Como saber oque eu quero ser

Como saber oque eu quero ser


Lá pelos 12 anos você já mudou a sua resposta umas vinte vezes. Antes queria ser astronauta, depois médico, ator e, por fim, jogador de futebol. Desde que nos conhecemos por gente ouvimos a famigerada pergunta:

Como saber oque eu quero ser
O que eu quero ser?
E sempre respondemos ela de forma errada.

O que eu quero ser?

Talvez por influência dos adultos, mesmo quando pequeninos associamos o "ser" a uma profissão. O que nós somos é interpretado como aquilo que fazemos. O trabalho nos define e, influenciando a maioria das nossas decisões importantes do berço à cova, o trabalho define a nossa vida. Mas você não é o seu trabalho.

O trabalho é uma ocupação, portanto tem caráter temporário. O que eu faço hoje pra ganhar dinheiro pode ser diferente do que faço amanhã. Um bombeiro pode cansar do seu emprego e virar funcionário público, enquanto um advogado pode ficar de saco cheio da vida no escritório e sair pra viajar o mundo fazendo todos os tipos de bico pra se sustentar. Posso mudar a minha ocupação, sem mudar quem eu sou ou o que eu quero ser.

Na minha idade já não ouço a famigerada pergunta, mas se pudesse voltar 10 ou 15 anos no tempo, saberia de uma coisa.

Que eu não quero ser jogador de futebol, porque a carreira acaba aos 30 e poucos e depois? Vou ser o quê?
Não quero ser astronauta.
Não quero ser médico.
Não quero ser advogado.
Não quero ser enfermeiro.

Não quero ser definido pela minha profissão, que pode mudar de um dia pro outro.

O que eu quero ser é livre, viver uma vida do meu jeito, sem restrições e limites impostos pelos outros. Quero ter liberdade de ir para onde quiser, sem me sentir amarrado a um lugar ou a certos problemas. Quero tomar minhas próprias decisões e não depender de ninguém.

Como saber oque eu quero ser
Viajar faz eu me sentir livre
O que eu quero ser é saudável, me sentir forte física e mentalmente. Quero me alimentar bem, não sentir dores nas costas e sair correndo loucamente igual o Forrest Gump, me cansando só depois de uma dezena de quilômetros.

O que eu quero ser é aberto às emoções. Quero sentir medo, ansiedade, frio na barriga, amor, excitação e alegria, mas nunca me sentir apático perante a vida. Quero ficar receoso com o que o futuro reserva, quero sorrir sem motivo quando acordar num dia bom.

O que eu quero ser é alguém que faz o bem sempre que puder. Quero ajudar a natureza catando um papel de bala no chão e jogando no lixo reciclável, fechando a torneira na hora de ensaboar a louça, parando de contribuir para o sofrimento dos animais. Quero parar pro pedestre atravessar, juntar no chão algo que um desconhecido deixou cair, ser alguém de confiança para alguém procurando um ombro.

O que eu quero ser é curioso, nunca deixar de aprender coisas novas. Quero conhecer o máximo que puder do mundo, quero ver outras formas de viver e respeitar aqueles que vivem e pensam diferente de mim. Quero continuar estudando o que me interessa, aprendendo novas habilidades.

E quero ser tudo isso mesmo se um dia não estiver trabalhando, mesmo sem ser nada naquela velha concepção de que você é a sua profissão.

O que eu sou tem a ver comigo, não com o que eu faço.

E você, o que quer ser?


Eu sou uma eterna insatisfeita e eu digo isso com a clara intenção que o Universo interprete essa frase com a melhor das conotações. Mal termino um projeto (um curso, um texto, uma leitura) e já quero começar a fazer a versão 2.0 ou 3.0. O que não significa, por um lado, que eu não aprecie as pequenas vitórias da vida ou que eu não me dê mérito e acolhimento o suficiente pelas minhas conquistas. Eu me dou – ou, pelo menos, tento com bastante afinco. Mas são tantas as oportunidades que a gente tem de melhorar, otimizar e aumentar as nossas capacidades, cara. MUITAS. Como não querer aproveitar todas?

Impossível. Absolutamente impossível.

