opção para diminuir o número de carros nas ruas é incentivar a carona. Nos Estados Unidos existem pistas exclusivas para automóveis com mais de dois ou três passageiros. A High Occupancy Vehicle, ou pista para veículo de alta ocupação, permite que automóveis com mais pessoas possam transitar por uma faixa exclusiva nos horários de pico. As vias são sinalizadas com um símbolo de um diamante e o número mínimo de pessoas requeridas para aquela região. Em algumas cidades, além de pistas especiais, há também a isenção de pedágios. Nos horários de menos movimento, as pistas ficam disponíveis para todos os veículos.

2. Selos ambientais e zonas de baixas emissões de poluentes

Com a implantação das zonas ambientais, em 2008, a Alemanha buscou amenizar dois problemas: o trânsito e a qualidade do ar nas cidades. Estas áreas exigem um selo em cada carro. Os automóveis são classificados com selos da cor verde, amarela e vermelha, de acordo com o nível de emissões. Só os carros menos poluentes podem entrar nas zonas ambientais. São 54 áreas deste tipo distribuídas por todo o país. Mesmo assim, em 2011 a Alemanha atingiu seu maior índice de poluição do ar. Mas as autoridades destacam que a situação é melhor com estas zonas do que seria sem elas.

3. Pedágio Urbano

Cobrar pedágio nas áreas centrais da cidade mostrou ser uma solução de sucesso em Londres e em Cingapura. Os recursos arrecadados no pedágio são investidos no transporte público. Cingapura aderiu ao modelo em 1975, e a procura pelo transporte público cresceu 63%, fazendo o número de carros diminuir significativamente. Em Londres, o pedágio urbano foi implantado em 2003, e pesquisas apontam que, apesar da diminuição de veículos nas ruas centrais, não houve uma redução da poluição. Em São Paulo, o sistema ainda gera polêmica; em Porto Alegre a opção foi totalmente descartada. Os cidadãos não querem pagar ainda mais para transitar pela cidade.

4.Compartilhamento de carros

O chamado carsharing pode ser também uma solução para diminuir a quantidade de carros nas ruas. O serviço, disponível em algumas cidades brasileiras desde 2009, é bastante difundido em grandes metrópoles de todo o mundo. Pelo modelo, o motorista pode utilizar o carro e deixá-lo no destino para que o próximo usuário o dirija. Em Paris, uma empresa de carros elétricos que oferece o serviço já tem mais de 37 mil usuários, e mais de mil pessoas aderem ao sistema toda semana. Na maioria dos casos, o condutor precisa buscar e deixar o veículo em pontos específicos. Na Alemanha, mais de 100 empresas oferecem este serviço. E atualmente os próprios fabricantes de automóveis estão entrando neste mercado.

5. Corredores e faixas exclusivas para o transporte público

Curitiba e Bogotá já utilizam esta solução, e cada vez mais cidades aderem ao modelo. Garantir uma faixa exclusiva para o transporte público é uma maneira de garantir agilidade no percurso. O sistema é utilizado em Curitiba desde 1974. A cidade foi pioneira na modalidade, que funciona tão bem quanto um metrô. Nas duas cidades também circulam ônibus biarticulados, levando um maior número de pessoas por trajeto. São até 250 pessoas por viagem. Em Bogotá, cerca de 1 milhão e meio de passageiros são transportados todos os dias por esse sistema.

+Os melhores conteúdos no seu e-mail gratuitamente. Escolha a sua Newsletter favorita do Terra. Clique aqui!

Soluções para melhorar os problemas causados pelo trânsito em nosso país Texto
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.

A questão da mobilidade é um problema indiscutível na maioria das cidades brasileiras de médio e grande porte. Este post faz uma coletânea de algumas ações que podem ajudar a minimizar esses problemas (contribua com mais ideias nos comentários!). A lógica é simples e segue dois princípios básicos:

  • Diminuir a necessidade de deslocamentos pela cidade;
  • Otimizar a utilização do espaço de circulação, através do incentivo a meios de transporte que consumam menos espaço por pessoa (o automóvel particular é o que possui a pior eficiência).

Vamos às ações:

Diminuir a necessidade de deslocamento e otimizar o uso do espaço de circulação: princípios simples para melhorar a acessibilidade urbana.

