Entenda o porquê da urgência na erradicação dos lixões no País Show
Uma das resoluções previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é a erradicação total dos pontos viciados no Brasil. O país conta atualmente com mais de três mil lixões. A previsão inicial era eliminar todos esses até 2014. No entanto, dado o atual cenário, um projeto de lei prevê a prorrogação para o período de 2018 a 2021. Muitos ainda se perguntam: qual é a diferença entre lixões e aterros sanitários (modelo apontado atualmente como o ambientalmente mais correto para a realidade brasileira)? Enquanto os primeiros são vazadouros a céu aberto que não possuem critérios, recebendo resíduos sem qualquer tipo de destinação ou tratamento adequado, os segundos respeitam as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas) e contam com diversos avanços. Confira abaixo um vídeo em que essa distinção é apresentada de uma maneira bem didática: Leia mais sobre a diferença: O lixão é um espaço que não conta com preparo para receber detritos. O chorume (líquido resultante da decomposição dos resíduos) fica sem nenhum tipo de isolamento, penetrando no solo e, consequentemente, no lençol freático. Tampouco há gestão do gás metano, originado a partir da decomposição de matéria orgânica, sendo esse associado com o aquecimento global. Ou seja, com esse tipo de formato, não apenas a água que a gente bebe é comprometida, como também o planeta como um todo. Isso tudo sem mencionar que esses locais atraem diversas pragas urbanas, como ratos e moscas, colocando em risco vidas de pessoas que vivem e trabalham ao redor. Temos como exemplo o Lixão da Estrutural, considerado o maior da América Latina, cujo encerramento foi prorrogado para janeiro de 2018. Já o aterro sanitário é previamente preparado para receber resíduos. Há diversos aprimoramentos em relação ao formato anterior: impermeabilização do solo, impedindo a contaminação do lençol freático; preocupação com o destino do chorume; captação do gás metano, podendo ser reutilizado como fonte de energia; entre outros. No geral, esses locais contam com um time de profissionais, a exemplo de engenheiros e geólogos, responsáveis por acompanhar e monitorar as atividades. O Aterro Sanitário Essencis Soluções Ambientais AS, em Caieiras (região metropolitana de São Paulo), não apenas exemplifica os pontos acima, como é considerado um dos mais avançados do País em termos de processos e transparência. Posts Relacionados
Você sabe a diferença entre um lixão, um aterro controlado ou sanitário e a compostagem ? Embora pareçam alternativas de descarte de resíduos sólidos similares, cada uma dessas frentes tem características e funções distintas. Entendê-las é importante para a gestão adequada de resíduos. Embora ainda seja um volume alto, o número significa um avanço em relação ao primeiro trimestre de 2020, quando 3.257 municípios ainda destinavam para disposição final seus resíduos de forma inadequada, o que inclui o descarte em lixões ou os chamados aterros controlados que, diferentemente dos aterros sanitários, não incluem cuidados com a impermeabilização do solo. No último Panorama dos Resíduos Sólidos, a ABETRE ainda mostrou que o Brasil está produzindo 19% mais resíduos que em 2010, passando de 67 milhões para 79,6 milhões de toneladas/ano em uma década. Dado esse fato, entender as diferenças entre lixão, aterro sanitário ou controlado e compostagem é fundamental para a adoção de práticas corretas de descarte para os setores industrial e urbano. Lixão: depósito a céu aberto Lixão é uma opção inadequada de disposição final de resíduos a céu aberto, sem qualquer planejamento ou medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. No local não há nenhum controle ou monitoramento dos resíduos depositados, onde nesse caso, resíduos domiciliares e comerciais de baixa periculosidade podem ser descartados juntamente com os industriais e hospitalares, de alta contaminação e teor poluidor, atraindo vetores, além de riscos à saúde e propícios a incêndios causados pelos gases gerados pela decomposição descontrolada do lixo. Como não há impermeabilização, o chorume, líquido gerado pela decomposição da matéria orgânica, não é coletado, podendo penetrar na terra e contaminar o solo e o lençol freático. A Lei 12.305/2010 denominada Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), previa para agosto de 2014 o fim dos lixões, mas com a sanção do novo marco do saneamento básico os prazos foram atualizados, definindo que capitais e regiões metropolitanas têm até 2 de agosto de 2021 para acabar com os lixões, enquanto cidades com mais de 100 mil habitantes têm até agosto de 2022 como prazo final. Os municípios que têm entre 50 e 100 mil habitantes terão até 2023 para eliminar o problema e as cidades com menos de 50 mil habitantes até 2024. Aterro controlado: solução intermediária