Nas últimas duas semanas eu tive o imenso prazer de poder ver uma dessas atualizações vir à vida. Ela foi humilde, não muito gigantescamente grande, mas já encheu o meu coração de alegria, de entusiasmo e de todas essas coisas boas – e esse upgrade foi o seguinte: eu dei aula para as três primeiras turmas do meu novo curso presencial. O Sintonia (como eu resolvi chamá-lo) é a versão atualizada do Recalculando 2017, o primeiro-primeiríssimo curso presencial que eu criei para o Eu Organizado. O nome foi provisório e aconteceram duas turmas oficiais dele ano passado, aqui no Rio. Agora em abril, porém, o Sintonia deixou de ser só uma ideia na minha cabeça e finalmente deu as caras no mundo. Formou-se uma turma no Rio, duas em São Paulo e ó, vou te dizer: mesmo com os imprevistos, tudo rolou do jeito que eu tinha imaginado.

Eu compartilhei com os leitores VIPs da nossa newsletter semanal alguns insights e lições que eu pesquei ao longo dessas turmas (e se você quiser entrar pra essa turma também, clique aqui), mas algo ainda estava faltando. Eu queria, de alguma forma, prestar uma homenagem ao ciclo que se fechou no ano passado e, ao mesmo tempo, ajudar quem talvez esteja precisando de uma forcinha para colocar a vida nos eixos e decidir quais são os seus próximos passos. Esse texto aqui é, basicamente, um compêndio das melhores dicas e exercícios que estavam na apostila do (agora finado) curso Recalculando 2017.

E essas ideias são, obviamente, atemporais.

As alunas que fizeram esse curso receberam essa apostila e, para o curso Sintonia, eu coloquei tudo abaixo e escrevi uma apostila totalmente diferente. A proposta do curso mudou, o enquadramento teórico & prático que eu quis dar para esse curso mudou e aí, inevitavelmente, as palavras precisaram mudar também. Apesar da vontade de me superar constantemente, eu tenho um carinho imenso pelos meus primeiros passos – e, ainda mais, pelas pessoas que estiveram do meu lado durante eles. À todas as minhas primeiras-alunas-cobaias, o meu eterno amor. Algumas delas se tornaram amigas íntimas e foi só por causa do valioso feedback de vocês que eu pude criar uma experiência e entregar um resultado ainda melhor para o mundo – mais humano, mais holístico e mais afinado com as necessidades das pessoas.

Esse artigo, portanto, é de tudo um pouco: jabá, agradecimento, homenagem e semente.

Semente para fazer crescer em você a pulguinha da insatisfação, antes de tudo. Não de uma forma excludente e radical, que negue tudo o que você já conquistou até hoje, e sim de um jeito agregador, positivo e expansivo. Do tipo que te faz parar e perguntar: o que eu posso fazer por mim mesmo/a hoje?

 

Como saber oque eu quero ser
Como saber oque eu quero ser

 

 

Os conceitos

Existe um caminho certo?

Eu poderia falar muitas coisas sobre isso, mas vou deixar que o psicólogo Flávio Gikovate (falecido em 2016) fale por mim. Ele dizia que "a vida não tem nenhum sentido, mas que não é proibido lhe atribuir um." Fantástico, né? Eu quero que você comece essa jornada com duas coisas muito importantes em mente. A primeira coisa: você é, sim, responsável pela sua vida. Pelo menos até certo ponto. Você vai precisar tomar atitudes deliberadas e correr atrás dos seus sonhos sim – ninguém mais vai fazer isso por você. A segunda coisa: os seus caminhos estão sempre abertos. Opções erradas não existem. Você sempre vai ter escolhas e a própria vida te apresentará um leque infinito de opções. Qual delas você vai bancar? Qual delas mais ressoa com a sua vontade? Para onde é o seu umbigo está te dizendo para ir?

 

Nada vai ser desperdiçado

Essa frase é da escritora norte-americana Cheryl Strayed e ela define muito bem outra ideia essencial que eu quero passar pra você: todos os dias inúteis vão dar em alguma coisa. Antes de começarmos a falar de metas e de planejamento detalhado, eu quero que você se aceite. Eu quero que você se acolha e se permita ter dias inúteis – ou até mesmo semanas e meses inúteis. Saber dar espaço para o caos, para o imprevisível e para o inesperado é sempre um pouco assustador. Fica parecendo que nós não estamos fazendo nada que preste. Mas como disse a Cheryl, dias inúteis não existem. Todos eles resultam em uma combinação particular, preciosa e exótica: você. Exatamente da forma como você é hoje, pisando exatamente aonde você está pisando agora. Ninguém consegue sair de Salvador para Belo Horizonte se não aceitar o fato que o seu ponto de partida é Salvador. Nenhuma meta vai funcionar se você – a única pessoa que pode fazer alguma coisa pela sua trajetória – não aceitar o lugar em que você está.

