Como foi a destruição do Império Asteca

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Conquista do Império Asteca
Colonização espanhola da América
Como foi a destruição do Império Asteca

Conquista de Tenochtitlán (atual Cidade do México)
Data Fevereiro de 1519 – 13 de agosto de 1521
Local Império Asteca (atual México)
Desfecho Vitória espanhola e de seus aliados;
Mudanças territoriais Consolidação da colonização espanhola do México
Beligerantes
Como foi a destruição do Império Asteca
Império Espanhol
Confederação de Tlaxcala
Totonacas
Zaachilas
Império purépecha
Como foi a destruição do Império Asteca
Império Asteca

(1519–1521)

Como foi a destruição do Império Asteca
Texcoco
Como foi a destruição do Império Asteca
Tlacopan


  • Como foi a destruição do Império Asteca
    Metztitlan
  • Como foi a destruição do Império Asteca
    Tarascan (1522–1530)
  • Tututepec
  • Yopitzinco
  • Reino de Zaachila
  • Como foi a destruição do Império Asteca
    Reino de Colima
  • Como foi a destruição do Império Asteca
    Reino de Xalisco
  • Chichimecas
Comandantes
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Hernán Cortés
Como foi a destruição do Império Asteca
Pedro de Alvarado
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Gonzalo de Sandoval
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Cristóbal de Olid
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Nuño de Guzmán
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Xicotencatl II †
Como foi a destruição do Império Asteca
Xicotencatl I
Como foi a destruição do Império Asteca
Maxixcatl
Como foi a destruição do Império Asteca
Xicomecoatl
Moctezuma II †
Cuitláhuac †
Cuauhtémoc  
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Cacamatzin †
Coanacoch  
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Tetlepanquetzal  
Como foi a destruição do Império Asteca

Itzquauhtzin †
Tangaxoán II  
Como foi a destruição do Império Asteca
Forças
Como foi a destruição do Império Asteca
Conquistadores:
  • 2 500 – 3 000 soldados de infantaria
  • 90 – 100 na cavalaria
  • 32 canhões
  • 13 galés

Tlaxcala e outros aliados nativos:

  • 80 000 – 200 000
Como foi a destruição do Império Asteca
Astecas: 300 000
Tarascan: 100 000
Baixas
1 800 espanhóis mortos (1 000 em combate)
Milhares de nativos mortos (combate ou doenças)
200 000 mortos (combatentes e civis)

A Conquista do Império Asteca foi a campanha militar que deu início à colonização espanhola da América. A campanha foi iniciada em 1519 e finalizada em 1521 com a derrota do Império Asteca e o começo do domínio espanhol nas Américas em detrimento dos povos nativos.[1][2][3]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Hernán Cortés era um tabelião que acompanhou o governador Diogo Velasquez na conquista de Cuba em 1511, tendo lá recebido como recompensa grandes propriedades, onde se instalou e fez fortuna. Após a indicação do seu nome pelo governador vendeu as suas terras e financiou a expedição com o próprio dinheiro.

Civilização asteca
Sociedade asteca
Língua náuatle
Religião · Mitologia · Filosofia · Calendários
Sacrifícios humanos · Medicina
História asteca
Aztlan · Códices · Militarismo
Tríplice Aliança Asteca
Conquista do Império Asteca
Queda de Tenochtitlan · Noite Triste
Moctezuma II · Hernán Cortés

  • v
  • d
  • e

Os astecas, o povo dominante na região, acreditavam (de acordo com mitos antigos) na tradição do regresso de Quetzalcóatl num ano Ce-Acatl. O calendário asteca era dividido em ciclos ou períodos de 52 anos. Cada 52.º ano era um ano Ce-Acatl sendo 1519 um desses anos. Os astecas acreditavam que os conquistadores espanhóis eram enviados dos deuses (de acordo com os estudiosos ortodoxos), tendo oferecido pouca resistência aos seus avanços. (Ironicamente, Cortés não menciona este episódio nas suas cartas ao rei Carlos Vda Espanha.)

Os estudiosos modernos começam a questionar esta forma de interpretar o que se passou. Reputados estudiosos dos astecas, como Ross Hassig da Universidade de Oklahoma, demonstraram que Quetzalcóatl era na realidade uma ordem religiosa de sacerdotes durante a anterior era tolteca. Esta ordem, sob tutela do seu líder Ce Acatl Topiltzin Quetzalcoatl é famosa pelo seu exílio na zona oriental do México (no que é hoje o Iucatã). Os astecas poderão ter pensado que os espanhóis eram possivelmente da linhagem da ordem de Quetzalcoatl e como tal merecedores tratamento diplomático.