aos lixõesOs aterros controlados utilizam de princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos. Porém, nesse método há a geração de poluição localizada, já que não conta com técnicas de impermeabilização do solo, não engloba sistema de tratamento para o chorume; e não há a extração e queima controlada dos gases gerados na decomposição do lixo. Se comparados, o aterro controlado é preferível ao lixão, mas apresenta qualidade bastante inferior ao aterro sanitário e, normalmente, é uma alternativa usada por pequenos municípios que não têm condições de construir ou realizar o encaminhamento de seus resíduos para um aterro sanitário, a opção mais apropriada para o descarte do lixo. Suas principais características que o difere do lixão são:
Antes, a NBR 8849/1985 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) regulamentava as práticas adequadas para os aterros controlados. Porém, como não se trata de uma técnica que prevê a preservação do meio ambiente, a norma foi cancelada, ficando válida apenas a NBR 8419/1992 (apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos). Aterro sanitário: opção comum para o lixo urbanoConforme a NBR 8419/1992 da ABNT, o aterro sanitário também é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, mas que visa prevenir danos à saúde pública e ao meio ambiente, minimizando os impactos ambientais. Tal método utiliza os princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, recebendo tratamento no terreno (impermeabilização e selamento da base com argila e mantas de PVC). Com isso, o lençol freático e o solo ficam protegidos da contaminação pelo chorume, que é coletado e tratado no local ou em empresas especializadas. O gás metano também é coletado para armazenagem ou queima. Apesar de ser uma solução ecologicamente correta, um aterro sanitário também precisa se adequar a exigências ambientais para funcionar. São elas:
Compostagem: a melhor opção para o meio ambiente
Essa prática consiste em um processo biológico de valorização e transformação de resíduos em matéria orgânica com qualidade para ser utilizada na agricultura rural, urbana e projetos paisagísticos, como fertilizante orgânico composto ou condicionador de solos. Em determinados casos, a compostagem pode ser realizada in loco (na própria empresa) ou através do tratamento offsite, compartilhando a responsabilidade sob os materiais orgânicos com empresas de soluções ambientais especializadas para realizar o tratamento em unidades terceirizadas. Os resíduos domésticos podem ser compostados de maneira mais simples e através de composteiras caseiras; por meio de um biodigestor, que transforma o material orgânico em gás metano; ou ainda por sistemas mais amplos com capacidade para grandes volumes e variedades de resíduos, que é o método denominado compostagem em escala industrial, como o utilizado na Tera Ambiental. A prática ainda vai de encontro a PNRS, que destaca em seu Art. 36, § 1: “No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, observado, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos: I - adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;” Tornando-se uma opção de destaque para a destinação correta e segura dos resíduos orgânicos advindos de indústrias, empresas e domicílios, o processo promove a reciclagem de nutrientes, a melhoria das propriedades físicas e biológicas dos solos cultivados e ainda contribui diretamente com a redução dos passivos ambientais e esgotamento dos aterros. Para saber mais sobre as técnicas de compostagem em escala industrial e como essa alternativa pode ajudar sua empresa, entre em contato com nossos especialistas. Tópicos: aterro sanitário, compostagem de resíduos Qual a diferença entre aterro sanitário e lixão Quais as vantagens do aterro sanitário?No lixão, os resíduos sólidos são depositados a céu aberto; no aterro controlado, o solo recebe uma cobertura; e no aterro sanitário, o solo é impermeabilizado.
Qual a diferença de aterro sanitário para lixão?Ao contrário dos aterros sanitários, os lixões são a forma inadequada de dispor os resíduos sólidos urbanos sobre o solo. Nesses locais, não há nenhuma impermeabilização, sistema de drenagem de lixiviados e gases e cobertura diária do lixo, além de serem, muitas vezes, locais clandestinos.
Quais são os pontos positivos e negativos dos aterros sanitários?Ele evita a poluição e contaminação do solo. Ele evita a localização de indivíduos catadores de resíduos. Pontos Negativos: Poluição da água.
Qual é o melhor destino para o lixo?- Aterros sanitários: os aterros sanitários hoje são apontados como uma das melhores soluções para o problema do lixo nas grandes cidades. O aterro consiste de um terreno, previamente escolhido para minimizar problemas ambientais, onde o lixo é armazenado em camadas, em locais escavados.
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