 

A vida dos seus sonhos existe sim

Ela provavelmente não vai ser igualzinha a como você sempre imaginou, é claro. O próprio destino sempre adiciona uma pitada ou duas de algo que estava totalmente fora dos nossos planos. E por mais incrível que seja o seu futuro, você sempre vai precisar fazer sacrifícios e enfrentar desafios bem difíceis. Eu não estou aqui para colocar panos quentes e te dizer que o caminho para a felicidade é coberto de flores, unicórnios e dias ensolarados. Às vezes ele vai ser espinhento. Mas o que eu quero te dizer é que você tem a quantidade de livre arbítrio exata para construir o futuro que você quiser. Por mais que as condições externas te influenciem, você tem o incrível e devastador poder de escolher as suas ações. Já parou para pensar no verdadeiro poder disso? É claro que as limitações existem, mas eu estou te dando a permissão para sonhar o quanto você quiser. As chances estão sempre à nosso favor.

 

O poder da simplicidade

Nós frequentemente subestimamos e desvalorizamos aquilo que é muito simples. Fato. Encontrar desculpas complexas, dar explicações racionais profundamente detalhadas e usar soluções super difíceis para fugir daquilo que nós temos medo de fazer são artes que nós dominamos muito bem, obrigada.

A opção simples nem sempre é a mais fácil, aliás. Simplicidade e facilidade são ideias que parecem iguais, mas que podem ser (e geralmente são) bem diferentes. A opção mais simples é aquela que não exige quase nada de você para te dar um resultado em troca. Você sente e vê as consequências das ações simples quase que imediatamente, na lata. Ela é a fruta mais baixa da árvore, aquela que está mais perto da sua mão.

A opção mais fácil, por outro lado, é aquela que você está mais acostumado a fazer. E muitas vezes, acredite ou não, nós usamos as “coisas difíceis” para fugir de colocar a mão na massa. Então te digo desde já: você vai precisar sair da sua zona de conforto sim. Os passos iniciais da sua jornada não vão ser necessariamente fáceis, mas eles sempre devem ser os mais simples possíveis.

 

O seu maior aliado, o tempo

A única grande e poderosa força que vai te ajudar a conquistar as suas metas do ano: o tempo. Lembra quando eu falei que você pode ter a vida dos seus sonhos? Eu disse isso porque eu sei que o ser humano é capaz de coisas muito incríveis e maravilhosas, por menor que seja o seu livre arbítrio. Todos nós temos contas para pagar, papéis pra exercer e responsabilidades que nós não queremos ter jogadas em cima dos nossos ombros. Mas sabe o que mais nós temos? Tempo. E livre arbítrio. É claro que o tempo não vai fazer o trabalho sozinho. Você precisa ajudar. Você precisa dar para a vida o material certo para que ela te ajude a chegar aonde você quer. É como diz o escritor Jeff Olson:

"O segredo do tempo é apenas esse: o tempo é a força que transforma as coisas pequenas, quase imperceptíveis e aparentemente insignificantes que você faz todos os dias em algo titânico e invencível."

 

1% todo santo dia

É aqui que a mágica acontece de verdade. Como eu sempre digo: a magia está nos detalhes. E está mesmo. As grandes mudanças não chamam atenção enquanto estão acontecendo. Ninguém muda da água para o vinho, do dia para a noite. A força invisível, lenta e absurdamente avassaladora que está agindo em cima dessas grandes mudanças é o tempo. E ele é muito sagaz. Ele age na moita, longe dos olhos do mundo e dos flashes dos fotógrafos. É claro que eu vou te ensinar, mais para frente, o quão importante é escolher metas com resultados positivos imediatos – daquele tipo que você sente logo na pele, sabe? Mas antes disso eu te advirto do seguinte: as suas grandes metas vão levar tempo para acontecer. E tudo bem. De que forma você pode, hoje, avançar 1% em direção às suas metas? Qual é a melhoria marginal, minúscula, quase risível, que você pode fazer para chegar mais perto da pessoa que você deseja ser?