Para aumentar ainda mais a confusão sobre este assunto, existe o fato da língua nahuatl dos astecas estar repleta de termos para humildade e polidez, especialmente para convidados. Os embaixadores estrangeiros eram sempre tratados com reverência e convidados para a capital Tenochtitlan, onde experimentavam todos os aspectos da alta diplomacia esperada entre nações. Acabariam por se opor aos espanhóis, depois de se ter tornado evidente que estes não pertenciam à linhagem dos sacerdotes de Quetzalcóatl e que tão pouco eram deuses.

Após uma importante batalha em 1519, onde forças espanholas foram derrotadas e obrigadas a bater em retirada, eles reagruparam-se fora do vale do México. Passados oito meses estavam de regresso, tendo ao seu lado um contingente ainda maior de nativos seus aliados. Por esta altura a varíola, trazida pelos espanhóis, havia dizimado a população asteca, reduzindo drasticamente a capacidade de combate das forças astecas.

A capital Tenochtitlan foi sitiada, tendo este fato conduzido à derrota total dos astecas em 1521. Apesar das suas armas de metal, cavalos, canhões e milhares aliados indígenas, os espanhóis levaram sete meses inteiros para conseguir a capitulação dos astecas. Tratou-se de um dos mais longos cercos continuados da história mundial.[carece de fontes]

Foram três os principais fatores contribuintes para a vitória espanhola. Em primeiro lugar, os espanhóis possuíam tecnologia militar superior, incluindo armas de fogo (arcabuzes, mosquetes, espingardas e canhões), arcos, bestas, armas brancas de ferro e aço, cães e cavalos.

Outros aliados dos espanhóis foram as várias doenças do Velho Mundo que haviam levado com eles (principalmente a varíola), para as quais os nativos não tinham qualquer imunidade e que acabariam por tornar-se pandêmicas, dizimando uma grande parte da população nativa. Por último, os espanhóis tornar seus aliados vários povos sob o domínio do Império Asteca que viam os espanhóis como o meio de se libertarem do poder asteca, destacando-se de entre eles os tlaxcaltecas.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Massacre do Templo Maior
  • Conquista do Império Inca

Referências

  1. «Conquest of the Aztec Empire Part I». www.spanishwars.net (em inglês). Consultado em 6 de maio de 2017
  2. Bernal Díaz del Castillo, The Conquest of New Spain – available as The Discovery and Conquest of Mexico: 1517–1521 ISBN 0-306-81319-X
  3. VÉLEZ Cipriano, Iván (2019). «La conquista de México: Una nueva España» 1ª ed. La Esfera de los Libros. 1. 360 páginas. ISBN 978-8491645283

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • História verdadeira da conquista da Nova Espanha, por Bernal Díaz del Castillo, em espanhol
  • As cartas de Cortés, com a narrativa dos eventos relativos à conquista do México, conforme descrição feita pelo próprio Cortés
  • Visão dos vencidos Relatos indígenas contemporâneos à época da conquista do México, organisados por Miguel León Portilla
  • A conquista da América, a questão do outro, por Tzvetan Todorov

Como o Império Asteca foi destruída?

Liderados por Hernán Cortés, os espanhóis, aliados a milhares de indígenas, conseguiram a conquista dos astecas após a batalha na cidade de Tenochtitlán, em 1521. A conquista dos astecas aconteceu entre 1519 e 1521 e foi um dos episódios da invasão e colonização da América pelos espanhóis.

O que foi decisivo para destruição do Império Asteca?

Sem dúvida, as doenças trazidas pelos espanhóis contribuíram para a derrota do Império Asteca. Dentre essas doenças estavam o sarampo, a gripe (para a qual, os indígenas do continente americano não possuíam anticorpos) e a varíola, que se tornou uma epidemia.

Como os astecas morreram?

Mas, finalmente, a verdadeira culpada foi encontrada por cientistas alemães: febre entérica – também conhecida como febre tifoide. Causada por uma variedade da bactéria salmonela, a febre tifoide matou 15 milhões de astecas em 5 anos, entre 1545 e 1550 – o correspondente a 80% da população.

Quem foi o responsável pela destruição do Império Asteca?

De 1519 a 1521, Hernán Cortés liderou cerca de 500 espanhóis durante a conquista dos astecas na região em que hoje está localizado o México. A conquista dos astecas foi um dos capítulos da conquista da América Espanhola realizada após a chegada dos europeus nesse continente.