  1. Implementar corredores exclusivos para ônibus – são baratos, simples de executar e trazem o grande benefício de evitar que os ônibus compartilhem as pistas engarrafadas em horas de rush, trazendo uma vantagem real para os usuários em relação aos motoristas de automóveis.
  2. Obviamente, melhorar as demais características do transporte coletivo, tais como área de abrangência, frequência, pontualidade, qualidade das estações de embarque, proximidade a serviços complementares, etc.
  3. Implementar ciclovias e ciclofaixas para estimular o deslocamento por bicicletas, especialmente para pequenos e médios percursos realizados não apenas nos fins-de-semana mas principalmente no dia-a-dia.
  4. Integrar os modos de transporte entre si, de forma a facilitar o deslocamento de usuários que dependem de vários modais para uma mesma viagem (ex.: integração tarifária entre metrô e ônibus; adaptação de ônibus e terminais para o transporte e estacionamento, respectivamente, de bicicletas; e assim por diante).
  5. Agilizar o embarque nos ônibus, por exemplo utilizando a estação do Ligeirinho, de Curitiba, e instalando equipamentos apropriados para o acesso de cadeirantes.
  6. Adotar faixas de veículos em que só podem trafegar automóveis com mais de duas pessoas, que reduzem a quantidade de carros nas ruas por motivos óbvios. Para que isso funcione, é necessário que haja fiscalização e punição para os infratores.
  7. Estimular, por meio de instrumentos de indução e controle do uso do solo, a proximidade entre áreas residenciais e áreas de concentração de empregos – diminuir a necessidade de deslocamento no principal tipo de deslocamento pode reduzir o número total de viagens a serem feitas diariamente (CERVERO; DUNCAN, 2006).
  8. Da mesma forma, estimular áreas residenciais de uso misto, de forma a tornar desnecessárias ou pelo menos diminuir a necessidade de viagens de automóvel para acessar pequenos comércios e serviços.
  9. Criar novas conexões entre ruas, nos casos em que as quadras sejam muito grandes e prejudiquem a locomoção concentrando o movimento em apenas algumas ruas principais. Isso não apenas facilita o deslocamento veicular (incluindo automóveis, mas também ônibus e microônibus), como principalmente o movimento de pedestres e ciclistas, e de quebra ainda pode estimular o aparecimento de pequenos comércios nas esquinas criadas. Isso vale também para os projetos de parcelamento do solo, que deveriam manter dimensões moderadas para as quadras (e portanto para as conexões entre ruas) e sempre, SEMPRE, conectar-se com o sistema viário do entorno de forma a realizar as costuras necessárias para os deslocamentos urbanos (condomínios fechados são muito prejudiciais nesse sentido).
  10. Incentivar a ocupação dos vazios urbanos (que atualmente estão retidos aguardando valorização), ao invés de ampliar indefinidamente o perímetro urbano e aumentar ainda mais as distâncias entre residências e empregos.

Em um horizonte de tempo mais longo, e contanto que as soluções acima já tenham sido implementadas, outras ações mais radicais podem ser buscadas:

Quais são as soluções para melhorar os problemas causados pelo trânsito em nosso país?

6 soluções para reduzir congestionamentos.
Rodízio de veículos. O rodízio de veículos é uma das possíveis medidas de redução de congestionamento. ( ... .
Pedágio urbano. ... .
Reestruturação rodoviária. ... .
Investimento no transporte coletivo. ... .
Políticas de ciclomobilidade. ... .
Políticas multimodais..

O que fazer para melhorar o trânsito no Brasil?

TOP 5 IDEIAS PARA MELHORAR O TRÂNSITO NO BRASIL.
Carsharing, carona ou outros meios de transporte alternativos. ... .
Tente um caminho diferente. ... .
Pegue leve com os freios e com o acelerador. ... .
Evite a curiosidade. ... .
Dê espaço para seu carro. ... .
Educar é o primeiro passo..

Quais são os problemas causados pelo trânsito no nosso país?

Além dos problemas causados diretamente pelos acidentes de trânsito, como as mortes e sequelas, existem outros problemas causados indiretamente por fatores como stress, poluição (atmosférica e sonora, por exemplo), distúrbios emocionais, dentre outros.

O que fazer para evitar o congestionamento?

Mantenha sempre uma distância considerável do carro da frente para evitar recorrer ao pedal de freio com tanta frequência durante o congestionamento. Quando o trânsito estiver parado, ou se estiver em uma ladeira ou trecho de serra, prefira utilizar o freio de mão, seja na subida ou na descida.