Decidir que você vai melhorar a sua rotina ou as suas atitudes em pelo menos 1% todos os dias – faça chuva ou faça sol, esteja você super animado ou no fundo poço – é um direito seu.

 

Os exercícios

Reconheça as suas forças

A única pessoa com quem você realmente pode contar é você. Eu sei que isso soa um pouco antissocial, mas eu preciso deixar isso claro. Realinhar as suas metas e direcionar a sua vida para aonde você quer ir é um ato solitário e autônomo. As pessoas que estão ao seu redor sempre vão te ajudar, te apoiar e estar do seu lado, mas quem precisa fornecer o combustível para esse foguete é você – e mais ninguém. As perguntas a seguir foram feitas para que as raízes da sua autoconfiança cheguem ainda mais fundo e para que você reconheça as coisas boas que já conquistou até hoje – um hábito que anda muito em falta hoje em dia. Se você não oferece acolhimento pra você mesmo e não comemora as suas vitórias, não ponha essa expectativa em cima dos outros. Esse trabalho é seu.

Responda duas perguntas abaixo e se dê bastante tempo e paz para respondê-las:

  • Quais são as coisas que eu faço naturalmente bem? Quais são as minhas maiores habilidades?

  • Quais foram os meus dez maiores sucessos até hoje? Quais conquistas mais me dão orgulho?

 

As sete áreas da sua vida

Autoconhecimento é uma parte importantíssima da organização e do planejamento de vida. Se nós não pararmos para nos conhecer melhor, avaliar o que estamos fazendo e identificar os padrões que vivem aparecendo na nossa vida, ninguém mais vai. É como diz aquela metáfora do mapa: se você não sabe aonde você está, como vai descobrir para onde precisa ir? Abrir os olhos e aceitar de peito aberto a sua realidade atual é um pré-requisito. Esse exercício é para que você entenda melhor as áreas da vida e reconheça qual é a sua forma de lidar com elas.

Para cada uma das sete áreas, responda essas perguntas: como eu trato essa parte da minha vida? Qual é a maior dificuldade que eu tenho aqui, atualmente? Qual é a maior força que eu trago para esse aspecto da minha vida? As sete áreas são essas:

  1. Família, amigos e afetos

  2. Saúde e bem-estar

  3. Lazer e vida social

  4. Trabalho e vida profissional

  5. Espiritualidade

  6. Desenvolvimento pessoal

  7. Vida financeira

 

O que você fez até agora?

As próximas perguntas servem para que você liste, de modo bem prático, o que aconteceu na sua vida esse ano. Desde o início de janeiro até o dia de hoje, como se desenrolou a sua vida financeira? Quais foram as oportunidades que surgiram pra você profissionalmente? Você gastou algum tempo ou investiu no seu desenvolvimento pessoal de alguma forma? Cuidou da sua saúde ou deixou ela um pouco de lado? Você fez novos amigos, foi a lugares diferentes ou fez alguma viagem? Essa é a hora de entender quais foram os passos – conscientes ou não, voluntários ou não – que te fizeram chegar até aqui, hoje. Faça uma descrição e responda algumas  dessas perguntas para cada uma das sete áreas da sua vida.

 

Como você está hoje?

Voltando para o presente, agora é o momento de pensar na sua situação atual. Como está a sua vida financeira? Você está com dívidas? Como estão os seus relacionamentos? Você tem estado em contato com os seus amigos e colegas? Tem saído para se divertir? E a sua vida sexual, como está? Você tem feito exercício físico? Foi ao médico para fazer um exame de rotina ou para tratar de uma doença? Como está a sua alimentação? Você tem comido a primeira coisa que você vê na geladeira ou tem dedicado tempo para aprender novas receitas e usar alimentos frescos nas refeições?

E como está o seu lazer? Você tem feito coisas que te agradam? Tem praticado os seus passatempos preferidos ou descobertos novos hobbies? E a sua conexão com a parte imaterial e divina da vida, como anda? Não é necessário escrever nada, apenas esclarece aonde você está agora.

 

Você está satisfeito/a com isso?

Tendo em mente as suas respostas da página anterior, dê uma nota – de 0 a 10 – para o seu nível de satisfação e de felicidade com a situação atual das sete áreas da sua vida. E antes que eu te diga melhor como funciona essa avaliação, preciso te lembrar que o único e absoluto parâmetro que você deve usar para fazer esse exercício é você mesmo. Esqueça o que a sua família diz que você deveria fazer ou o que os seus colegas de trabalho consideram legal. Esqueça o que os seus companheiros de turma acham da situação A ou B; e esqueça as respostas “socialmente aceitas”.

Agora é hora de avaliar se você está no caminho que você gostaria de estar. “Mas o meu filho/a minha mãe/o meu marido/a minha chefe ia detestar se soubesse que eu não gosto/gosto da situação X”. E daí? São eles que vão lidar com as consequências das suas ações? Não. Estar satisfeito é se sentir completo, como se você tivesse feito uma refeição deliciosa – sem comer demais e nem de menos.

De 0 a 3

Essas notas são dadas quando nós estamos realmente infelizes com a situação atual daquela área da nossa vida. Nós estamos colhendo malefícios, pagando patos ou sofrendo consequências práticas e diárias que dificultam o andamento dos nossos projetos. Uma área que receba qualquer uma dessas notas é uma verdadeira pedra no sapato para você nesse momento.

De 4 a 6

Essas notas são dadas quando nós estamos relativamente satisfeitos com a conjuntura atual daquela área da nossa vida. Conseguimos ver que melhorias poderiam ser feitas e que alguns limites poderiam ser ultrapassados. Mas no geral, ainda assim, conseguimos ver vantagens e benefícios nas nossas circunstâncias atuais. Uma área que receba uma dessas notas não é a parte mais brilhante da sua vida nesse momento, mas está sob controle e te rende alguns lucros interessantes.

De 7 a 10

Essas notas são dadas quando nós estamos felizes e satisfeitos com a forma com a qual estamos levando aquela área da nossa vida. Ainda existem melhorias a serem feitas, mas reconhecemos que estamos dando o nosso melhor e utilizando quase todo o nosso potencial para melhorar cada vez mais as circunstâncias daquela área. Uma área que mereça uma dessas notas deve te trazer muito orgulho e autoconfiança e provavelmente foi aonde você se focou com mais intensidade nos últimos meses.

 

Qual vai ser o seu foco?

Os exercícios anteriores serviram para trazer consciência e clareza para o seu momento presente. A partir de agora você vai colocar a mão na massa e começar o trabalho mais pesado desse curso: decidir qual vai ser o seu foco. O seu livre arbítrio começa aqui. Use-o bem. Independente de quantas áreas receberam notas baixas ou notas altas, é importante que você escolha deliberadamente quais vão ser as duas ou três áreas. no máximo, que estarão no seu foco durante os próximos meses. Sem foco nós não vamos a lugar nenhum. É como diz aquela velha frase: você pode fazer tudo, mas não pode fazer tudo ao mesmo tempo. Para conquistar algumas coisas você precisa, necessariamente, abrir mão de outras. Para onde você quer caminhar agora? Em qual parte da sua vida você quer ver os progressos acontecerem? Quais aspectos da sua vida você quer mudar ao longo dos próximos meses?

 

Um pouco mais de teoria

Ponha o seu foco aonde você quiser

Um dos erros de julgamento mais comuns que eu vejo as pessoas fazerem, quando falam do exercício da roda da vida ou o ensinam para outras pessoas, é achar que o nosso foco sempre deve estar nas áreas com as notas mais baixas. Isso faz total sentido, obviamente. Se você disse que a área X, Y ou Z merece uma nota 3, 2 ou mesmo 1, é bem provável que você esteja doido para reverter essa situação e começar a progredir nessa parte da sua vida. E se esse for o caso, tudo bem. E se você quiser dar mais atenção para as áreas que receberam as notas mais altas – aquelas que já estão ótimas e que você gostaria que florescessem ainda mais – tudo bem também. Se você quiser focar nas áreas que receberam as notas médias – que não estão nem lá nem cá; nem muito promissoras, nem caóticas demais – tudo bem também. Você pode colocar a sua atenção aonde quiser – ou, dependendo das circunstâncias, aonde você precisar. Se uma condição atual está te obrigando a cuidar da sua saúde ou da sua família, tudo bem. Aceite esse momento e saiba que essa situação vai passar. Se você tiver o luxo de colocar os seus recursos aonde você bem quiser, jogue as mãos para o céu e agarre essa chance com unhas e dentes.

 

Aceite as áreas inativas

É extremamente importante limitar o nosso foco quando estamos falando das nossas metas do ano. Tentar fazer várias coisas ao mesmo tempo – todas igualmente importantes, igualmente excitantes, igualmente urgentes – vai te deixar exausto, quebrado e pobre. Quanto mais foco você tiver, melhor. E parte desse processo envolve aceitar que sim, você não vai dar atenção para várias outras coisas. Cuidar da saúde, por exemplo, é uma empreitada que exige bastante esforço. Cuidar da saúde, fazer três cursos de desenvolvimento pessoal, ser promovido no trabalho e iniciar uma especialização na sua área é coisa demais para um ser humano dar conta. Mas quer saber? Tudo bem. A sua vida, com toda a sorte, será longa. Hoje não é o fim do mundo. Deixar uma iniciativa para depois não significa abrir mão dela pra sempre. Significa apenas que, nesse momento, você valoriza mais outras coisas. E enquanto você aceita e compreende melhor esse movimento, aceite também que nem sempre você vai querer buscar resultados em todas as áreas da sua vida. Pode ser que você não seja uma pessoa religiosa e não queira fazer progressos nessa área. Tudo bem. Afinal de contas, como você já sabe que eu vou dizer, a vida é sua.

 

Cuide sempre das áreas "abstratas"

Talvez você já saiba disso, mas não custa lembrar: a sua vida pessoal, o seu lazer, os seus relacionamentos amorosos, a sua saúde e a sua espiritualidade importam. Eles merecem fazer parte das suas metas. É possível fazer progressos significativos e ser uma pessoa cada vez mais esclarecida, em paz e feliz com essas partes da vida. Elas merecem tantos cuidados e recursos quanto as partes mais socialmente valorizadas: o emprego, o dinheiro, os bens materiais, etc. Todo mundo precisa cuidar de si mesmo. Saúde não diz respeito apenas aos seus exames médicos e ao seu exercício físico. A sua saúde mental está boa? Você está passando por algum período difícil ou tendo crises de ansiedade? Se sim, priorize a sua higiene emocional tanto quanto você prioriza a sua higiene física. Você brigou com algum amigo muito querido ou terminou um relacionamento amoroso?

Cuide dessas dificuldades e converse com alguém que possa te ajudar. Como está a sua vida sexual? Você tem tido algum bloqueio ou dificuldade nessa área? Sexo é importante e a maioria de nós gosta dele. De forma geral, a mensagem é essa: sempre crie tempo pra cuidar das partes mais delicadas da sua vida.

Como descobrir o que eu quero ser?

10 passos simples para descobrir sua vocação profissional.
Busque o autoconhecimento. ... .
Mantenha-se bem informado sobre as carreiras. ... .
Converse com profissionais mais experientes. ... .
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Como descobrir o que você gosta de fazer?

Quais são as 5 dicas para descobrir o que você gosta de fazer?.
Exercite o autoconhecimento. O primeiro passo para descobrir o que você gosta de fazer é exercitar o autoconhecimento. ... .
Faça uma lista com as suas habilidades. ... .
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O que fazer quando você não sabe o que quer da vida?

Por isso, vamos dar algumas dicas do que fazer quando você não sabe o que fazer..
1 – Calma. Ninguém nunca resolveu nada enquanto estava apavorado. ... .
2 – Converse com os mais velhos. ... .
3 – Faça trabalho voluntário. ... .
4 – Esqueça a história da formiga e da cigarra. ... .
5 – Dinheiro. ... .
6 – Mais calma. ... .
7 – Não tente provar nada a ninguém..

É normal não saber o que quer da vida?

É muito comum a sensação de não saber o que fazer da vida. Muitas vezes entramos numa primeira carreira para só então descobrir que ou não amamos aquilo, ou não nos recompensa de maneira devida para criar uma vida saudável.